Pó de Rocha: Tecnologia de ponta; saiba mais
Os solos mais ricos e férteis do mundo tiveram sua origem numa rocha vulcânica e extremamente dura: o basalto!
Na natureza, para se formar um centímetro de solo a partir da
decomposição da rocha, os geólogos e pedólogos afirmam serem necessários
cerca de 500 a 1.200 anos, dependendo da intensidade das reações
químicas e biológicas de decomposição.
É fantástica a quantidade de elementos minerais nutritivos encontrados
no basalto. Aqui no Brasil são poucas ainda as referências de sua
utilização em escala comercial na agricultura. Na Europa, sua utilização
pode ser considerada uma prática convencional de muitos agricultores.
Mais impressionante ainda é a capacidade que o pó de basalto possui em
recuperar solos que foram empobrecidos pelos processos de erosão,
lixiviação, acidificação natural ou pela aplicação de fertilizantes
químicos, e principalmente pela exportação contínua de nutrientes pelas
colheitas.
Num processo convencional de produção de alimentos, são fornecidos às
plantas apenas nitrogênio, fósforo e potássio, chamados de NPK, tornando
o solo e sua produção desequilibrados e enfermos. Sabemos que, para uma
planta desenvolver-se sadia e equilibrada necessita de 45 micro e
macronutrientes, dos quais podemos encontrar no pó de basalto.
A importância do solo é muito grande, para toda cadeia alimentar, dentro
desta cadeia está o homem, que depende totalmente dele para se
alimentar. Do equilíbrio do solo depende toda a vida na Terra. Assim, as
plantas crescerão sadias e sem doenças, biologicamente completas. Terão
quantidades e proporções ideais de minerais para alimentar qualquer
animal e mantê-lo sadio, sem doenças e com vitalidade.
Só para dar um exemplo da importância do solo na cadeia alimentar do
homem, os solos carentes de magnésio vão produzir culturas deficientes
deste mineral, e os animais que delas se alimentarem tornar-se-ão
carentes. No homem, as carências de magnésio provocam doenças como:
hipertensão, artrose, artrite e muitas outras, uma vez que efetua mais
de 300 funções no organismo humano.
A
presença de uma ampla diversidade de elementos químicos no pó de rocha,
com destaques para os elevados teores de fósforo (cerca de 60 vezes
mais que um solo de ótima fertilidade), cálcio (10 vezes mais), magnésio
(20 a 40 vezes mais), enxofre, potássio, boro, ferro e principalmente o
silício, numa proporção elevada de óxidos de silício (7,8%), além de
titânio, lítio, cobalto, iodo e tantos outros elementos que a ciência
agronômica ainda não estudou os efeitos sobre as plantas.
O resultado imediato da aplicação do pó de basalto é o desenvolvimento
abundante de raízes das plantas, tornando-as capazes de aumentarem a
absorção de nutrientes e conseqüentemente sua capacidade produtiva.
Estudos recentes no Brasil o indicam como potencial recuperador de
pastagens e de canaviais. A liberação dos nutrientes do pó de basalto é
gradual e contínua. As pesquisas apontam que os melhores efeitos são
obtidos com o pó de basalto de granulometrias variáveis, isto é, uma
mistura de grãos finos e grãos mais grossos.
As partículas mais finas têm uma liberação mais rápida de nutrientes,
enquanto que os grãos maiores vão liberando seus nutrientes lentamente,
de forma homeopática.
Mas o maior benefício do basalto é mesmo a produção de alimentos muito
mais sadios e riquíssimos em nutrientes, tornando as pessoas e os
animais que deles se alimentam igualmente sadios e bem nutridos. Plantas
mais sadias, resistentes ao ataque de doenças e pragas.
O pó de pedra ou de rocha, não deve ser e não é apresentado como uma
receita pronta e completa para o desenvolvimento da agricultura, como
foi implantada pelas grandes empresas a revolução verde, com o uso de
adubos químicos e venenos. O maior ou menor resultado do uso de pó de
rocha nas culturas, não depende exclusivamente do seu uso ou não, mas
também da vida biológica do solo. Num solo muito pobre e desgastado, a
reação será menor, ao contrário que num solo vivo, que contenha matéria
orgânica, sem uso de químicos, venenos e adubação verde.
A idéia de que existe uma receita pronta, deve ser desmistificada, as
dosagens de pó de rocha devem ser testadas em cada propriedade,
começando com pequenas quantidades e ir aumentando até obter o resultado
esperado.
Antonio Weber – Agroecologista com certificação orgânica (IBDCultivamos idéias, ideais & plantas...
O maior ou menor resultado do uso de pó de rocha nas culturas, não
depende exclusivamente do seu uso ou não, mas também da vida biológica
do solo.
fonte:http://www.radiocoracao.org/noticias/po-de-rocha-tecnologia-de-ponta-saiba-mais
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Pó de rochas fecunda os solos
O agricultor brasileiro está tirando
leite de pedras. Explica-se: produtores de grãos, hortaliças, frutas,
flores, pastagens e na silvicultura estão usando pó de rochas em
substituição aos adubos químicos convencionais, e com vantagens. É a
chamada biomineralização. As rochas com potencial de uso para a
agricultura estão expostas na superfície ou são subprodutos da atividade
mineradora.
Antes
de virarem adubo natural, as rochas passam por um processo chamado de
rochagem, no qual são transformadas em pó. “O pó de rocha fornece
nutrientes ao solo, como cálcio, fósforo, magnésio e, principalmente,
potássio”, esclarece o pesquisador Éder Martins, da Embrapa Cerrados.
Martins coordena a Rede AgriRocha, formada por cerca de 100
pesquisadores que avaliam o potencial das diferentes rochas brasileiras
como fontes de nutrientes para a agricultura.
Outra
função dessas rochas é de serem condicionadores do solo. Isto é,
permitem que outros nutrientes e condições do solo sejam mais
equilibrados e que os nutrientes sejam disponibilizados conforme a
demanda da cultura. “Especialmente em culturas perenes, essas fontes são
de disponibilização lenta. A vantagem disso, em comparação às fontes
convencionais, é que o agricultor não precisa ficar repondo os
fertilizantes”, ressalta Martins.
Os
três Estados do Sul têm experiências de manejo alternativo em várias
culturas. No RS, a biomineralização despertou o interesse de produtores
da região de Ijuí. Testes feitos com a aplicação de pó de rochas, em
lavouras e hortas, têm deixado satisfeitos os produtores. “O pó de rocha
contém cerca de 70 minerais, como cálcio, ferro, magnésio, ou seja,
praticamente todos os minerais de que a planta necessita”, disse o
engenheiro agrônomo da Emater, Gilberto Pozzobon.
