Faça seu Humus

Húmus líquido é a mais nova alternativa para adubação de hortaliças



Húmus líquido é a mais nova alternativa para adubação de hortaliçasA Embrapa Clima Temperado, juntamente com outras  Unidades do Sul do Brasil, participa da Expointer 2010 e apresenta na Casa da Embrapa, as últimas novidades em ciência e tecnologia para o setor agropecuário, apresentados por meio de impressos, audiovisuais e degustações que ocorrem ao longo da feira. Dentre os produtos desenvolvidos pela pesquisa, destaca-se o húmus líquido, que está sendo apresentado ao público nessa edição do evento, em Esteio
.
Segundo o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Gustavo Schiedeck, a utilização de fertilizantes orgânicos alternativos com alto valor nutricional e biológico é uma das principais demandas dos horticultores que optam por uma produção de base ecológica. Ele destaca que a aplicação do húmus de minhoca é complexa em adubações de pós-plantio nos cultivos com cobertura morta, podendo se tornar um agente disseminador de sementes de plantas espontâneas, especialmente quando o esterco é proveniente de diferentes áreas.
Devido a este aspecto, Gustavo defende a aplicação do húmus líquido na adubação orgânica aplicada em hortaliças. Este novo fertilizante é composto principalmente por húmus de minhoca, porém seu diferencial é a adição de água em sua composição. “Para cada 100 litros de húmus líquido, em concentração aproximada de 10% na relação entre sua massa e seu volume, é necessária a utilização de 20 kg de húmus sólido adicionados à água preferencialmente sem cloro”, salientou Schiedeck.
Preparada a mistura, o húmus líquido deve ser agitado durante dois ou três dias, pelo menos uma vez a cada 24 horas, para que os nutrientes possam ser liberados para a água. Após este período, o fertilizante deve ser deixado em repouso para que as partículas sólidas que ainda possam estar presentes em sua constituição se dirijam ao fundo do recipiente. A próxima etapa do processo é a filtragem das partículas mais finas que ainda possam ser encontradas em suspensão.
A filtragem pode ser realizada tanto com filtros de areia como com filtros de discos. Quando a escala de húmus líquido não for elevada, pode-se realizar uma filtragem simples, utilizando um recipiente coberto no fundo com uma tela ou tecido de seda que retenha as partículas em suspensão, incluindo sementes que possam entupir os gotejadores das hortas.
Segundo o pesquisador, o húmus líquido pode ser aplicado em hortaliças via sistema de irrigação através do Tuboventure, equipamento que mistura o fertilizante à água que será destinada à irrigação das plantas. Durante este processo, a entrada de água nos canos de irrigação é desviada até o Tuboventure, onde o húmus líquido será automaticamente misturado à água para posteriormente ser aplicado nas hortas através dos gotejadores. Schiedeck ressalta que nas hortas de morango da Embrapa Clima Temperado é utilizado 1 l/m2 de húmus líquido  a cada quinzena, sendo colhido, em média, 1 kg de frutas em áreas onde há a aplicação do fertilizante.
Outro aspecto favorável à utilização do húmus líquido é a reutilização do material obtido após a filtragem de suas partículas finas em outras adubações, pois, mesmo contendo menos nutrientes do que o material original, sua eficácia como fertilizante ainda é significativa.

Christiane Rodrigues Congro – Mtb-SC 00825/9
Colaboração: Carlos Salvador (estagiário)
Embrapa Clima Temperado
Contatos: (53) 3275-8113 – christiane.congro@cpact.embrapa.br

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

10 dicas de como fazer Húmus de minhocas

Que tal dispor de um rebanho de 30 milhões (ou mais) de animais que trabalham dia e noite, sem feriados, dias santificados, domingos ou férias, fabricando um insumo básico que ajuda na produção de alimentos, ou na instalação de jardins, hortas e plantas ornamentais? É assim que agem as minhocas na produção de húmus que nada mais é do que a transformação do esterco bovino em um produto mais elaborado e livre da maioria das pragas do solo e de sementes de capins.


 Para a obtenção do húmus se faz necessário uma boa matéria-prima, podendo ainda ser usado um composto que inclui esterco bovino, cascas e restos de frutas e verduras triturados. Além de promover a decomposição do esterco, transformando-o em húmus, as minhocas multiplicam-se por três no prazo de 90 dias. Isso permite ampliar o processo de produção e ainda retirar excedentes para pescaria. O húmus pode ser comercializado para floriculturas, empresas de jardinagem, horticultores, viveiros e revendas, e diretamente para pessoas que fazem os próprios cultivos.

