domingo, 30 de junho de 2013

Uvas e frutas cítricas gaúchas são a base de produtos cosméticos e perfumes


Uvas e frutas cítricas gaúchas são a base de produtos cosméticos e perfumes Divulgação/Ecocitrus
Ecocitrus, de Montenegro, produz óleos essenciais extraídos da casca da bergamota Foto: Divulgação / Ecocitrus
Da maior região produtora de citros do país para a mais tradicional indústria de cosméticos do mundo. Óleos essenciais extraídos da casca da bergamota verde no Vale do Caí são exportados para a França, onde são usados como insumos para fabricação de produtos de beleza.
Há três anos, a Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus), de Montenegro, vende em média oito toneladas de óleo anualmente para a Europa.
Investir em nova tecnologia e extrair essências foi a alternativa encontrada pela cooperativa para dar um destino ao raleio – técnica que consiste na colheita da fruta ainda verde para diminuir o peso da árvore e possibilitar que as demais cresçam.
Em um mês, uma nova fase industrial irá expandir os negócios da Ecocitrus. Além do processamento de 6 mil toneladas por ano de bergamota verde para fabricação de óleos, outras 20 mil toneladas de laranjas e bergamotas maduras serão usadas na produção de sucos e óleos. A nova fábrica, fruto de um investimento de R$ 6 milhões, promete aumentar ainda mais a renda dos associados. 
No ano passado, o faturamento da cooperativa com a venda do óleo chegou a R$ 800 mil, beneficiando 65 sócios-produtores.
– Uma fruta que seria descartada ganhou um mercado importante no Exterior – destaca Fábio Eisswein, presidente da Ecocitrus.

 
Essência de Fiori, de Bento Gonçalves, produz a partir de sementes de uva
Foto: Jeferson Soldi, especial
Desde o início da cosmetologia, quando os gregos passavam vinho na pele, os extratos vegetais já eram usados como nutrientes biológicos. Na maior região produtora de uvas do país, a serra gaúcha, também está a mais representativa indústria de produtos de beleza à base de vinoterapia. Ao aproveitar os resíduos da vinificação, especialmente as sementes, empresas gaúchas produzem cosméticos para o dia a dia e para os tratamentos de beleza em spas e clínicas.
Uma das pioneiras na região é a Vinotage, criada há seis anos por Morgane Franzoni. Com sede em Garibaldi, destina quase 90% da produção para fora do Estado. O óleo da semente da uva, extraído em um laboratório em Caxias do Sul, é usado na fórmula de itens como sabonete esfoliante e hidratantes – linhas que, no ano passado, geraram faturamento de R$ 1 milhão. Recentemente, a Vinotage passou a investir em pesquisas de nanotecnologia – que consiste em colocar os extratos diretamente em sistemas de moléculas.
– É uma forma de aumentar a ação na pele. A capacidade de hidratação e absorção do produto é potencializada – explica Morgane.
Ao concentrar 75% da produção em cosméticos à base de uva, erva-mate e pêssego, a Essência Di Fiori também percebeu as oportunidades desse mercado. Com faturamento de R$ 3 milhões no ano passado, a empresa de Bento Gonçalves começou a ganhar espaço quando apostou no potencial desses produtos.
– Para crescermos nesse mercado precisávamos de uma estratégia diferenciada. Apostamos no turismo regional e nos produtos típicos – explica Eder Moretto, diretor da empresa, que conta com 17 funcionários.

ZERO HORA 28/06/20013

sábado, 29 de junho de 2013

Cerco aos agrotóxicos no RS !!

Supermercados gaúchos aceitam rastrear frutas, verduras e legumes

Associação do setor anunciou que pretende buscar acordo com o Ministério Público para identificar os produtores dos hortigranjeiros vendidos pelas redes


Supermercados gaúchos aceitam rastrear frutas, verduras e legumes Ricardo Duarte/Agencia RBS
No Estado, 25% das amostras analisadas têm resíduos acima do limite permitido, apontam dados da Anvisa Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
Depois de o Ministério Público (MP) iniciar uma ofensiva judicial para tentar obrigar as 10 maiores redes gaúchas de supermercados a cumprir a norma técnica estadual de 2005 que exige rastreamento dos hortigranjeiros, a entidade que representa o setor decidiu ontem buscar uma conciliação.
A iniciativa da promotoria especializada de defesa do consumidor, somada ao programa de análise de resíduos de agrotóxicos em verduras, frutas e legumes, busca identificar produtores que aplicam químicos de forma irregular nos alimentos consumidos in natura.
Apesar da posição da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) em tentar um acordo, o MP sustenta que decidiu ingressar com as ações porque as empresas e a entidade se negaram a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que formalizaria a adesão às regras.
— Estamos entrando em contato com o MP e pedindo uma audiência. Houve um mal-entendido. A Agas quer colaborar. Nossa posição também é de defender o consumidor — diz o presidente da Agas, Antonio Cesa Longo.
Para o dirigente, como foi iniciado o monitoramento dos hortigranjeiros na Ceasa, onde pequenos e médios mercados se abastecem, a tarefa fica facilitada. Os grupos maiores, diz Longo, já têm fornecedores identificados.
Mesmo estranhando a nova posição, o promotor Alcindo Bastos, à frente do caso, considera o recuo positivo:
— Um acordo é sempre possível. Para nós, é interessante. Mas precisamos de uma rastreabilidade de fato. A Agas foi enfática (à época das negociações sobre o TAC) e não houve consenso.
A entidade, por sua vez, questiona a iniciativa do MP de acionar somente as maiores redes. Segundo Alcindo, foi apenas uma estratégia inicial para, posteriormente, forçar outros varejistas a cumprirem a norma. Duas decisões judiciais saíram até agora. Uma, referente à rede Asun, foi favorável ao MP. Na outra, contra o Carrefour, o despacho beneficiou a rede.
A importância de identificar a origem do produto com inconformidade é fazer com que as propriedades sejam fiscalizadas e os erros de aplicação de químicos corrigidos, explica Suzana Nietiedt, coordenadora do Programa Estadual de Monitoramento de Hortigranjeiros.
— Se não chegarmos ao produtor, não resolveremos o problema — diz.
No Estado, 25% das amostras coletadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentam resíduos acima do limite, produtos proibidos ou não permitidos para a cultura. As coletas da Ceasa, ligadas a outra iniciativa, começaram em maio e os resultados ainda não saíram.
O consumo de alimentos contaminados com agrotóxicos ao longo dos anos é relacionado, por exemplo, ao aparecimento de câncer.