Uma dessas propriedades é a de
Cristiano Didoné, produtor de leite do interior de Ijuí. As duas
toneladas de pó de rocha que aplicou em uma área considerada improdutiva
conseguiram aumentar a produtividade em 30%. “Os resultados começaram a
aparecer a partir do segundo ano”, disse Didoné.
Quando depositados em solos
enfraquecidos, os minerais que as rochas carregam vão alimentar e nutrir
as plantas, que, segundo os técnicos, crescerão mais saudáveis e menos
suscetíveis a doenças. “A biomineralização pode ser uma alternativa ao
modelo de produção que não respeita a natureza e o ser humano”, disse o
presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ijuí, Carlos
Karlinski.
Em SC - Santa Catarina está
apostando na adubação com pó de basalto. Em Guaraciaba, no
Extremo-Oeste, o basalto é usado misturado com adubo orgânico em
pastagens perenes de verão. “Houve desenvolvimento de rebrota em menor
período de tempo e diminuiu a incidência de pragas”, conta o agrônomo
Clístenes Guadagnin, extensionista da Epagri local.
Os resultados estão associados a
um melhor manejo do gado, da pastagem e do solo, com a divisão em
piquetes. Em testes realizados com lavouras de arroz sequeiro e milho,
houve menor incidência de doenças foliares, maior produção e resistência
das plantas a períodos de estresse hídrico.
Em Ituporanga, no Vale do
Itajaí, o pó de ardósia é usado na produção de cebola. “Usamos esse
material associado à adubação verde e percebemos que o teor de potássio
subiu rapidamente. Além disso, a acidez do solo diminuiu”, conta o
agrônomo Hernandes Werner, pesquisador da Estação Experimental de
Ituporanga.
Catarinense descobre basalto moído
Agricultores de diferentes
regiões de Santa Catarina estão usando pó de rocha para repor os
nutrientes da terra. Um deles é Wilfrit Kunze, da localidade de Santa
Maria, em Porto União. No lugar do adubo convencional, ele começou a
aplicar basalto moído e se surpreendeu com o resultado. Os custos de
produção caíram e, hoje, ele planta milho, feijão, soja e cebola no
sistema agroecológico usando basalto misturado com adubo orgânico.
Wilfrit associa essa técnica com
adubação verde de inverno, plantio direto e rotação de culturas. O
sistema tem aumentado a produtividade: no primeiro ano com pó de rocha, o
agricultor colheu 180 sacas de milho por alqueire. No ano seguinte,
colheu 220 sacas na mesma área.
Para o agrônomo Daniel Dalgallo,
extensionista da Epagri, o pó de basalto pode substituir com vantagens a
adubação sintética. “Com o adubo químico, o produtor se limita a seis
ou sete nutrientes. O basalto tem 108 elementos químicos. Desses, 42 são
importantes para o metabolismo da planta. Com uma nutrição equilibrada,
a planta fica mais resistente a doenças”, destaca.
Análises - De acordo com o
biólogo Bernardo Knapik, que há mais de 20 anos estuda o pó de basalto,
análises foliares das plantas que receberam a técnica apontam que elas
são mais ricas em nutrientes. “O pó de rocha não agride o meio ambiente
porque não se dissolve rapidamente. Ele é trabalhado pelos
micro-organismos e pelas raízes e, assim, o solo se regenera. Já o adubo
sintético é solúvel, a planta aproveita o que pode, e o que ela não
absorve pode causar problemas ambientais”, compara.
Para ser usada na agricultura, a
rocha é moída até se transformar em um pó semelhante ao cimento. Mas
antes de usar esse material na lavoura, o agricultor deve fazer uma
análise do solo e buscar o acompanhamento de um engenheiro agrônomo ou
técnico agrícola.
Pesquisadores confirmam qualidades da rocha moída
O
pó de basalto, por ser pouco solúvel, diminui os riscos de perdas por
lixiviação; corrige gradativamente o pH do solo; em conjunto com a
matéria orgânica, incentiva a vida; proporciona equilíbrio de macro e
micronutrientes nas plantas, fortificando-
as;
diminui a necessidade do uso de fertilizantes químicos, minimizando os
riscos ao ambiente; proporciona ganho econômico a longo prazo. O custo é
quase 20 vezes menor do que a aplicação de insumos convencionais.
É
o que constaram o biólogo Fábio Junior Pereira da Silva e o engº agrº
Edinei de Almeida. Eles apresentaram a experiência da utilização de pó
de basalto nos sistemas de produção no PR e SC, no I Congresso
Brasileiro de Rochagem, realizado em Brasília de 21 a 24 de setembro de
2009
No
relato, as 560 famílias, organizadas em associações e grupos
comunitários, buscavam alternativas ao sistema convencional. O trabalho é
assessorado pela ONG ASPTA, Faculdade de Filosofia e Letras de União da
Vitória e a Fundação Araucária.
outubro de 2010
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Uso do Pó de Rocha para Adubação de Eucalipto no Cerrado
Eucaliptos em solo adubado com pó de rocha
A experiência de manejo alternativo na cultura de eucalipto, com uso de pó de rocha em substituição aos adubos químicos convencionais, tem sido positiva na bacia do Rio Pardo, no norte de Minas Gerais.
A Embrapa Cerrados, coordena desde 2003 a Rede AgriRocha, formada por cerca de 100 pesquisadores que avaliam o potencial das diferentes rochas brasileiras como fontes de nutrientes para a agricultura. As rochas com potencial de uso para a agricultura estão expostas na superfície ou são sub-produtos da atividade mineradora. Elas passam por um processo chamado de rochagem, no qual são transformadas em pó. O pó de rocha fornece nutrientes ao solo, como cálcio, fósforo, magnésio e, principalmente, potássio.
Outra função dessas rochas é de serem condicionadores do solo. Isto é, permitem que outros nutrientes e condições do solo sejam mais equilibrados e que os nutrientes sejam disponibilizados conforme a demanda da cultura. Especialmente em culturas perenes, como os eucaliptos, essas fontes são de disponibilização lenta. “A vantagem disso, em comparação às fontes convencionais, é que o agricultor não precisa ficar repondo os fertilizantes”, ressalta o pesquisador Éder Martins.
A adubação do eucalipto com pó de rocha garante o desenvolvimento da planta, desde sua fase inicial. “A planta dá uma arrancada já na fase inicial e demonstra um crescimento muito maior do que no manejo tradicional”, destaca Éder.
