quinta-feira, 22 de março de 2012
Grama Amendoim ou Amendoim Forrageiro
A grama amendoim, cientificamente chamada de Arachis Repens e também conhecida por amendoim-rasteiro, amendoinzinho e amendoim-forrageiro, é uma planta leguminosa pertencente à família Arachis e, embora se pareça muito com a Arachis Pintoi,
se trata de uma espécie muito distinta. Conhecida por sua bela
cobertura verde-escuro, de textura peculiar, e suas delicadas flores
amarelas, a grama amendoim é comumente empregada no paisagismo,
principalmente de jardins fazenda.
Grama Amendoim e suas Aplicações
Sua
principal aplicação é na pastagem para gado, pois possui alto valor
nutritivo para os animais. Além disso, o desenvolvimento e rebrote
rápidos da grama amendoim fazem dela uma excelente vegetação para se
usar na proteção de taludes. Suas raízes profundas, que podem medir
cerca de 30 cm de profundidade, garantem uma ótima resistência do
terreno contra chuvas e deslizamentos.
Em sua aplicação para jardins e hortas, a grama amendoim desempenha
muito bem o papel de proteção contra ervas daninhas e, por isso, reduz
também os gastos na manutenção do gramado. Sua densa folhagem garante
que o solo receba bem pouca ou nenhuma luz solar e impede que ervas
daninhas apareçam.
Características da Grama Amendoim
Sua
folhagem é constituída de pequenas folhas com pêlos sedosos nas margens
e pequenas flores amarelas ao longo de todo gramado, e que florescem
várias vezes ao ano, característica notável da grama amendoim e que são
apresentadas em outras espécies da família Arachis.
A grama amendoim, embora pareça rústica, não é dotada de boa resistência
ao desgaste, geadas, e o pisoteio, porém, possui rápido rebrote e sua
capacidade de regeneração é muito grande.
Cuidados Com a Grama Amendoim
A grama amendoim não é muito tolerante a períodos de seca prolongados e
necessita de irrigação periódica, contudo, demonstra maior resistência
do que outros tipos de gramado, quando cultivados nas mesmas condições
do cerrado. Com suas raízes compridas, que podem alcançar até 30 cm
abaixo do solo, a grama amendoim pode buscar os nutrientes e água de que
precisa bem fundo no solo, e por isso pode tolerar períodos
consideravelmente extensos sem irrigação. Possui boa resistência a
sombra e recomenda-se que seu cultivo seja feito a pleno sol ou meia
sombra. Podendo ter de 20 cm a 40 cm de altura, dispensa as podas
periódicas e possui tolerância média ao encharcamento do solo.
Como Cultivar a Grama Amendoim
A grama amendoim produz uma quantidade muito pequena de sementes, tão
pequena que seria inviável a sua comercialização. O cultivo da grama
amendoim é possível através de mudas e de estolões, que podem chegar até
1,5 cm de comprimento. Para garantir uma propagação efetiva do gramado,
seu cultivo é feito através de mudas ou estolões ligeiramente
desenvolvidos que são plantados com certa distancia uns dos outros. O
sucesso do cultivo dessa forma se dá pelo fato de que a grama amendoim é
muito agressiva em cobrir o solo e se desenvolve com muita rapidez.
Apesar disso, a grama amendoim se dá muito bem com outras espécies de
gramíneas igualmente agressivas como, por exemplo, as do gênero
Brachiaria e podem ser cultivadas em conjunto.
Análise dos Benefícios e Aspectos Negativos da Grama Amendoim
Benefícios Oferecidos pela Grama Amendoim
A grama amendoim se desenvolve muito bem mesmo em solos ácidos, com
média ou pouca fertilidade, e pode ser utilizada para fazer a correção
da acidez do solo e na recuperação de solos muito degradados ou pouco
férteis.
A grama amendoim é muito utilizada em plantações de hortaliças e pomares
devido aos grandes benefícios que ela traz ao solo e as plantas
próximas de onde é cultivada. Ela é geralmente implantada entre os meios
dos cultivos onde ajuda, não só a combater as ervas daninhas, mas
também a reter umidade e fixar o nitrogênio no solo, adubando o solo
naturalmente, além de fazer a correção do pH da terra. Por tais motivos,
a grama amendoim é considerada um adubo vivo ou “adubo verde“.
Antes de iniciar o cultivo de qualquer espécie de grama, é necessário
fazer uma análise, não só dos pontos positivos, mas, também dos aspectos
negativos sobre determinado cultivar, em questão, da grama amendoim.
Tais pontos negativos da grama amendoim são muito claros e não somam
muitos em sua totalidade. O principal aspecto a se levar em consideração
é que a grama amendoim é muito delicada e não suporta bem o desgaste de
pisoteio e geadas ( com certeza rebrota após a geada).
Outro fator que não foi comentado ao longo do artigo é que ela pode
eventualmente atrair lebres, o que pode representar um problema para o
seu cultivo em hortas. Mesmo sendo poucos, são fatores essenciais para
se analisar antes de começar a cultivar a grama amendoim. Questões como,
qual será o nível de uso do gramado ou se existem lebres próximo a sua
localidade, são de extrema ajuda na hora de fazer tal escolha. Podemos
dizer que, deixando de lado os pequenos inconvenientes da grama
amendoim, ela é uma ótima opção para o cultivo de um gramado ou
pastagem.
Fonte: http://gramagrama.net/tipos-de-grama/grama-amendoim
Em breve teremos mudas para comercialização. Serão kits com 50 mudas de 25 cm, em raiz nua.
Caso tenha interesse, envie um email.ok
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Amendoim Forrageiro, uma alternativa de adubação verde e forragem!
Bom
dia! Tenho utilizado o amendoin forrageiro como cobertura verde, devido
aos amplos benefícios, que estão descritos abaixo. Cultivo nas entre
linhas do pomar e como forragem no jardim. As bananeiras foram as
primeiras espécies em que notei o sucesso deste consórcio! A implantação
do amendoin é através de mudas, isso acarreta bastante mão de obra; no
entanto é uma alternativa muito promissora para pequenos agricultores,
pois pode ser utilizada na alimentação de animais, o nome já diz:
forrageira. No final do artigo tem um vídeo do globo rural.
Boa semana!
Alexandre Panerai
Amendoim forrageiro melhora qualidade do pasto (04/02/2010)
Ações do documento Carlos Mauricio Andrade
Os produtores rurais que pretendem melhorar a alimentação do gado podem optar por consorciar suas pastagens de gramíneas com leguminosas. “Na região Norte, estamos na época ideal para o plantio dessas espécies, como o amendoim forrageiro, porque a grande incidência de chuvas oferece maiores chances da planta se estabelecer em todo o pasto”, alerta o pesquisador e chefe-geral da Embrapa Acre, Judson Valentim.