MP não aceita adotar programa do setor
Enquanto negociavam com o Ministério Público (MP), as redes propuseram a utilização do Programa de Rastreamento e Monitoramento de Alimentos (Rama), criado ano passado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Apesar de também prever o acompanhamento dos resíduos de agrotóxicos e rastreamentos de frutas, legumes e verduras, o modelo não foi aceito.
— Sem a assinatura do TAC não haveria previsão de multa em caso de descumprimento e várias informações não seriam repassadas ao MP. Seria uma espécie de autocontrole — ressalta o promotor Alcindo Bastos.
Como o programa da Abras prevê a adesão espontânea dos supermercados, até agora apenas 20 redes de Santa Catarina e do Rio Grande do Norte participam, com a inclusão de 230 fornecedores monitorados.
Conforme a entidade nacional, supermercados do Pará e do Maranhão mantêm tratativas para se incorporarem ao programa de rastreamento.
Campeões de irregularidades

Percentual de amostras com resultados insatisfatórios no Estado, segundo a Vigilância Sanitária
Pimentão: 83%
Pepino: 80%
Morango: 60%
Cenoura: 60%
Couve: 50%
Alface: 50%

fonte:
ZERO HORA

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Macadâmia para o mercado interno - Record News Rural


Enviado em 04/03/2011
Pequena e saborosa, a macadâmia é considerada a noz mais nobre do mundo. Apesar de toda essa fama, o alimento não é íntimo da maioria dos brasileiros. Mesmo assim, um produtor de Jaboticabal aposta no mercado interno para vender toda a produção.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Vídeo - Produção de Physalis é a nova aposta de pequenos produtores de SC




Physalis-Noticias


Propriedades da physalis chamam atenção de pesquisadores. Valores nutricionais e medicinais da fruta ajudam a combater vários tipos de doenças

A fruta physalis é muito apreciada pelos grandes chefs e gourmet da cozinha internacional, principalmente em forma de doces e como tira gosto para degustação de vinhos. Mas os valores nutricionais e medicinais, que vão muito além das aplicações culinárias, têm chamado a atenção dos pesquisadores. Graças a essas propriedades, a fruta também pode ser vendida como extrato, em forma de cápsulas.

Além do alto teor de vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de flavonóides, alcalóides e fitoesteróides – alguns recém-descobertos pela ciência – a fruta ajuda a combater várias doenças, como diabetes, reumatismo crônico, doenças de pele, bexiga, rins e fígado. Recentemente, cientistas da Fundação Oswaldo Cruz, do Ceará, descobriram que a substância physalina atua no sistema imunológico humano, evitando a rejeição de órgãos transplantados.

Além disso, estudos científicos recentes em andamento nos EUA, Europa e Ásia, ainda não concluídos, revelaram forte atividade como estimulante imunológico, combatendo alguns tipos de câncer, como leucemia, além de efeito antiviral contra os vírus da gripe, herpes, pólio e HIV tipo 1

sábado, 22 de junho de 2013

Vegetação é restaurada com semeadura direta e adubação verde!


Versões alternativas: Texto PDF


Vegetação é restaurada com semeadura direta e adubação verde: Semeadura direta visa o rápido recobrimento inicial das áreas degradadas
Créditos: Imagens cedidas pela pesquisadora
Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, pesquisa utiliza semeadura direta de espécies arbustivas e adubação verde como estratégia de sombreamento para restauração de áreas degradadas. Desenvolvido no programa de Pós-graduação em Recursos Florestais pela engenheira florestal colombiana Diana Carolina Vásquez Castro, o estudo avaliou possibilidades de redução de custos da restauração, que são elevados quando o método adotado é o de plantio total de mudas.



"Este projeto procurou testar o uso da técnica de semeadura direta indicada como uma técnica complementar ao plantio de mudas visando à diminuição dos custos de implantação e manutenção de projetos", afirma Diana. O estudo foi feito em duas áreas de Preservação Permanente (APPs), localizadas na Usina São Manoel, em São Manoel, e na Usina São João, em Araras, ambas no interior de São Paulo.

"A proposta foi criar um ambiente sombreado com espécies de recobrimento no curto prazo e com duração longa, para inibir o crescimento de espécies competidoras, principalmente gramíneas africanas e potencializar o desenvolvimento de espécies de diversidade, que são introduzidas no interior desse ambiente sombreado pela recobridoras", diz a agrônoma. Segundo Diana, de início fora feita a semeadura direta das espécies de adubação verde, como o fedegoso e o feijão guandu, visando o rápido recobrimento inicial das APPs degradadas.

Adubação verde


Vegetação é restaurada com semeadura direta e adubação verde: Semeadura direta reduz custos de plantio semi-mecanizado e replantio pela metade
Créditos: Imagens cedidas pela pesquisadora
Como estratégia de minimizar a presença de plantas daninhas na entrelinha, um dos tratamentos foi testar o uso da semeadura direta de uma espécie de adubação verde e de longevidade longa, que é a leucena, conta. "Essa espécie, apesar da grande contribuição para a restauração dos processos de recuperação do solo, é fortemente invasora e por isso seu desenvolvimento foi controlado para que ela não chegasse a florescer até seu total sombreamento, que resultava na sua eliminação".

De acordo com a pesquisa, foram obtidos no campo, dados de diâmetro, altura, cobertura de copa, cobertura de gramínea, mortalidade, área basal e densidade final. Os resultados mostraram que não houve diferença estatística entre o plantio de restauração convencional e o uso de semeadura direta para recobrimento. No entanto, foi verificado que, com o uso de semeadura direta, os custos de operações de plantio semi-mecanizado e de replantio são reduzidos pela metade.

"O método consorciado semeadura direta em covas de espécies de recobrimento e de adubação verde com o plantio de mudas de espécies de diversidade mostrou-se uma alternativa economicamente mais vantajosa, na medida que não aumentou o número necessário de manutenções, reduziu o número de mudas de espécies de diversidade, além de baixar os custos das operações de plantio e replantio".