Pó de rocha - Além de sua contribuição para a agricultura, o uso dos rejeitos de mineração tem uma importância ambiental, pois aproveita esse subproduto, que pode causar impactos negativos para o meio ambiente. Outra solução para reduzir ainda mais os custos é de que o transporte do pó de rocha seja local ou regional, o que pode fortalecer pequenas mineradoras nacionais e gerar empregos, já que agrega valor ao que, até agora, era apenas rejeito de mineração.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Pó de rocha como fertilizante é saída para agricultura, dizem especialistas
A utilização de pó de rocha como fertilizante e corretivo do solo é uma
alternativa para o país reduzir custos de produção da agricultura e
romper com a atual dependência de insumos importados, sem comprometer a
produtividade das lavouras. A adoção da prática, conhecida como
rochagem, foi defendida por todos os especialistas reunidos nesta
terça-feira (7 de fevereiro de 2012) em debate na Comissão de Meio
Ambiente (CMA).
Conforme explicaram os pesquisadores, rochagem é a incorporação de
rochas moídas ao solo, como forma de tornar a terra menos ácida e mais
fértil. Quando aplicados no solo, os diferentes minerais existentes nas
rochas também ajudam a recuperar solos pobres e a renovar a fertilização
das áreas de exploração agrícola.
Antes do plantio das lavouras em 2011, os agricultores brasileiros
jogaram na terra cerca de 28,3 milhões de toneladas de fertilizantes
químicos, sendo que mais de 70% foram importados. Essa dependência – em
especial de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), base da adubação no
modelo agrícola predominante no país – está no centro das preocupações
dos especialistas e senadores que participaram do debate.
Conforme alerta da pesquisadora Suzi Theodoro, do Centro de
Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UNB),
qualquer interrupção nesse mercado de fertilizantes convencionais, seja
por disputas comerciais ou por eventual envolvimento do Brasil em
conflito geopolítico com países fornecedores, a produção agrícola
brasileira estará comprometida.
A
preocupação foi compartilhada pelos senadores Rodrigo Rollemberg
(PSB-DF), Jorge Viana (PT-AC), Sérgio Souza (PMDB-PR) e Ana Rita
(PT-ES). Para Rollemberg, que preside a CMA, desenvolver a produção
nacional de fertilizantes é uma estratégia de proteção da economia
brasileira.
- Para um país que tem grande parte da sua balança comercial sustentada
na agricultura, essa dependência afeta a soberania nacional.
Investir em alternativa como a rochagem, para substituir parte da
fórmula de nitrogênio, fósforo e potássio, é condição para a segurança
alimentar – disse Rollemberg.
Sustentabilidade
A favor da rochagem, Cláudio Scliar, Secretário de Geologia, Mineração e
Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), destacou a
grande diversidade geológica do país, com a presença em todas as
regiões de rochas que se prestam à utilização como fonte de nutrientes
para a produção agrícola.
No mesmo sentido, Carlos Silveira e Éder Martins, ambos pesquisadores da
Embrapa, apontaram vantagens da utilização regional das reservas
minerais para reduzir custos de transporte e dinamizar a agricultura
local.
Martins
disse considerar a rochagem uma alternativa não apenas frente à
elevação do preço dos fertilizantes químicos, mas também por ser uma
prática que aumenta a disponibilidade de um conjunto de nutrientes, e
não apenas de NPK.
- A proposta da rochagem é repor minerais a partir das rochas que deram
origem a esses solos, é recompor com minerais primários – disse.
Para os pesquisadores, o tempo maior de liberação de nutrientes a partir
do pó de rocha, em comparação com adubos químicos, é uma vantagem da
rochagem, e não um problema, como dizem os críticos.
Suzi Teodoro comparou as fórmulas de NPK com anabolizantes: geram o
resultado imediato de tornar a terra produtiva para a safra, mas não
sustentam a fertilidade nos anos seguintes. Já na rochagem, os
nutrientes são retidos por mais tempo, sendo mais bem aproveitados pelas
plantas e mantendo bons níveis de fertilidade.
Em resposta a questionamento de Rollemberg sobre impactos ambientais da
rochagem, Suzi Teodoro ponderou que a prática pode ser um destino para
rejeitos hoje produzidos pela exploração mineral realizada no país.
- Enquanto o problema da mineração é armazenar esses subprodutos, a
agricultura tem carência de fertilizantes. Com a rochagem, o problema da
mineração se torna a solução da agricultura – observou a pesquisadora.
Legislação
A expansão do uso do pó de rocha no Brasil esbarra na falta de normas
para registro dos produtos. Rubim Gonczarovska e Mariana Coelho de Sena,
fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, explicaram que o
produto não se encaixa nos parâmetros existentes, sendo enquadrado com
produto novo, que precisa passar pelos trâmites legais para ser passível
de registro.
Para simplificar as normas de comercialização do pó de rocha, o governo
estuda flexibilizar o Decreto 4.954/2004, que trata da fiscalização e do
comércio de fertilizantes e corretivos de solo. Ao final do debate,
Rollemberg informou que a comissão buscará contribuir no processo de
atualização da norma.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Adubação com Pó de Rocha - Universídade de Brasília
Adubo de pedra
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Pesquisas em desenvolvimento no país buscam
aprimorar a técnica de rochagem, que utiliza o pó de rochas como
substituto dos fertilizantes químicos nas plantações
Quando ouve falar em rocha, a maioria das pessoas imagina um obstáculo, um objeto de estudo geológico ou mesmo ornamental. O que poucos sabem, no entanto, é que essa "pedra no caminho" pode ser também um potente fertilizante para a agricultura, rico em nutrientes capazes de desenvolver plantas mais fortes e saudáveis para o consumo humano. E isso tudo a um custo bem mais baixo que o dos produtos usados atualmente.
O Brasil precisa importar 90% dos fertilizantes utilizados na agroindústria, todos químicos. Isso porque o solo tropical é muito antigo e, por conta do processo dinâmico e natural do tempo, acabou perdendo importantes nutrientes, como potássio, fósforo, cálcio e magnésio, considerados a "base alimentar" das plantas. Uma alternativa para essa escassez e ótimo substituto para os produtos importados é a rochagem, técnica que utiliza o pó de rochas - especialmente das vulcânicas - para fortalecer o solo (veja arte).
As vantagens do método são muitas. Além de dispensar o uso de produtos químicos, a rochagem exige uma recarga de nutrientes do solo a cada quatro anos apenas, enquanto na adubação tradicional ela é feita anualmente. "É a fertilização da terra pela terra", resume Suzi Maria Córdova, pesquisadora da Universidade de Brasília (UNB). Segundo ela, o Brasil tem uma geodiversidade imensa, que pode suprir a demanda de fertilizantes importados.
O grande desafio está em identificar as rochas que contenham os principais nutrientes necessários à agricultura, assim como apontar aquelas com metais que possam contaminar o meio ambiente e, por isso, precisam ser evitadas no processo. "As rochas utilizadas devem ser fontes naturais de fósforo, potássio, cálcio e magnésio, além de possuir uma série de micronutrientes indispensáveis à nutrição vegetal", explica Suzi.
