terça-feira, 28 de dezembro de 2010

UM ano Atrás, começava meu estágio no sítio dos Herdeiros

Dia 28 de dezembro de 2009, começava meu estágio curricular obrigatório do curso de Agronomia da UFRGS, no sítio dos Herdeiros, bairro Lami, Porto Alegre!
Obrigado a eng. Silvana, que orientou meu estágio e a tutora professora Magnólia. Aprendi muito com os proprietários Salvador (dodô) e vera, mas também acredito que contribuí para o crescimento do sítio.
Obrigado e Feliz Ano Novo!



Realizei meu estagio supervisionado de 28/12/2009 à 10/03/2010 no Sítio dos Herdeiros , localizado no extremo sul de Porto Alegre. Seus proprietários Salvador (Dodô) e Vera, desenvolvem a produção olerícula, bem como o preparo de geléias e pastas. Sua produção é comercializada na Feira Ecológica da av. José Bonifácio, aos sábados pela manhã. Desde 1989, esta Feira Ecológica é programação certa nas manhãs de sábado para quem deseja qualidade na alimentação.


Uma vida livre de pesticidas e outros produtos químicos, comuns na maioria dos alimentos consumidos pela população, é o que leva semanalmente milhares de pessoas a saírem de suas casas aos sábados pela manhã, em direção à Avenida José Bonifácio. Lá acontece uma reunião de cooperativados que proporcionam aos porto-alegrenses mais um item de grande importância na qualidade de vida da capital.




Os 130 expositores instalados em duas quadras da avenida oferecem produtos como frutas, legumes, verduras, mel e derivados, sucos queijos de cabra entre outros.

Hoje sob coordenação da Secretaria Municipal de Produção Indústria e Comércio - SMIC, através do projeto Feiras Ecológicas, a iniciativa partiu primeiramente de produtores reunidos com o movimento ecológico de Porto Alegre. Funcionando das 7h às 12h30min, a feira começou com intervalos de 15 dias, passando a ser semanal em 1992. Participei de várias manhãs de sábado na comercialização dos produtos, onde pude constatar a integração do produtor e consumidor, a troca de informações. Consumidores curiosos e buscando uma alimentação mais saudável , perguntam por determinados produtos, pois já são cativos de determinadas bancas.



No seu cultivo agroecologico, o principal problema é a erradicação das plantas daninhas, pois não utiliza nenhum produto químico no combate aos inços. Somente o arranquio manual e mais recentemente com a aquisição de uma roçadeira, projeta acelerar esta prática.

Sua produção olerícula é bem diversificada, chega a produzir oito variedades de alface, bem como moranguinho, batata doce, ervilha, tomate capote, tomate cereja (várias variedades), hibiscus, repolho, várias variedades de pimenta.


Cultiva também plantas "exóticas", incorporadas à produção do sítio pela interação com a Eng. Agrônoma Silvana. São mudas de bertalha e mizuna , utilizadas como salada; ora-pro-nóbis, conhecida como "carne de pobre" por ser rica em proteínas; taioba (ou taiá), que deve ser cozida para eliminar sua toxicidade. Estas plantas, além de serem uma alternativa saborosa, são também uma alternativa econômica, pois são plantas fáceis de cultivar e que exigem pouco espaço.

Participamos de reuniões com a Emater, MAPA e produtores agroecológicos da região sul de porto alegre, com vistas a certificação orgânica que o governo federal exigirá para comercialização em 2011.

Porto Alegre é a segunda capital brasileira com a maior área rural - cerca de 30% de seu território. Esse espaço de natureza viva, com áreas de preservação ambiental e biológica, foi decisivo para a Capital ser considerada, pela ONU, a metrópole com a melhor qualidade de vida do Brasil. Em uma cidade de quase 1,5 milhão de pessoas, há 15 m² de área verde por habitante - na medida recomendada pela Organização Mundial da Saúde.

O Sítio dos Herdeiros tem como uma das fontes de renda , o turismo rural, onde recebe alunos de escolas e também participa do roteiro Caminhos Rurais.

Os Caminhos Rurais ampliam as opções de lazer na Zona Sul, em bairros onde a história está nos costumes, na arquitetura, nas ruas, nas figueiras seculares das praças, nas festas populares que comemoram as colheitas, nos produtos coloniais, no artesanato, nas cantinas e restaurantes. Esta região das estâncias do século XIX é hoje ocupada por pequenas propriedades de expressiva agricultura familiar e agroecológica. Pomares de ameixas, pêssegos e parreirais produzem 1,6 mil toneladas de frutas por safra.

Os Caminhos Rurais são uma ótima experiência de resgate das origens e de uma vivência de turismo sustentável.

CONCLUINDO

Sob a supervisão da Eng. Agrônoma Silvana Bohrer, busquei sempre a integração do conhecimento científico com a sabedoria popular, observei as maiores dificuldades deste pequeno produtor, sugerindo mudanças e entendendo as suas respostas. Vislumbrar o crescente mercado olericula de produtos sem contaminação química, cujos consumidores lotam a feira da José Bonifácio aos sábados.
Para mim foi uma experiência inesquecível, pela vivencia prática de uma extensão aos agricultores, sentir o seu dia-dia, suas preocupações, suas alegrias. Sentir como é útil, essencial , o conhecimento que recebemos na UFRGS, sendo transmitido para os agricultores

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Fruticultura Ecológica






A possibilidade de obter alimentos sadios, de alta qualidade, sem o emprego dos agroquímicos convencionais, com elevada produtividade em pequenas áreas, fazem da fruticultura orgânica uma das melhores opções agrícolas na atualidade. Essa tendência, que atende as necessidade de pequenos e médios produtores, já é verificada na Europa, na África do Sul e em Israel, começa a surgir no Brasil.





A produção de frutas dever ser feita de forma integrada, com cultivo de várias espécies frutícolas, de forma a proporcionar colheitas seqüenciais e o processamento de conservas e geléias, permitindo assim melhor utilização da mão de obra, equipamentos e instalações disponíveis.



Somente deverá estar autorizado a utilizar o selo de produto orgânico o produtor que tenha sua unidade produtora certificada por uma entidade orgânica credenciada oficialmente e esteja seguindo rigorosamente as Normas Técnicas da entidade. Por essa razão, deve ser obrigatório o uso do selo de produto orgânico nos produtos finais destinados ao consumidor.



As características que distinguem o sistema orgânico do convencional são as seguintes:



1) Produtos sem agrotóxicos nem adubos químicos solúveis, para a produção de alimentos sadios, sem resíduos contaminantes.



2) Planejamento de utilização do solo, com preservação dos recursos naturais; práticas de conservação do solo; preparo do solo mínimo; manejo das ervas pioneiras; adubação orgânica, com fertilizantes de lenta liberação de nutrientes, rotação de culturas, biodiversidade, etc



3) Compromisso produtor/consumidor quanto à produção de alimentos sadios e de qualidade.



4) Relação sócio-econômica adequada entre o produtor /empregado, garantindo os seus direitos sociais, médicos e trabalhistas.



Princípios da produção orgânica



Neste sistema é proibido o uso de sementes, mudas e animais transgênicos (organismos geneticamente modificados), assim como aditivos, coadjuvantes de fabricação e outros produtos geneticamente modificados ou transgênicos na fabricação de processados.



Manejo do solo



Adota a rotação e a consorciação de culturas, incluindo princípios alelopáticos. Trabalhar com espécies, variedades e raças adaptadas ao local. Implantar quebra-ventos, cortinas vegetais e área de refúgio para a fauna.