O processo de restauração florestal de áreas degradadas enfrenta obstáculos referentes à sustentabilidade temporal das áreas restauradas, do uso adequado de espécies nativas regionais e principalmente de custos elevados desses projetos de restauração. A pesquisa de Diana, realizada no Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF) da Esalq, integra o projeto "Restauração Ecológica de Florestas Ciliares, de Florestas de Produção e de Fragmentos Florestais Degradados (em APP e RL), com Elevada Diversidade, com Base na Ecologia de Restauração de Ecossistemas de Referência".

O objetivo é desenvolver e testar metodologias para superar essas dificuldades. Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto tem supervisão de Ricardo Ribeiro Rodrigues, coordenador do LERF, e agrega mais 30 pesquisadores.

FONTE

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
Assessoria de Comunicação da Esalq
Caio Albuquerque - Jornalista
Telefone: (19) 3447-8613

Links referenciados

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
www.cnpq.br

Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal
www.lerf.esalq.usp.br

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
www.esalq.usp.br

Pós-graduação em Recursos Florestais
www.esalq.usp.br/pg/11150.htm

Assessoria de Comunicação da Esalq
www.esalq.usp.br/acom

Universidade de São Paulo
www.usp.br

Ricardo Ribeiro Rodrigues
lattes.cnpq.br/4985911040627273

Caio Albuquerque
caiora@esalq.usp.br

Esalq
www.esalq.usp.br

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Má nutrição no mundo custa US$ 3,5 trilhões por ano, diz FAO

A má nutrição custa ao mundo cerca de US$ 500 (aproximadamente R$ 1 mil) por indivíduo ou US$ 3,5 trilhões (R$ 7 trilhões) por ano, valor equivalente ao PIB da Alemanha, a maior economia da Europa, de acordo com cálculo publicado em um novo relatório das Nações Unidas.
O montante também equivale a 5% do PIB mundial e foi calculado com base nos custos relativos à perda de produtividade e gastos com a saúde gerados por uma dieta deficiente.
Os dados constam de relatório publicado nesta terça-feira pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). No documento, o diretor do órgão, o brasileiro José Graziano, pediu esforços mais consistentes para erradicar a má nutrição.
O estudo assinala que a alimentação precária das mães e das crianças continua a reduzir a qualidade e a expectativa de vida de milhares de pessoas, assim como problemas relacionados à obesidade, como doenças cardíacas e diabetes.
"Atores e instituições devem trabalhar conjuntamente em todos os setores para reduzir mais efetivamente a desnutrição, a deficiência nutricional, o sobrepeso e a obesidade", diz o relatório.
O órgão alerta ainda que, embora cerca de 870 milhões de habitantes do planeta ainda passem fome, segundo dados do biênio 2010-2012, outros bilhões sofrem com a má ingestão de alimentos.
A FAO estima que 2 bilhões de pessoas têm deficiências de um ou mais micronutriente, enquanto outras 1,4 bilhão estão com sobrepeso, das quais 500 milhões já são obesas.
Além disso, 25% de todas as crianças abaixo de cinco anos sofrem com baixa estatura e outras 31% possuem deficiência de vitamina A.

Recomendações
Para combater a má nutrição, a FAO sustenta que dietas saudáveis e uma boa alimentação devem começar pelo tratamento da comida e dos produtos agrícolas.
Segundo o relatório, a maneira como os alimentos são cultivados, processados, transportados e distribuídos tem forte influência nos hábitos alimentares da população.
Entre as medidas destacadas pelo estudo está o uso apropriado de políticas agrícolas, investimento e pesquisa para aumentar a produtividade, não apenas dos grãos como milho, arroz e trigo, mas também de legumes, carne, leite, vegetais e frutas, todos ricos em nutrientes.
Outra recomendação do órgão é evitar o desperdício, que atualmente responde por um terço de toda a comida produzida todos os anos para consumo humano no mundo. De acordo com a FAO, isso poderia aumentar a disponibilidade de alimentos bem como reduzir seu preço, além de diminuir a pressão sobre a terra e outros recursos naturais.
O estudo também chama atenção para outro ponto importante relacionado ao papel das mulheres no combate à má nutrição. Segundo a FAO, quanto maior controle as mulheres tiverem sobre os recursos e a renda das famílias, maior é o benefício para a saúde delas e de seus filhos.
O órgão também destaca iniciativas de combate à má nutrição pelo mundo, incluindo o programa Fome Zero, no Brasil. No relatório, a FAO elogia o Brasil pelas medidas tomadas na erradicação da alimentação precária da população.
O país apresenta um dos menores índices de crianças com deficiência de crescimento na América Latina (7,1%), atrás apenas do Chile (2%) e da Costa Rica (5,6%). No entanto, o Brasil ainda tem a maior proporção de menores de cinco anos anêmicos na região (54,9% do total).

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Conheça seu solo. teste rápido.

Publicado em 20 de agosto de 2012Sinval Braga

solo pobre e um solo rico







Para fazermos uma horta, jardim ou gramado é essencial conhecermos nosso solo. O ideal seria uma análise num laboratório especializado, mas nem sempre isto é possível e prático. No entanto, sempre vale à pena dar uma pesquisada antes. Às vezes há um laboratório pertinho de você, que fornecerá dados importantes e completos sobre o solo, inclusive sobre a fertilidade, sob um custo na maioria das vezes surpreendentemente baixo. Pergunte ao engenheiro agrônomo que atende na agropecuária próximo de você, procure em faculdades de agronomia, Emater, Embrapa, laboratórios privados, etc. Não achou? Não se desespere, pois neste artigo vamos procurar entender um pouco o nosso solo.