O
amendoim forrageiro pode ser utilizado na reforma do pasto ou pode ser
plantado em pastagens de gramíneas já existentes. “Nesse caso, há
necessidade de rebaixamento da gramínea através de pastejo ou roçagem”,
diz Valentim. Segundo o pesquisador, após estes cuidados, pequenos,
médios e grandes produtores podem plantar as mudas em covas, espaçadas
de um a dois metros. Depois do plantio, o pasto deve ficar isolado dos
animais durante três a quatro semanas. “Uma boa alternativa para
facilitar a disseminação é isolar uma pequena área na propriedade para
servir como viveiro, e aos poucos implantar o amendoim em toda a
pastagem”.
Vantagens
Essas
plantas conseguem fixar nitrogênio e por isso são capazes de produzir
grande quantidade de alimento, mesmo em solos de média e baixa
fertilidade. O amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte) possui
grande valor nutritivo devido ao alto teor de proteína em sua
composição, cerca de 20%, e pode ser consorciado com várias gramíneas
(capim-braquiarão, capim-braquiarinha, Brachiaria humidicola, capim
tangola e grama estrela africana roxa) na formação do pasto, aumentando
sua eficiência. No Acre, mais de 2,5 mil produtores utilizam a
tecnologia, envolvendo cerca de 115 mil hectares de área plantada.
Além de apresentar vantagens para a alimentação animal pela boa aceitação dos animais, a forrageira ainda auxilia na recuperação de pastos degradados. “O nitrogênio absorvido pelo amendoim forrageiro é convertido em adubo para as plantas. As folhas desta leguminosa também servem para adubar a terra e recuperar o vigor do pasto”, explica Valentim.
Segundo ele, o amendoim forrageiro pode ser utilizado no pasto para bovinos, eqüinos, ovinos, caprinos ou pode ser triturado e oferecido para alimentação de aves confinadas e ainda cortado verde para nutrição de porcos.
O produtor que quiser obter mudas do amendoim forrageiro pode entrar em contato com os escritórios da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e Secretaria de Estado de Agropecuária (Seap) para obter informações sobre quais propriedades possuem amendoim forrageiro para que produtor possa obter mudas ou agendar diretamente com a Embrapa, onde a retirada do material não possui custo e os interessados devem somente trazer a mão-de-obra para realizar o serviço.
Embrapa Acre
Rio Branco
Telefones: (68) 3212 3274 ou (68) 3212 3234
E-mail: sac@cpafac.embrapa.br
Endereço: Rodovia BR-364 KM 14 – Sentido Porto Velho (RO)
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
As galinhas criadas a base de amendoim forrageiro.
As
pastagens são as principais fontes de alimento dos rebanhos. No
entanto, por diversos fatores, como o uso de gramíneas puras e a falta
de dinheiro para a correção da fertilidade do solo, levam a uma ausência
de proteínas, necessária para a engorda dos animais.
No Acre, a solução tem sido uma forrageira leguminosa muito usada para
ornamentar jardins de nome científico Arachis pintoi. O que muita gente
não sabe é que a planta é uma rica fonte de proteína para a cadeia
alimentar animal.
Judson Ferreira Valentin é engenheiro agrônomo e um dos maiores
conhecedores do amendoim forrageiro (nome popular) no Acre. Segundo suas
pesquisas, 80% das pastagens do estado, cerca de 1 milhão e meio de
hectares, são formadas por braquiarias, mas como metade delas correm
sérios riscos de morrerem por falta de adaptação, o pesquisador
recomenda o uso da leguminosa em consórcio com outras pastagens. Em 6
anos mais de 2500 produtores já plantaram amendoim forrageiro, variedade
Belmonte, em cerca de 90 mil hectares no Acre.
"Em geral as pastagens tem deficiência de proteínas em diversas partes
do ano, principalmente no período seco ou quando o pasto está um pouco
passado. Ele não consegue suprir a necessidade de proteína para bovino
de corte que é em torno de 7% e para o gado de leite, 11%. Os capins
geralmente tem em torno de 5 a 11% de proteína enquanto que o amendoin
forrageiro possui 22%, ou seja, ele possui quantidade de proteína bem
acima da necessária para o ganho de peso e para a produção de leiteque",
explica Judson.
Outro benefício do amendoim forrageiro é a fixação de nitrogênio no
solo. Consorciado com alguns tipos de braquiárias chega a reter, em um
ano, entre 80 e 120 quilos de nitrogênio por hectare.
Além de ornamentar jardins e alimentar o gado, o amendoim forrageiro
também é usado na alimentação de galinhas, como faz seu João Fleming
que, há quatro anos, introduziu o amendoim forrageiro para recuperar o
solo degradado de seu sítio. Como já sabia que a leguminosa era rica em
proteína, resolveu experimentá-la na dieta alimentar das aves. Os
resultados começaram a aparecer.
"Eu só consegui ter as galinhas com produção satisfatória quando
introduziu o amendoin, ai a coisa andou bem, tá indo tranqüilo e elas
são calmas, uma criação totalmente natural, sem medicamentos, sem nenhum
tipo de antibióticos’, afirma João Fleming.
A criação é de galinhas caipira para produção de ovos. São
aproximadamente 1200 aves divididas em seis galpões. Onde acontece uma
outra surpresa.
Cerca elétrica
Além
do amendoim forrageiro, seu João introduziu uma versão para galinhas do
sistema de rotação de pastagem com uso de cerca elétrica.
Por incrível que possa parecer o sistema vem dando muito certo, a não
ser por algumas aves que, literalmente, pulam a cerca para ciscar o
pasto mais novo. A cerca possui cerca de 50cm de altura com dois fios,
sendo um eletrificado.
Arachis pintoi
As leguminosas do gênero Arachis são nativas da América do Sul, onde
existem mais de 80 espécies. Podendo medir de 20 a 50 centímetros e são
muito resistentes inclusive ao fogo. Adaptam-se em quase todos os tipos
de solo e em diversas condições, em altitudes de até 1800 metros e
intensidade de chuva em torno de 3500 milímetros por ano. No Brasil as
mais comuns são do tipo repens e Arachis pintoi, conhecido popularmente
como amendoim forrageiro.
Data de Exibição: 04-03-2007
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Uso de leguminosas na alimentação animal - Amendoim forrageiro
A
utilização de leguminosas para formar pastos consorciados com gramíneas
é uma prática muito utilizada pelos produtores do Acre. As leguminosas,
como o amendoim forrageiro, servem para alimentar bois, cabras,
ovelhas, cavalos e até porcos e galinhas. Essas plantas conseguem fixar
nitrogênio e por isso são capazes de produzir grande quantidade de
alimento de qualidade, mesmo em solos de média e baixa fertilidade.