Biodiversidade



A biodiversidade é um objetivo a ser alcançado por todas as unidades certificadas. Em áreas em que esteja plantada uma só espécie vegetal, deverão ser plantadas outras espécies, de preferência árvores nativas, para evitar a monocultura e estimular a biodiversidade vegetal e animal.



Nutrição e adubação



O solo deve proporcionar os nutrientes para as plantas, através da regeneração da sua fertilidade, dando preferência aos adubos orgânicos e minerais de lenta liberação dos nutrientes. Utilizam a reciclagem total dos resíduos orgânicos. Procuram integrar a produção animal à produção vegetal, visando à reciclagem dos nutrientes.



Manejo das ervas nativas



As ervas nativas devem ser manejadas e não erradicadas.



Proteção de plantas



Quanto ao problema fitossanitário, o objetivo é prevenir pragas, doenças e parasitas, adotando medidas que venham a aumentar a saúde do solo e a resistência das plantas, sendo preferíveis à profilaxia.



Preservação do ambiente



O Código Florestal, a legislação sanitária e o Código do Consumidor devem ser especialmente observados e respeitados, além, naturalmente, de todas as legislações municipal, estadual e federal em vigor.



Armazenamento e transporte



Estar atento às condições de armazenamento, transporte e comercialização dos produtos, segundo os critérios da legislação em vigor.

Não poderá haver embalagens cheias, parcialmente cheias ou vazias de agrotóxicos ou adubos solúveis nas propriedades totalmente orgânicas. São exceções: rodenticidas, desde que haja manejo preventivo contra roedores e proteção da saúde de pessoas e animais, e iscas formicidas à base de sulfluramida, com os mesmos cuidados quanto à saúde.



Rastreabilidade



A unidade produtora deverá manter uma contabilidade, que registre a entrada e a saída de produtos, assim como todos os procedimentos efetuados no cultivo dos produtos orgânicos. Deve haver rastreabilidade de todos os procedimentos efetuados na produção, processamento e comercialização. As unidades certificadas devem possibilitar a visita de consumidores interessados em conhecer o processo e as condições da produção.




segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Agrônoma brasileira descobriu bactérias fixadoras de nitrogênio

 

A agrônoma Johanna Döbereiner é a sétima cientista brasileira mais citada pela comunidade científica mundial e a primeira entre as mulheres, segundo levantamento de 1995 da Folha de S. Paulo.

Suas pesquisas, fundamentais para que o Brasil desenvolvesse o Proalcool e se tornasse o segundo produtor mundial de soja, poupam ao país um gasto anual superior a 2 bilhões de dólares e tiveram impacto direto na economia nacional.

Seu trabalho com fixação biológica do nitrogênio permitiu que milhares de pessoas consumissem alimentos mais baratos e saudáveis, o que lhe valeu a indicação ao Nobel da paz em 1997. No entanto, a cientista é praticamente desconhecida no Brasil.



A brasileira naturalizada nasceu em 28 de novembro de 1924 na cidade de Aussig, na então Tchecoslováquia, e foi criada na capital Praga. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, foi forçada a deixar o país e emigrou para a Alemanha, onde fez trabalho braçal em fazendas até que o pai, fugido de um campo de concentração, pudesse encontrá-la. Ele conseguiu para ela um trabalho em uma fazenda próxima a Munique, onde ela selecionava trigo para melhorar a produção. Foi esse seu primeiro contato com agronomia.



*A agrônoma trabalha em seu laboratório (fotos de Johanna cedidas

pelo Projeto Memória da Academia Brasileira de Ciências)



Em seguida, também por influência do pai, o químico Paul Kubelka, ela ingressou no curso de agronomia na Universidade de Munique, concluído em 1950. No mesmo ano, Johanna casou-se com o estudante alemão Jürgen Döbereiner, e logo os dois emigraram para o Brasil. Kubelka, que já estava aqui, enviara as passagens. Johanna foi contratada pelo Serviço Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) e foi morar perto do trabalho, no quilômetro 47 da antiga estrada Rio-São Paulo.



*Johanna Döbereiner



Suas pesquisas na SNPA culminariam na descoberta de bactérias fixadoras de nitrogênio em gramíneas e leguminosas. Esses microorganismos capturam do ar o nitrogênio que estimula o crescimento das plantas. Seu uso no cultivo da cana-de-açúcar permitiu que o Brasil implementasse o Proalcool, programa que desenvolveu o álcool combustível a partir da planta e deu ao país fôlego para enfrentar os choques do petróleo dos anos 1970. As bactérias descobertas por Johanna também levaram o Brasil a incrementar a produção de diversas leguminosas e enriqueceram o prato dos brasileiros com alimentos mais saudáveis e menos poluentes - já que o cultivo de plantas com as bactérias dispensa o uso de agrotóxicos.



Johanna e o marido se naturalizaram em 1956 e tiveram no Brasil seus três filhos. A agrônoma se sentia em casa no país. Certa vez, uma repórter questionou-lhe durante uma entrevista: "Mas a senhora não é brasileira." Sem titubear, ela respondeu: "Minha filha, talvez mais do que você."

Por: Renata Ramalho


Fonte: UOL

Postado por: MA 04/05/09

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Agricultores usam arsenal orgânico para combater pragas

Aviso solicitando a não utilização de quaisquer tipos de venenos; devido a ser tratar de propriedade orgânica





Mark Van Horn, diretor da fazenda dos estudantes na Universidade da Califórnia, parece quase perdido enquanto caminha por uma nuvem amarela de girassóis selvagens à beira de um campo de tomate e milho.

Eles não estão aqui por sua beleza ou como um plantio de venda – eles são, na verdade, uma importante estratégia de controle de pragas nesta fazenda orgânica.

Pesquisas locais sobre os girassóis selvagens, segundo Mark, mostram que eles são o lar de joaninhas e vespas parasitas, insetos bons que matam insetos ruins.
“O girassol nos ajuda a proporcionar casa e comida a insetos benéficos, mantendo-os ativos durante o ano todo“, disse Mark.
“E os girassóis nativos são muito melhores para isso do que os domésticos.

Existe uma biodiversidade de insetos muito maior nos girassóis selvagens”.

Enquanto o agricultor convencional possui uma gama de armas químicas para combater a invasão de ervas daninhas e pragas, o agricultor orgânico tem um caminho mais duro.
Simplesmente não existem sprays orgânicos contra insetos que se comparem ao poder dos químicos sintéticos, e quase nada em desenvolvimento quanto a herbicidas orgânicos.

Em vez disso, há um entendimento cada vez maior, entre agricultores orgânicos, sobre maneiras de atrelar sistemas naturais como parte do que é chamado de gerenciamento integrado de pragas.
E há um pequeno brotar de novas pesquisas sobre técnicas de cultivo orgânico como resultado da lei de agricultura de 2008 nos EUA, que financia uma série de programas agrícolas num total de US$ 307 bilhões.

Durante anos, essas pesquisas foram financiadas com US$ 3 milhões ao ano, e embora os novos fundos ainda sejam minúsculos se comparados às pesquisas da agricultura convencional, hoje são US$ 20 milhões anuais pelos próximos anos, podendo aumentar ainda mais.
Em vez de cinco a sete bolsas de pesquisa por ano, agora são duas dúzias.