Podemos dividir o solo em três partes: físico, químico e biológico. O físico é, como o próprio nome sugere, sua granulometria, porosidade, textura, dadas principalmente pelos diferentes componentes em sua composição, como água, areia, argila, ar e matéria orgânica e a proporção e a estrutura como estes estão organizados. O químico seria seus nutrientes e pH, basicamente. O biológico, que indica sua vida propriamente dita, são a fauna e microfauna presente no solo, composta por bactérias, fungos, minhocas, insetos, ácaros, algas, moluscos, etc. Neste artigo trataremos principalmente da parte física e um pouco da porção biológica do solo. O detalhamento do pH e a forma de verificar a acidez do seu solo serão tratados num próximo artigo. Para sabermos a constituição física de nosso solo existem diversos testes. Um solo arenoso é fácil de ser trabalhado, as ferramentas como enxada e enxadão penetram facilmente neste solo. Ele também é muito fácil de fertilizar com compostos orgânicos e adubos químicos. No entanto, é um solo que se empobrece mais rapidamente porque os nutrientes são mais facilmente carregados pela água das chuvas e das regas. É um tipo de solo ideal para diversas hortaliças, principalmente as cenouras, beterrabas, mandiocas e outras que colhemos as raízes. Os solos argilosos são mais difíceis de serem trabalhados, pois a terra gruda nas ferramentas. É um solo mais compacto, menos arejado e a água tem dificuldade em penetrar e escoar. A textura ideal de solo, para a maioria das plantas, é um solo arenoso-argiloso, que teria uma constituição de textura média, capaz de ser trabalhado, de reter nutrientes e água.
Como fazer o teste de solo

Foto de Sinval
Para sabermos a constituição do nosso solo, podemos usar uma ferramenta, como uma pequena pá. Cave um buraco com 20 cm de profundidade, colha esta terra e coloque numa garrafa branca transparente. O ideal seria uma garrafa de vidro, mas na falta desta pode-se usar uma garrafa pet branca. Complete com água e agite bem, para misturar e dissolver bem os torrões. Deixe descansar por um período de 2 horas, para que todo material assente. Depois deste tempo, você vai notar diversas camadas diferentes. Na parte debaixo ficarão as areias, que são partículas mais pesadas e maiores. No meio ficarão as argilas e em cima, deverá ficar uma fina camada preta, que seria a matéria orgânica. Esta camada de húmus ou matéria orgânica poderá até não existir, dependendo da riqueza biológica de seu solo. Na superfície poderá ficar, se houver, matéria orgânica não decomposta, como algum pedaço de folha ou pequenos pedaços de galhos, palha, etc.

Encha a garrafa até um pouco menos da metade. Foto de Sinval.
O tamanho de cada uma destas camadas é que vai definir seu tipo de solo. Se houver mais de 85% de areia, será um solo arenoso. Com 70% de areia, o solo será arenoso-argiloso, e com menos de 60% de areia, será argiloso. A camada preta de húmus, como já disse acima, poderá até não existir, mas se você notar uma camada preta de cerca de 5 a 7%, considere-se um felizardo. Uma outra forma de analisar o solo é sujando as mãos. Pegue uma porção da terra úmida e amasse nas mãos. Aperte bem este punhado de terra, inclusive batendo. Se suas mãos ficaram sujas, seu solo é argiloso. Se suas mãos ficaram limpas, e sentiu inclusive os grãos de areia, seu solo é arenoso. O meio termo, seria um solo arenoso-argiloso. Este método é mais subjetivo que o primeiro e exige um pouquinho mais de prática para acertar.

Exemplo de um solo mais arenoso que argiloso e com baixa quantidade de matéria orgânica. Foto de Sinval.
Ao contrário do que muitos pensam, a melhor forma de corrigir um solo arenoso não é adicionar-lhe argila. Da mesma forma, de nada adianta adicionar areia a um solo argiloso. Em ambos os casos, a textura, a porosidade, a fertilidade e o arejamento do solo podem ser melhorados com a adição de matéria orgânica. Eis aí o segredo de um jardim bonito, uma horta produtiva e um pomar frondoso em qualquer tipo de solo. A escolha das espécies mais adaptadas ao seu tipo de solo também é fundamental para o sucesso.
Para um jardim, com gramados e plantas ornamentais, o melhor seria um solo arenoso-argiloso ou arenoso. Vejo muitos insucessos em gramados devido o preparo do solo. Conhecendo o tipo de solo, fica bem mais fácil prepara-lo.
Já para as hortas, o ideal seria um solo mais arenoso, bem trabalhado com matéria orgânica. Como a drenagem da água é maior neste tipo de solo, o uso de matéria orgânica é indispensável. Consumir hortaliças de nossa própria horta, além de prazeroso, nos dá a certeza de estarmos levando à nossa mesa um produto saudável, com excelente qualidade biológica. Boas colheitas!
Sinval Braga
http://www.jardineiro.net/conheca-seu-solo.html

terça-feira, 18 de junho de 2013

Ideias Green - Estufa feita de garrafas PET

Estufa feita de garrafas PET

O site Red Kite mostra a construção passo a passo de uma estufa de garrafas pet. O processo parece bem simples. Infelizmente a imagem final do projeto não foi divulgado.
Estufa de Garrafas PET
Estufa de Garrafas PET
Estufa de Garrafas PET
Estufa de Garrafas PET
Estufa de Garrafas PET
Estufa de Garrafas PET
Estufa de Garrafas PET
Estufa de Garrafas PET

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Novo Campo - 09/06/13 - Cogumelo faz bem para a saúde e emagrece!



Publicado em 10/06/2013
Neste programa você acompanha o processo de produção de diversos tipos de cogumelos. Saiba quais os nutrientes que eles possuem e de que forma ajudam na prevenção de doenças.

Produção e Apresentação: Meire Tommazzi

domingo, 16 de junho de 2013

Cupcake de hibiscos - Programa Rio Grande Rural



A flor chamada de hibisco, você conhece, não é? Mas, você sabia que existe uma variedade de hibisco que é comestível? Pois os agricultores de Picada Café, na serra gaúcha, estão usando como alternativa de alimentação. E a extensionista da Emater, a Elizete Benke, é que está estimulando o consumo. E com ela a gente vai aprender a fazer um bolinho, chamado de cupcake de hibisco.

Jornalista Rogério Antunes
Picada Café - RS

sábado, 15 de junho de 2013

Cinco dicas para uma alimentação mais saudável! BBC


bergamotas pokan - Montenegro RS

Não é novidade que comer frutas e legumes é bom para a saúde. O difícil é colocar isso em prática no dia a dia.
A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de 400g de frutas e legumes por dia, correspondente a cinco porções diárias, para prevenir doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
Mas como podemos suprir essa necessidade na prática ?
Aqui estão cinco maneiras de incluir as cinco porções por dia no seu menu diário sem fazer muito esforço.