O húmus de minhoca nada mais é que seu excremento. A minhoca é a maior produtora biológica de húmus, transformando toda matéria orgânica no mais rico adubo existente. Pesquisas mostram que a aplicação do húmus de minhoca no milho gera um aumento de 18% de rentabilidade econômica para a cultura, e na cultura de batata se obteve um aumento de 17% no primeiro ano. Estudos comprovaram ainda que o trabalho das minhocas no solo e a utilização do húmus aumentam a produção de grãos em 35 a 50% e de folhagem em até 40%, em comparação a outras culturas sem a aplicação do húmus.

Além disso, antecipa e aumenta a florada e a frutificação, equilibra o pH, agrega as partículas do solo proporcionando maior liga, tornando o solo mais resistente à ação dos ventos e das chuvas, desagrega solos argilosos e agrega os arenosos, retém a água diminuindo substancialmente os efeitos da seca e, entre outros fatores, promove elevação do nível de cálcio, fazendo a correção do solo.

 1 – Em uma caixa grande, forre com plástico e faça furos no fundo para não acumular água;
 2 – Coloque uma camada de terra (2 centímetros) no fundo da caixa;
 3 – Adicione restos vegetais picados (cascas de legumes, restos de verduras ou grama verde recém-cortada, por exemplo), formando uma camada de mais 2 centímetros;
 4 – Coloque uma camada de 2 centímetros de esterco seco de boi, de galinha ou coelho (Use sempre luvas de plástico para lidar com o esterco);
5 – Cubra com uma camada de terra de mais 2 centímetros;
 6 – Repita os passos 3, 4 e 5 até encher a caixa;
7 – Regue com um pouco de água, de modo que fique tudo bem úmido, mas não deixe encharcar;
 8 – Coloque duas ou mais minhocas (você pode encontrá-las na terra em locais mais úmidos e frescos do jardim);
9 – Cubra tudo com um pouco de palha seca (restos de grama), para manter a umidade e ficar bem fresquinho;
10 – Mantenha a caixa na sombra, protegida da chuva e coloque mais água, sempre que necessário. O húmus estará pronto quando as diferentes camadas que foram colocadas na caixa não puderem mais ser identificadas.


fonte: http://revistaagronegocios.com/10-dicas-de-como-fazer-humus-de-minhocas/

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Húmus de minhoca pode ser um grande parceiro do pequeno produtor rural

Divulgação/Itaipu Binacional
Foto: Divulgação/Itaipu Binacional

Adubo caseiro contém hormônios vegetais que fortalecem as plantações.

Húmus de minhoca melhora a porosidade dos terrenos
Uma alternativa simples e barata para pequenas propriedades rurais adubarem o solo é investir em um minhocário campeiro. Com a produção de húmus de minhoca é possível obter um produto de qualidade para fertilizar hortas, pomares, flores e plantas em geral sem o uso de adubos químicos e industrializados.

Húmus é todo material orgânico degradado no solo. Já o húmus de minhoca é a excreção do próprio anelídeo, que come material orgânico e acaba fertilizando a terra. Este tipo de adubo melhora a porosidade dos terrenos, reduz o risco de erosão e acelera o processo de humificação dos demais resíduos de matéria orgânica presentes no solo. Por não ser tão solúvel quanto os fertilizantes industrializados, o húmus não é levado junto com a água da chuva e possui praticamente todos os nutrientes necessários às plantas, mantendo a planta em boas condições ao longo do cultivo.

– O húmus de minhoca possui praticamente todos os nutrientes que tem o adubo mineral, desses comprados em agropecuárias Nele contém nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, cálcio e uma série de micronutrientes. Quando o húmus é produzido a partir de esterco, ele contém também uma serie de hormônios vegetais que fortalecem as plantações – explica o pesquisador da Embrapa, Gustavo Schiedeck.

A produção de adubo de minhoca também proporciona a sustentabilidade na propriedade rural, especialmente na agricultura familiar. Segundo o pesquisador, o húmus pode ser uma prática integradora de outras atividades, pois pode ser feito a partir de excrementos de animais, como vacas, porcos e aves, quanto de restos de colheita, capina, misturados ou não, da própria propriedade. Sem a necessidade de alta mão de obra, construir e manter um minhocário pode ser uma boa saída para pequenas fazendas.

A espécie de minhoca mais utilizada para a formação de um minhocário é a “Vermelha da Califórnia”. Essas são indicadas para a prática porque comem rápido e em grande quantidade (por dia, ingerem uma quantia de alimento que equivale ao seu peso) e reproduzem-se com facilidade (quando duas minhocas acasalam, por serem hermafroditas, ambas saem fecundadas).