“Você não é mais considerado idiota por fazer este tipo de pesquisa, como ocorria na década de 1980″, disse Fred Kirschenmann, agricultor orgânico e membro distinto do Centro Leopold de Agricultura Sustentável em Iowa.
A pesquisa sobre ecossistemas de agricultura orgânica nos últimos anos obteve algumas descobertas importantes, e refinou as técnicas usadas pelos produtores orgânicos.
O artigo publicado este ano na revista “Nature” confirmou o que os agricultores orgânicos suspeitavam há algum tempo – que a agricultura convencional pode agravar o problema das pragas.



David Crowder, entomologista da Universidade Estadual de Washington e um autor do artigo, diz que se existem mais variedades de plantas ao redor do campo, e nenhum pesticida de amplo espectro, como ocorre na produção orgânica, isso promove o equilíbrio entre espécies de insetos – em vez de permitir que uma espécie domine a cena.

“Existem mais inimigos naturais e eles fazem um trabalho muito melhor em controlar pragas em campos orgânicos”, afirmou Crowder.

Inimigos naturais são essenciais à abordagem orgânica.



Eric Brennan é o único pesquisador orgânico em tempo integral do Departamento de Agricultura dos EUA, e ele trabalha em Salinas Valley, a chamada “tigela de salada da América”, de onde 80% do país recebe as folhas verdes de suas saladas.

Uma das pragas mais difíceis é o afídeo da alface.

O tratamento preferido para a alface orgânica comercial é plantar uma flor ornamental, chamada alyssum, em meio à alface, tomando cerca de 5 a 10% do total da plantação.


Moscas-de-flores vivem na alyssum, e precisam de uma fonte de afídeos para alimentar seus filhotes – e assim colocam seus ovos na alface.

Quando nascem, as larvas começam a atacar os afídeos.“Se você fosse um afídeo num pé de alface, uma larva de mosca-de-flor seria um pesadelo”, explicou Brennan.

“Elas são vorazes comedoras de afídeos.Uma larva por planta consegue controlar os afídeos”.

Brennan está estudando a configuração mais eficiente para a plantação dos campos de alfaces e alyssum.

Alguns produtores de morangos orgânicos usam “safras-armadilhas” para atrair insetos para fora de seu plantio comercial.


Insetos do gênero lygus causam a deformação dos frutos.Mas eles gostam mais de alfafa do que de morangos, então alguns produtores plantam uma fileira de alfafa para cada 50 fileiras de morangos.

Conforme esses insetos se acumulam na alfafa, um grande aspirador de pó montado em um trator passa e puxa todos eles.Outros produtores simplesmente aspiram os insetos diretamente dos morangueiros.

Aumentar a vegetação nativa em campos de plantio pelo bem da biodiversidade não é algo livre de controvérsias.

Após uma epidemia de E.coli em plantações de espinafre em 2006, alguns compradores de safras disseram aos agricultores que não comprariam de produtores cujos campos não estivessem limpos, pois as plantas poderiam abrigar roedores ou outros animais trazendo a doença.

Apesar de uma falta de evidências científicas, segundo Brennan, alguns produtores desmataram a vegetação.


Nem todos os predadores são outros insetos.Rachel Long estudou morcegos e seu papel no gerenciamento de pragas no Vale Central da Califórnia por 15 anos.

Produtores de peras, nozes e maçãs estavam combatendo uma espécie de mariposa.

Estudando o DNA em partes não digeridas de fezes de morcego, ela descobriu que eles se alimentavam das mariposas e de outros insetos – o equivalente ao seu peso, todas as noites.

A fase seguinte, que levou oito anos, foi descobrir como atrair morcegos a casas de morcegos.

“Os filhotes nascem sem pelos”, disse Long.

“Então precisamos colocá-los onde eles recebam o sol matutino, ficando quentes de manhã, e sombra à tarde, de forma que não fique quente demais”.


“Há uma enorme demanda por morcegos no mundo agrícola”, explicou ela.

“Eles comem toneladas de insetos. Eles também comem besouros de pepino e percevejos, que atacam tomates”.Uma casa de morcegos precisa ser presa a uma estrutura como um celeiro ou uma ponte, segundo ela, e não montada sobre um poste.Falcões ficam esperando que os jovens morcegos saiam de uma casa, e se ela não for protegida, Long diz que os filhotes são capturados um a um.

Pesquisadores orgânicos também estão estudando o papel da fertilidade do solo no controle de pragas.

Alguns estudos mostram que solos ricos em nutrientes podem aprimorar o sistema imunológico das plantas, e elevar sua resistência natural a insetos e pragas – ou proporcionar um lar para inimigos naturais.

O solo orgânico em plantações de batatas estudadas por Crowder, por exemplo, possui níveis mais altos de um fungo que mata a larva do besouro da batata.

O uso de plantações intermediárias – plantar gramas e legumes que recuperam o nitrogênio entre as safras comerciais – pode fazer uma enorme diferença para o solo, segundo estudos de Brennan.

“Se conseguirmos fazer os produtores plantarem uma safra intermediária a cada três anos, em vez de a cada 10, estaríamos bem mais avançados” em fertilidade de solo, disse ele.“É uma diferença gigantesca”.


Produtores orgânicos não são contrários à utilização de certos tipos de sprays químicos.

Alguns deles – os chamados “aromas assassinos” – são feitos de óleos e águas essenciais de plantas de cheiro forte, como cravo-da-índia, menta e tomilho.

Uma década de estudos no Canadá mostra que eles podem ser bastante eficientes em repelir e matar pragas – e são seguros, embora não fiquem ativos no ambiente por muito tempo e precisem de diversas aplicações.

Quanto às ervas daninhas em campos orgânicos, a maior ajuda também pode ser a plantação intermediária, com o centeio ou os feijões em favas.

Muitas plantações intermediárias não são semeadas em intervalos curtos o bastante, afirmou Brennan.

“Em vegetais onde a plantação intermediária é realizada no intervalo aceito, temos cinco vezes mais ervas daninhas”, disse ele.

“Se aumentarmos o intervalo de plantio em três vezes, ficaremos praticamente livres dessa praga. Isso é extremamente importante, pois os produtores orgânicos não têm herbicidas“.

E prossegue a busca científica por uma mistura de sistemas que produza alimentos naturalmente e seja boa para a natureza além do campo de plantio.

“Esse é o nosso cálice sagrado”, disse Van Horn.

“Um sistema agrícola que imite um sistema natural”.


Fonte: Yahoo Notícias obtido em The New York Times

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sementes: O monopólio global








2010/10/07 - Segundo investigação desenvolvida por um professor da universidade americana do Michigan e divulgada hoje pelo The Ecologist, mostra de forma visual como o comércio mundial de sementes foi objecto de monopolização em pouco mais de dez anos. A figura acima (clicar na imagem para ver uma ampliação) mostra todas as empresas que têm sido compradas ou são controladas por apenas oito mega-multinacionais, sendo Monsanto de longe a maior das maiores. O mercado global é efectivamente dominado por apenas três empresas: Monsanto, DuPont e Syngenta.



Tamanha consolidação e, em particular, tamanha aceleração nas últimas décadas, não podia deixar de acarretar consequências. As principais, segundo o artigo de Philip Howard, são: menor diversidade de sementes disponíveis (nomeadamente menos variedades de sementes não transgénicas), menos agricultores a guardar as suas próprias sementes, e redução do investimento em sementes livres (a pesquisa deslocou-se das universidades para as empresas, que se concentram nas sementes com "direitos de autor").