Adicionar frutas ao café da manhã

O café da manhã não tem que ser chato, especialmente se você adicionar frutas.
“Corte uma maçã ou uma pêra, junte com blueberries, e coloque no cereal ou na farinha de aveia para obter um reforço de vitamina C e betacaroteno”, aconselha a nutricionista Helen Ford.
Se você não tem tempo de tomar café da manhã, uma solução é um shake de frutas vermelhas, como morango, amora, framboesa, que são ricas em antioxidantes que estimulam o sistema imunológico.
“O mais importante são as polpas das frutas, pois mastigá-las aumenta a produção dos sucos gástricos, o que auxilia o processo de digestão e absorção de nutrientes”, diz Ford.
Adicionar a casca é ainda melhor, porque, de acordo com a especialista, ajuda a reduzir o colesterol.
Para aqueles que argumentam que comer frutas os deixam inchados, a nutricionista tem um remédio.
“É melhor comer a fruta por volta de uma hora antes da refeição, ela contém açúcares simples, que não exigem muita digestão”, diz Ford.
“Outros alimentos, como os ricos em gordura, proteína e amido, permanecem por mais tempo no estômago, e tem uma digestão mais lenta.”
“Por isso, se você comer frutas após a refeição, a frutose vai ficar por muito tempo no estômago, vai fermentar e causar distensão abdominal e flatulência.”

Legumes para o lanche

Ford explica que figos secos e nozes são boas escolhas para comer entre as refeições.
O chef Javed Anand sugere usar suco de frutas ou de legumes para fazer um pão achatado, como pita ou o tradicional pão indiano Paratha. “Em vez de adicionar água à massa, adicione o suco”, diz Anand.
“Você pode adicionar manteiga, queijo ou pickles. Esta é uma ótima maneira de incluir legumes na massa”.

Sopa para substituir o sanduiche

A nutricionista Helen Ford sugere adicionar carnes ou legumes as sopas.

Sopa de agrião é uma escolha ideal para o almoço, explica Ford, pois é rica em ferro e magnésio.
No entanto, a nutricionista explica que, se você preferir um sanduíche, basta adicionar uma porção de folhas verdes escuras, como espinafre e agrião.
Se o problema da sopa é que dá a impressão de que não enche o estômago, você pode adicionar carne ou legumes a uma base vegetal.
O chef Mathew Pennington é um especialista em sopas à base de legumes, porque são fáceis de adaptar, desde que você mantenha as mesmas proporções.
“Para uma sopa para quatro ou seis pessoas, a base é sempre 500g de cebola, 250g de cenoura e 250g de aipo. Descasque e corte os legumes em cubos e misture em uma frigideira grande, em seguida cubra-os com água.”
“Deixe ferver e cozinhe até que os legumes estejam macios. Tempere com sal e vinagre, e misture até ficar homogêneo. Você pode peneirar se quiser não quiser a sopa com pedaços”, diz Pennington.

Compota de frutas

Compotas de frutas são uma ótima opção para uma sobremesa gostosa e saudável
Cozinhar a fruta lentamente usando especiarias ao em vez de açúcar também é uma boa maneira de melhorar o sabor do doce ou da compota.
“Eu amo peras e pêssegos cozidos em um pouco de água com anis estrelado e canela”, diz Anand.
“Depois de cozido, retiro as frutas e adiciono um pouco de iogurte grego e açafrão”.
Anand diz que o anis estrelado é uma espécie muito versátil e vai bem com todos os tipos de frutas. Uma outra dica é usar menta, que adiciona frescor a uma salada de frutas ou compota.
“Açafrão funciona bem com manga e laranja.” conta Anand.
Além disso, diversos estudos sugerem que o ruibarbo contém níveis elevados de polifenóis, que protegem as células do organismo contra danos por radicais livres.
Pesquisadores da Sheffield Hallam University, na Inglaterra, descobriram que o ruibarbo cozido de forma lenta tem um maior teor de polifenóis do que em seu estado natural.
Assim, para uma sobremesa nutritiva ou um lanche com um alto teor de vitamina C, você pode fazer uma compota de ruibarbo com gengibre e suco de laranja.
“Maçãs e amoras cozidas vão muito bem com uma boa pitada de canela”, diz Helen Ford. “É uma deliciosa sobremesa saudável e cheia de vitaminas”.

Varie as frutas e legumes

Uma das melhores maneiras de aproveitar ao máximo as cinco porções por dia é comer de acordo com as cores do arco-íris, ou seja, diferentes frutas e legumes.
“É muito importante ter uma dieta variada e experimentar pratos diferentes”, diz Anand.
“Eu acho melhor comer uma variedade de frutas e legumes preparados de forma menos saudável, do que comer o mesmo legume favorito o tempo todo.”
Javed Anand diz que o coco, que muitos acham pouco saudável, é muito bom para a pele e o cabelo.”A chef recomenda cozinhar carne com leite de coco.
E complementa: “Para mim, quanto mais variada a dieta, mais saudável você está.”
Matéria da BBC Brasil

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Colhendo mel e bergamotas em Montenegro RS

A colheita de mel do outono foi trabalhosa, mas tivemos uma ajuda com a centrífuga de maior capacidade para 16 caixilhos, cedida pelo amigo Roberto. Eu e minha esposa iniciamos a colheita as 17 horas e finalizamos a centrifugação, limpeza do local, etc... as 2.30 da manhã, moleza.....Agora é envasar.
nossa pikup com a centrífuga

centrífuga lotada

colhendo e podando

mudas de amendoim no balde
Também semeamos nabo forrageiro e plantamos mais algumas mudas de amendoim forrageiro , próximo as laranjeiras do céu, pois o solo do local está compactado e com uma camada arenosa.
Quando reformarmos a ponte poderemos ter a ajuda dos vizinhos para roçar com trator e após preparar a terra para plantar abóboras, melancias, aipim , etc...
Vamos seguindo com fé em Deus.
academia ao ar livre

terça-feira, 11 de junho de 2013

Plantio Direto - Sistema conservacionista garante fertilidade integral do solo

 
Com a aproximação da próxima safra, chega o momento de os agricultores gaúchos voltarem a atenção para o solo. Enquanto alguns o revolvem, incorporando os restos de palha e vegetais, grande parte opta pelo plantio direto (PD), prática da agricultura conservacionista que, quando empregada corretamente, garante a saúde do terreno em longo prazo. 