O programa Prosa Rural desta semana fala sobre o uso das leguminosas na
alimentação animal e traz como entrevistado o pesquisador da Embrapa
Acre, Judson Valentim. Segundo o pesquisador, o
amendoim forrageiro pode ser utilizado no pasto, triturado e oferecido
para alimentação de aves confinadas, ou cortado verde para nutrição de
porcos. “É uma leguminosa de uso bastante amplo. No Acre, mais de 2,5 mil produtores utilizam a tecnologia, envolvendo cerca de 115 mil hectares de área plantada”, afirma.
As leguminosas apresentam ainda a vantagem de recuperar pastos degradados. “O
nitrogênio absorvido pelo amendoim forrageiro é convertido em adubo
para as plantas. As folhas desta leguminosa também servem para adubar a
terra, o que permite ao produtor não só recuperar o pasto, mas
também preparar o solo para produção de outras culturas”, explica
Valentim.
O Prosa Rural é o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Email: hugo@cpafac.embrapa.br Telefone: (68) 3212-3272 Unidade: Embrapa Acre
Amendoim Forrageiro
.O amendoin forrageiro (Arachis Pintoi), por ser perene e nativo da America do Sul, tem a característica de longevidade, o que proporciona economia em sistemas de produção em pastagens.
Nos Estados Unidos tem sido muito usado na substituição da alfafa na alimentação de animais, sendo muito bem aceito por herbívoros em geral, desde aves, suínos, caprinos, bovinos, equinos e etc.
Possui excelente índice de teor protéico (22% à 27% de proteína bruta-P.B), alta digestibilidade (média de 62%) além de ótima palatabilidade. Pode ser utilizado na produção de feno, pois forma longos estolões, o que propicia a feitura de grandes fardos. É resistente ao pisoteio, suporta de 70% à 80% de sombreamento, consorcia-se muito bem com gramíneas como as braquiárias, podendo ser plantado nas entrelinhas de grandes culturas, como café, eucalipto, citrus e outras, utilizando mais este espaço para pastejo, além de oferecer proteção ao solo agindo como “cobertura verde”.
Sua característica de fixar nitrogênio (N2) da atmosfera contribui com o aporte de nitrogênio no solo. Segundo Pereira (s.d.), esta leguminosa pode fixar de 80 a 120 kg de nitrogênio/ha/ano, diminuindo os custos de produção no controle de invasoras e adubação nitrogenada.
Os
resultados de pesquisa mostram de forma consistente que as pastagens
consorciadas com o amendoim forrageiro proporcionam aumentos
significativos na produção por animal e por área, quando comparadas com
pastagens de gramíneas puras (Argel, 1994; Lascano, 1994). Ganhos anuais
de peso vivo em pastagens com amendoim forrageiro têm variado de 160 a
200 kg/cabeça e de 250 a 600 kg/ha, dependendo das espécies de gramíneas
associadas, das condições ambientais e do sistema de manejo da pastagem
utilizado. A produtividade média obtida foi de 568 kg de peso
vivo/ha/ano ou 19 arrobas de carcaça/ha/ano.
Quer saber mais sobre o amendoim forrageiro?
acesse http://www.ufpel.tche.br/faem/agrociencia/v12n4/artigo01.pdf
terça-feira, 24 de abril de 2012
Não é falso cacau. É amendoim de árvore!
Mais uma fruta que podemos aproveitar. Que tal plantarmos mais frutíferas e divulgar??
Descobri que a Bombacopsis glabra Pasq. é parente da paineira, e é
também conhecida como castanha-do-maranhão, cacau-do-maranhão, mamorana,
cacau-selvagem ou amendoim-de-árvore. A família Bombacaceae, à qual
pertence, está distribuída pelas regiões tropicais da América, África,
sudeste asiático e noroeste australiano. No Brasil, o amendoim-de-árvore
ocorre naturalmente entre Pernambuco e Rio de Janeiro, em formações
secundárias de floresta pluvial atlântica e começo de encostas – no
interior de matas primárias e densas, esta planta é raridade. Mas, em se
plantando, em qualquer lugar dá. Em Santa Catarina é usada como cerca
viva e em várias outras cidades é usada como árvore ornamental. Chega a
atingir de 4 a 6 metros; tem tronco fino, com no máximo 40 centímetro de
diâmetro e folhas compostas e digitadas com 5 a 7 folíolos. A floração
começa a partir de setembro, sendo que a safra dos frutos vai de janeiro
a fevereiro. Mas, um ou outro fruto pode ser encontrado durante o ano
todo - prova disto é que colhemos estes frutos da foto agora, em pleno
julho.
As cápsulas, quando maduras e secas, caem e se abrem espontaneamente
liberando as castanhas cobertas com uma fina paina que se solta
facilmente num esfregar entre mãos. Já o cerne comestível é protegido
por uma camada mais firme me flexível, quase como uma castanha
portuguesa - porém, depois de seca e torrada, pode ser quebrada com a
pressão dos dedos. Podem ser comidas cruas ou torradas. Eu preferi
cruas, com textura de amendoim ainda verde e sabor do mesmo. Tostadas no
forno (deve-se cortar uma pontinha com a tesoura para que não estourem)
ganham um sabor amendoado, mais suave que o amendoim.
A planta é parente também de outra espécie muito parecida, a Pachira
aquatica, que recebe os mesmos nomes populares, além de macuba, e também
tem as sementes comestíveis. Porém seus frutos são de cor terrosa e as
flores tem pontas vermelhas, diferente da Bombacopsis, que tem flores
frutos verdes e flores brancas. Lembro ter visto muitas destas no Parque
do Flamento, no Rio. Mas ainda não comi.
Li num artigo que o amendoim-de-árvore pode ser uma boa alternativa como
fonte proteica e de ácidos graxos (como quase todas as sementes
comestíveis), na África, onde a árvore cresce abundantemente. Não
encontrei referências culinárias sobre pratos feito com ele, mas quando
chegar a safra prossigo na pesquisa. Enquanto isto, se alguém souber de
algum preparo com este ingrediente, qualquer informação é bem-vinda.
fonte: blog come-se
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Amendoim, abóboras e calcário no sitio em Montenegro
amendoim forrageiro |
Aproveitamos
o feriado para descansar a mente e cansar o corpo no sítio. É muito bom
notar a germinação das sementes de abóbora e melão, verificar o
crescimento do amendoim forrageiro, este excelente adubo verde. Coletei
umas vinte mudas de amendoim para levar ao sítio do Roberto na
localidade de Itapúã em Viamão. O amendoim Forrageiro é uma leguminosa.
As leguminosas apresentam ainda a vantagem de recuperar pastos degradados. “O
nitrogênio absorvido pelo amendoim forrageiro é convertido em adubo
para as plantas. As folhas desta leguminosa também servem para adubar a
terra, o que permite ao produtor não só recuperar o pasto, mas também preparar o solo para produção de outras culturas”.