As que apresentam maior potencial para virarem fertilizante são as ricas em minerais silicáticos de solubilidade moderada. De acordo com Éder Martins, pesquisador da Embrapa Cerrados, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, se o pó de rocha for muito solúvel seus nutrientes se espalham pelo solo e a planta não consegue absorvê-los. "Esse é um dos problemas dos fertilizantes químicos. Eles são tão solúveis que os nutrientes se perdem na terra." Entre as rochas mais utilizadas na rochagem estão a biotita, flogopita, feldspatoides e zeólitas, encontradas em abundância nos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia e Tocantins.
Investimento
Segundo Martins, os estudos sobre a rochagem são uma demanda do governo federal, preocupado em reduzir os gastos com a importação de fertilizantes. Em 2008, o país gastou US$ 10 milhões com esses produtos. A adoção da nova técnica pode representar uma economia de até US$ 7 milhões por ano para os agricultores brasileiros. "A intenção não é acabar com a importação, mas diminuí-la", informa o cientista.
A rochagem ainda consegue aliar dois setores que, tradicionalmente, não possuem interação e são considerados grandes vilões ambientais: mineração e agricultura. O problema do primeiro (excesso de resíduos) pode se transformar em solução para uma necessidade do segundo (fertilizantes). "Os subprodutos ou rejeitos gerados em muitas minerações já se encontram, em sua maioria, triturados ou moídos, o que facilita a incorporação desses materiais aos solos", explica Martins.
Suzi Córdova ressalta que a técnica incorpora vários princípios da agroecologia, uma vez que não tem um foco exclusivo na produção, mas, também, na sustentabilidade ecológica e socioeconômica do sistema de produção. "A rochagem é uma técnica de baixo custo e acessível ao pequeno agricultor, o que viabiliza sua inclusão no mercado."
O Sul do país é a região que mais utiliza o método, por conta da diversidade de rochas ricas em nutrientes na região. Para Martins, é importante analisar a viabilidade econômica de transporte dessas rochas. "A utilização dessa técnica só é vantajosa se as rochas estiverem a uma distância de, no máximo, 200km da fazenda." Isso porque, para cada hectare de plantação, são usadas 2t de pó de rocha. Os cientistas esperam ainda a normatização da tecnologia pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. "É preciso estabelecer uma regulamentação comercial e classificatória dessas rochas, além da criação de créditos para financiar o uso da rochagem", diz Suzi.
O número
US$ 7 milhões
Valor da economia que a disseminação da rochagem pode representar por ano ao país.
Quando ouve falar em rocha, a maioria das pessoas imagina um obstáculo, um objeto de estudo geológico ou mesmo ornamental. O que poucos sabem, no entanto, é que essa "pedra no caminho" pode ser também um potente fertilizante para a agricultura, rico em nutrientes capazes de desenvolver plantas mais fortes e saudáveis para o consumo humano. E isso tudo a um custo bem mais baixo que o dos produtos usados atualmente.
O Brasil precisa importar 90% dos fertilizantes utilizados na agroindústria, todos químicos. Isso porque o solo tropical é muito antigo e, por conta do processo dinâmico e natural do tempo, acabou perdendo importantes nutrientes, como potássio, fósforo, cálcio e magnésio, considerados a "base alimentar" das plantas. Uma alternativa para essa escassez e ótimo substituto para os produtos importados é a rochagem, técnica que utiliza o pó de rochas - especialmente das vulcânicas - para fortalecer o solo (veja arte).
As vantagens do método são muitas. Além de dispensar o uso de produtos químicos, a rochagem exige uma recarga de nutrientes do solo a cada quatro anos apenas, enquanto na adubação tradicional ela é feita anualmente. "É a fertilização da terra pela terra", resume Suzi Maria Córdova, pesquisadora da Universidade de Brasília (UNB). Segundo ela, o Brasil tem uma geodiversidade imensa, que pode suprir a demanda de fertilizantes importados.
O grande desafio está em identificar as rochas que contenham os principais nutrientes necessários à agricultura, assim como apontar aquelas com metais que possam contaminar o meio ambiente e, por isso, precisam ser evitadas no processo. "As rochas utilizadas devem ser fontes naturais de fósforo, potássio, cálcio e magnésio, além de possuir uma série de micronutrientes indispensáveis à nutrição vegetal", explica Suzi.
As que apresentam maior potencial para virarem fertilizante são as ricas em minerais silicáticos de solubilidade moderada. De acordo com Éder Martins, pesquisador da Embrapa Cerrados, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, se o pó de rocha for muito solúvel seus nutrientes se espalham pelo solo e a planta não consegue absorvê-los. "Esse é um dos problemas dos fertilizantes químicos. Eles são tão solúveis que os nutrientes se perdem na terra." Entre as rochas mais utilizadas na rochagem estão a biotita, flogopita, feldspatoides e zeólitas, encontradas em abundância nos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia e Tocantins.
Investimento
Segundo Martins, os estudos sobre a rochagem são uma demanda do governo federal, preocupado em reduzir os gastos com a importação de fertilizantes. Em 2008, o país gastou US$ 10 milhões com esses produtos. A adoção da nova técnica pode representar uma economia de até US$ 7 milhões por ano para os agricultores brasileiros. "A intenção não é acabar com a importação, mas diminuí-la", informa o cientista.
A rochagem ainda consegue aliar dois setores que, tradicionalmente, não possuem interação e são considerados grandes vilões ambientais: mineração e agricultura. O problema do primeiro (excesso de resíduos) pode se transformar em solução para uma necessidade do segundo (fertilizantes). "Os subprodutos ou rejeitos gerados em muitas minerações já se encontram, em sua maioria, triturados ou moídos, o que facilita a incorporação desses materiais aos solos", explica Martins.
Suzi Córdova ressalta que a técnica incorpora vários princípios da agroecologia, uma vez que não tem um foco exclusivo na produção, mas, também, na sustentabilidade ecológica e socioeconômica do sistema de produção. "A rochagem é uma técnica de baixo custo e acessível ao pequeno agricultor, o que viabiliza sua inclusão no mercado."
O Sul do país é a região que mais utiliza o método, por conta da diversidade de rochas ricas em nutrientes na região. Para Martins, é importante analisar a viabilidade econômica de transporte dessas rochas. "A utilização dessa técnica só é vantajosa se as rochas estiverem a uma distância de, no máximo, 200km da fazenda." Isso porque, para cada hectare de plantação, são usadas 2t de pó de rocha. Os cientistas esperam ainda a normatização da tecnologia pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. "É preciso estabelecer uma regulamentação comercial e classificatória dessas rochas, além da criação de créditos para financiar o uso da rochagem", diz Suzi.