Em 73% da área de grãos das regiões de Erechim, Ijuí e Passo Fundo, o plantio é realizado por meio desta técnica. É o caso do agricultor e agente do CR Cleisson Affonso Gottardo, de Jacutinga, que cultiva 20 hectares de soja e outros 20 hectares com milho, na localidade de Boa Esperança. “Introduzi o sistema de plantio direto na safra 1988/1989”, diz Gottardo ao CR.
Com este método de semeadura, opta-se por manter os resíduos e revolver o solo apenas nos pontos onde são depositadas as sementes, de forma a evitar a exposição direta à ação do sol e da chuva. Em terreno desnudo, em dias de sol, a temperatura da superfície pode atingir até 55ºC, perdendo mais água por evaporação e chegando a déficits hídricos mais rápidos do que no PD. Com a retirada da palha, a água escorre com mais facilidade, o que favorece a erosão”, alerta o agrº e doutor em solos da Emater/RS, Edemar Streck.
Outro produtor, Eivar Rissee, de Passo Fundo, conta que a produtividade da lavoura melhorou substancialmente depois que passou a empregar o plantio direto. Ele ressalta a importância de manter a cobertura vegetal. “A palha protege o solo e evita a erosão”, destaca.

Perpetuar - Apesar de aparentemente simples, para que seja efetivo e se perpetue, o PD precisa ser acompanhado de cuidados, como a rotação de culturas, o terraceamento, o plantio em contorno e a manutenção da cobertura vegetal. “Para perpetuar o PD, o agricultor deve adotar todo o sistema que permite manter a fertilidade integral do solo, química, física e biologicamente”, frisa o pesquisador da Embrapa Trigo, José Eloir Denardin.
Para se obter esta fertilidade, não basta fornecer somente os nutrientes às plantas. “É preciso que o solo esteja fisicamente saudável, de forma que as raízes consigam penetrar em profundidade para retirar água e incorporar a matéria orgânica”, explica Denardin.
Para que isto seja possível, o PD deve ir além de dois preceitos básicos: revolver o solo apenas nos pontos onde serão depositadas as sementes e manter a cobertura vegetal. “É preciso que haja diversificação de espécies, por meio da rotação ou consorciação de culturas, minimização do intervalo entre colheita e semeadura, objetivando estabelecer um processo contínuo”, enumera Denardin.
Já Streck observa que, quando o produtor que opta pelo PD e não adota todos estes cuidados, o resultado pode ser a erosão. “O plantio direto realizado no RS é de qualidade indesejada, com pouca palha e sem terraceamento, o que causa erosão”, avalia. Para reverter este quadro, é fundamental não restringir o PD ao abandono do preparo do solo. “Ele precisa vir acompanhado da adoção de todo o sistema de uso, manejo e conservação de solo”, conclui.

Técnica corresponde a 70% das lavouras de grãos


O Sistema de Plantio Direto na Palha (SPDP) no Brasil é adotado em 32 milhões de hectares, ou 70% das lavouras de grãos, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O cultivo da soja é o principal, com 61%, seguido do milho 1ª safra (16,1%) e 2ª safra (14,3%) e do trigo, com 7% da área.
Trazido para o Brasil nos anos 1970, o plantio direto já era utilizado há 10 anos nos Estados Unidos. A técnica, que usa a palha restante da colheita anterior como método de evitar a erosão recorrente com as chuvas, ganha força atualmente. “A ideia de plantar sem mexer no solo era utopia. O que fiz foi imitar a natureza, que deixa cair suas folhas para beneficiar a terra”, relata Herbert Arnold Bartz, introdutor do SPDP no Brasil.
O sistema saiu da lavoura de grãos e é aplicado no cultivo de hortaliças e até de cana-de-açúcar. E pode ir além. “Tenho certeza de que é possível recuperar áreas degradadas. Com o plantio direto não destruímos mais a terra, conseguimos construí-la”, afirma Bartz ao CR.
Em Santa Catarina, produtores do Oeste do Estado adotoram o sistema de plantio direto no cultivo de tomate. Em São Marcos, alhicultores desenvolveram novo sistema para o plantio do bulbo, intruduzindo aveia e, após 45 dias, plantam o alho. Longe dos holofotes, o plantio direto favorece a vida de micro- organismos do solo.

Solos - Para verificar os benefícios da utilização do sistema de plantio em camadas mais profundas do solo, quando comparado ao plantio convencional, foi conduzido um estudo na Embrapa Soja, sediada em Londrina (PR), em várias camadas de solo até a profundidade de 60 centímetros.
O grupo de pesquisa avaliou os níveis de carbono (C) e de nitrogênio (N) da matéria orgânica, além da biomassa microbiana, que contabiliza toda a massa de micro-organismos do solo, em uma camada de 0-60 cm de solo. Em comparação com o plantio convencional, o plantio direto aumentou os estoques de C (18%) e de N (16%) da matéria orgânica do solo, bem como o C (35%) e o N (23%) contidos na biomassa microbiana. O ganho do plantio direto, em comparação com o plantio convencional foi de 800 kg de C/hectare/ano. Na avaliação da Embrapa, esses resultados representam um subsídio importante para os agricultores negociarem créditos de C pela adoção do plantio direto.

fonte correio riograndense

segunda-feira, 10 de junho de 2013

De louco a gênio e doutor, Herbert Arnold Bartz



Há 40 anos Herbert Bartz adotou o plantio direto, sistema usado hoje em 70% da área de grãos

Tachado de louco, um agricultor de Santa Catarina revolucionou o plantio no Brasil. Seu nome: Herbert Arnold Bartz, 76 anos, que acaba de receber o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Estadual de Londrina, em 30 de abril. “Eu nem tenho diploma universitário e me homenagearam com título de doutor”, comenta.
Na década de 70, quando a erosão causava perda média anual de solo de 20 toneladas por hectare no país, Bartz introduziu o sistema de plantio direto na palha (SPDP). Inconformado com a perda de terras férteis para a erosão, em sua propriedade em Rolândia, no Paraná, o agricultor viajou à Europa e aos EUA em busca de um sistema que permitisse a conservação do solo.