Apliquei 25 kg de calcário , principalmente na horta e no entorno das frutíferas. O calcário é usado para corrigir o PH do solo.
O
calcário para fins agrícola é utilizado para corrigir a acidez do solo.
Ao mesmo tempo em que faz essa correção, o calcário também fornece
cálcio e magnésio indispensáveis para a nutrição das plantas. A
aplicação do calcário aumenta a disponibilidade de elementos nutrientes
para as plantas e permite a maximização dos efeitos dos fertilizantes, e
consequentemente o aumento substancial da capacidade produtiva da
terra.
Para
não perder o hábito, fui no vizinho buscar um carrinho de esterco de
gado, para aplicar nas frutíferas. Já podemos observar o resultado das
adubações dos meses passados, como a intensa brotação e florescimento
nas pereiras, caquizeiros e cerejeira riograndense. Áté nosso
pessegueiro está com alguns frutos (primeira vez). Parte do esterco
coloquei no canteiro de vermicompostagem, junto com frutos caídos nas
bergamoteiras e laranjeiras. Retirei dois formigueiros do canteiro de
vermicompostagem, pois as formigas não gostam muito das minhocas da
califórnia. Caso tivéssemos tempo poderíamos recolher uma quantidade
enorme de frutos caídos no chão e alimentar ainda mais nosso minhocário.
Bom, vamos fazendo o que podemos. Boa semana!
terça-feira, 12 de junho de 2012
Amendoim Forrageiro e o FRIO HISTÓRICO de -2,9°C EM MONTENEGRO
Existem dois tipos de geadas com relação a agricultura: a geada negra, que costuma congelar a parte interna das culturas; e a geada branca, que é a geada comum que congela a parte externa das culturas formando uma camada de gelo branca.
Para que ocorra a geada é necessário que o céu esteja limpo, sem a presença de neblina. Não pode haver vento (o que favorece a formação de geada branca) e a temperatura de relva (medida a mais ou menos 1,5 metro do chão) não pode ser maior que 4ºC.
Ler mais clique em : Avaliação do amendoim-forrageiro quanto à tolerância ao frio
quarta-feira, 20 de junho de 2012
plantio de alface sob amendoim forrageiro
Mais uma utilização do amendoim forrageiro! Certamente vou testá-la nas hortas onde executo consultorias.
Quem tiver mais novidades, envie um email para
panerai64@yahoo.com.br
Bom dia,
Então Alexandre, o cultivo dessa alface foi realizado na área experimental de horticultura, da Universidade do Estado de Mato Grosso, em Cáceres-MT. Desse experimento no caso, teve inicio no mês de novembro sendo colhida no mês de dezembro de 2011 (ciclo de 35 dias), foram avaliados nesse experimento somente quatro sistemas de cultivo. Hoje estou com um, ainda em fase de desenvolvimento com oito sistemas de cultivo diferentes (coberturas: amendoim forrageiro, plantio direto de milheto, palhada de milheto, palhada de grama, bagaço de cana, mulch preto e branco e plantio convenciona sem cobertura), esse teve inicio agora no mês de maio.
leandro batista da silva
Fonte: rede de agronomia
http://agronomos.ning.com/photo/plantio-de-alface-sob-amendoim-forrageiro?xg_source=activity
Quem tiver mais novidades, envie um email para
panerai64@yahoo.com.br
Bom dia,
Então Alexandre, o cultivo dessa alface foi realizado na área experimental de horticultura, da Universidade do Estado de Mato Grosso, em Cáceres-MT. Desse experimento no caso, teve inicio no mês de novembro sendo colhida no mês de dezembro de 2011 (ciclo de 35 dias), foram avaliados nesse experimento somente quatro sistemas de cultivo. Hoje estou com um, ainda em fase de desenvolvimento com oito sistemas de cultivo diferentes (coberturas: amendoim forrageiro, plantio direto de milheto, palhada de milheto, palhada de grama, bagaço de cana, mulch preto e branco e plantio convenciona sem cobertura), esse teve inicio agora no mês de maio.
leandro batista da silva
Fonte: rede de agronomia
http://agronomos.ning.com/photo/plantio-de-alface-sob-amendoim-forrageiro?xg_source=activity
terça-feira, 17 de maio de 2011
Mais uma vantagem do amemdoim forrageiro
Uma enchurrada no vale do Caí no rio grande do sul, no dia 23 de Abril
de 2011, cobriu o sítio de areia, como podem ver nas fotos!
Assim
podemos observar que a cobertura do solo com plantas resistentes é de
grande valor, na minimização dos danos. Notei que na beira do corrego de
água que subiu uns 3 metros , plantei o amendoim forrageiro, que ficou
firme no lugar.
O amendoim forrageiro é uma leguminosa herbácea perene, de crescimento rasteiro, estolonífera cm 20 a 40 cm de altura. Possui raiz pivotante que cresce em média até cerca de 30 cm de profundidade. A floração é indeterminada e contínua, com as inflorescências axilares em espiga.
É uma planta rústica, que aceita sombreamento, geadas e se adapta a
condições de seca e a solos pobres. Tem melhor desenvolvimento em locais
úmidos e quentes com alta intensidade de chuva.
Adaptabilidade edafoclimática
Produz densa quantidade de estolões, com pontos de crescimento bem
protegidos do consumo pelos animais e tem florescimento continuo durante
o ano, com a formação de uma reserva de sementes no solo que favorece a
persistência deste genótipo em áreas de pastagem (CIAT, 1992).
O
amendoim forrageiro se adapta bem a altitudes desde o nível do mar até
cerca de 1.800 m, desenvolve-se bem quando a precipitação é superior a
1.200 m. Não é muito tolerante a períodos secos prolongados, embora nas
condições de cerrado, este cultivar tenha se mostrado superior a outros
cinco acessos avaliados. Esta leguminosa é bem adaptada a solos ácidos,
de baixa a média fertilidade. Tem exigência moderada em fósforo, sendo
no entanto eficiente na absorção deste elemento quando em níveis baixos
no solo. Existem informações de elevada atividade de micorrizas
associados ao seu sistema radicular. Adapta-se bem em solos de textura
franca, sendo medianamente tolerante ao encharcamento. Resultados
preliminares indicam bom nível de reciclagem de nitrogênio em pastagens
com amendoim forrageiro. Há registros da espécie fixar 80 a 120 Kg de
N/ha/ano.
domingo, 14 de outubro de 2012
Amendoim Forrageiro, PALATABILIDADE, CRESCIMENTO E VALOR NUTRICIONAL FRENTE AO PASTOREIO DE EQÜINOS ADULTOS
A leguminosa Arachis pintoi é uma excelente fonte de forragem para
cavalos e pode estar associada com a maioria das gramíneas, mesmo as
mais agressivas.