O número
US$ 7 milhões
Valor da economia que a disseminação da rochagem pode representar por ano ao país.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
SC: adubação com pó de rocha é barata e ecologicamente correta
No lugar do adubo convencional, ele começou a aplicar basalto moído e se
surpreendeu com o resultado. Os custos de produção caíram e, hoje, ele
planta milho, feijão, soja e cebola no sistema agroecológico usando
basalto misturado com adubo orgânico.
Wilfrit associa essa técnica com adubação verde de inverno, plantio
direto e rotação de culturas. O sistema tem aumentado a p rodutivide: no
primeiro ano com pó de rocha, o agricultor colheu 180 sacas de milho
por alqueire. No ano seguinte, colheu 220 sacas na mesma área.
Para o agrônomo Daniel Dalgallo, extensionista do Escritório Municipal
da Epagri, o pó de basalto pode substituir com vantgens a adubação
sintética. “Com o adubo químico, o produtor se limita a 6 ou 7
nutrientes. O basalto tem 108 elementos químicos. Desses, 42 são
importantes para o metabolismo da planta. Com uma nutrição equilibrada, a
planta fica mais resistente a doenças”, destaca. Em Porto União, também
há testes de aplicação do pó com adubo orgânico em pastagens, no
plantio de grãos e na fruticultura. Na região, mais de 400 agricultores
já usam a técnica.
De acordo com o biólogo Bernardo Knapik, que há mais de 20 anos estuda o
pó de basalto, análises foliares das plantas que receberam a técnica
apontam que elas são mais ricas em nutrientes. “O pó de rocha não agride
o meio ambiente porque não se dissolve rapidamente. Ele é trabalhado
pelos microrganismos e pelas raízes e, assim, o solo se regenera. Já o
adubo sintético é solúvel, a planta aproveita o que pode, e o que ela
não absorve pode causar problemas ambientais”, compara.
Em
Guaraciaba, no Extremo-Oeste, o basalto é usado misturado com adubo
orgânico em pastagens perenes de verão. “Houve um desenvolvimento de
rebrota em menor período de tempo e diminuiu a incidência de pragas”,
conta o agrônomo Clístenes Guadagnin, extensionista do Escritório
Municipal da Epagri. Os resultados estão associados a um melhor manejo
do gado, da pastagem e do solo, com a divisão em piquetes. Em testes
realizados com lavouras de arroz sequeiro e milho, houve menor
incidência de doenças foliares, maior produção e rsisência das plantas a
períodos de estresse hídrico.
Em Ituporanga, no Vale do Itajaí, o pó de ardósia é usado na produção de
cebola. “Usamos esse material associado à adubação verde e percebemos
que o teor de potássio subiu rapidamente. Além disso, a acidez do solo
diminuiu”, conta o agrônomo Hernandes Werner, pesquisador da Estação
Experimental de Ituporanga.
Para ser usada na agricultura, a rocha é moída até se transformar em um
pó semelhante ao cimento.Mas antes de usar esse material na lavoura, o
agricultor deve fazer uma análise do solo e buscar o acompanhamento de
um engenheiro agrônomo ou técnico agrícola.
Fonte: Epagri
http://www.portaldecanoinhas.com.br/noticias/6711
terça-feira, 30 de julho de 2013
Produção e manejo de biofertilizantes será tema de oficina com agricultores do Polo da Borborema
Na próxima sexta-feira, 12 de julho, acontecerá a “Oficina sobre Produção e Manejo de Biofertilizantes”, a partir das 8h30, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Esperança-PB, localizado no centro. Facilitará a oficina o professor doutor Marcos Barros de Medeiros, coordenador do Curso de Graduação em Ciências Agrárias à Distância do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
“Nossa intenção não é a de ensinar aos agricultores como fazer o biofertilizante, pois todos eles já sabem, e sim aprofundar questões sobre os efeitos dos biofertilizantes, seus benefícios nutricionais e os efeitos nas plantas e no solo. Sabemos que, se mal usado, o biofertilizante pode ao invés de ajudar, prejudicar o roçado, chegando a matar as plantas, por isso a importância refletir sobre o seu uso correto”, explica Emanoel Dias, Engenheiro Agrônomo e Assessor Técnico da AS-PTA.
Biofertilizante é o material líquido resultante da fermentação de estercos, enriquecido ou não com outros resíduos orgânicos e nutrientes, em água. Os biofertilizantes podem ser aplicados via foliar, diluídos em água na proporção de 2% a 5%, ou no solo, via gotejamento. O composto apresenta efeitos nutricionais (fornecimento de micronutrientes) e fitossanitários, atuando diretamente no controle de alguns fitoparasitas por meio de substâncias com ação fungicida, bactericida ou inseticida presentes em sua composição. “O biofertilizante melhora a saúde do solo e das plantas, tornando-os menos suscetíveis à pragas”, explica Emanoel Dias.
A oficina é uma ação do Projeto Terra Forte, que tem entre as suas estratégias iniciativas de manejo da fertilidade dos solos. O Terra Forte é realizado pela Organização Não Governamental AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia em parceria com o Polo da Borborema, e tem o co-financiamento da União Europeia. Tem ainda como parceiros a Ong PATAC e os Agrônomos e Veterinários Sem Fronteiras (AVS).
Participarão do evento cerca de 40 agricultores de 15 municípios da região da Borborema. No período da manhã a programação se concentrará em um debate mais teórico e a socialização das experiências exitosas com o uso do biofertilizante. Já no período da tarde, haverá a parte prática com a produção de uma receita de biofertilizante no local da oficina.
Programação:
08h – Abertura
08h30 – Debate: Porque utilizamos os biofertilizantes? Quais são os efeitos dos biofertilizantes na produção dos roçados?
09h30 – Apresentação de experiências pelos agricultores famílias em seus roçados sobre o uso e manejo dos biofertilizantes
10h – Debate orientado pelo Professor Marcos Barros
Efeitos do uso do biofertilizantes nas lavouras: benefícios nutricionais e no controle das pragas e doenças (fitoproteção);
12h30 – Almoço
14h - Atividade prática de produção de biofertilizante
Etapas de produção dos biofertilizantes: principais cuidados na produção, diferentes formas de utilização, dosagens e seus efeitos e período de uso dos biofertilizantes (carência do produto);
15h - Encerramento
Receita de Biofertilizante Enriquecido
Modo de preparo
Para fazer um tambor de 200 litros de biofertilizante, primeiro você vai recolher o esterco fresco da noite (gado, cabra ou ovelha). Coloque 80 litros de água sem cloro (água de cisterna, tanque ou de nascente). Depois acrescente um litro de leite e dois litros de melaço ou garapa. Quando terminar a mistura, mexer bem todos os ingredientes.
Misturando o Pó de rocha, cinza e farinha de osso.