As tendências futuras não são optimistas. Na ausência de uma grande intervenção estatal, as aquisições de empresas vão continuar e o oligopólio vai acentuar-se. O que é que vai sobrar do nosso direito a semear é algo que continuará em aberto.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Feira dos Agricultores Ecologistas comemora 21 anos de Biodiversidade


Data será marcada neste sábado (16), das 7h às 13h, no tradicional canteiro central da primeira quadra da avenida José Bonifácio em Porto Alegre.




EcoAgência/NEJ/RS

Feira acontece todos os sábados de manhã no canteiro central da primeira quadra da avenida José Bonifácio, em Porto Alegre.


Por jornalista Cláudia Dreier
Neste sábado, 16 de outubro, dia Mundial da Alimentação a Feira dos Agricultores Ecologistas, FAE, completa 21 anos de Biodiversidade. A diversidade está tanto nos produtos oferecidos pelas bancas, como no manejo da produção orgânica praticado pelos produtores quanto na cultura e nos saberes das pessoas que já passaram e ainda passam pela feira todos os sábados.

A rádio-feira, localizada na área central, anima a manhã a partir das 8h e está a aberta a depoimentos de produtores e frequentadores da feira. Às 9h serão entregues os vale-compras aos chefs das receitas mais votadas no Concurso de Culinária. Após a premiação, as 200 primeiras pessoas que passarem na Banca do Meio recebem um folder com receita de PANCs, as plantas alimentícias não convencionais.

Por volta de 10h é a vez dos artistas da Escola Projeto que pintaram sacolas de algodão alusivas ao aniversário e à preservação do meio ambiente. O primeiro lugar do Festival de Sacolas recebe um vale-compras de R$50,00 e os quatro pintores que ocuparam a segunda posição ganham o vale-compras no valor de R35,00.

Às 11h serão distribuídos Guias da FAE, onde constam o nome de todas bancas da feira, mais de 40, o contato de um feirante, o município de origem e os produtos que se encontram na banca.

Ao meio-dia é a hora do Abraço da Feira, para mostrar a união de produtores e beneficiários urbanos que se alimentam dos produtos livres de veneno. Em seguida vem o momento de cantar os parabéns à FAE e de repartir o bolo de aniversário.

Nos próximos sábados, as comemorações continuam com a Biodiversidade na História da FAE e a Biodiversidade na Produção. A feira acontece das 7h às 13h no canteiro central da primeira quadra da avenida José Bonifácio em Porto Alegre.


FAE - EcoAgência

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sementes: O alicerce da agricultura agroecológica

A origem da domesticação das espécies vegetais

Entre 10.000 e 12.000 anos atrás, não se criavam ambientes agrícolas estritamente controlados como se faz na agricultura de hoje. Os agricultores daquela época cuidavam de certas espécies que ocorriam naturalmente, modificando seus habitats, facilitando sua reprodução, controlando seus competidores e, eventualmente, transferindo-as para locais mais convenientes. A seleção natural ainda tinha um papel importante em tais sistemas, porque a intervenção humana não era suficiente para superar o fato de que as espécies úteis tinham de sobreviver aos rigores do ambiente natural.
Conforme a domesticação progrediu, a seleção se tornou mais intencional, com os agricultores primitivos escolhendo sementes das plantas com rendimentos mais elevados e mais previsíveis. Por fim, as espécies agrícolas alcançaram um ponto em que sua constituição genética foi alterada a tal ponto que não poderiam mais viver sem a intervenção do homem. Atualmente, as espécies domesticadas dependem dos seres humanos tanto quanto estes dependem das plantas e animais que domesticaram para sobreviverem.

Sementes na agricultura convencional

As plantas cultivadas atuais foram submetidas a muitas pressões de seleção, nas quais foram privilegiados os seguintes aspectos: a otimização do rendimento, o gosto e aparência atraentes, uniformidade genética, resposta rápida à aplicação de água e fertilizantes, facilidade de colheita e processamento e vida mais longa na prateleira dos pontos de venda.
Por ter se priorizado o fator produtividade em detrimento de todas as outras características das plantas, atualmente, as principais variedades cultivadas exigem insumos externos na forma de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos (incluindo os herbicidas) e irrigação, para terem o desempenho planejado. Contudo, a lógica que orienta o uso desses insumos externos, além de aumentar a dependência financeira do agricultor, constitui a principal causa dos impactos ambientais que a agricultura convencional gera. Além disso, é importante ressaltar que a grande maioria das áreas cultiváveis no mundo hoje são semeadas com variedades de sementes híbridas. A cada ano os agricultores são obrigados a comprar sementes híbridas das empresas produtoras de sementes, que não por acaso também dominam o mercado de agrotóxicos ou de fertilizantes.
Seja qual for o meio de reproduzir as plantas gera-se, na agricultura convencional, um verdadeiro "círculo vicioso" de dependência econômica: os agricultores ao comprarem sementes ou mudas de plantas híbridas necessitam adquirir também todo um "pacote tecnológico" da indústria de insumos que inclui produtos como fertilizantes sintéticos e agrotóxicos para que as culturas expressem todo seu potencial.


Sementes na agricultura agroecológica

Até um período relativamente recente, o único método de seleção dirigida era coletar as sementes daqueles indivíduos de uma população que mostravam uma ou mais características desejáveis, como potencial de alto rendimento ou resistência a doenças, e usar aquelas sementes para plantar a próxima safra. Este método é chamado de seleção massal. Foi através deste método, por exemplo, que as populações indígenas da América Latina foram selecionando as plantas de milho que tinham mais grãos na espiga, obtendo as plantas que hoje conhecemos.
Através de métodos de seleção massal, produtores em todo o mundo desenvolveram variedades chamadas crioulas. Elas são adaptadas às condições locais e, ainda que uma variedade crioula possua características que a diferenciem em relação às demais variedades, ela possui, internamente, uma maior variabilidade genética quando comparada às variedades obtidas por outros métodos.
Desta forma, as variedades crioulas atendem a um dos princípios básicos da Agroecologia que é o de desenvolver plantas adaptadas às condições locais da propriedade, capazes de toleram variações ambientais e ataque de organismos prejudiciais. Outro aspecto importante consiste na maior autonomia do agricultor, que pode coletar as sementes destas variedades e replantá-las no ano seguinte, adquirindo maior independência do mercado de insumos e gerando um material que com toda sua variabilidade genética se torna cada vez mais vigoroso e adaptado ao seu tipo de solo e clima.

Dicas de Jude e Michel Fanton, autores do livro Seed Saver’s Handbook (Manual do Coletor de Sementes), que sugerem alguns grupos de sementes para coletar e armazenar para futuros plantios:


a)Sementes antigas de muitas gerações: São sementes que foram conservadas através das gerações pelo mundo afora, passando dos avós para os filhos, dos vizinhos para outros vizinhos e assim por diante. Estas sementes só existem hoje devido ao cuidado que as gerações anteriores tiveram com elas.
b)Sementes de variedades locais: São sementes de plantas cultivadas por muitos anos em uma determinada região. Conversar com as famílias mais antigas do local é uma forma de obter informações dos possíveis locais onde encontrar estas sementes.
c)Sementes de variedades que não estão mais disponíveis comercialmente: Sementes de variedades tradicionais que antes eram vendidas por alguma empresa e deixaram de serem lucrativas.
d)Sementes de variedades imigrantes: Estas sementes fazem parte daquele grupo trazido pelos imigrantes e colonizadores, os pioneiros da região, que trouxeram sua gastronomia. Procurar lojas especializadas e feiras étnicas é uma forma de se tentar obter esse material.
e)Sementes históricas: São sementes que possuem um significado histórico na região em que eram multiplicadas e plantadas. Geralmente, estão associadas a um alimento preparado para um determinado evento. Estas sementes são muito apropriadas para se usar em práticas de educação ambiental.