Ela tem aceitação muito boa e excelente valor nutritivo. Os bons
resultados obtidos neste estudo, em relação à persistência na associação
ou na cobertura de solo e na nutrição de cavalos, indica essa espécie
como boa opção para o criador brasileiro de cavalos. Essa planta tem
grande tolerância ao pastoreio, devido à sua estrutura de crescimento
ser protegida da boca do animal, diferentemente da maioria das
leguminosas tropicais.
O Arachis pintoi (Amendoim Forrageiro Perene) é uma leguminosa herbácea
perene, de crescimento rasteiro, hábito estolonífero, prostrado e lança
estolões horizontalmente em todas as direções em quantidade
significativa, cujos pontos de crescimento são bem protegidos do pastejo
realizado pelos animais. Adapta-se bem em solos de baixa a média
fertilidade e tolera aqueles com alta saturação de alumínio (ácidos),
porém, responde bem à calagem e adubação fosfatada. É uma leguminosa de
porte baixo, dificilmente ultrapassando 30-40 cm de altura, possui raiz
pivotante, que pode alcançar 1,60 m de profundidade. As hastes são
ramificadas, circulares, ligeiramente achatadas, com entrenós curtos e
estolões que podem chegar a 1,5 m de comprimento. A planta floresce
várias vezes ao ano, geralmente entre a 4ª e 5ª semana após a emergência
das plântulas. Em condições de sombreamento, as plantas apresentam
crescimento mais vertical, com maior alongamento do caule, maior tamanho
e menor densidade de folhas (CALEGARI et al., 1995; LIMA, 2007;
SUPRAREAL, 2007).
Uma característica que confere grande tolerância ao pastejo é a
localização de seus pontos de crescimento que, geralmente, encontram-se
bem protegidos do alcance da boca do animal, ao contrário da maioria das
espécies de leguminosas tropicais, que tem seus pontos de crescimento
facilmente removidos em condições de pastejo intenso. Assim, é possível
manter uma área foliar residual, mesmo quando a planta é submetida a um
pastejo contínuo e intenso. Com relação ao frio, à seca, ao
encharcamento e às cigarrinhas, essa leguminosa apresenta tolerância
média segundo relatos de Calegari et al. (1995) e Lima (2007).
As pragas mais comuns que atacam essa leguminosa são os crisomélidos
(que consomem as folhas), formigas e algumas larvas de lepidópteros. A
presença dessas pragas ocorre de forma localizada dentro das pastagens e
não afeta a persistência e a sua produtividade (CALEGARI et al., 1995;
LIMA, 2007).
Apesar
de terem sido identificadas diversas doenças que atacam o amendoim
forrageiro, até o momento estas não têm limitado sua produção. De acordo
com Lima (2007), o Arachis pode ser usado tanto na consorciação com
gramíneas, como para recuperação de pastagens puras em processos de
degradação. Sua densa rede de entolhos tem impacto positivo no controle
da erosão (CALEGARI et al., 1995). Por ser ainda uma leguminosa perene,
age como fixadora de nitrogênio, que promove boa cobertura de solo e
controla plantas invasoras. Assim, foi objetivo da pesquisa proporcionar
outra alternativa forrageira para melhorar a qualidade nutritiva da
alimentação fornecida aos eqüinos criados na Região Metropolitana de
Curitiba.
CONCLUSÕES
Concluiu-se que Arachis pintoi, empregado isoladamente ou consorciado,
teve grande aceitação pelos animais (boa palatabilidade), além de
significativamente suprir as necessidades diárias, em função dos dados
da análise bromatológica efetuada.
Fonte: http://www2.pucpr.br/reol/index.php/ACADEMICA?dd1=1871&dd99=view
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Pomar de caqui com cobertura de amendoim forrageiro
Pomar de caqui com cobertura de amendoim forrageiro |
Emater-Rio estimula a produção de caqui em Trajano de Moraes
04/09/2012 - 13:22h - Atualizado em 04/09/2012 - 13:22h
Dia de campo sobre a cultura da fruta reúne agricultores da microbacia Alto Macabu
A Emater-Rio, empresa vinculada à secretaria estadual de Agricultura, e a
Prefeitura de Trajano de Moraes promoveram, na última sexta-feira
(31/8), na localidade de Gravatá, na microbacia Alto Macabu, o terceiro
encontro técnico do caqui. Os trabalhos foram conduzidos pelo engenheiro
agrônomo e supervisor regional da Emater-Rio na Serra, Alexandre
Jacintho Teixeira, autor de uma cartilha sobre cultivo do caqui,
publicada pela Emater-Rio em parceria com o Sebrae-RJ.
Na ocasião, Alexandre explicou como é feito o controle fitossanitário e a
prática de poda do caquizeiro. Durante a parte teórica, ele falou sobre
as duas principais doenças que podem acometer a lavoura de caqui
(cercosporiose e antracnose), além de algumas pragas como a lagarta dos
frutos, tripes e cochonilhas.
A
segunda parte foi prática, onde os participantes acompanharam as
demonstrações de poda. Segundo Alexandre, após a poda é recomendável
fazer dois procedimentos de pulverização no pé de caqui, utilizando
defensivos agrícolas alternativos: o primeiro, com a calda bordalesa; e o
segundo, após 30 dias, com a calda sulfocálcica.
- Essa técnica protege a planta e ajuda com eficiência no controle de pragas e doenças - afirmou.
Um das propriedades visitadas foi a da produtora rural Rosimar Fonseca Ouverney, que vive há 30 anos na região com a família. Há quatro anos, ela e o marido introduziram o amendoim forrageiro na lavoura do caqui, uma das técnicas sustentáveis de adubação incentivada pelo Programa Rio Rural.
- Se a poda não for realizada, os frutos tendem a ser mais fracos e
suscetíveis a doenças. Além de facilitar a colheita, esse manejo aumenta
a produtividade em longo prazo, já que a planta fica mais exposta à
luminosidade - explicou a agricultora.
O próximo dia de campo sobre caqui está previsto para 6 de setembro
(quinta-feira), às 10h, na localidade Tirol, em Trajano de Moraes.
fonte: http://www.rj.gov.br/web/seapec/exibeconteudo?article-id=1137457
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
PLANTAS MELHORADORAS DO SOLO 1 - EMBRAPA
Boa
semana! Você quer recuperar seu solo do pomar , da horta ou do jardim??
Utilize estas plantas, a natureza agradece. Sou fã do amendoim
forrageiro, ele suporta geadas fortes ( veja nas fotos abaixo).
Depois eu publico as outras plantas, deste folder da EMBRAPA.
alexandre
Eng. Agrônomo
Plantas
melhoradoras são aquelas que proporcionam melhorias nas propriedades
físicas, químicas e biológicas do solo. As leguminosas destacam-se entre
as espécies vegetais que podem ser utilizadas como plantas melhoradoras
do solo, pela sua característica em obter a quase totalidade do
nitrogênio que necessitam, por meio da simbiose com bactérias
específicas, as quais, ao se associarem com as leguminosas, utilizam o
nitrogênio atmosférico transformando-o em compostos nitrogenados; além
disso, apresentam raízes geralmente bem ramificadas e profundas, que
atuam estabilizando a estrutura do solo e reciclando nutrientes.