Misturar o pó de rocha, a cinza e a farinha de osso, divida tudo em duas partes iguais. Coloque uma parte no tambor, e acrescente também dois quilos de rama verde (rama de batata, gliricidia, mandioca ou plantas nativas) bem picotadas.
O tambor deve ficar fechado e colocado em um lugar protegido da luz, calor e vento para garantir uma boa fermentação do biofertilizante. Não se esqueça de colocar no tambor um suspiro na tampa para escapar o gás. Mexer regularmente e completar com água até a tampa do tambor.
Em torno de 15 dias depois misturar a outra parte do pó de rocha, cinza e farinha de osso e mexer bem. Caso necessário, acrescentar água até a tampa do tambor.
Numa bomba com capacidade de 20 litros é recomendado misturar 02 litros de biofertilizante em 18 litros de água. Realizar as aplicações nas culturas a cada 15 dias, de preferência no final da tarde. O biofertilizante também pode ser aplicado no solo 15 dias antes do plantio.
Nas plantas novas, quando formar o primeiro par de folhas faz-se a primeira aplicação, repetir a cada 15 dias. No período da floração faz-se aplicação semanalmente.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Campanha nacional incentiva a produção de alimentos orgânicos - programação em todo Brasil 24 maio a 3 junho
Último censo do IBGE identificou mais de 90 mil produtores orgânicos no país
por Ascom/Ministério da Agricultura
A
partir de domingo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) promoverá em vários estados do país mais de 180
eventos
Em parceria com os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Meio Ambiente (MMA), o Mapa sediou a primeira edição da Semana de orgânicos em 2005, por meio da campanha nacional que incentiva a produção e consumo desses alimentos.
A agricultura orgânica é caracterizada pelo processo diferenciado de produção, pois não utiliza agrotóxicos, nem fertilizantes químicos. O sistema tem como base o desenvolvimento sustentável associado à preservação dos recursos naturais, à saúde do consumidor e à valorização do trabalhador rural.
“As ações de fomento à produção orgânica, desenvolvidas pelo Mapa, tem dado prioridade à construção do conhecimento agroecológico, à disponibilização de insumos apropriados para a produção orgânica e à promoção da ampliação da produção e consumo de produtos orgânicos e de base agroecológica no Brasil”, disse o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha.
O secretário lembra que o Mapa também é responsável pelo controle da certificação dos produtos, de forma a assegurar ao consumidor que ele está consumindo realmente um alimento que foi produzido dentro das normas da produção orgânica.
Existem mais de 11 mil unidades de produção orgânica certificadas no país. O último censo agropecuário do IBGE, em 2006, identificou 90 mil produtores orgânicos. Segundo o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, a agricultura orgânica vem crescendo num ritmo acelerado. “Na década de 70 achavam que era modismo e que iria passar, mas a população começou a perceber a importância de uma alimentação de qualidade. Percebemos claramente o aumento da procura dos consumidores e o aumento dos produtos no mercado”, disse.
Está previsto para junho deste ano o lançamento do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. “Estamos finalizando junto a outros órgãos do Governo Federal, os ajustes para o lançamento do plano, que consolidará as ações do Governo e da Sociedade Civil em prol do desenvolvimento da Agroecologia no Brasil”, ressaltou Rocha.
Aproximadamente 58 mil pessoas participaram da Semana dos Alimentos Orgânicos em 2012. Este ano, 21 estados já confirmaram sua participação com apresentação de seminários, cursos e outros eventos.
Confira aqui a programação dos estados.
Fonte Revista Globo Rural
DIA 01/06/2013
LOCAL: Av. José Bonifácio – Feira dos Agricultores Ecologistas
HORÁRIO
ATIVIDADE
PALESTRANTE / COORDENAÇÃO /
ORGANIZAÇÃO
8h às 13h Será realizada um mostra fotográfica das
áreas de produção ecológica dos associados,
juntamente com a distribuição de material
informativo
Associação Agroecológica
Porto Alegre, Av. José Bonifácio
– Feira dos Agricultores
domingo, 12 de agosto de 2012
Rochagem ou utilizando pó de rocha
A utilização do pó de rocha na recuperação do solo e na produção de alimentos.
Uma técnica dominada pelo Brasil e que chama a atenção de outros países
Uma técnica dominada pelo Brasil e que chama a atenção de outros países
domingo, 18 de agosto de 2013
Aprenda a fazer um suco antienvelhecimento
Foto: Finn
A nutricionista Juliana Rocha preparou uma série de receitas de sucos para os leitores do blog. A dica de hoje é um suco antienvelhecimento.
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A nutricionista acaba de retornar dos Estados Unidos, onde se formou chef de cozinha e instrutora de raw food (alimentação viva). Confira o que ela preparou para vocês.
SUCO ANTIENVELHECIMENTO - SUCO VERMELHO
Ingredientes
Morangos
Amoras
Mirtilos
Goji berry
Água de coco
Banana
MODO DE PREPARO
Bata os ingredientes no liquidificador e sirva.
BENEFÍCIOS
- Equilibrar nossas defesas antioxidantes e neutralizar o excesso de radicais livres advindos do excesso de estresse, seja ele físico ou mental.
- E um suco fantástico para pele, prevenindo o envelhecimento graças as substâncias nutracêuticas encontradas nos pigmentos vermelhos, roxos e azuis das frutas vermelhas.
Chamo a atenção para o superalimento goji berries. E um frutinha tibetana que contém o maior poder antioxidante da natureza e ainda funciona como um tônico sexual. A água de coco e um hidratante hidroeletrolítico da natureza com um grande poder de hidratação celular.
Quando tomar?
É excelente para tomar antes durante e depois de todo o verão.
fonte CLIC RBS
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SUCO ANTIENVELHECIMENTO - SUCO VERMELHO
Ingredientes
Morangos
Amoras
Mirtilos
Goji berry
Água de coco
Banana
MODO DE PREPARO
Bata os ingredientes no liquidificador e sirva.
BENEFÍCIOS
- Equilibrar nossas defesas antioxidantes e neutralizar o excesso de radicais livres advindos do excesso de estresse, seja ele físico ou mental.
- E um suco fantástico para pele, prevenindo o envelhecimento graças as substâncias nutracêuticas encontradas nos pigmentos vermelhos, roxos e azuis das frutas vermelhas.
Chamo a atenção para o superalimento goji berries. E um frutinha tibetana que contém o maior poder antioxidante da natureza e ainda funciona como um tônico sexual. A água de coco e um hidratante hidroeletrolítico da natureza com um grande poder de hidratação celular.
Quando tomar?
É excelente para tomar antes durante e depois de todo o verão.
fonte CLIC RBS
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quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Aprenda a fazer um suco para reforçar o sistema imunológico
Foto: Emilio Pedroso
A nutricionista Juliana Rocha, que acaba de voltar dos Estados Unidos, onde se formou chef de cozinha e instrutora de raw food (alimentação viva), preparou para vocês a receita de um suco para fortalecer o sistema imunológico.