Fonte: Planeta Orgânico

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

perigos do glifosato....

Professor Carrasco é agredido na Argentina


Cientista da Universidade de Buenos Aires tem divulgado pesquisas denunciando os perigos do glifosato, princípio ativo do herbicida Roundup, da Monsanto, largamente usado nas lavouras transgênicas.



Divulgação

Pesquisador estava em La Leonesa, na província do Chaco, onde faria palestra



O professor e pesquisador argentino Andrés Carrasco, da Universidade de Buenos Aires, ganhou notoriedade internacional quando, em abril de 2009, divulgou resultados de suas pesquisas indicando que o glifosato, princípio ativo do herbicida (mata-mato) Roundup, da Monsanto, está associado a malformações de embriões de anfíbios.

Na tarde de 07 de agosto, último sábado, Carrasco começava uma palestra em La Leonesa, na província do Chaco, quando um grupo de funcionários municipais e arrozeiros que defendem os agrotóxicos, liderados pelo chefe da administração local José Carbajal e pela deputada Elda Insaurralde, insultaram, ameaçaram e agrediram parte da comitiva que acompanhava o pesquisador. A palestra foi interrompida e houve necessidade da intervenção da polícia.

A comitiva era formada pelo ex-subsecretário de Direitos Humanos do estado Marcelo Salgado e pelos deputados Carlos Martínez e Fabricio Bolatti, entre outros. Salgado foi brutalmente agredido no rosto, chegou a ficar inconsciente e teve o joelho quebrado. Martínez e Bolatti também foram espancados.

Carrasco se refugiou em um carro, onde ficou preso por quase duas horas sob ameaças de linchamento.

A imprensa local observou que o dono das fazendas arrozeiras do Departamento Bermejo, Eduardo Meichtry, de longe incitava os funcionários da administração local e os trabalhadores de seus estabelecimentos a impedir a saída do carro onde estava o pesquisador.

Antes deste triste episódio, Carrasco havia realizado excelentes exposições na Assembléia Legislativa do Chaco e na Faculdade de Humanidades da UNNE (Universidad Nacional del Nordeste), e encerraria sua estadia na província com uma conversa com os moradores de La Leonesa e de Las Palmas.

O Roundup é largamente usado em todo o mundo e sua utilização foi fortemente expandida com a difusão das lavouras transgênicas RR (Roundup Ready), que foram desenvolvidas para tolerar aplicações do produto (esse é o caso de toda a soja transgênica plantada).

Os testes em anfíbios realizados por Carrasco foram baseados em modelo tradicional de estudo para avaliação de efeitos fisiológicos em vertebrados, cujos resultados podem ser comparáveis ao que aconteceria com embriões humanos. Os resultados da pesquisa mostram que doses mínimas de glifosato causaram defeitos no cérebro, intestino e coração de fetos de várias espécies de anfíbios.

Carrasco começou a enfrentar várias formas de perseguição pouco após a divulgação de suas pesquisas. Sofreu os mais variados tipos de ataques que visavam desqualificar sua pesquisa e a ele próprio enquanto pesquisador.

O mais notório foi o veto à sua palestra prevista para a Feira do Livro 2010, na Argentina, organizada pelo Conicet (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Tecnológicas), do qual Carrasco é membro. A censura chegou inclusive a ser questionada por parlamentares argentinos, que sugeriram a existência de ligações entre o Conicet e a Monsanto.

Proibição em Santa Fé

Mas avanços importantes sobre o tema também se passaram na Argentina depois da divulgação dos estudos de Carrasco. Em março deste ano justiça de Santa Fé proibiu a utilização do glifosato nas proximidades de zonas urbanas. Os juízes também marcaram jurisprudência ao invocar o Princípio da Precaução e foram inovadores ao valorizar os testemunhos dos afetados pelas intoxicações e contaminações. A sentença ordenou ainda que o governo estadual realizasse estudos junto à Universidade Nacional do Litoral (UNL) para avaliar os danos dos agrotóxicos à saúde e ao meio ambiente.

Outro passo importante foi a publicação, em julho último, de um informe oficial do governo estadual do Chaco (estado vizinho a Santa Fé, no norte do país) confirmando a relação entre agrotóxicos e aumento de doenças na região: em uma década, triplicaram os casos de câncer em crianças e quadruplicaram os nascimentos de bebês com malformações.

Grande parte dos dados deste estudo está focada na localidade La Leonesa, epicentro das denúncias por abuso na aplicação de herbicidas e inseticidas na produção de arroz. O informe oficial solicita que sejam tomadas “medidas preventivas” em La Lenoesa até que se realize um estudo de impacto ambiental e pede que se ampliem as análises para as outras seis localidades que estariam sujeitas às mesmas condições. La Leonesa é justamente a localidade onde a comitiva do professor agora foi agredida.

De fato este movimento de reação contra os abusos do agronegócio na aplicação de agrotóxicos não está agradando a todos. E os incomodados começaram a apelar para os piores métodos de confronto.

Como bem sintetizou a ONG argentina Renace, “pode-se ver como a intolerância e a defesa do indefensável acham na violência sua maneira de expressão”. Lamentável.

Publicado no Boletim da AS-PTA Agricultura Familiar e Ecologia. Com informações de:

RENACE - Red Nacional de Acción Ecologista - Argentina, 09/08/2010.

AS-PTA/EcoAgência

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Rota sabores e saberes vale do caí.




Rota sabores e saberes vale do caí.
http://www.rotasaboresesaberes.tur.br/





Família Kettermann
Proprietários: Ildo Germano e Liane Kettermann. Produtor ecológico de citros e hortaliças, sócio da Cooperativa Ecocitrus. Também possui agroindústria, onde produz bolachas, pães, cucas e bolos, os quais comercializa no mercado público de Montenegro, onde é feirante. Utiliza os conhecimentos e princípios da Biodinâmica na produção de citros e hortaliças. A propriedade sedia cursos nessa área a produtores da Ecocitrus e a qualquer interessado, sendo referencia nessa área. Localização: Lajeadinho, Montenegro-RS

PROPRIEDADE DA FAMÍLIA STEFFEN

Localizada em Vapor Velho , a propriedade de Jean Carlo Steffen oferece uma produção ecológica de citrus. Os visitantes pegam suas cestas e fazem a sua própria colheita Colha e Pague, além do passeio de jipe mostrando as belas paisagens da propriedade. Está em fase de implantação um museu sobre a história da família. O local oferece citrus em geral, schmiers e doces, bem como local para as refeições.

Atendimento somente mediante reserva antecipada para grupos mínimos de 10 pessoas.