Quando começou a plantar sem retirar da terra a palha da safra anterior, foi tachado de louco. Hoje o plantio direto está em 85% da área plantada no país. “A história da agricultura brasileira, sobretudo do cultivo de commodities, pode ser dividida em antes e depois do plantio direto”, defende Henrique Debiasi, da Embrapa Soja.
Depois de 40 anos, experiência é uma das bases da agricultura sustentável no Brasil. “Essa foi a maior revolução agrícola do final do milênio, porque retira o gás carbônico da atmosfera e o retém no solo, transformando-o em matéria orgânica”, avalia a Embrapa.

Técnica - A técnica dispensa o revolvimento da terra com o uso de grades e arados e trabalha com rotações de culturas, aumentando a matéria orgânica. A semeadura é feita na palha da cultura anterior, o que impede a queima da área. Sem a massa vegetal queimada, o dióxido de carbono (CO2) não é liberado.
Com o plantio direto, estima-se a ampliação da área atual em 8 milhões de hectares da Agricultura de Baixo Carbono (ABC), passando de 25 milhões para 33 milhões de hectares, em menos de 10 anos. Esse acréscimo vai permitir a redução da emissão de 16 a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.
Além disse, o plantio direto é exemplo de agricultura conservacionista, com preservação da qualidade dos recursos naturais, como água e solo. “Preservamos o solo e conseguimos fazer com que praticamente não se fale em erosão. A água que sai das lavouras para os rios é limpa, sem lama”, enfatiza José Eloir Denardin, pesquisador da Embrapa Trigo. O local de plantio também é beneficiado com maior número de nutrientes.

É o melhor sistema, diz a FAO



A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação reconhece o plantio direto como o melhor sistema de produção agrícola. O Brasil é líder mundial no uso da tecnologia e tem colaborado na difusão desse sistema em países da África, Europa e Ásia.
No Brasil, de 48 milhões de hectares ocupados pelas plantações só de grãos, mais de 30 milhões são pelo plantio direto (ver quadro). A maior parte está concentrada na região Sul, com cinco milhões de hectares no Paraná. “O PD possibilitou o desenvolvimento de tecnologias e sistemas de produção, que resultaram na competitividade e eficiência da agricultura e pecuária”, disse o agrº Carlos Pitol.


Herbert Arnold Bartz, o pioneiro


O catarinense de Rio do Sul Hebert Arnold Bartz, 76 anos, foi chamado de “alemão louco e cabeça dura”. Hoje é exemplo no Brasil e exterior. Assim pode ser resumida a trajetória do pioneiro do plantio direto na palha no país (PDP). “Sempre fui teimoso. Em condições normais, talvez seja defeito. Para mim foi decisivo para pesquisar e dar continuidade ao PD”, enfatiza.
Tudo começou em 1960, quando Bartz arrendou a propriedade do pai para enfrentar as adversidades climáticas e operacionais que colocavam a fazenda Rhenânia, em Rolândia (PR), em risco. Expandiu a produtividade e arrendou terras para criar porcos, plantar milho, arroz, trigo e soja. Porém, com o desafio da erosão, saiu em busca de um sistema de plantio capaz de solucionar a perda de solo.
Em 1972, viajou para os Estados Unidos e visitou a propriedade de Harry Young, pioneiro americano do PD. O conhecimento e a constatação técnica lhe renderam o apelido de louco. “Novas tecnologias começaram a mudar o cenário do plantio direto, em 1976, na região dos Campos Gerais do Paraná. Os produtores Nonô Pereira e Franke Dijkstra percorriam caminhos paralelos ao de Bartz, buscando conhecimento nos EUA.

fonte correio riograndense

domingo, 9 de junho de 2013

Severino aos 88 anos conduz Propriedade Agroecológica - Sertão Santana - Rio Grande Rural

Você vai conhecer a trajetória de vida de um médico reformado do Exército, que encontrou na fruticultura uma forma de se manter sempre ativo aos quase noventa anos. O sítio do Severino Fin, em Sertão Santana, é uma propriedade modelo de diversificação, produção e sustentabilidade ecológicas.

sábado, 8 de junho de 2013

Como Cuidar de Orquídeas - Aprenda a tirar muda







A jornalista Carol Costa explica o que são keikis e mostra como tirar mudas de uma orquídea Dendrobium. Aprenda também a esterelizar corretamente os instrumentos de jardinagem, para não passar doenças, fungos ou bactérias de uma planta para outra. Para mais dicas simples e práticas sobre orquídeas, acesse o portal Minhas Plantas (http://www.minhasplantas.com.br).

sexta-feira, 7 de junho de 2013

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Fossas Sépticas Econômicas Pindamonhangaba



Após o sucesso da implantação do sistema de fossas sépticas econômicas no bairro da Cerâmica, a Prefeitura de Pindamonhangaba faz o lançamento oficial do programa no loteamento Queiroz, no bairro Bom Sucesso, no próximo dia 11 de junho, com a presença da secretária de Saúde, Ana Emília Gaspar.
A “fossa séptica econômica” é um sistema desenvolvido pelo s técnicos da prefeitura, atendendo a solicitação do prefeito João Ribeiro, como forma de resolver problemas de saneamento básico em regiões que tenham população de baixa renda e não conte com infra-estrutura de captação de esgoto.
O sistema utiliza de dois a três tambores plásticos interligados formando os estágios do sistema de decantação do esgoto captado. Este tipo de fossa possui uma vida útil igual a fossa feita em alvenaria, mas sua instalação é mais simples e bem mais barata.
O Programa de Fossas Sépticas Econômicas, idealizado pelo prefeito João Ribeiro, conta com o apoio de empresas privadas que fazem a doação dos tambores plásticos utilizados como fossas, aos moradores.
Investindo em saneamento básico, a prefeitura de Pindamonhangaba ajuda na prevenção de cerca de 50 doenças que podem ser adquiridas por meio de contato com esgoto, entre elas a diarréia, hepatite, verminose, entre outras.
O Programa de Fossas Sépticas Econômicas será levado a todas as comunidades carentes da cidade, e mais informações, inclusive as plantas de instalação do sistema, podem ser adquiridas no Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de Pindamonhangaba.
Bairro Cerâmica
A comunidade do bairro Cerâmica que sofreu por muitos anos com a falta de saneamento básico e o esgoto corria a céu aberto. Com o forte trabalho desenvolvido pelo prefeito João Ribeiro, através do Fundo Social de Solidariedade, casas foram reformadas e a comunidade ganhou vários cursos profissionalizantes, dentre eles o projeto “Cerâmica”, no qual jovens aprendem produzir peças de cerâmica.
O projeto Cerâmica modificou o dia-a-dia dos moradores. As Secretarias de Meio Ambiente, Saúde e o Departamento de Habitação conscientizaram as pessoas do local a respeito da importância do saneamento básico, e com a doação do material necessário, foram implantadas fossas sépticas econômicas em 36 casas.
Os tambores utilizados na construção das fossas sépticas econômicas instaladas no bairro Cerâmica foram doados pela empresa Rogama.