– A cada três dias a minhoca coloca um casulo, onde vão nascer até três minhocas. Em 90 dias, elas estarão adultas, prontas para começar a se reproduzir. Em três ou quatro meses, o número de minhocas pode quintuplicar – assegura Gustavo.

Schiedeck também dá algumas dicas sobre como deve ser a construção e o manejo do minhocário. A primeira camada a ser colocada deve ser de minhoca e, por cima dessa, uma outra camada de aproximadamente 15 cm de esterco. Quando o esterco, ou qualquer material orgânico escolhido, tiver sido transformado em humos é hora de pôr uma nova leva de matéria prima. O húmus estará pronto quando estiver em forma granulada e quando perder o cheiro forte de esterco e ganhar um aroma de terra após a chuva.


Aprenda a fazer um minhocário de baixo custo



CANAL RURAL

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O lixo e o humus de minhoca

A maioria das pessoas nem se dá conta, mas entre 60% e 70% de todo o lixo produzido diariamente numa casa poderiam ser reaproveitados. Um processo simples, rápido e barato garante a transformação do material orgânico em húmus, um adubo natural com grande quantidade de nutrientes. O trabalho fica por conta de minhocas colocadas em estruturas plásticas onde o lixo é armazenado. E o melhor: tudo pode ser feito em pequenos espaços, o que faz da atividade, uma alternativa até para quem vive em apartamentos.



Minhocas from Momento Ambiental on Vimeo.


Húmus: Algumas Características


O húmus de minhoca nada mais é que seu excremento. A minhoca é a maior produtora biológica de húmus, transformando toda matéria orgânica no mais rico adubo existente.

Pesquisas mostram que a aplicação do húmus de minhoca no milho gera um aumento de 18% de rentabilidade econômica para a cultura, e na cultura de batata se obteve um aumento de 17% no primeiro ano.

• Estudos comprovaram que o trabalho das minhocas no solo e a utilização do húmus aumentam a produção de grãos em 35 a 50% e de folhagem em até 40%, em comparação a outras culturas sem a aplicação do húmus;

• Adubo cientificamente preparado, contendo todos os elementos dos macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre) e micronutrientes (manganês, ferro, cloro, cobre, zinco, cobalto, boro molibdênio), microorganismos humidificantes alcalinos (rhizovium – fixadores de nitrogênio atmosférico);

• Fertilizante natural, poderoso para todas as plantas, que crescem vigorosas e mais rapidamente;

• Antecipa e aumenta a florada e a frutificação;

• Equilibra o pH;

• Com uma umidade de 40 a 45%, o húmus garante a sobrevivência das minhocas e dos casulos;

• Agrega as partículas do solo, proporcionando maior liga e tornando o solo mais resistente à ação dos ventos e das chuvas;

• Desagrega solos argilosos e agrega os arenosos;

• Retém a água, diminuindo substancialmente os efeitos da seca;

• Pode ser empregado em contato direto com as raízes e os brotos mais delicados, sem perigo de queimá-los, pois é um produto estável;

• Promove elevação do nível de cálcio, fazendo a correção do solo;

• Corrige a toxidez do solo em até 70%;

• Atuação permanente, duradoura e imediata após sua utilização;

• Retém melhor seus elementos, liberando-os dosadamente, tornando a adubação mais eficaz e duradoura;

• Em relação à uma camada de solo fértil, o húmus apresenta 5 vezes mais Nitrogênio, 2 vezes mais Cálcio, 4 vezes mais Magnésio, 7 vezes mais Fósforo e 11 vezes mais Potássio.

(Fonte: Agricultura Orgânica – Dr. Ronaldo S. Berton – Pesquisador Cient. Seção de fert. do Solo e Nutr. de Plantas.)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Húmus é usado com sucesso para descontaminar área com metais


Minhocas: fertilização e descontaminação do solo. FOTO: TÂNIA RABELLO
Húmus é empregado com sucesso para a correção de terras que precisam ser descontaminadas. A alternativa ecológica pode ser aplicada em solos contaminados por metais pesados como cobre, chumbo, cromo.

A experiência desenvolvida pelo Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo, usou húmus resultante da compostagem com minhocas (vermicompostagem) no esterco bovino.

A professora Maria Olimpia de Oliveira Rezende, que coordenou a pesquisa, diz que o sistema ecológico é uma alternativa a um processo em geral complexo e oneroso que e utiliza produtos nocivos ao meio ambiente.

