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quinta-feira, 25 de setembro de 2025
Emater responde - DICAS Controle da formiga cortadeira - Programa Rio Grande R...
Homeopatia, agroecologia, controle biológico
I n f o r m a ç õ e s : Entre em contato com o Plantão Técnico pelo site www.emater.tche.br ou Escritório da Emater/RS-Ascar
quarta-feira, 4 de junho de 2025
Como acabar com as formigas em casa e no jardim !!!
Getty Images
Quem tem horta, plantio caseiro, ou mora perto de áreas verdes, sabe como é difícil manter pragas, insetos e formigas afastadas da casa. Sabendo desta dificuldade, decidimos procurar as melhores dicas para afastar as formigas em casa e no jardim!
Para começar, devemos lembrar que as
formigas, por mais chatas que pareçam, também têm o seu papel na
biodiversidade e na cadeia alimentar, então, em vez de matá-las, vamos afastá-las para acabar com os problemas que elas possam causar em nossas e ou jardins.
É importante saber do que as formigas
gostam e do que não gostam, a dica fundamental que podemos dar é que
elas adoram coisas doces, desde açúcar até folha e flores, e odeiam
cheiros fortes. Sabendo disso, temos muitas chances de ganhar esta
batalha!
Índice
- Como acabar com as formigas em casa
- Limpeza e higiene
- Cravo, Canela e Louro
- Óleos Essenciais de Cravo ou Hortelã Pimenta
- Vaselina
- Alfazema e cânfora
- Misturas líquidas para usar com borrifador
- Farinha de milho com vinagre
- Vinagre e detergente
- Suco de Limão
- Detergente
- Algumas das dicas podem ser usadas tanto no jardim, quanto na casa, como:
- Como acabar com as formigas no jardim
- Barreiras físicas
- Plantio de hortelã, batata-doce, salsa, cenoura, mamona e gergelim preto
- Talco ou Cal
- Borra de café
- Lembrete
1. Como acabar com as formigas em casa

foto: freeimages
2. Limpeza e higiene
Antes de tudo, é importante lembrar que as formigas são muito gulosas, e comem de tudo, então é muito importante manter a casa limpa, evitando deixar restos de comida espalhados, lixos muito cheios ou louças sujas.
3. Cravo, Canela e Louro
Caracterizados por seu forte odor, podem ser comprados secos em quase qualquer mercado. Este método espanta as formigas.
Recomendamos que se coloque a canela, o cravo ou o louro em saquinhos feitos com uma meia-calça velha.
Eles devem ser espalhados pela casa nos lugares onde as formigas
costumam passear, e devem ser trocados a cada duas semanas para que o
cheiro permaneça forte.
4. Óleos Essenciais de Cravo ou Hortelã Pimenta
Os óleos essenciais
geralmente são feitos com folhas ou pétalas secas, das quais suas
essências são extraídas. Podem ser comprados em farmácias ou lojas de
produtos naturais.
Por serem essências, possuem odor forte e
desagradável para os insetos. Recomenda-se que se borrife um pouco dos
óleos nas superfícies onde as formigas costumam trilhar, como bordas,
janelas, pisos ou portas. O processo deve ser feito de 3 a 4 dias,
deixando os ambientes perfumados.
5. Vaselina
O uso da vaselina é recomendado por
conta de sua consistência. Deve ser usado em pequena quantidade nas
bordas de recipientes, potes, ou áreas específicas nas quais as formigas
costumam trilhar. Ela é útil para afastar as formigas nas pequenas
áreas.
6. Alfazema e cânfora
Em lugares fechados como armários e gavetas, pode-se colocar as folhas de cânfora ou alfazema, seu odor afasta as formigas, perfuma o espaço e as roupas.
7. Misturas líquidas para usar com borrifador
7.1. Farinha de milho com vinagre
Para espaços grandes e fechados, muitas vezes é melhor afastar as formigas com líquidos que não ocupem espaços.Para fazer a mistura de farinha de milho e vinagre, é necessário adicionar 1 colher de chá de farinha de milho e 2 de sopa de vinagre, pode-se diluir um pouco a mistura com mais 1 colher de água. Colocar a mistura no borrifador e espalhar pelo ambiente.
7.2. Vinagre e detergente
As proporções da mistura são as seguintes:
½ copo de água, 2 colheres de detergente biodegradável, 2 de vinagre
(recomenda-se o uso de vinagre branco, mas não é essencial.) Borrifar a
mistura nos pisos limpos.
7.3. Suco de Limão
Pode-se usar a quantidade de limão que quiser, mas é melhor fazer com 1 ou 2 limões com um pouco de água, para que a mistura seja refeita, mantendo a frescura e o odor. Quando pronto, borrifar em frestas e bordas como portas e janelas.
7.4. Detergente
Em um copo de 200 ml, acrescente metade de água e metade de detergente biodegradável.
Coloque o conteúdo em um borrifador, e aplique nos cantos, frestas e
outros possíveis espaços onde possa haver caminhos de formiga.
7.5. Algumas das dicas podem ser usadas tanto no jardim, quanto na casa, como:
7.5.1. 1. Casca de limão, laranja ou pepino
O aroma das cascas espanta as formigas
temporariamente, mas elas devem ser trocadas a cada semana, pois perdem
seu frescor. As cascas podem ser espalhadas pelos cantos da casa ou do
jardim
7.5.2. 2. Pimenta
A pimenta não é ardida só pra gente! As
formigas também não aguentam seu calor, então ela pode ser espalhada na
casa depois de estar limpa, ou pelo jardim nos lugares onde as formigas
fazem suas trilhas e perto das plantas. É bom usar pimenta em pó, mas
não obrigatório.
8. Como acabar com as formigas no jardim

foto: freeimage
Antes de tudo, gostaria de dar uma dica muito importante: no caso do combate às formigas direto na terra, não é recomendado o uso de sal e vinagre, pois prejudica o crescimento das plantas e a qualidade da terra.
9. Barreiras físicas
Para afastar as formigas das árvores e das plantas, a barreira física é muito eficaz, pois impede que as formigas cheguem às folhas e flores.
A técnica é a seguinte: use um material circular um pouco maior que a área que quer proteger, como baldes, sobras de cano de esgoto, entre outros, e coloque a esfera no lugar requerido, cortando o fundo e lateral para encaixar no entorno da planta ou árvore. Enterre um pouco abaixo da terra o material circular, usado, aproximadamente 1 cm.