Trabalhos
de pesquisa com fruteiras (banana, citros, mamão e maracujá) têm
mostrado efeitos benéficos da utilização de leguminosas nas entrelinhas,
como plantas melhoradoras do solo.
Entre
as leguminosas estão o feijão-de-porco, o guandu, a crotalária, o
caupi, o kudzu tropical, a mucuna preta e o amendoim forrageiro.
7. Amendoim forrageiro (Arachis pintoi Krap. & Greg.)
É
uma leguminosa nativa do Brasil, perene, de crescimento rasteiro, de
clima tropical e subtropical, recuperando-se depois de geadas fortes e
suportando secas moderadas. Apresenta altura média de 0,20 a 0,40 m e
raiz pivotante. Adapta-se em solos argilosos e arenosos, porém produz
maior massa vegetal nos solos mais férteis.
Essa leguminosa, que apresenta
boa tolerância ao sombreamento e ao pisoteio, é indicada para cobertura
permanente do solo em culturas perenes, como fruteiras, objetivando
controlar erosões, competir com plantas invasoras e fixar nitrogênio
atmosférico (60 a 150 kg de N/ha/ano). É também utilizada como forragem,
tanto pelo alto teor de proteína (150 a 220 g/kg), quanto por ser
tolerante ao pastejo.
O plantio pode ser feito a
lanço, em linhas ou em covas, manual ou mecanicamente. Aprofundidade de
semeadura deve ser de 0,02 a 0,05 m, e a densidade da semeadura vai
depender da qualidade das sementes, podendo ser em covas espaçadas de
0,50 em 0,50 m. Como a sua semente, e também a da maioria das
leguminosas, apresenta uma cobertura impermeável à penetração de água,
impedindo a germinação, além de ser de difícil obtenção, recomenda se a
propagação por mudas (40.000 mudas/ha).
6. Mucuna preta (Stizolobium aterrimum Piper & Tracy)
É
a espécie de mucuna mais conhecida no Brasil, tem ciclo anual, é
robusta, de c rescimento indeterminado, com hábito rasteiro e emite
ramos trepadores. É uma leguminosa rústica, de clima tropical e
subtropical , resistente a temperaturas elevadas, à seca, ao
sombreamento e ligeiramente resistente ao encharcamento temporário do
solo. Adapta-se a solos ácidos e com baixos teores de nutrientes.
Produz
40 a 50 t de massa verde/ha, é bastante utilizada como adubo verde,
fixando de 170 a 210 kg de N/ha, além de atuar na diminuição da
multiplicação de populações de nematóides. Quando intercalada com
culturas perenes, a mucuna deve ter seus ramos manejados, para que não
subam nas plantas, prejudicando o
desenvolvimento
destas. Além disso, pode ser utilizada como forragem ou grãos
triturados, como suplemento protéico na alimentação animal.
A
semeadura pode ser realizada em linhas, no espaçamento de 0,50 m, com
quatro a oito sementes por metro linear (60 a 80 kg de sementes/ha). No
plantio em covas, espaçá-las em 0,40 m, colocandose duas a três sementes
por cova. Caso o plantio seja a lanço, utilizamse em torno de 10
sementes/m2 com uma densidade 20% superior.Recomenda-se a escarificação
das sementes com areia, para quebrar a dormência.
1. Feijão-de-porco [Canavalia ensiformis (L) DC]
É uma leguminosa rústica, anual
ou bianual, de clima tropical e subtropical, não suportando geadas
fortes. Apresenta crescimento inicial relativamente rápido, sendo
resistente a altas temperaturas e à seca e tolerante ao sombreamento
parcial. Adapta-se tanto aos solos argilosos quanto aos arenosos.
É
eficiente na cobertura do solo, apresentando efeito supressor e/ou
alelopático em plantas invasoras, principalmente no difícil controle da
tiririca (Cyperus rotundus). Produz de 20 a 40 t de massa verde/ha e
fixa de 80 a 160 kg de N/ha, dependendo da idade da planta, tipo de
solo, clima, época e densidade de semeadura. Os grãos ou vagens podem
ser consumidos cozidos ou em conserva pelo homem, apresentando sabor
agradável e grande valor nutritivo. É suscetível ao ataque de
nematóides.
A semeadura pode ser feita em
linhas, no espaçamento de 0,50 m, com 5 a 6 sementes por metro linear
(cerca de 130 a 160 kg de sementes/ha). No caso do plantio em covas,
recomendam-se duas sementes por cova, distanciadas em 0,40 m. Se o
plantio for a lanço (8 sementes/m2), gasta-se em torno de 20% a mais de
sementes.
2. Guandu [Cajanus cajan (L) Millsp.]
É
uma leguminosa arbustiva, anual ou semi-perene, com vida de até três
anos, quando podada anualmente. É uma planta resistente à seca, sendo
suficientes 500 mm anuais de chuva para seu desenvolvimento. É pouco
exigente em nutrientes, desenvolvendo-se bem tanto em solos arenosos
quanto nos argilosos; contudo, não tolera excesso de umidade nas raízes.
Apresenta
alta produção de massa verde (20 a 30 t/ha) e seu sistema radicular
pivotante tem grande capacidade de reciclar nutrientes e penetrar em
solos compactados e adensados. Como adubo verde, deve ser podado no
pré-florescimento (140 a 180 dias), fixando de 90 a 170 kg de N/ha. Além
disso, essa leguminosa fornece forragem com mais de 200 g de proteína
por quilo e os grãos podem ser utilizados tanto na alimentação humana
quanto animal.
A semeadura pode ser feita em
linhas, no espaçamento de 0,50 m, com 16 a 25 sementes por metro linear
(50 kg de sementes/ha). No caso de plantio em covas, recomenda-se duas a
três sementes por cova, distanciadas em 0,20 m. No plantio a lanço,
recomendam-se 40 sementes/m2, com densidade de 60 kg/ha.
Referências bibliográficas
CALEGARI, A. Leguminosas para adubação verde de verão no Paraná. Londrina: IAPAR, 1995. 118p. (IAPAR. Circular, 80).
MONEGAT, C. Plantas de cobertura do solo: características e manejo em pequenas propriedades. Chapecó: ACARESC, 1991. 337p.