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SUCO IMUNOLÓGICO
Ingredientes
1 copo de suco de laranja natural
Uma porção a gosto de gengibre
Espinafre
1 colher de chá de grânulos de pólen
BENEFÍCIOS
- Fonte de vitamina C, tem a capacidade de fortalecer o sistema imunológico e toda a função antioxidante do do nosso sistema.
- O espinafre, além de ser fonte cálcio e magnésio, é rico ainda em acido fólico importante para a função de defesa do nosso sistema imunológico e vias de inflamação.
- Chamo a atenção para o pólen, por ser um dos alimentos mais completos da natureza, aumenta a resistência, a força, a energia também sendo indicado para praticantes de atividade física, reduz a produção de histaminas no nosso corpo, melhorando a resposta a inúmeras alergias, em espacial as respiratórias
Quando tomar?
Nos dias de outono e inverno e sempre que mudar a estação.
Fonte: BLOG BARRA DE CEREAL
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Harina de Roca ou farinha de rocha
Muy
interesante, es un estimulo para los campesimos que estamos buscando
alternativas sanas de produccion, gracias por su aporte a la agricultura
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Farinha de rochas pode substituir adubos ou fertilizantes
Apesar de ser uma prática bastante antiga no Japão e Europa, agora que o
Brasil começa a conhecer mais sobre a aplicação de farinha de rochas
para a recuperação, rejuvenescimento e manutenção da fertilidade do
solo. Muitas vezes confundida com calcários e rochas fosfálticas
(fosfato natural), que não deixam de ser pós-de-rocha, a diferença é que
as farinhas de rochas são um conjunto de diversas rochas.
Na primeira reportagem, você vai saber como as rochas podem, num futuro próximo, substituir parte dos fertilizantes utilizados no país.
sábado, 26 de novembro de 2011
Rochas. A utilização como fertilizantes na adubação de lavouras
VAMOS ACOMPANHAR UM ESTUDO SOBRE O USO DE PÓ DE ROCHAS COMO
FERTILIZANTES NA ADUBAÇÃO DE LAVOURAS COMERCIAIS DE SOJA. A INICIATIVA É
DA EMBRAPA EM PARCERIA COM A UFG. FOMOS PARA O CAMPO ACOMPANHAR O
DESENVOLVIMENTO DA LAVOURA QUE ESTÁ SENDO TRATADA COM O PO DE ROCHA.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Assista ao Documentário sobre Remineralização no Brasil Rural
Escrito por Dasha Gaia
RTE lançou um documentário sobre um projeto de pesquisa provando
remineralização para ser uma estratégia eficaz e sustentável para a
produção de maior rendimento e culturas nutrientes densa em comunidades
remotas do Brasil.
Clique em "Leia mais" para ver o vídeo em Português com legendas em Inglês.
Na seção de revistas de RTE do blog que publicou recentemente um artigo
intitulado Remineralização no Brasil Rural descrevendo o projeto de
pesquisa emocionante implementado por Suzi Huff Theodoro, um professor
de geologia e de sustentabilidade da Universidade de Brasília.
Durante os 5 anos do projeto, ela tem ajudado as comunidades remotas de
descendentes de escravos no Estado da Bahia para aumentar o valor
nutricional, bem como os rendimentos de suas lavouras com pó de pedra e
outros meios naturais. O projeto apoiado essas comunidades para
permanecer independente de fertilizantes químicos caros e insustentável,
bem como subsídios do governo, ao gerar superávit suficiente para
entrar no mercado local.
O filme descreve o projeto em mais detalhes, demonstra várias maneiras
de aplicação prática de pó de rocha, mostra alguns dos destaques da
equipe e desafios Suzi tem enfrentado, e inclui entrevistas com os
agricultores locais, bem como funcionários e profissionais agrícolas.
AGROECOLOGIA QUILOMBOLA - Remineralization in Rural Brazil (English & Português) from Dasha Gaian on Vimeo.
RTE has released a documentary about a research project proving remineralization to be an effective and sustainable strategy for producing higher yields and nutrient dense crops in remote Brazilian communities.
Click "Read more" to watch the video in Portuguese with English subtitles.
In the magazine section of RTE's blog we recently published an article titled Remineralization in Rural Brazil describing the exciting research project implemented by Suzi Huff Theodoro, a geology and sustainability professor at the University of Brasilia.
During the 5 years of the project she has been helping remote communities of slave descendants in the Northeastern state of Bahia to increase the nutritional value as well as yields of their crops with rock dust and other natural means .
The project supported these communities to remain independent from expensive and unsustainable chemical fertilizers, as well as government subsidies, while generating enough surplus to enter the local market .
RTE has also produced a short documentary about the project, which we are proudly presenting here. RTE também produziu um curto documentário sobre o projeto, que estamos orgulhosamente apresentando aqui. The film describes the project in further detail, demonstrates various ways of practical application of rock dust, shows some of the highlights and challenges Suzi's team has faced, and includes interviews with local farmers as well as officials and agricultural professionals.
The film also touches on themes of social justice and racial equality, which was one of Suzi's goals of the project. O filme também toca em temas de justiça social e igualdade racial, que foi um dos objetivos da Suzi do projeto.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Princípios da Biomineralização
Na
história recente da agricultura ecológica do estado do Rio Grande do
Sul, a partir dos anos 70, o uso das rochas era reconhecido, com
destaque as rochas basálticas. Primeiro por serem abundantes no estado,
segundo, porque era a mais citada na literatura técnica permitida na
época. Somente ao final da década de 90 é que começaram os experimentos
com composições de diversas rochas moídas de diferentes regiões de
dentro como fora do estado. Destaque-se o trabalho pioneiro da Fundação
Juquira Candiru e do Núcleo Técnico de Agricultura da Cooperativa
Ecológica Coolmeia.
O uso regular de compostos de
rochas moídas está consagrado. É reconhecido pelos órgãos federais, pelo
mercado orgânico e por algumas academias. Hoje faz parte dos interesses
estratégicos dos países do primeiro mundo em virtude da capacidade de
seqüestro de carbono das rochas e de remineralizar sua população,
vitimada pelos alimentos desmineralizados em virtude dos solos
empobrecidos e ou pela forma como foram industrializados
A biomineralização parte de três princípios básicos.
O primeiro é a mineralização do
solo através da composição de rochas moídas em diferentes granulometrias
objetivando a presença de todos os elementos minerais existentes na
natureza.
O segundo princípio é do uso dos
biofertilizantes, enriquecidos com compostos de rochas moídas, que
aceleram a comunicação das raízes das plantas com os novos minerais
introduzidos no solo.