A técnica é a seguinte: use um material circular um pouco maior que a área que quer proteger, como baldes, sobras de cano de esgoto, entre outros, e coloque a esfera no lugar requerido, cortando o fundo e lateral para encaixar no entorno da planta ou árvore. Enterre um pouco abaixo da terra o material circular, usado, aproximadamente 1 cm.
10. Plantio de hortelã, batata-doce, salsa, cenoura, mamona e gergelim preto
Se o problemas com as formigas for direto na terra, é muito importante cuidar bem do espaço. Pode-se fazer uma cerca viva com uma variedade enorme de plantas para evitar pequenas infestações de formiga, tais como hortelã, batata-doce, salsa, cenoura, mamona e gergelim preto.
11. Talco ou Cal
O pó deve ser espalhado perto das plantas, ou do formigueiro, o que deve espantar as formigas.
12. Borra de café
A borra do café usado (não solúvel) ou os grãos triturados, além de nutrirem a terra, afastam as formigas.
13. Lembrete
O uso de formicidas e outros venenos,
além de serem muito prejudiciais às pessoas, especialmente às crianças,
podem danificar o meio ambiente pois acabam indo parar nos lençois
freáticos através da irrigação. Com paciência, as formigas podem ir
viver em lugares onde não atrapalhem a convivência com humanos.
quinta-feira, 14 de setembro de 2023
MATA Pulgão, Cochonilha, Formiga, Lagarta, Mosca Branca, Ácaro, Trips (N...
Hoje eu vou ensinar fazer um SUPER INSETICIDA CASEIRO
totalmente GRÁTIS capaz de eliminar qualquer tipo de praga,
como cochonilha, pulgão, lagartas, formigas, mosca branca,
ácaro, trips e muitas outras pragas da sua planta muito rápido.
Se você pensava que seria preciso ficar gastando dinheiro para
eliminar pragas, eu vou provar que não.
São ingredientes naturais que não vão causar nenhum tipo de
dano para você nem para sua planta e vai eliminar todas as
pragas com muita rapidez e eficiência.
sábado, 10 de outubro de 2020
Uso de caldas bioativas na agricultura orgânica - Programa Rio Grande Rural
A agricultura orgânica dispensa o uso de inseticidas e adubos químicos. A fertilização do solo e o controle de pragas e doenças é feito através de métodos não-venenosos. Como algumas caldas bioativas. No município de Arroio do Padre, os agricultores participaram de uma reunião, onde viram como preparar estas caldas.
Jornalista Gabriela Guido
Cinegrafista Fernando Veríssimo
Pelotas - RS
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
Fazendeiro francês usa galinhas para erradicar insetos e proteger seu pomar e colmeias !!
Fonte: site conexão planeta
Nessa linha, uma experiência vivida por um fazendeiro de Rennes, no condado na região da Bretanha, ficou famosa e resultou até em prêmio de inovação. Ela aconteceu em 2016, mas vale ser contada em qualquer tempo, principalmente aqui, no Brasil, com o governo Bolsonaro que, em seis meses, liberou o registro de quase 300 agrotóxicos.
Christophe Bitauld tem uma propriedade de cerca de 30 hectares em Sauliniéres, perto de Janzé (Ille-et-Vilaine), onde planta macieiras, mantém quinze colmeias e cria mais de 120 ovelhas. Pois suas macieiras corriam perigo por causa de insetos que as estavam dizimando.
A conselho de um amigo, ele procurou o zootecnista Jean-Paul Cillard, que trabalhava em um museu ecológico local – o EcoMuseu -, que, ao tomar conhecimento do problema, logo sugeriu a introdução de galinhas pretas Janzé, famintas por proteína, em seus pomares. Essa espécie – maior do que a comum – esteve ameaçada de extinção durante vários anos, mas esse museu preservou uma dúzia de indivíduos e conseguiu driblar o risco.
A galinha preta Janzé parece viciada em insetos. Era o que Bitauld precisava. Espalhou 80 galinhas em cerca de três hectares e, já no primeiro ano, 80% dos insetos haviam desaparecido. Uma benção já que os insetos tinha destruído cerca de 90% de sua produção de macieiras em pouquíssimo tempo.
Para surpresa do fazendeiro, as galinhas também deram conta do enxame dessa espécie, que era um banquete para elas e satisfaziam ainda mais seu apetite de ogras. “Quando eles pairam na frente das colmeias, elas os pegam como se fossem dar-lhes um beijinho, mas rapidamente os decapitam para comer apenas o corpo, cheio de proteína”, contou Bitauld.
A experiência salvou não só a produção de macieiras que está mais saudável do que nunca, mas também pode garantir que a espécie se desenvolva novamente. Em 2017, ele tinha mais de 200, que produziam ovos de excelente qualidade, principalmente porque vivem soltas em 30 hectares de terra e conviviam em paz com mais de 120 ovelhas.
Na época, o ecomuseu ficou bastante interessado em pesquisar os ovos postos pelas galinhas a partir da ingestão do vespão asiático.
Galinhas premiadas
Com o dinheiro do prêmio – 5 mil francos, que equivale a pouco mais de 20 mil reais –. ele investiu em melhorias em sua fazenda, na reposição de colmeias e no aumento de sua criação de galinhas. Também divulgou o trabalho inovador realizado com elas, em sua fazenda, e iniciou um projeto para fornecer galinhas para outras fazendas. Na época, um produtor da Costa Rica havia se interessado. Não encontrei mais informações a respeito.
Fotos: Divulgação
Jornalista
com experiência em revistas e internet, escreveu sobre moda, luxo,
saúde, educação financeira e sustentabilidade. Trabalhou durante 14 anos
na Editora Abril. Foi editora na revista Claudia, no site feminino
Paralela, e colaborou com Você S.A. e Capricho. Por oito anos, dirigiu o
premiado site Planeta Sustentável, da mesma editora, considerado pela
United Nations Foundation como o maior portal no tema. Integrou a Rede
de Mulheres Líderes em Sustentabilidade e, em 2015, participou da
conferência TEDxSãoPaulo.
terça-feira, 23 de abril de 2019
CONTROLE ECOLÓGICO DE FORMIGAS

CONTROLE ECOLÓGICO DE FORMIGAS
Fernanda Yoneya
Fernanda Yoneya
Junto
com o verão chegam as formigas, ávidas em se abastecer de comida para
enfrentar o inverno. E, para não ter prejuízos com as espécies
cortadeiras (saúvas e quenquéns), é preciso controlá-las, pois cortam
folhas e flores, acabando com hortas, pomares, lavouras, pastos e até
árvores. Curioso é que as formigas não preferem um tipo de folha em
especial - atacam plantas deficientes e fracas.