Pelo novo método, o material empregado na vermicompostagem, o esterco bovino, é usado por ter propriedades orgânicas. Além do esterco, existem outras fontes que podem ser utilizadas como bagaço de laranja e de cana-de-açúcar.

Segundo Leandro Antunes Mendes, mestre em química ambiental, a contaminação por cobre e chumbo pode ocorrer em qualquer área de mineração ou despejo de resíduos sem controle no solo. O cromo, liberado pelas indústrias de curtume, após o tratamento do couro, é problema de cidades paulistas como Jaú e Franca, onde existem muitas fábricas de calçados de couro.

Mendes ressalta que, em pequenas quantidades, cobre e chumbo são importantes para as plantas, mas a bioacumulação dos metais pode tornar o solo improdutivo. O cromo impede o crescimento, provoca o amarelamento das plantas e, no caso das mudas ainda novas, a morte.

Segundo a pesquisadora Maria Olimpia, a dosagem do húmus de minhoca pode ainda ser usada para corrigir deficiências de cobre e chumbo nos diferentes tipos de terras, conforme a necessidade de cada cultura.

De acordo com a reportagem da Agência Fapesp, nas pesquisas iniciais foram utilizados 25% de húmus de minhoca para 75% de solo contaminado. Com esse porcentual, os cientistas conseguiram eliminar a contaminação.

Maria Olimpia ressalta que o processo, no entanto, não retira os metais do local. "Os elementos tóxicos continuam no solo, mas ficam imobilizados. Eles não ficam disponíveis para as plantas, nem para serem carregados e levados ao lençol freático", explica a pesquisadora.


http://www.portalorganico.com.br/noticia/121/humus_de_minhoca_descontamina_solos_que_tem_metais_pesadoshttp://www.portalorganico.com.br/noticia/121/humus_de_minhoca_descontamina_solos_que_tem_metais_pesados

sábado, 20 de outubro de 2012

Produção de Minhocas e Húmus

Minhoca vermelha da Califórnia




A minhoca vermelha da Califórnia (Lumbricus rubellus) é a minhoca mais criada nos Estados Unidos e no Brasil, sendo considerada a melhor minhoca para criação comercial. Atualmente, devido às suas excelentes características, ela se encontra espalhada por quase todo o mundo, havendo se adaptado muito bem, praticamente, a todas as regiões.

Ela é muito calma, com seus movimentos lentos e não se aprofunda muito na terra, quando em liberdade, ou no canteiro. A sua produtividade é muito elevada na "fabricação" de húmus, além de ser bastante prolífica, reproduzindo-se com facilidade. Devido a essas características, é a minhoca preferida pelos criadores, para as criações comerciais ou minhocários.

Segundo cálculos realizados, a minhoca vermelha da Califórnia representa 80 a 90% de todo o comércio especializado nos Estados Unidos, o que representa um mercado de muitos milhões de dólares por ano. Isso ocorre, provavelmente, porque ela é resistente, forte, precoce, muito prolífica e se adapta a uma grande variedade de solos e climas.

Ela se adaptou muito bem às condições existentes no Brasil, onde é criada com todo o sucesso técnico e comercial, proporcionando um ótimo retorno financeiro aos seus criadores. No Brasil, ela é conhecida como "minhoca vermelha", sendo a mais indicada para a criação em minhocários.

Essa espécie de minhoca apresenta um grande número de vantagens para ser criada racionalmente, em minhocários, aos quais se adapta com facilidade e atinge elevada produtividade. Ela é precoce, crescendo, desenvolvendo-se e se reproduzindo mais cedo que as minhocas de outras espécies, produz muitos filhotes, produz muito e transforma todo o esterco em que vive ou outras matérias orgânicas em húmus, com maior rapidez do que as minhocas de outras espécies.

Além do mencionado, a minhoca vermelha é uma ótima isca para pescarias, sendo a preferida pelos pescadores devido à sua cor, vivacidade e vitalidade, pois resiste viva por muito tempo, inclusive quando fica mergulhada dentro da água, já no anzol.

A minhoca vermelha também apresenta uma grande vantagem para seus criadores: ela é muito resistente às viagens e, quando for necessário transportá-la, pode permanecer em ambiente úmido por várias semanas.

A minhoca vermelha, como já mencionamos, é a mais rápida para produzir húmus, mas só consegue fazê-lo utilizando esterco. Quando, no entanto, o material empregado para a alimentação das minhocas e a sua transformação em húmus é fibroso como, por exemplo, folhas, a vermelha da Califórnia é mais demorada no seu "trabalho". Não havendo "comida" ou esterco para as minhocas, elas fogem dos canteiros.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Venda de Humus, pode render um bom dinheiro.