Contato:
(51) 9933-0334

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Alimentos como negócio









O mundo está se alarmando com a alta do preço dos alimentos e com as previsões do aumento da fome no mundo. A fome representa um problema ético, denunciado por Gandhi: "a fome é um insulto, ela avilta, desumaniza e destrói o corpo e o espírito; é a forma mais assassina que existe". Mas ela é também resultado de uma política econômica. O alimento se transformou em ocasião de lucro e o processo agroalimentar num negócio rentoso. Mudou-se a visão básica que predominava até o advento da industrialização moderna, visão de que a Terra era vista como a Grande Mãe. Entre a Terra e o ser humano vigoravam relações de respeito e de mútua colaboração. O processo de produção industrialista considera a Terra apenas como baú de recursos a serem explorados até à exaustão. A agricultura mais que uma arte e uma técnica de produção de meios de vida se transformou numa empresa para lucrar. Mediante a mecanização e a alta tecnologia pode-se produzir muito com menos terras. A "revolução verde" introduzida a partir dos anos 70 do século XX e difundida em todo mundo, quimicalizou quase toda a produção. Os efeitos são perceptíveis agora: empobrecimento dos solos, devastadora erosão, desflorestamento e perda de milhares de variedades naturais de sementes que são reservas face a crises futuras.

A criação de animais modificou-se profundamente devido aos estimulantes de crescimento, práticas intensivas, vacinas, antibióticos, inseminação artificial e clonagem.

Os agricultores clássicos foram substituídos pelos empresários do campo. Todo este quadro foi agravado pela acelerada urbanização do mundo e o conseqüente esvaziamento dos campos. A cidade coloca uma demanda por alimentos que ela não produz e que depende do campo.

Vigora uma verdadeira guerra comercial por alimentos. Os países ricos subsidiam safras inteiras ou a produção de carnes para colocá-las a melhor preço no mercado mundial, prejudicando os paises pobres, cuja principal riqueza consiste na produção e exportação de produtos agrícolas e carnes. Muitas vezes, para se viabilizarem economicamente, se obrigam a exportar grãos e cereais que vão alimentar o gado dos países industrializados quando poderiam, no mercado interno, servir de alimento para suas populações.

No afã de garantir lucros, há uma tendência mundial, no quadro do modo de produção capitalista, de privatizar tudo especialmente as sementes. Menos de uma dezena de empresas transnacionais controla o mercado de sementes em todo o mundo. Introduziram as sementes transgênicas que não se reproduzem nas safras e que precisam ser, cada vez, compradas com altos lucros para as empresas. A compra das sementes constitui parte de um pacote maior que inclui a tecnologia, os pesticidas, o maquinário e o financiamento bancário, atrelando os produtores aos interesses agroalimentares das empresas transnacionais.

No fundo, o que interessa mesmo é garantir ganhos para os negócios e menos alimentar pessoas. Se não houver uma inversão na ordem das coisas, isto é: uma economia submetida à política, uma política orientada pela ética e uma ética inspirada por uma sensibilidade humanitária mínima, não haverá solução para a fome e a subnutrição mundial. Continuaremos na barbárie que estigmatiza o atual processo de globalização. Gritos caninos de milhões de famintos sobem continuamente aos céus sem que respostas eficazes lhes venham de algum lugar e façam calar este clamor. É a hora da compaixão humanitária traduzida em políticas globais de combate sistemático à fome.

Por Leonardo Boff
Teólogo e professor emérito de ética da UERJ

Fonte: SGeral / Adital.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

ORGÂNICOS EM PORTO ALEGRE

BioNat Expo 2010 mostra novidades do setor de orgânicos em Porto Alegre

Terceira edição da exposição dedicada ao desenvolvimento sustentável acontece de 24 a 26 de setembro
BioNat Expo/Divulgação
Oficina de gastronomia da feira de 2009

Por Juarez Tosi - EcoAgência de Notícias Ambientais
Em setembro, durante a Semana da Primavera, Porto Alegre será palco de uma feira de produtos orgânicos. A BioNat Expo 2010 vai ocupar um dos mais importantes espaços culturais da cidade: a Usina do Gasômetro. Serão três dias, de 24 a 26 de setembro, em que os gaúchos poderão conhecer os lançamentos e as novidades de um dos setores que mais cresce, que é segmento de produtos orgânicos e naturais.

Esta é a terceira edição do BioNat Expo. As duas anteriores foram realizadas nos armazéns do Cais do Porto. E quem já se familiarizou com as feiras anteriores, não terá muitas dificuldades de localização, pois ambos os locais estão distante apenas poucos metros. Esta edição do evento pretende superar a de 2009, que recebeu um público de aproximadamente cinco mil pessoas.

Reunindo na mesma área a Feira de Produtos Orgânicos, Fitoterápicos e Plantas Bioativas, a Mostra de Turismo Agroecológico e Rural e o Espaço da Sustentabilidade Ambiental, a BioNat Expo 2010 vai incluir importantes atrativos do perfil econômico cultural do Rio Grande do Sul, como artesanato, gastronomia e artes.

De acordo com a diretora executiva da Produtores sem Fronteiras, empresa promotora da BioNat Expo, Vera Marsicano, durante esses três dias, eventos simultâneos vão agitar a Usina do Gasômetro, com oficinas de gastronomia, culturais e práticas de educação ambiental e alimentar, painéis, seminários, exposição e apresentação de vídeos. “Uma das metas da exposição”, assegura ela, “è contribuir para a adoção de novos comportamentos cotidianos, de preservação da terra e das relações entre os indivíduos e o planeta, mobilizando e sensibilizando pessoas a respeitar os três pilares básicos do desenvolvimento sustentável: desenvolvimento econômico, proteção ambiental e equidade social”.


Vera Marsicano explica que a exposição vai reunir no mesmo espaço agricultores, fornecedores, empreendedores, fabricantes, comerciantes, distribuidores, importadores, exportadores, cooperativas, institutos de pesquisa, governos, ONGs, comunidades acadêmicas e público interessado. Vão estar representados vários segmentos, como o de alimentos e gastronomia, fitomedicamentos, plantas medicinais, aromáticas e condimentares, ecoturismo, turismo rural, ensino, pesquisa e tecnologias.


A empresa Produtores sem Fronteiras, diz sua diretoria executiva, foi selecionada para participar do Programa Prime (Primeira Empresa Inovadora), promovido em conjunto entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Ministério da Ciência e Tecnologia. O programa visa incentivar empresas nascentes e inovadoras e criar condições favoráveis para que possam consolidar com sucesso a fase inicial de desenvolvimento dos seus negócios.

Entre os parceiros do evento estão Associação Biodinâmica do Sul, Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Associação Gaúcha dos Professores Técnicos Agrícolas, Câmara de Comércio do MERCOSUL, Convention&Visitor Bureau, Emater/RS, Embrapa Clima Temperado, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul, Instituto Brasileiro de Planta Medicinais, Liga Homeopàtica do Rio Grande do Sul, Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS), Prefeitura de Porto Alegre, Procempa, Programa de Plantas Medicinais do MERCOSUL, Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul e Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul.

Mais informações no site www.bionatexpo.com.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Liberação de milho transgênico da Bayer é suspensa pela Justiça

Liberação de milho transgênico da Bayer é

suspensa pela Justiça


Decisão, pedida pelo Idec e outras organizações, anula

autorização do milho Liberty Link, da Bayer, e reprova atos da CTNBio


Divulgação
Milho transgênico é proibido pela justiça


De acordo com uma decisão da Justiça

Federal do Paraná, proferida na segunda-feira (26),

a Bayer deve deixar de comercializar o milho transgênico Liberty Link em todo o país,

pela ausência de um plano de monitoramento

pós-liberação comercial. A sentença também anula a autorização da liberação especificamente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil por não haver estudos sobre os impactos do ceral geneticamente modificado nos biomas dessas regiões.

A decisão atende parcialmente à ação civil pública movida em 2007 pelo Idec e as organizações Terra de Direitos, Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternatia (AS-PTA) e Associação Nacional de Pequenos Produtores (Anpa).