E,
diferente do que muitos pensam, as formigas cortadeiras não comem as
folhas. Elas cortam-nas e levam-nas para o formigueiro e, lá, sob
condições de alta umidade e temperatura, produzem, a partir das folhas,
um fungo que alimenta a colônia.
O
produtor Roque Ataíde Rodrigues, de uma comunidade agroecológica em
Santa Maria (RS), ainda se recorda dos prejuízos causados por formigas
cortadeiras na área em que ele, com outras oito famílias, cultiva
hortaliças, frutas, eucalipto, milho, soja,
feijão e arroz e cria gado de corte e de leite e suínos.
'Chegamos
a perder 80% de 36 mil árvores - entre nativas e eucaliptos - para as
formigas.' Segundo ele, o nível de infestação era tão grande que, além
das árvores, em um pomar com 1.400 pés de figo, as formigas acabaram com
40% da produção. Nos citros (tangerinas e laranjas), a situação não foi
diferente: de cerca de 800 pés, 90% das árvores foram consumidas pelas
cortadeiras.
Solução Ecológica
Solução Ecológica
'Como
adotamos na comunidade o cultivo agroecológico, isto é, sem o uso de
venenos ou nenhum outro tipo de insumo químico, as perdas foram enormes.
Mesmo assim, não desistimos da produção orgânica e fomos atrás de uma
solução ecológica para controlar as formigas',
explica Rodrigues. Os produtores da comunidade buscaram, então,
informações sobre repelentes naturais de formigas e, com a assessoria
técnica da Emater, desenvolveram um formicida natural, de baixo custo e
com ótima eficiência no controle de cortadeiras.
'Testamos
vários produtos e receitas, até que chegamos a esse pó 100% natural',
diz Rodrigues. De acordo com o produtor, já era sabido que as quenquéns
que levavam folhas de gergelim preto ao formigueiro morriam em poucos
dias. Eles também conheciam o efeito repelente das folhas de mamona. Em
relação ao coentro, observaram que as formigas que atacavam a horta não
chegavam perto do tempero. 'Juntamos essas informações, fomos
incrementando a fórmula e chegamos ao formicida ecológico', conta.
Segundo
o produtor, o coentro e o gergelim são cultivados na comunidade e as
folhas de mamona são colhidas nos brejos próximos. Apenas a cal virgem e
o enxofre são comprados fora. 'A cal e o enxofre são produtos baratos e
vendidos em qualquer loja de produtos agropecuários. Isso permite obter
um produto extremamente barato', afirma. 'E, como a infestação não
volta, a necessidade de aplicação vai diminuindo ao longo do tempo.'
A
utilização do formicida ecológico deu tão certo que, hoje, os
produtores quase não vêem cortadeiras na área cultivada com hortaliças.
'O resultado foi altamente satisfatório e, há cerca de seis anos, não
houve mais problemas com cortadeiras, especialmente com a cortadeira
mineira, que se aprofunda no solo e faz galerias debaixo da terra', fala
o técnico agrícola Olímpio João Zatta, da Emater
de Santa Maria. 'Além disso, trata-se de um produto ecológico, que não
agride a natureza.'
Os
efeitos do pó elaborado pelos produtores e pela Emater surgiram
imediatamente após a aplicação. 'No dia seguinte as formigas já
apareceram mortas', conta Rodrigues. De acordo com o técnico Zatta, o pó
tem forte efeito repelente e age no formigueiro, desorganizando a
colônia. 'As formigas ficam amuadas e morrem. O formigueiro desaparece',
garante o técnico Zatta.
Soluções caseiras podem funcionar
Soluções caseiras podem funcionar
Antes
da utilização do formicida ecológico, os produtores da comunidade
gaúcha usavam folhas verdes de gergelim, que, levadas ao formigueiro,
matavam a colônia em até cinco dias. O gergelim produz um fungo tóxico
às cortadeiras.
"Descobrimos também que esterco fermentado, de bovinos, aves ou suínos,
também acaba com as quenquéns", afirma o agricultor Rodrigues.
Além
do gergelim plantado próximo a locais atacados, há outras receitas
caseiras de controle de formigas, como jogar água quente ou água
misturada com detergente no formigueiro; cultivar no jardim ou no
quintal menta, alho, manjerona, lavanda, absinto e cravo-da-índia, que
têm efeito repelente; no sítio, colocar galinhas d'angola, predadores
naturais de cortadeiras; fumegar no olheiro a mistura queimada de
serragem, óleo de gergelim e de mamona, ou despejar cal virgem e água,
entre outras receitas naturais.
"Aplicar
inseticidas é mais rápido e prático, mas é preciso considerar os riscos
de contaminação
ambiental e em relação à saúde humana", acredita o produtor Rodrigues.
Por isso, ele aconselha: "Se for possível e as condições permitirem, a
melhor saída é adotar uma receita caseira e natural, que pode ser tão
eficiente quanto um produto químico e tem a vantagem de não oferecer
riscos ao ambiente e à saúde humana", completa Rodrigues.
SAIBA MAIS: Emater/RS de Santa Maria,
tel. (0--55) 3221-7961
SAIBA MAIS: Emater/RS de Santa Maria,
tel. (0--55) 3221-7961
segunda-feira, 11 de março de 2019
Neem: benefícios da raiz às folhas
Fonte: Equipe eCycle
O neem é uma planta que traz benefícios medicinais, químicos e industriais, além de gerar renda para famílias que vivem em pequenas propriedades agrícolas

A planta neem (ou nim), conhecida cientificamente como Azadirachta indica, é uma árvore do sudeste da Ásia e do subcontinente indiano. O neem é uma árvore
de clima tropical, que pode ser cultivada em regiões quentes e solos
bem drenados; ela é resistente à seca, tem crescimento rápido, copa
densa e pode alcançar até 20 metros de altura. O neem
tem capacidade para suportar condições extremas de calor e poluição da
água, melhora a fertilidade do solo e reabilita terras degradadas. Além
disso, essa árvore desempenha um papel importante no controle da erosão do solo, da salinização e prevenção contra os efeitos de inundações.