PIRAÍ SEMENTES (Piracicaba, SP). Adubação verde. Piracicaba: Dezembro/2004
Ana Lúcia Borges
Luciano da Silva Souza
José Eduardo Borges de Carvalho
Tiragem: 1000 exemplares
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Desempenho de variedades de bananeira em sistema de produção orgânica
A
banana, Musa spp., uma das frutas mais consumidas no mundo, possui
vitaminas (A, B e C), minerais (Ca, K e Fe), fibras (1,5 a 2,8 g/100 g) e
baixos teores calóricos (78 a 128 kcal/100 g) e de gordura (0,1 a 0,2
g/100 g), constituindo importante fonte de alimento. A bananeira,
predominantemente do tipo Prata (grupo genômico AAB), é cultivada de
norte a sul do país, em solos dos mais diversos, sob sistemas de
produção convencional, integrada e orgânica.
O sistema de produção orgânica busca manejar de forma equilibrada o
solo, água, plantas e animais, conservando-os a longo prazo e mantendo a
harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos. Nesse
sistema, a bananeira já tem sido cultivada e está certificada nos
Estados do ES, MG, PE, RJ, RS, SC e SP.
O princípio básico do manejo orgânico é a utilização da matéria
orgânica para proporcionar melhoria da fertilidade e vida do solo, dar
garantia de produtividade e qualidade dos produtos agrícolas, como
também oferecer proteção às plantas contra pragas e doenças. Como
aliado do processo, o uso de coberturas verdes e vivas no solo, como as
leguminosas, permite a produção de matéria orgânica e o fornecimento de
nitrogênio (N). As leguminosas caracterizam-se por obter a quase
totalidade do N que necessitam da atmosfera, por meio da simbiose com
bactérias específicas. Além disso, possuem raízes geralmente bem
ramificadas e profundas, que atuam estabilizando a estrutura do solo,
reciclando nutrientes e incorporando matéria orgânica.
Objetivou-se neste estudo avaliar o desempenho de seis
variedades de bananeira sob condições de manejo orgânico, com duas
leguminosas para cobertura do solo.
Implantou-se uma área, sem irrigação, na Unidade de Pesquisa de Produção
Orgânica (UPPO) da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em Cruz
das Almas, Bahia, em Latossolo Amarelo distrocoeso, em julho de 2006. O
solo, antes do plantio da bananeira, apresentou os seguintes atributos
químicos, na camada de 0-20 cm: pH em água igual a 4,9; P e K com os
valores respectivos de 5 e 117 mg/dm3; Ca, Mg, SB e CTC de 2,5; 0,3;
3,18 e 7,91 cmolc/dm3, respectivamente; V=40%; e M.O.= 7,5g/kg; e de
20-40 cm: pH em água=4,6; P e K, respectivamente, 2 e 47 mg/dm3; Ca, Mg,
SB e CTC de 1,3; 0,5; 2,05 e 6,01 cmolc/dm3, respectivamente; V=34%; e
M.O.= 5,2 g/kg.
Foram avaliadas seis variedades de banana [Caipira (AAA), Maravilha
(AAAB), Pacovan Ken (AAAB), Prata-Anã (AAB), Thap Maeo (AAB) e Tropical
(AAAB)], no espaçamento de 4m x 2m x 2m, com 25 plantas úteis de cada
variedade, sob dois manejos do solo com as leguminosas feijão-de-porco
(Canavalia ensiformis) e amendoim forrageiro (Arachis pintoi). As
leguminosas foram plantadas na mesma época da bananeira, sendo ceifadas
ao final da estação chuvosa. Além da calagem para elevar a saturação por
bases (V) para 70%, as bananeiras foram adubadas no plantio com 10
litros de composto orgânico + 1 kg de fosbahia e, em cobertura, com 2,5
litros de composto orgânico. Para avaliar o desempenho das variedades de
banana sob manejo orgânico foram determinados, por ocasião do
florescimento, o número de dias do plantio ao florescimento (DFL), a
altura (ALT) e o diâmetro (DPC) do pseudocaule e o número de folhas
vivas (NFV); e na colheita, número de dias do plantio à colheita - ciclo
- (DCL), peso das pencas (PPE), número (NFR) e peso médio de frutos
(PMF), comprimento (CFR) e diâmetro (DFR) médio dos frutos da 2a penca,
como também a produtividade da bananeira, por ciclo e por ano em
tonelada.
Os dados obtidos foram analisados por estatística descritiva e as
médias, dentro de cada variedade, comparadas pelo teste t, considerando
probabilidade de 10%.
Quanto às coberturas vivas do solo, apenas a ‘Caipira’ não mostrou
diferença entre as leguminosas para os atributos avaliados. A
‘Maravilha’ apresentou-se significativamente mais vigorosa (altura e
diâmetro do pseudocaule e número de folhas vivas maiores) na cobertura
viva do solo com feijão-de-porco (2,56 m de altura; 21,2 cm de diâmetro
do pseudocaule e 12,6 folhas). Estes resultados confirmam a
potencialidade dessa leguminosa como cobertura do solo para a bananeira.
Contudo, para ‘Prata Anã’, o amendoim forrageiro
reduziu significativamente o número de dias para o florescimento e para a
colheita (42 dias), apesar de ter sido 97 dias superior ao período
estimado no sistema convencional. Além disso, apesar do número de frutos
19% menor ao do sistema convencional, o peso médio do fruto foi
semelhante (111,9 g). Por outro lado, a cobertura do solo com
feijão-de-porco proporcionou maior diâmetro do pseudocaule (20,7 cm) e
maior número de frutos (192) para ‘Thap Maeo’ e maior número de frutos
(120) para a ‘Tropical’, no primeiro ciclo de produção.
Assim, na primeira colheita, a variedade de banana Maravilha obteve
melhor desempenho no sistema de produção orgânica, enquanto a ‘Tropical’
apresentou o menor. Já a cobertura viva com feijão-de-porco foi mais
benéfica à bananeira.
As figuras 1 e 2 mostram vistas do cultivo da bananeira sob manejo orgânico.
Figura 1. Vista da área com as coberturas com feijão-de-porco e amendoim forrageiro.
Ana Lúcia Borges e Luciano da Silva Souza
Pesquisador(a) da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, Caixa Postal
007, Cruz das Almas, BA, CEP 44380-000, analucia@cnpmf.embrapa.br,
lsouza@cnpmf.embrapa.br.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Plantas para enriquecer os solos - adubação verde
Prática é econômica e eficiente para recuperar, manter e melhorar a capacidade produtiva
crotalária |
Em um mundo cada
vez mais necessitado de ações que valorizem a preservação ambiental, a
adubação verde tem se destacado como uma excelente opção para a
recuperação e melhoria dos solos. A técnica agrícola, utilizada há mais
de 2.000 anos por gregos, romanos e chineses, consiste no cultivo de
espécies de plantas com elevado potencial de produção de massa vegetal
com o objetivo de melhorar as condições físicas, químicas e biológicas
dos solos.
A prática, desde que utilizada continuamente, aumenta o teor de matéria orgânica, recuperando solos degradados; diminui a perda de nutrientes, como o nitrogênio; reduz a quantidade de plantas invasoras; favorece a proliferação de minhocas e reduz o ataque de pragas e doenças.