E, por último o manejo ecológico
do solo, da água, da fauna e flora buscando o equilíbrio dinâmico do
sistema onde o agricultor está inserido.
Com a biomineralização objetivamos copiar como se processa a vida no planeta.
Entendendo o solo como um
organismo vivo onde vivem nematóides, algas, amebas, fungos e bilhões de
bactérias. Sendo resultado da transformação das energias do sol e água,
ação da gravidade e reação antigravitacional dos micróbios que agem na
meteorização das rochas superficiais e de forma muito especial junto à
rocha-mãe. Este processo geológico onde a integração dos fenômenos
físicos, químicos, biológicos e seres vivos atuam sobre influência do
clima e evolucionam constituindo uma flora e fauna específica e uma teia
de vida que busca um equilíbrio dinâmico e que faz parte também deste
solo e seu ecossistema.
Cada um deles evoluiu
especializado em aproveitar a energia contida nas três esferas para seu
metabolismo, deixando para as espécies ou redes sucessoras um substrato,
onde outras espécies possam extrair sua energia e assim até a formação
do solo. Através da biomineralização repomos o que é retirado pelas
colheitas, mantendo a vida no solo, levando ao enriquecimento com
macro-, micro-, traços- e subtraços minerais, conteúdo de vitaminas,
pigmentos antioxidantes, aroma, cor, perfume, durabilidade, paladar,
densidade das plantas e criações. Livres dos radicais livres, metais
pesados, proteínas incompletas e excesso de água.
O uso dos Compostos de Rochas Moídas
- Bioprogramação de sementes – peletização;
- Recuperação dos solos ácidos, salinos e ou depauperados;
- Remineralização do sistema – solo, plantas e animais com elementos traços e sub-traços;
- Mineralização para as criações;
- Revitalização das fermentações no solo;
- Ampliação da biodiversidade – fauna e flora;
- Refrigeração e oxigenação do solo;
- Seqüestro de carbono.
Nelson Dias Diehl
Coordenador do Núcleo Ecologia e Agriculturas da Guayí.
Administrador de Empresas e Ecologista.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
BIOMINERALIZAÇÃO - Uma agricultura com base em princípios ecológicos
Voce já utilizou pó de rocha?? enviem sua experiência.
boa tarde! Alexandre
boa tarde! Alexandre
O
uso das rochas moídas é uma prática que acompanha a história do homem
na agricultura. Mas no século XIX teve em Julius Hensel um marco.
Primeiro por sistematizar e organizar em publicações a importância do
uso dos compostos de rochas moídas para a agricultura e para alimentação
humana. Segundo por ligar, sabiamente, a produção de alimentos com
questões éticas e de justiça social.
O Estado do Rio Grande do Sul
possui rochas de ótima qualidade para uso na agropecuária. Hoje podemos
formular composições de rochas moídas atendendo as necessidades
específicas para criação animal e para a agricultura de cada região.
Os
resultados agronômicos positivos, a redução dos custos de produção, a
ampliação da margem de segurança das colheitas, a melhoria das condições
do solo e a ampliação das qualidades nutricionais do produto estão
viabilizando agricultores familiares de forma sustentável ecológica,
econômica e social.
Um pouco de história Julius
Hensel foi um cientista visionário contemporâneo de Justos Von Liebig, o
inventor dos adubos químicos solúveis sintéticos, NPK. Dois grandes
cientistas que travaram radical debate, onde Julius Hensel terminou
banido da academia e tendo sua obra censurada e Liebig consagrado,
devido aos interesses do estado militarista, do capitalismo monopolista e
da academia reducionista.
Julius Hensel de forma profética pergunta e afirma:
O que se conseguirá ao fertilizar com as farinhas de rochas?
Alimentar ao faminto.
Conseguir que sejam colhidos cereais e forragens sãs, e desta maneira, prevenir epidemias e enfermidades entre homens e animais.
Tornar
a agricultura novamente um ofício rentável e economizar grandes somas
de dinheiro, que hoje em dia são investidas em fertilizantes que em
parte são prejudiciais e em parte inúteis.
Fazer
que o desempregado regresse à vida do campo, ao instruí-lo sobre as
inesgotáveis forças nutritivas que, até agora desconhecidas,
encontram-se conservadas nas rochas, no ar e na água.
Isto é o que se conseguirá.
Tradução de Sebastião Pinheiro do Livro Pães de Pedra.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Estudo aponta agrotóxico em leite materno
23/03/2011 - 05h30
Essas substâncias podem pôr em risco a saúde das crianças, diz o toxicologista Félix Reyes, da Unicamp. "Bebês em período de lactação são mais suscetíveis, pois sua defesa não está completamente desenvolvida."
Ele ressalta, porém, que os efeitos dependem dos níveis ingeridos. A ingestão diária de leite não foi avaliada, então não é possível saber se a quantidade encontrada está acima do permitido por lei.
OUTRO LADO
A Associação Nacional de Defesa Vegetal, representante dos produtores de agrotóxicos, diz desconhecer detalhes da pesquisa, mas ressalta que a avaliação de estudos toxicológicos é complexa.
Leia a reportagem completa na Folha desta quarta-feira, que já está nas bancas.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/892662-estudo-aponta-agrotoxico-em-leite-materno.shtml
O
leite materno de mulheres de Lucas do Rio Verde, cidade de 45 mil
habitantes na região central de Mato Grosso, está contaminado por
agrotóxicos, segundo uma pesquisa da UFMT (Universidade Federal de Mato
Grosso), informa a reportagem de Natália Cancian e Marília Rocha
publicada na Folha desta quarta-feira (íntegra disponível para
assinantes do jornal e do UOL). Foram coletadas amostras de leite de 62
mulheres, 3 delas da zona rural, entre fevereiro e junho de 2010. O
município é um dos principais produtores de grãos do MT.
A presença de agrotóxicos foi detectada em todas. Em algumas delas havia até seis tipos diferentes do produto.
A presença de agrotóxicos foi detectada em todas. Em algumas delas havia até seis tipos diferentes do produto.
Essas substâncias podem pôr em risco a saúde das crianças, diz o toxicologista Félix Reyes, da Unicamp. "Bebês em período de lactação são mais suscetíveis, pois sua defesa não está completamente desenvolvida."
Ele ressalta, porém, que os efeitos dependem dos níveis ingeridos. A ingestão diária de leite não foi avaliada, então não é possível saber se a quantidade encontrada está acima do permitido por lei.
OUTRO LADO
A Associação Nacional de Defesa Vegetal, representante dos produtores de agrotóxicos, diz desconhecer detalhes da pesquisa, mas ressalta que a avaliação de estudos toxicológicos é complexa.
Leia a reportagem completa na Folha desta quarta-feira, que já está nas bancas.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/892662-estudo-aponta-agrotoxico-em-leite-materno.shtml
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