Poluição, extinção de animais, esgotamento dos recursos naturais, catástrofes climáticas e efeito estufa
são alguns dos problemas que a humanidade vem enfrentando por conta de
sua irresponsabilidade perante o meio ambiente. Com isso, a busca por
recursos naturais que sejam renováveis e menos impactantes tem sido uma
prática incessante. Uma das mais surpreendentes descobertas é essa árvore que tem potencial para amenizar danos ambientais e sanitários em âmbito global: o neem, que pode ser usado de várias maneiras em diferentes tipos de produtos.
Atualmente, existem grandes plantações de neem
na Nicarágua, Cuba, El Salvador, Chile, Guatemala, Costa Rica,
República Dominicana e até na Alemanha e nos Estados Unidos. No Brasil, a
planta foi introduzida por Belmiro Pereira das Neves, em 1993, na luta
contra o uso de agrotóxicos. Segundo ele, o neem pode ser usado não só na produção de pesticidas, mas também na agricultura familiar, pois a árvore produz sombra e frutos. O especialista na árvore neem destaca ainda que o neem
também está sendo utilizado em áreas que sofreram processo de
desertificação e em projetos de reflorestamento, em substituição ao pinus e ao eucalipto, pois seus frutos atraem os animais.
O neem tem muitos benefícios:
sua madeira, prima do mogno, é resistente e sua semente, casca e folhas
podem ser utilizadas na fabricação de utensílios, pesticidas,
repelentes, fármacos (de função terapêutica), cosméticos, além da
vantagem de sua cultura ser considerada de baixo custo.
Os diversos usos do neem
Medicinal
O neem é considerado eficiente na cura e prevenção de várias doenças, segundo artigo publicado pelo departamento de bioquímica da Universidade Estadual de Maringá
e as literaturas a respeito dos efeitos farmacológicos e médicos
observados no corpo humano pelos extratos das várias partes da planta de neem.
As folhas de neem, solúveis em água, possuem atividades antissépticas, curativas, antiúlcera, anti-inflamatória, hipolipidêmica, que agem no controle dos níveis de colesterol, e são hepatoprotetoras. Tal estudo aponta que os extratos das folhas de neem, aplicados no creme dental, reduzem a placa bacteriana e têm bons efeitos no tratamento de gengivites e periodontites.
Sobre os efeitos do extrato da casca de neem,
foram observadas ações gastroprotetoras e inibição da ulceração
gástrica. Além disso, alguns estudos apontam o extrato da casca de neem como um forte aliado no tratamento de diabetes. O óleo de neem,
por sua vez, tem demonstrado efeitos de anti-infertilidade, sendo usado
como espermicida e com atividade antimicrobiana significativa contra
patógenos sexualmente transmissíveis.
Os extratos das folhas e sementes de neem também funcionam como repelente natural no uso doméstico, a exemplo da citronela, auxiliando no combate à malária, dengue, podendo também afetar o desenvolvimento do protozoário Trypanosoma cruzi, parasita vetor da doença de chagas.
Indústria de cosméticos
Os benefícios do neem na cosmética vem através de seu óleo,
que pode ser utilizado principalmente para a fabricação de sabão,
xampu, óleo para os cabelos, tônico capilar e óleo fortalecedor para as
unhas. Leia mais na matéria: "Óleo de neem: para que serve e como usar".
Agropecuária
A pasta de neem tem sido empregada, na Índia, nas culturas de arroz e cana-de-açúcar desde 1930, visando o combate à Diatraea saccharalis, considerada uma das principais pragas da cana-de-açúcar e contra o cupim. O neem
e seus derivados chegam a afetar mais de 400 espécies de insetos
pertencentes às ordens Coleoptera, Deptera, Heteroptera, Homoptera,
Hymenoptera, Lepidoptera, Orthoptera, Thysanoptera, Neuroptera, alguns
aracnídeos e alguns fungos. Popularmente pode-se dizer que o uso do neem atua contra pernilongo, piolho, pulga e carrapatos. A torta (confira o significado mais abaixo) do neem tem uso variado, como fertilizantes, pesticidas naturais e na produção da ração animal - ela tem função vermífuga.
Benefícios sociais
Por sua alta resistência, a árvore de neem
se adapta facilmente a diversas situações. Ela produz muitos frutos e
suas folhas são vastamente utilizadas para extração de compostos e
aplicáveis a diversos setores, como o farmacêutico, industrial e
químico. Em razão de suas várias possibilidades de uso, destaca-se a relevância da árvore neem na zona rural também na geração de emprego e renda ao pequeno agricultor, além dos diversos benefícios descritos.
Química: o motivo de tantos benefícios
Após algumas pesquisas iniciais, em 1963 um cientista indiano examinou a fundo a química dos princípios ativos do neem
e descobriu, por meio de uma pesquisa com gafanhotos, um agente
inibidor do impulso de ingerir alimentos. Desde então, as pesquisas
acerca desse tema se intensificaram. Vários compostos foram isolados e
caracterizados - a maioria deles de biogenética semelhante aos
liminóides (azadiractina, meliantriol, salanin etc), princípios amargos
encontrados também em outras espécies botânicas. De acordo com os dados
divulgados pela organização Neem Foundation, as folhas novas da árvore de neem
possuem propriedades curativas para feridas e sarna, pois produzem
flavonoides, que contêm propriedades antibacterianas e antifúngicas, e
nimbosterol. Os liminóides, aponta a mesma organização, afetam a
fecundidade em moscas domésticas e podem causar desordem hormonal nos
insetos. Veja, a seguir, as principais propriedades químicas das partes
do neem:
Folhas
Possuem muitos componentes, incluindo proteínas (7,1%), hidratos de
carbono (22,9%), minerais, cálcio, fósforo, vitamina C, caroteno e
aminoácidos, como o ácido glutâmico, tirosina, alanina, ácido aspártico, glutamina, cistina e também ácidos graxos.
Flores
Contêm nimbosterol e flavonóides e também produzem material ceroso e ácidos graxos, como beênico (0,7%), araquídico (0,7%), esteárico (8,2%), palmítico (13,6%), oleico (6,5%) e linoleico (8,0%).
Pólen
Contém vários aminoácidos, como o ácido glutâmico, tirosina,
arginina, metionina, fenilalanina, isoleucina e ácido aminocapróico.
Casca
Contém taninos
- polifenóis que protegem as plantas de ataques de animais herbívoros
ou de micro-organismos patogênicos - (12-16%) e não-tanino (8-11%) e
também polissacarídeos anti-inflamatório - este é constituído por
glicose, frutose e arabinose. Produz ainda um polissacarídeo antitumoral
e vários polissacarídeos. O cerne da casca de neem contém cálcio, potássio e sais de ferro.