Boa tarde! Se o esterco dos animais é um problema na sua propriedade, se as frutas e ou verduras estragaram por problemas climáticos, a produção de humus é uma solução.
No sítio do meu amigo Roberto, estamos planejando o início de uma criação de minhocas da califórnia e produção de humus. Já tenho as matrizes em casa. Caso alguém queira adquirir alguns exemplares, podemos atender.ok
 O número ideal para início de uma criação é de mil (1.000) minhocas por metro quadrado de canteiro. Elas atingem a idade adulta com 60 a 90 dias e produzem de dois a dez ovos. O período de incubação é de 21 a 28 dias.
O minhocário deve ficar em local protegido de ventos, chuvas e de insolação direta. A alimentação, meio de cultura ou substrato pode ser feita somente com esterco curtido e sem contaminação, ou, se houver disponibilidade, também com palha de capim misturada ao esterco, em partes iguais e restos de hortaliças. A água deve ser pura (sem contaminação). A umidade ideal tem de estar em torno de 75%. Para verificar isso, é só encher a mão com o substrato e apertar. Se saírem pequenas gotas de água entre os dedos, está no ponto. A temperatura, por sua vez, pode variar de 18ºC a 23ºC.
A criação deve ser feita em tanques, caixas ou montes. Para tanques, as dimensões devem ser de 40 cm de altura, 1 a 2 metros de largura e comprimento variável. As paredes podem ser feitas com tijolos e o piso com cimento, para facilitar o manejo, mas pode ser feito também na terra. Os pisos de cimento devem ter uma declividade de 2%, com drenos. Galinhas, pássaros e formigas são inimigos naturais e precisam ser controlados. Por isso, recomenda-se dispor uma pequena camada de capim em cima do substrato para proteger as minhocas. É preciso também evitar incidência de plantas invasoras.
 A transformação do substrato em meio de cultura em húmus varia de 45 a 60 dias. Após esse período, o húmus tem de ser retirado para que novo substrato seja colocado. Caso contrário, as minhocas podem morrer ou fugir. A produção média de húmus é de 350 kg por metro quadrado. A venda desse adubo natural é feita principalmente para floriculturas, viveiros de mudas, supermercados.
A criação em cativeiro tem como objetivo a venda de minhocas para reprodução, isca, produção de húmus ou alimentação para animais. A espécie mais adaptada às condições de cativeiro é a Vermelha da Califórnia (Eisenia phoetida), por ser bastante rústica e muito produtiva. Uma colônia com  mil e quinhentas minhocas está sendo vendida a R$ 80,00 em média, enquanto um saco com 50 kg de húmus custa de R$ 30,00 a R$ 50,00.





quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Produção de húmus deve começar aos poucos

O que é necessário para iniciar uma produção de húmus de minhoca?

Ricardo Viana Longo da Silva, Presidente Prudente, SP

O húmus, que é o excremento da minhoca, é utilizado como fertilizante, corretivo e estruturador do solo, sozinho ou combinado com adubos químicos.



É aconselhável iniciar a cultura aos poucos, até que o produtor ganhe experiência e conheça melhor a demanda local. Quem dispõe de pouco espaço pode usar caixas de madeira como canteiros de criação, que depois poderão servir como berçários. A primeira coisa a fazer é separar uma área para curtir o esterco, nivelando o solo. Não é necessária nenhuma construção para a esterqueira. Nela, mistura-se o esterco com palha, sabugos de milho, folhas de bananeira ou restos de frutas e vegetais. A mistura deverá permanecer no local por 30 dias, sendo revirada semanalmente.


 
O ideal para começar um minhocário é construir dois canteiros de 10 a 20 metros de comprimento, um de lar-gura e de 30 a 40 centíme-tros de profundidade. O melhor canteiro é o de alvenaria com fundo de terra batida, para facilitar a drenagem. Os canteiros deverão estar cheios de esterco curtido quando as minhocas chegarem. Estas devem sempre ser compradas de um criador idôneo. Quanto maior a quantidade de minhocas, mais rápido é o consumo de esterco e, portanto, maior a produção de húmus. Quando o esterco acabar, o conteúdo do canteiro deve ser peneirado e as minhocas transferidas para outro canteiro com novo esterco curtido. O local da criação deve ser ensolarado, pois umidade e sombra favorecem a proliferação de sanguessugas e outros predadores.



Consultora: MARIA ISABEL LEVIT, minhocultora, Rua Paulistânia, 46, apto. 101-C, CEP 05440-000, São Paulo, SP; tel. (11) 3672-5761; isaaclevit@ig.com.br
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