A utilização de adubo verde contribui ainda para diminuir o emprego de fertilizantes minerais e defensivos e, devido à cobertura que desenvolve na superfície do solo, também protege a terra contra os efeitos da erosão.
O pesquisador da Embrapa José Alberto Mattioni explica que a família das leguminosas é a mais utilizada como adubo verde. A principal razão está em sua capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico. “Isso porque as leguminosas são capazes de fazer uma associação com bactérias próprias para fixar esse nutriente tão importante”, analisa. Assim, com essa adubação natural, cai o custo da produção, uma vez que o agricultor não precisará comprar adubo nitrogenado”, completa.
Outro motivo é que as leguminosas apresentam um sistema radicular geralmente bem profundo e ramificado, capaz de extrair nutrientes das camadas mais profundas do solo.
Grupos - Há três grupos distintos de adubos verdes: espécies de primavera/verão, outono/inverno e espécies perenes. As espécies de primavera/verão são plantadas no período de setembro a dezembro e as de outono/inverno de março a junho. As espécies perenes, uma vez plantadas permanecem durante vários anos desempenhando seu papel como adubo verde. Essas espécies são semeadas de setembro a dezembro.
O desempenho de cada espécie a ser utilizada está, de modo geral, diretamente relacionado às condições do clima e solo de cada local e à melhor época de cultivo.
A prática, desde que utilizada continuamente, aumenta o teor de matéria orgânica, recuperando solos degradados; diminui a perda de nutrientes, como o nitrogênio; reduz a quantidade de plantas invasoras; favorece a proliferação de minhocas e reduz o ataque de pragas e doenças.
A utilização de adubo verde contribui ainda para diminuir o emprego de fertilizantes minerais e defensivos e, devido à cobertura que desenvolve na superfície do solo, também protege a terra contra os efeitos da erosão.
O pesquisador da Embrapa José Alberto Mattioni explica que a família das leguminosas é a mais utilizada como adubo verde. A principal razão está em sua capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico. “Isso porque as leguminosas são capazes de fazer uma associação com bactérias próprias para fixar esse nutriente tão importante”, analisa. Assim, com essa adubação natural, cai o custo da produção, uma vez que o agricultor não precisará comprar adubo nitrogenado”, completa.
Outro motivo é que as leguminosas apresentam um sistema radicular geralmente bem profundo e ramificado, capaz de extrair nutrientes das camadas mais profundas do solo.
Grupos - Há três grupos distintos de adubos verdes: espécies de primavera/verão, outono/inverno e espécies perenes. As espécies de primavera/verão são plantadas no período de setembro a dezembro e as de outono/inverno de março a junho. As espécies perenes, uma vez plantadas permanecem durante vários anos desempenhando seu papel como adubo verde. Essas espécies são semeadas de setembro a dezembro.
O desempenho de cada espécie a ser utilizada está, de modo geral, diretamente relacionado às condições do clima e solo de cada local e à melhor época de cultivo.
amendoim forrageiro |
Kudzu |
fonte: correio riograndense
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Cobertura viva em pomares reduz custos para o agricultor
crotálaria |
A tecnologia consiste no plantio das leguminosas
(amendoim forrageiro, calopogônio, cudzu tropical, siratro e soja
perene) nas entrelinhas de espécies frutíferas (banana, citros, figo,
maracujá e pinha), formando uma cobertura verde. Estas espécies são
capazes de se associar a bactérias presentes no solo e transformar o
nitrogênio do ar em compostos nitrogenados. Por isso, o uso dessas
plantas de cobertura pode reduzir ou até eliminar o uso de fertilizantes
minerais nitrogenados, contribuindo assim para uma maior
sustentabilidade da agricultura e garantindo a conservação de recursos
naturais.
amendoim forrageiro |
Para falar sobre este assunto, o Prosa Rural desta
semana convidou os pesquisadores José Antônio Azevedo e Ednaldo Araújo,
da Embrapa Agrobiologia. “A maior parte das espécies usadas como
cobertura viva são mais conhecidas pelos agricultores por uma outra
característica que é o fato de também servirem de alimentos para os
animais. Então, falar em cobertura viva em pomares é uma prática que
poucos agricultores ainda conhecem e que precisa ser mais difundida”,
destaca José Antônio, durante sua participação no programa.
Saiba
mais sobre este assunto ouvindo o Prosa Rural desta semana, o programa
de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa,
vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O
programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome.
2012/06/11 | ||||||
Ana Lúcia Ferreira Gomes (MTB 16913/RJ)
Email: analucia@cnpab.embrapa.br Telefone: (21) 3441- 1596 |
||||||
Embrapa Agrobiologia |
7 comentários:
Boa tarde gostei muito dos artigos publicados meus parabens. Gostaria de contruir um matrizerio de amendoim forrageiro nas não tenho ideia de tamanho nem tipo terra/areia usar. Tem como dar orientação. Alem disto como tirar as mudas qual o ponto certo. Estou na região serrana na cidade de Engenheiro Paulo de Frontin - RJ (550 metros altitude)
A recomendação é plantar as mudas com 30 cm de comprimento, enterrando 20 cm, com uma distância de 50 cm uma cova da outra. O matrizeiro pode ser 2 x 5 m (10 m²)para iniciar. Quanto ao solo,já plantei até em areia e as mudas se desenvolveram bem. Suporta locais sombreados e solos ácidos.
Boa sorte!
Boa tarde amigos muito boas estas informações sobre o amendoim forrageiro , pois tenho plantado no meu sitio e a cobertura e proteção do solo e espetacular, estou localizado no RJ e sou colecionador de frutiferas e hortaliças não convencionais e tenho mudas de amendoim forrageiro e mudas de frutiferas das regiões amazonica,cerrado e mata atlantica para troca ou venda. Se tiver interesse entre em contato.
Email: pesqueirarui6@gmail.com.
ATT:RUI PESQUEIRA
Olá, boas as informações sobre a gr. amendoim. Comprei 200 mudas e plantei há dois meses e com essa chuva esta se desenvolvendo muito bem, vamos aguardar, obrigado
saber o preço das mudas
Olá,ótimas, explicações sobre o amendoim forrageiro.Aqui na região do estado de SP, plantei em consórcio, com o braquiarao só q em dois anos, notei q ele começou a dominar o braquirao em algumas partes da propriedade, até o eliminou. Alguém sabe a possível causa? Afinal era pra ser um bom consorcio
Olá,ótimas, explicações sobre o amendoim forrageiro.Aqui na região do estado de SP, plantei em consórcio, com o braquiarao só q em dois anos, notei q ele começou a dominar o braquirao em algumas partes da propriedade, até o eliminou. Alguém sabe a possível causa? Afinal era pra ser um bom consorcio
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