Madeira
Contém celulose, hemicelulose (14%) e lenhina (14,63%).
Seiva
Contém açúcares livres (glucose, frutose, manose e xilose),
aminoácidos (alanina, ácido aminobutírico, arginina, asparagina, ácido
aspártico, glicina, norvalina, pralina, etc) e ácidos orgânicos (ácido
cítrico, malônico, succínico e fumárico). A seiva do neem também é útil no tratamento de fraqueza e de doenças de pele.
Semente
Possuem elevado teor de lipídios e um grande número de princípios
amargos em quantidades consideráveis. O principal elemento descoberto
até agora nas sementes de neem é a azadiractina, que é um princípio amargo e mostrou, em estudos, eficácia no combate a 200 espécies de insetos.
Torta
Material restante após a extração do óleo do miolo das sementes de neem, a torta é usada como adubo orgânico
e contém muitos nutrientes para as plantas, como nitrogênio (2-3%),
fósforo (1%) e potássio (1,4%). Apresenta também ácido tânico (1-1,5%) e
tem o maior teor de enxofre, de 1,07-1,36% a mais, que as tortas do
petróleo.
A educação a respeito dos efeitos terapêuticos e benefícios do neem ainda se mostra incipiente. Mas agora que você já conhece a planta e sabe para que serve, que tal adotar o uso de produtos derivados da espécie, como sabonetes, óleos essenciais, repelentes ou extratos? Espalhe essa ideia e pratique o consumo consciente ao reduzir o uso de químicos sintéticos nocivos, seus impactos sobre a saúde e o meio ambiente.
segunda-feira, 23 de julho de 2018
Dicas ecológicas: plantas inseticidas no controle de pragas
Pesquisa realizada no Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA) buscou comprovar científicamente o poder de algumas plantas, usadas como defensivo agrícola e conservante de grãos, já conhecidas pelos agricultores da região.
Segundo a Prof Conceição Previero, coordenadora da pesquisa, o trabalho foi "voltado principalmente para os agricultores familiares, que nos dão essas respostas de plantas com essas propriedades, descobertas de forma empírica e intuitiva e repassadas de geração em geração". O resultado gerou uma Cartilha, distribuída pelo CNPq: RECEITAS DE PLANTAS COM PROPRIEDADES INSETICIDAS NO CONTROLE DE PRAGAS.
Aqui vão algumas receitas, extraídas da cartilha, que podem ser de interesse para os nossos leitores.
Alho branco (Allium sativum), planta perene cujo bulbo (a "cabeça de alho") é composto por folhas escamiformes (os "dentes de alho"), comestível e usado tanto como tempero, fins medicinais e defensivo agrícola.O extrato do alho branco quando adequadamente preparado tem ação fungicida, bactericida e controla insetos nocivos como a lagarta da maçã, pulgão, etc. Sendo apresentado como defensivo mais barato que os agrotóxicos, não prejudica os trabalhadores, e é seguro para o meio ambiente.
Princípios ativos: O alho fresco possui alina, um amino-ácido sulfurado que se transforma em alicina, princípio ativo antisséptico, também é rico em iodo, flúor, cálcio, ferro, fósforo e vitaminas A, B e C, aminoácidos, dentre outros.
Alho contra brocas, cochonilhas e pulgões e ácaros
RECEITA 1
1 dente de alho, 2 litros de água
Modo de preparo
Bata o alho no liquidificador com água (2 litros para cada dente). Em seguida pulverize as plantas atacadas. Mas, atenção, não use sobre feijões, pois o alho inibe seu crescimento.
RECEITA 2 - Alho no controle biológico de pragas
1kg de alho ,5 litros de água ,100g de sabão ,20 colheres (de café) de óleo mineral.
Os dentes de alho devem ser finamente moídos e deixados repousar por 24 horas, em 20 colheres de óleo mineral. Em outro vasilhame, dissolva 100 gramas de sabão picado em 5 litros de água, de preferência quente. Após a dissolução do sabão, mistura-se a solução de alho. Antes de usar, é aconselhável filtrar e diluir a mistura com 20 partes de água. Quando pulverizado sobre as plantas depois de 36 horas não deixa cheiro nos produtos agrícolas.
Dica: Quando plantado entre as roseiras, diminui o ataque de pulgões.
A Arruda (Ruta graveolens) é uma planta da família das Rutáceas. Também é denominada como arruda fedorenta, arruda-doméstica, arruda-dos-jardins, rutade-cheiro-forte. Subarbusto muito cultivado nos jardins em todo o mundo, devido às suas folhas, fortemente aromáticas. Atinge até um metro de altura, apresentando haste lenhosa, ramificada desde a base. As folhas são alternas, pecioladas, carnudas, glaucas, compostas, de até 15cm de comprimento. As flores são pequenas e amareladas. O fruto é capsular, de quatro ou cinco lobos, salientes e rugosos, abrindo-se superior e inteiramente em quatro ou cinco valvas
Princípios ativos: Rica em óleos esssenciais, flavonóides (rutina), cumarinas e alcalóides
Receita no combate aos pulgões:
Ferva as folhas durante 5 minutos. Deixe esfriar e pulverize as plantas.
Curiosidades
Uma crença popular de raiz africana, remontando aos tempos coloniais, dita que os homens usem um pequeno galho de folhas por cima de uma orelha, ou que um galho das mesmas seja mantida no ambiente, para espantar maus espíritos.
Apesar das propriedades medicinais conhecidas há séculos, o uso interno desta planta é desaconselhado, pois, em grande quantidade, a arruda pode causar hiperemia (abundância de sangue) dos órgãos respiratórios, vômitos, sonolência e convulsões.
O efeito considerado "anticoncepcional" na verdade é abortivo, pois provém da inibição da implantação do óvulo no útero, sendo que a ingestão da infusão preparada com a arruda para esta finalidade é muito perigosa e pode provocar fortes hemorragias.
Cinamomo (Melia azedarach L, também conhecido popularmente como amargoseira, jasmim-de-caiena, jasmim-de-cachorro, jasmim-de-soldado, árvore-santa, loureiro-grego, lírio-da-índia, Santa Bárbara é uma árvore nativa do oriente (da Ásia até a Austrália) e subespontânea na América, Mediterrâneo e África. Chega a atingir 20 metros de altura. É muito cultivada como árvore ornamental. Suas folhas são usadas para fins medicinais.
Estudos recentes compravam a eficiência de suas folhas e frutos como conservante natural de grãos e sementes.