FONTE:http://www.pindamonhangaba.sp.gov.br/noticias_0607.asp?materia=1693

terça-feira, 4 de junho de 2013

Agricultura orgânica em Guaxupé


Caravana Agroecológica vai ao encontro de famílias que resistem ao avanço do agronegócio em Minas


Cerca de 100 pessoas de todo o Brasil percorreram mais de 1,6 mil km para visitar 17 municípios da Zona da Mata mineira
Gleiceani Nogueira - Asacom
29/05/2013
Entre uma comunidade e outra, passando por estrada de asfalto, de barro, de terra, subindo e descendo morros, adentrando a Mata Atlântica, a Caravana Agroecológica e Cultural da Zona da Mata – MG percorreu durante três dias (22 a 24 de maio) em torno de 1627 quilômetros. Para se ter uma ideia, essa distância equivale a sair de São Luiz, capital maranhense, a Salvador, na Bahia, no extremo sul da região Nordeste. A iniciativa faz parte do processo preparatório do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), previsto para o primeiro semestre de 2014. 

O percurso foi dividido em três rotas (Muriaé, Araponga e Acaiaca), que se subdividiram em sete grupos. Ao todo, foram visitados 17 municípios da Zona da Mata Mineira: São Miguel do Anta, Canaã, Araponga, Divino, Ponte Nova, Acaiaca, Abre Campo, Diogo de Vasconcelos, Simonésia, Sem Peixe, Conceição de Ipanema, Visconde do Rio Branco, Ervália, Muriaé, Pedra Dourada, Espera Feliz e Alto Caparaó. 

Estudantes da Escola Família Agrícola (EFA)Paulo Freire receberam participantes da caravana com música | Foto: Gleiceani Nogueira
Os participantes, vindos de todas as regiões do País, conheceram experiências de agricultores e agricultoras em produção agroecológica, sistemas agroflorestais, sementes, educação do campo, acesso à terra, manejo dos recursos naturais e acesso a mercados, mobilizadas e articuladas pelo Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM), em parceria com entidades locais.

Para o representante da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e coordenador do Centro Sabiá, Alexandre Henrique Pires, a caravana conseguiu fazer uma boa mobilização de organizações e movimentos sociais de todo o Brasil e mostrou uma capacidade de articulação de experiências bastante interessante dentro da proposta do III ENA, que é de reafirmar a agroecologia como a principal estratégia para o desenvolvimento rural.
“As experiências mostram capacidade de produção de alimentos, de geração de renda, de conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, de geração de trabalho, de perspectivas para a juventude rural, de força e visibilidade do papel das mulheres camponesas”, avalia Pires, que também está na comissão nacional de preparação do ENA. 

Território de disputa

Granada (MG) - Além de conhecer experiências agroecológicas, os participantes tiveram a oportunidade de visitar projetos do agronegócio, perceber suas contradições e efeitos negativos na vida das famílias, em contraposição à realidade da agroecologia.

Participantes se indignaram com placa colocada ao longo da barragem| Foto: Gleiceani Nogueira
No município de Abre Campo, os contrastes entre os dois modelos são bastante evidentes. Na comunidade foi construída a barragem de Granada, no rio Matipó, bacia hidrográfica do Rio Doce. O processo de licenciamento teve início em 1995, mas a licença de operação e instalação foi concedida em 2002. Durante todos esses anos, as famílias contam que eram procuradas dia e noite pelo representante da empresa, que eles chamam de “homem da mala preta”. 

“Se há uma represa que deu lágrima foi essa. Aqui todo mundo saiu chorando. Quando eu sai da minha casa, fui parar num barraco de maderito. Fiquei 10 anos no barraco de maderito e não é coisa de gente morar não. Pra quem tinha uma casa como eu tinha, de madeira, de tábua”, desabafa Carminha, uma das atingidas pela construção da barragem. “A gente tinha fartura de tudo. A gente comprava um sal, um óleo, pouca coisa. Hoje, o que eu tenho, é tudo comprado”, compara Carminha.
No semblante das famílias, ainda percebe-se um olhar triste. Na lembrança, as memórias de ‘um tempo que não volta mais’ ainda são muito presentes. A construção da barragem desterritorializou centenas de famílias, acabou com a agricultura da região, com as fontes de água, com a vegetação e com o campinho de futebol, principal espaço de lazer da comunidade. Contraditoriamente, no entorno da grande obra, a Brookfield, empresa canadense que comprou a barragem em 2008, espalhou placas com a seguinte frase: Preserve o meio ambiente! 

Veio (casaco vermelho) explica o funcionamento do seu sistema de produção | Foto: Gleiceani Nogueira
Apesar do sofrimento, as famílias da comunidade Granada estão aos poucos conseguindo reestruturar suas vidas e encontraram na agroecologia uma grande aliada. Com o apoio do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), o casal Alzira e Veio implantou um sistema de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS) onde combinam espécies arbóreas com cultivos agrícolas, em hortas circulares. No centro é instalado um galinheiro, cujas fezes servem de adubo para o plantio.


 
Além das barragens, o território sofre com os efeitos na mineração, da monocultura do eucalipto, da cafeicultura e tantas outras expressões do agronegócio. Ao mesmo tempo, a caravana mostrou que há um grupo significativo de famílias que estão resistindo a esse modelo, através de práticas que valorizam o conhecimento local e respeitam a natureza.
“Quando os agricultores têm consciência do seu papel enquanto sujeitos políticos, eles criam um conjunto de estratégias de independência do mercado, gerando um grau de autonomia econômica, cultural, produtiva, bastante diferente daquelas famílias que não têm acesso a esses conhecimentos ou que não se reconhecem como sujeitos desses conhecimentos”, avalia Pires.  
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