Além de contestar a autorização do milho, a ação exige da Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio), órgão responsável pela liberação de transgênicos no país, a análise adequada de riscos à saúde e ao meio ambiente, a informação e a não contaminação genética - direitos fundamentais dos cidadãos.

Assim que a decisão for publicada, a Bayer deverá suspender imediatamente a comercialização, a semeadura, o transporte, a importação e até mesmo o descarte do Liberty Link, sob pena de multa diária de R$50 mil.

A Justiça determina também que a CTNBio garanta amplo acesso aos processos de liberação de transgênicos e estabeleça norma com prazo para que os pedidos de sigilo comercial sejam decididos, permitindo publicidade a tudo o que não for sigiloso. O bloqueio ao acesso de procedimentos de liberação praticada pelo órgão viola o direito à informação e é incompatível com a publicidade garantida aos documentos de interesse público.

"Mais uma vez o Poder Judiciário teve que corrigir atos ilegais da CTNBio. A falta de acesso dos cidadãos aos processos públicos é vergonhosa. Assim como é indecorosa a ausência de estudos ambientais nas regiões Norte e Nordeste, por não serem áreas de relevância para o plantio do milho", destaca Andrea Salazar, consultora jurídica do Idec.

IDEC/EcoAgência

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Horta Orgânica

A horta é um local onde se pode cultivar vários tipos de verduras e legumes que são ricos em sais minerais e vitaminas indispensáveis para o organismo humano. Nela também pode-se plantar temperos e ervas medicinais.

Além de ser uma fonte alimentar é um importante local de relaxamento que proporciona contato com a terra e a natureza e o prazer de produzir algo, sem falar da economia que podemos conseguir quando cultivamos nossos próprios alimentos, ao invés de comprá-los, com possibilidades de vendê-los, ajudando na renda da família. Ter uma horta em casa não é difícil, porém é preciso alguns conhecimentos para ter um bom planejamento e uma boa produção. Neste folheto, procuramos contribuir com algumas dicas para que você faça, com sucesso, uma horta em sua casa.

2. LOCAL DA HORTA

Para plantar uma horta, você pode usar o quintal, um cantinho qualquer e até mesmo vasos e caixotes. Alguns cuidados devem ser tomados para escolher e preparar o terreno, pois dele vai depender o bom desenvolvimento das plantas e a boa produção da sua horta:

Escolha do Terreno:

bulletSe possível, o local deve tomar sol o dia inteiro.
bulletDeve se plano ou levemente inclinado.
bulletNão deve ser encharcado.
bulletA terra deve ser adubada.
bulletA água para molhar deve ser pura e limpa, para não contaminar as verduras. Isto é importante porque você pode ter o hábito de comer alguns alimentos crus.
bulletO terreno para a horta deve ficar a afastado, no mínimo, 5 metros de privadas, chiqueiros ou esgotos.



Preparo do Terreno:

bulletLimpar ou capinar a área, ajuntando todo o mato em um canto. O material retirado servirá, depois de apodrecido, como adubo orgânico (esterco).
bulletCavar o terreno na profundidade de 20 centímetros.
bulletDesmanchar os torrões, usando enxada ou enxadão, deixando o terreno bem fofo.



3. PREPARO DOS CANTEIROS

Posição:

Em terrenos inclinados, os canteiros devem ficar atravessados em relação à queda do terreno para evitar que as águas das chuvas os destruam. Deve-se fazer uma cercadura, porque a regagem constante causa erosão nas beiradas do canteiro e diminui a área útil a ser plantada. A cercadura pode se feita com a própria terra do canteiro, tábuas, tijolos, madeira roliças ou qualquer material que segure a terra.

Dimensões:

Altura: 15 a 20 centímetros.

Comprimento: 5 metros. Pode ser maior dependendo da disponibilidade do terreno.

Largura: na beira da cerca, meio metro; no meio da horta, 1 metro.

Distância entre um canteiro e outro: de 30 a 50 centímetros.

As medidas ideais para um canteiro são as indicadas aqui. Mas, você deve fazer os canteiros do tamanho que a sua área permitir e até mesmo usar caixote ou vaso.

4. FERRAMENTAS

As ferramentas mais comuns que podem ser usadas numa horta são: colher, ancinho, enxadinha, regador, mangueira, enxada, enxadão. Se você não tem todas, pode aproveitar algum material disponível que tem em casa e fazer suas próprias ferramentas, ou mesmo substituir algumas.

5. SEMENTEIRA:

É o local onde se planta as sementes de algumas hortaliças para obter as mudas que serão transferidas para o canteiro. A sementeira é muito importante porque o bom desenvolvimento das plantas vai depender da qualidade das mudas. A sementeira de uma horta doméstica pode ser feita na ponta de uma canteiro comum, geralmente 2 ou 3 m2 de canteiro são suficientes.

Veja alguns cuidados importantes para fazer uma sementeira:

bulletUsar 1 parte de terra; 1 parte de esterco (composto orgânica) e 2 partes de areia. Misturar bem e peneirar.
bulletNão use adubo químico na sementeira .
bulletFazer sulcos ou reguinhos, com a terra já umedecida, de 10 em 10 centímetros de distância, com 1 a 2 centímetros de fundura para colocar as sementes. Os reguinhos devem ficar atravessados na sementeira.
bulletSemear a quantidade necessária de sementes, de acordo com o seu canteiro e o número de mudas que deseja.
bulletPara cobrir as sementes nos reguinhos, peneirar em cima da sementeira uma camada fina de terra.


bulletCobrir a sementeira com saco ou capim.
bulletLogo após as mudinhas nascerem, levantar esta cobertura e firmar com forquilha de madeira.
bulletA posição da sementeira deve ser atravessada em relação ao sentido do sol.
bulletRegar duas vezes ao dia, de manhã e à tarde.
bulletArrancar o mato sempre que for preciso.
bulletMolhar bem a sementeira quando for retirar as mudas.
bulletTirar as mudas quando as plantinhas tiverem 4 a 6 folhas.
bulletUsar uma colher comum ou colher de transplante para tirar as mudas.
bulletAs raízes não devem ser prejudicadas.



6. PLANTIO

O plantio no canteiro pode ser feito de três formas. Veja as instruções para os diferentes tipos de plantio:

6.1 Plantio de Mudas:

bulletNeste tipo de plantio são usadas as mudas de alface, couve, tomate, reponho, almeirão, cebola, pimentão etc. Vindos da sementeira.
bulletAs mudas devem ser escolhidas sempre preferindo as mais fortes e sadias e devem ser retiradas da sementeira, se possível, com a terra.



bulletMas, de 8 a 10 dias antes de transferir as mudas, o canteiro deve receber adubação orgânica e química. Você deve misturar à terra do canteiro 3 a 4 litros do composto orgânico (esterco) e 10 colheres das de sopa (100 gramas) do adubo NPK 4-18-8, para cada metro quadrado de canteiro.
bulletAs mudas não devem ser enterradas de mais na terra, 30 centímetro de espaçamento uma da outra e 2 a 3 centímetros de profundidade. Aperte um pouco para ficar firme.
bulletAs raízes das mudas não podem ficar dobradas. Mudas com raízes tortas ou quebradas não devem ser aproveitadas.
bulletO transplantio deve ser feito à tardinha, com o tempo fresco.
bulletApós o plantio, todas as mudas devem se regadas.
bullet25 dias depois da mudança das mudas, regar com salitre ou sulfato de amônia, sempre à tardinha, usando: 1 (uma) colher das de sopa para cada 10 litros de água, que serão aplicados em cada 1 (um) metro quadrado de canteiro. Em seguida, regar bem com água limpa para evitar que as folhas fiquem queimadas.