RECEITA - Extrato aquoso de folhas e frutos a 10% utilizado no controle de pulgões
Ingredientes
100g de folhas e frutos de Cinamomo, 1 litro de água, 1 pulverizador de pequeno porte
Macere as folhas e frutos de Cinamomo em água, faça infusão por 24 horas, coe e pulverize na cultura desejada, semanalmente Ingredientes
Dicas e curiosidades
As folhas e frutos do cinamomo são tóxicas e sua ingestão pode causar aumento da salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia intensa; em casos graves pode ocorrer depressão do sistema nervoso central
A Hortelã ou (Mentha spicata), também conhecida como hortelã-das-hortas, hortelã-comum, hortelã-dascozinhas, hortelã-dos-temperos ou simplesmente hortelã-verde, é uma planta herbácea perene, da família Lamiaceae (Labiadas), atingindo 30-100 cm. Erva utilizada desde a antiguidade, com sua origem confundida com os mitos. Usada pelos egípcios, hebreus, gregos, medievais, romanos e americanos, durante o século IX ,foram introduzidas na Europa muitas variedades. Além de seus variados fins medicinais essa planta também é utilizada como repelente.
A hortelã plantada nas bordaduras de canteiros repele ratos, formigas e insetos.
RECEITA: Hortelã como repelente natural
1 litro de água, 1 maço Hortelã
Ferva a hortelã em 1 litro de água, deixe esfriar, coe e pulverize sobre as plantas. O chá de hortelã é muito útil para as plantas em geral, protegendo-as.
Curiosidades de dicas
Fresca: deve ser acondicionada na geladeira em saco plástico, por alguns dias.
Para congelar: retire e pique as folhas finamente. Coloque em uma forma de gelo com água e leve ao congelador.
Como secar: seque ao ar livre, em local sombreado e bem ventilado, por alguns dias.
No microondas: lave e seque bem as folhas, separe do talo e forre o prato do microondas com papel absorvente. Espalhe as folhas sobre o papel, deixe o centro do prato livre. Leve ao micro em potência máxima de três a quatro minutos. Seca ou em pó: deve ser guardada ao abrigo da luz, respeitando o prazo da validade.
Outras plantas eficazes:
| Capim cidreira (Cymbopogon citratus) | Cravo-da-índia (Caryophilus aromaticus) | Cravo-de-defunto (Tagetes erecta) |
| Eucalipto (Eucaliptus citriodora) | Louro (Laurus nobilis) | Neem (Azadirachta indica) | Saboneteira (Sapindus saponaria) |
Falso-açafrão (Curcuma longa)
Fumo (Nictiana tabacum)
Pimenta malagueta (Capsicum frutescens)
Fonte: http://www.cnpq.br/documents/10157/922e31c5-6089-490e-b080-95843d86b2b9
segunda-feira, 5 de março de 2018
Emater responde: Controle biológico do pulgão - Programa Rio Grande Rural
Quem é esse tal pulgão?
Existe cerca de 1,5 mil espécie de pulgões que atacam as mais diversas espécies de plantas cultivadas.
Os pulgões são pequenos insetos sugadores de seiva elaborada e que prejudicam as culturas não apenas pela sucção de seiva, mas pela inoculação de toxinas e transmissão de viroses, esta última sendo o dano mais sério.
Nas condições do Brasil os pulgões se reproduzem exclusivamente por partenogênese telítoca, na qual fêmeas produzem larvas fêmeas sem o concurso dos machos.
Certas espécies de pulgões como Aphis nerii são capazes de atacar plantas tóxicas como a espirradeira Nerium oleander e a erva invasora Asclepias curassavica. O organismo dessa espécie de pulgão tem a capacidade de seqüestrar esses princípios tóxicos e de usá-los como mecanismo de defesa contra os inimigos naturais. O pulgão Brevicoryne brassicae é capaz de desativar a toxina sinigrina presente nas crucíferas (couve, repolho, nabo, rabanete) das quais se alimenta.
Algumas espécies de pulgões se especializaram como formadores de galhas que podem se constituir a partir do enrolamento das folhas ou formação de tumores induzidos pelos hormônios de crescimento produzidos por esses insetos. É o caso da filoxera Daktulosphaira vitifoliae que provoca a formação de galhas em folhas e raízes da videira. As formas aladas da filoxera voam para as folhas da videira, onde depositam ovos. Desses nascem as larvas formadoras de galhas. Completando o desenvolvimento, a filoxera sai da galha e desce pelos ramos da planta até chegar às raízes, onde forma novas galhas em forma de nodosidades. Para o controle da filoxera é recomendado que se use porta-enxertos resistentes. Mesmo assim a filoxera consegue se estabelecer na videira enxertada, atacando somente a parte aérea suscetível. Todavia seus danos são menores que no caso do comprometimento das raízes. Embora protegidos no interior das galhas, os pulgões ainda são atacados pelos inimigos naturais especializados em perseguí-los dentro dessas estruturas.
É bastante conhecida a relação de mutualismo que os pulgões estabelecem com formigas: enquanto os primeiros fornecem substâncias açucaradas que secretam às formigas, estas os defendem contra a aproximação de seus inimigos naturais e os carregam para colonizarem novas plantas.
Na tabela (veja no final do texto como visualizar este artigo em PDF) encontram-se as principais viroses em plantas e as espécies de pulgões que as transmitem.
Os pulgões são capazes de desenvolver resistência contra pesticidas químicos como os organofosforados e carbamatos. As espécies mais estudadas com relação a esse aspecto são os pulgões Myzus persicae e Aphis gossypii. O desenvolvimento de resistência é facilitado pela aplicação repetida do mesmo agroquímico na cultura.
Como os pulgões possuem numerosas espécies de inimigos naturais representados pelos parasitóides e predadores, valeria a pena realizarem-se esforços para substituir o controle químico pelo biológico, viabilizando-se a criação massal e o fornecimento de inimigos naturais aos agricultores.
O controle biológico clássico de pulgões, que alcançou expressivo sucesso no Brasil é o dos pulgões do trigo pertencentes às espécies Metopolosiphium dirhodum (pulgão da folha), Sitobium avenae (pulgão da espiga e da folha), Schyzaphis graminum (pulgão da espiga e da folha), Rhopallosiphum padi (pulgão da folha e da bainha) e R. rufioabdominale (pulgão da raiz). Para o controle biológico dos mesmos foram introduzidas 12 espécies de parasitóides trazidos da Europa e da Ásia, dos quais apresentaram melhor sucesso quanto ao estabelecimento Aphidius colemani, A. ropalosiphi, A. uzbekistanus, A. ervi, Diaeretiella rapae, Praon volucre e Ephedius plagiator. Essas introduções foram necessárias pois as pragas do trigo (planta originária do Velho Mundo) foram introduzidas no Brasil desacompanhadas de seus inimigos naturais nativos.
O parasitóide Lysephlebus testaceipes foi introduzido com sucesso nos países do Mediterrâneo para controle dos pulgões dos citros Toxoptera spp.
O parasitismo é estabelecido quando a vespa fêmea deposita o ovo no interior do organismo do pulgão. A larva que eclode do ovo se desenvolve alimentando-se da hemolinfa e dos tecidos internos do hospedeiro. Finda a fase larval do parasitóide, o pulgão já está morto e transformado em múmia. A pupa do parasitóide se forma no interior da múmia e a vespa adulta emerge abrindo um orifício na parede da múmia. Pulgões novos, quando parasitados, morrem sem chegar à idade adulta; os que chegam a esse estágio produzem menor número de descendentes. Com o parasitismo ocorre degeneração dos ovários do pulgão, cessando a formação dos embriões. São predadores de pulgões coleópteros, dípteros, neurópteros, heterópteros, himenópteros e aranhas.
Existem mais de 5 mil espécies de coccinelídeos (insetos da família dos coleópteros) que são predadores de pulgões e são encontrados em quase todas as partes do mundo. Larvas jovens de pulgões são mais vulneráveis ao ataque de coccinelídeos.
Os neurópteros das famílias Chrysopidae e Hemerobiidae são encontrados também em quase todas as partes do mundo. Suas larvas são predadores ativos de pulgões, chegando a destruir 25 pulgões/dia. Um casal e seus descendentes são capazes de destruir 4 milhões de pulgões/ano. As larvas dos dípteros das famílias Syrphidae e Cecidomyiidae chegam a destruir mais de 500 pulgões durante esse estágio.
Maria Aico Watanabe
Embrapa Meio Ambiente
* Este artigo foi publicado na edição número 07 da revista Cultivar Hortaliças e Frutas, de abril/maio de 2001.
* Confira este artigo, com fotos e tabelas, em formato PDF. Basta clicar no link abaixo:
/arquivos/hf07_pulgao.pdf
Os pulgões são pequenos insetos sugadores de seiva elaborada e que prejudicam as culturas não apenas pela sucção de seiva, mas pela inoculação de toxinas e transmissão de viroses, esta última sendo o dano mais sério.
Nas condições do Brasil os pulgões se reproduzem exclusivamente por partenogênese telítoca, na qual fêmeas produzem larvas fêmeas sem o concurso dos machos.

Certas espécies de pulgões como Aphis nerii são capazes de atacar plantas tóxicas como a espirradeira Nerium oleander e a erva invasora Asclepias curassavica. O organismo dessa espécie de pulgão tem a capacidade de seqüestrar esses princípios tóxicos e de usá-los como mecanismo de defesa contra os inimigos naturais. O pulgão Brevicoryne brassicae é capaz de desativar a toxina sinigrina presente nas crucíferas (couve, repolho, nabo, rabanete) das quais se alimenta.
Algumas espécies de pulgões se especializaram como formadores de galhas que podem se constituir a partir do enrolamento das folhas ou formação de tumores induzidos pelos hormônios de crescimento produzidos por esses insetos. É o caso da filoxera Daktulosphaira vitifoliae que provoca a formação de galhas em folhas e raízes da videira. As formas aladas da filoxera voam para as folhas da videira, onde depositam ovos. Desses nascem as larvas formadoras de galhas. Completando o desenvolvimento, a filoxera sai da galha e desce pelos ramos da planta até chegar às raízes, onde forma novas galhas em forma de nodosidades. Para o controle da filoxera é recomendado que se use porta-enxertos resistentes. Mesmo assim a filoxera consegue se estabelecer na videira enxertada, atacando somente a parte aérea suscetível. Todavia seus danos são menores que no caso do comprometimento das raízes. Embora protegidos no interior das galhas, os pulgões ainda são atacados pelos inimigos naturais especializados em perseguí-los dentro dessas estruturas.
É bastante conhecida a relação de mutualismo que os pulgões estabelecem com formigas: enquanto os primeiros fornecem substâncias açucaradas que secretam às formigas, estas os defendem contra a aproximação de seus inimigos naturais e os carregam para colonizarem novas plantas.
Na tabela (veja no final do texto como visualizar este artigo em PDF) encontram-se as principais viroses em plantas e as espécies de pulgões que as transmitem.
Os pulgões são capazes de desenvolver resistência contra pesticidas químicos como os organofosforados e carbamatos. As espécies mais estudadas com relação a esse aspecto são os pulgões Myzus persicae e Aphis gossypii. O desenvolvimento de resistência é facilitado pela aplicação repetida do mesmo agroquímico na cultura.
Como os pulgões possuem numerosas espécies de inimigos naturais representados pelos parasitóides e predadores, valeria a pena realizarem-se esforços para substituir o controle químico pelo biológico, viabilizando-se a criação massal e o fornecimento de inimigos naturais aos agricultores.
O controle biológico clássico de pulgões, que alcançou expressivo sucesso no Brasil é o dos pulgões do trigo pertencentes às espécies Metopolosiphium dirhodum (pulgão da folha), Sitobium avenae (pulgão da espiga e da folha), Schyzaphis graminum (pulgão da espiga e da folha), Rhopallosiphum padi (pulgão da folha e da bainha) e R. rufioabdominale (pulgão da raiz). Para o controle biológico dos mesmos foram introduzidas 12 espécies de parasitóides trazidos da Europa e da Ásia, dos quais apresentaram melhor sucesso quanto ao estabelecimento Aphidius colemani, A. ropalosiphi, A. uzbekistanus, A. ervi, Diaeretiella rapae, Praon volucre e Ephedius plagiator. Essas introduções foram necessárias pois as pragas do trigo (planta originária do Velho Mundo) foram introduzidas no Brasil desacompanhadas de seus inimigos naturais nativos.
O parasitóide Lysephlebus testaceipes foi introduzido com sucesso nos países do Mediterrâneo para controle dos pulgões dos citros Toxoptera spp.