6.2 Plantio Direto no Canteiro:

- Costuma-se plantar diretamente no canteiro as sementes de cenoura, rabanete e beterraba.

bulletEste tipo de plantio é feito em metro corrido (linear), em fileiras, pelo canteiro, mantendo distância de 20 a 30 centímetros entre as fileiras.
bulletPorém, de 8 a 10 dias antes da semeadura, você deve adubar o canteiro com composto orgânico (esterco) e adubos químicos: misturar na terra do canteiro 3 a 4 litros de esterco e 10 colheres das de sopa (100 gramas) do adubo NPK 4-14-8 para cada metro quadrado da área.
bulletAntes de semear, abrir os sulcos ou linhas com a fundura de 2 a 3 (um) centímetro.
bulletÉ comum neste tipo de plantio nascer um número maior de plantas em um mesmo local. Quando isto acontecer, fazer o desbaste, tirando as plantas mais fracas e obedecendo o espaçamento.
bullet25 (vinte e cinco) dias após o plantio, espalhar, para cada metro corrido, 1 (uma) colher das de sopa (dez gramas) de sulfato de amônia ou salitre do Chile ou ainda do NPK 4-14-8. O adubo deve ser jogado entre as fileiras do canteiro.

6.3 Plantio em Covas:

- Costuma-se plantar nas covas as sementes de vagem, abobrinha, quiabo e ervilha.

bulletFazer covas com enxada ou enxadão, cavando até 20 (vinte) centímetros de fundura.
bulletFazer adubação 10 dias antes do plantio. Você deve colocar em cada cova 5 (cinco) litros de esterco bem curtido e 10 (dez) colheres (100 gramas) de adubo NPK 4-14-8.
bulletPlantar 3 sementes em cada cova.
bulletRegar duas vezes por dia.
bullet25 (vinte e cinco) dias depois do plantio, colocar em cada cova 1 (uma) colher das de sopa ( 10 gramas) de sulfato de amônia ou salitre do Chile ou então do NPK 4-14-8.
bulletQuando as plantas tiverem 20 (vinte) a 30 (trinta) centímetros de altura, fazer o desbaste, tirando a muda mais fraca.



7. ADUBAÇÃO

Os adubos são usados para ajudar no crescimento das plantas. Eles podem ser químicos ou orgânicos. O adubo químico é o que você já compra pronto como, por exemplo, o salitre do Chile, o sulfato de amônia e o NPK 4-14-8. Os adubos orgânico e o lixo curtido.

7.1 ADUBO CASEIRO

O esterco animal (tirado do curral ou galinheiro) pode ser substituído por outro tipo de adubo orgânico, feito com o seguinte material: folhas em feral, restos de cozinha, mato capinado, cinzas, restos de animais, cascas de frutas e outros. É fácil preparar em casa mesmo o adubo orgânico. Veja aqui:

Modo de preparar:

bulletFurar um pequeno buraco na terra e jogar todo material disponível.
bulletTampar e jogar água 2 (duas) vezes por semana.
bulletO adubo estará pronto para ser usado quando a mistura estiver curtida, ou seja, fria.
bulletPara ver se está curtido, colocar uma chapa de metal até o fundo do buraco e deixar por 10 minutos. Quando retirar a chapa, veja se ela esta quente ou fria. Se estiver fria, o adubo pode ser usado imediatamente, mas, se estiver quente, não está pronto e você deve colocar mais água.



Uso correto:

bullet3 a 4 ( três a quatro) litros por metro quadrado de canteiro.



8. PRAGAS

Formigas Saúva (cabeçuda):

bulletPara combater esta formiga, existe no mercado um série de formicidas. Mas o mais prático e que não exige equipamento para aplicação é o formicida granulado (em grãos).
bulletVocê deve ter o máximo cuidado de não tocar as mãos no formicida, porque as formigas notariam o cheiro humano e não o levariam para o formigueiro.
bulletA melhor hora para colocar o formicida no canteiro das formigas é a tardinha, pois à noite elas o carregam para o formigueiro.
bulletVocê deve ter cuidado para não colocar o formicida em lugares úmidos e nem aplicar quando estiver ameaçando chuva.
bulletO formicida não deve ser deixado ao alcance de crianças nem de animais, porque é altamente perigoso e pode provocar até morte.



Outros tipos de Formiga ( lava-pés, quem-quem, cupim etc.):

bulletUsar uma solução de creolina, feita com 1 (um) copo de creolina para cada 10 (dez) litros de água.



Uso correto:

bulletLocalizar o formigueiro.
bulletRemover a terra com a enxada.
bulletEncharcar o local com a solução de creolina



Besouros, Caracóis, Lesmas, Tatuzinhos, Lagartas, Pulgões etc:

Para combater estas pragas, use qualquer uma das seguintes soluções:

1. Extrato de nicotina - Ingrediente: 20 (vinte) centímetros de fumo de rolo forte e 4 (quatro) litros de água.

Picar o fumo e ferver durante 30 (trinta) minutos em 1 (um) litro de água. Retirar do fogo e deixar esfriar. Coe em pano fino e misture com mais 3 litros de água. O produto obtido é pulverizado sobre as pragas. Ter cuidado de aplicar rapidamente, porque seu efeito só dura 8 horas.

2. Tábuas nos Canteiros:

Coloque tábuas nos canteiros, pois nas horas quentes do dia os insetos se escondem debaixo das tábuas, sendo possível matá-los quando as tábuas são retiradas.

3. Cinza, cal e sal de cozinha:

Espalhar qualquer um destes produtos no canteiros.

9. TRATOS

Aqui estão alguns tratos importantes numa horta, para que suas plantas cresçam sadias e viçosas:

bulletRegar, molhar ou aguar: Os canteiros devem ser molhados duas vezes por dia, de manhã e à tarde. Se não tiver condições de aguar duas vezes, regue pelo menos uma vez, à tardinha. Este tipo de trato é conhecido com irrigação.
bulletCapinar: O mato que nascer nos canteiros deve ser retirado toda semana para não prejudicar o crescimento das verduras.
bulletFofar: Uma vez por semana, é preciso fofar bem a terra. Este cuidado é conhecido também como escarificação.



10. CUIDADOS

Sementes: Quando for comprar as sementes, é preciso verificar a procedência , espécie , validade e variedade com cuidado. Cada tipo de semente deve ser semeada de acordo com a melhor época da plantio.

Os inseticidas: Os inseticidas químicos não devem ser usados na horta, pois esto pode trazer sérios problemas para a saúde humana, já que muitos alimentos são comidos também crus.

Água: Não use água suja (poluída) para regar os canteiros, porque isto pode danificar as plantas e trazer problemas para sua saúde.

Remédios: Sempre que aplicar remédios caseiros nos canteiros de hortaliças, espere pelo menos 5 (cinco) dias para comê-las.

Rotação de Cultura: Após cada colheita, você deve alternar, no canteiro, o plantio de verduras de folhas por tubérculos, que são as hortaliças que dão batata debaixo da terra. Isto quer dizer que, no mesmo canteiro onde você plantou couve, pode plantar, por exemplo, a beterraba. A alface pode substituída pela cenoura; o repolho por rabanete e assim por diante, de acordo com a sua preferência.

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Última atualização: 08/05/03.

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