O parasitismo é estabelecido quando a vespa fêmea deposita o ovo no interior do organismo do pulgão. A larva que eclode do ovo se desenvolve alimentando-se da hemolinfa e dos tecidos internos do hospedeiro. Finda a fase larval do parasitóide, o pulgão já está morto e transformado em múmia. A pupa do parasitóide se forma no interior da múmia e a vespa adulta emerge abrindo um orifício na parede da múmia. Pulgões novos, quando parasitados, morrem sem chegar à idade adulta; os que chegam a esse estágio produzem menor número de descendentes. Com o parasitismo ocorre degeneração dos ovários do pulgão, cessando a formação dos embriões. São predadores de pulgões coleópteros, dípteros, neurópteros, heterópteros, himenópteros e aranhas.
Existem mais de 5 mil espécies de coccinelídeos (insetos da família dos coleópteros) que são predadores de pulgões e são encontrados em quase todas as partes do mundo. Larvas jovens de pulgões são mais vulneráveis ao ataque de coccinelídeos.

Os neurópteros das famílias Chrysopidae e Hemerobiidae são encontrados também em quase todas as partes do mundo. Suas larvas são predadores ativos de pulgões, chegando a destruir 25 pulgões/dia. Um casal e seus descendentes são capazes de destruir 4 milhões de pulgões/ano. As larvas dos dípteros das famílias Syrphidae e Cecidomyiidae chegam a destruir mais de 500 pulgões durante esse estágio.
Maria Aico Watanabe
Embrapa Meio Ambiente
* Este artigo foi publicado na edição número 07 da revista Cultivar Hortaliças e Frutas, de abril/maio de 2001.
* Confira este artigo, com fotos e tabelas, em formato PDF. Basta clicar no link abaixo:
/arquivos/hf07_pulgao.pdf
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Leite cru e água: fungicida simples e barato
Doença
provocada por um fungo, o oídio se parece com um pó branco e é
encontrado nas folhas das plantas. Se não for controlado, pode tomar
toda a plantação atrapalhando o crescimento das plantas, reduzindo a
produção e, conseqüentemente, os ganhos do produtor. A produção de
culturas como a da abobrinha pode cair em até 60% quando atacada pela
doença.
A receita para uso do leite no
combate do oídio é bem simples: basta preparar uma solução de 5% de
leite de vaca cru e 95% de água e pulverizá-la sobre a plantação. Os
estudos que chegaram a essa mistura foram feitos pelo pesquisador da
Embrapa Meio Ambiente, Wagner Bettiol, que participa do programa. “A
solução é totalmente inócua ao meio ambiente, não causando nenhum
impacto ambiental, diferentemente dos fungicidas utilizados para o
controle da doença”, enfatiza o pesquisador. Além disso, os produtos
químicos indicados para o combate ao oídio são caros, custando em média,
R$ 135,00 o litro.
| 2007/06/18 | |
| 15' | |
| Maria Cristina Tordin
Email: cris@cnpma.embrapa.br Telefone: (19) 3869-2481 |
|
| Embrapa Meio Ambiente |
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Dicas para espantar as formigas!
| muda de citrus atacada por formigas |
| Olhem só a foto desta bergamoteira! Vou tentar o plantio destas plantas repelentes, indicadas abaixo! |
Quando a população
de formigas no jardim ou horta aumenta muito, chegando a prejudicar
as plantas, é hora de agir. Mas, nem sempre é preciso
lançar mão de produtos químicos. Existem métodos naturais
e caseiros que funcionam. Para combater as formigas diretamente
no local, existem algumas receitas muito simples:
O plantio de plantas repelentes:
em hortas, principalmente, o plantio de cebolinha verde em
todo o contorno, costuma ser bem eficaz. Outras opções
interessantes também para os jardins são o plantio de menta,
lavanda, manjerona, alho, coentro e losna. Sementes de gergelim
espalhadas no canteiro ou no caminho das formigas também costuma
dar bons resultados.
Para evitar que as formigas ataquem arbustos e árvores:
recomenda-se o uso do suco de pimenta vermelha. Amasse bem
algumas pimentas vermelhas, até fazer um suco grosso. Molhe
um pano neste suco e amarre em volta do caule da planta ou
pincele o tronco.
E dentro de casa: o coentro e as pimentas em geral podem ser usados dentro de casa sob a forma de sachês amarrados às plantas.
Se você achou o formigueiro no jardim: coloque suco e cascas de limão na entrada do formigueiro.
E se elas também já estão atacando seus armários: espalhe cravos-da-índia dentro deles para espantar as formigas.
Fonte; http://www.jardimdeflores.com.br/dicas/a13formigas.htm
terça-feira, 31 de outubro de 2017
Seis tipos de plantas funcionam como repelentes naturais de insetos
Citronela (foto) é uma delas. Opção é eficiente e mais sustentável que o uso de repelentes químicos
Plantar uma semente, regá-la, introduzir terra e acompanhar seu crescimento. Todas essas são práticas que os amantes de plantas adoram realizar - muitas vezes as encaram até como terapia. No entanto, certas plantas atraem insetos, que podem inibir o próprio crescimento dos vegetais ou trazer transtornos por causa de sua grande concentração e reprodução.Uma possível solução passa pelo uso de pesticidas e repelentes, se não fosse o fato de que eles são nocivos não só para as plantas, mas para a saúde humana, pois contêm substâncias tóxicas. A melhor opção, mais saudável e ecológica, é criar plantas que repelem insetos em seu jardim, principalmente em locais com grande incidência de insetos. Dê uma olhada:
Lavanda - além de ser uma planta que pode perfumar ambientes internos, devido ao seu cheiro adocicado, e decorá-los, por causa de sua beleza, a lavanda ajuda a espantar mosquitos;

Citronela - outro excelente repelente natural contra mosquitos, principalmente os borrachudos e os pernilongos. Caso seja combinada com outras duas plantas repelentes naturais, a erva do gato e a cascata gerânio, o efeito se torna mais potente ainda;
Hortelã - basta plantar várias em torno do seu jardim que as formigas não vão mais incomodar suas plantas. Aproveite para ver aqui outra forma de se livrar das formigas em casa sem usar pesticidas;
Crisântemo - ajuda a manter baratas, percevejos, pulgas e carrapatos afastados;
Manjericão - o cheiro forte da planta afasta moscas e mosquitos;
Alecrim - também repele os mosquitos e pode ajudar a manter gatos afastados de locais em que a presença deles seja indesejável, como numa caixa de areia destinada para o lazer de crianças. Basta colocar algumas folhas de alecrim no local - os gatos não gostam do cheiro.
fonte: Ecycle
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