sexta-feira, 22 de julho de 2011

Amora-Preta: nova opção para a diversificação das propriedades frutícolas

A amora-preta tem, nos últimos anos, despertado a atenção dos produtores e do mercado consumidor mundial. Associada a tais vantagens, como alimentos funcionais, capazes de prevenir e controlar determinadas doenças, tem aumentado a procura por esse fruto.



Os alimentos funcionais com efeito antioxidante removem os radicais livres, e têm como principal função o controle e a prevenção dos processos oxidativos e degenerativos que ocorrem no organismo, encontrado em diversos alimentos, como: amora, cereja, jabuticaba, morango, uva e vinho tinto.

Extratos de amora-preta tem efeito anti-mutagênico e anticarcinogênico para as linhagens humanas de câncer de útero, câncer de cólon, câncer oral, câncer de mama, câncer de próstata e câncer de pulmão. A amora-preta contém pectina em abundância, uma fibra solúvel que ajuda a reduzir os níveis de colesterol no sangue, atuando na prevenção de enfermidades cardiovasculares e circulatórias, no diabetes e no mal de Alzheimer. É muito recomendável aos que têm o organismo saturado de ácidos, como os que sofrem de reumatismo, gota e artrite.

 
Seu alto teor de ferro, em combinação com o cobre, faz com que a amora seja especialmente indicada contra a anemia, possui também propriedades diuréticas por seu alto teor de potássio, além de ser reguladora da pressão sangüínea.
Por tanto, o consumo desta fruta é importante para prevenir e controlar diversas doenças, juntamente com uma alimentação variada e nutricionalmente equilibrada.

Assinado por: Karen Tavares e Luciana Pachec



A amora preta, assim como a framboesa, faz parte de um grande grupo de plantas do gênero Rubus. Este gênero pertence à família Rosaceae, onde existem outros gêneros de importância para a fruticultura (Malus – maçã, Prunus – pêssego e ameixa, Pyrus – pêra, Cydonia – marmelo, entre outros).

A amora-preta é uma espécie arbustiva de porte ereto ou rasteiro, que produz frutos agregados, com cerca de 4 a 7 gramas de coloração negra e sabor ácido a doce-ácido. Apresentam em suas principais variedades comerciais espinhos, que exigem do operador da colheita muito cuidado com sua integridade física e com a qualidade do fruto. São plantas que só produzem em ramos de ano, sendo após a colheita eliminados, enquanto alguns ramos estão produzindo, outras hastes emergem e crescem renovando o material para a próxima produção.

No Rio Grande do Sul, a amora-preta tem tido grande aceitação pelos produtores, devido ao seu baixo custo de produção, facilidade de manejo, rusticidade e pouca utilização de defensivos agrícolas. A produtividade pode alcançar até 10.000 kg/ha/ano sob condições adequadas. No Estado de São Paulo, a região de Campos do Jordão é a mais representativa e em Minas Gerais os primeiros plantios estão sendo realizados em Caldas, Baependi e Barbacena. Regiões de clima temperado de altitude (superiores a 1.000 metros) são as preferencialmente exploradas.

As frutas podem ser usadas para consumo ‘in natura’ ou industrializados na forma de sucos naturais e concentrados, fruta em calda, polpa para sorvetes, corantes naturais e produtos geleificados, como geléias e doces cremosos. Além dessa versatilidade, a tecnologia de industrialização é simples e acessível.



Existe um número elevado de espécies dentro do gênero, perto de 300. Sua origem não é muito definida (provavelmente da Ásia, introduzidas na Europa por volta do século XVII), possuindo características de adaptação climática muito variadas, podendo encontrar cultivaros com exigência de frio (abaixo de 7,2 C) desde 100 horas ate 1000 horas/ano para quebra de dormência.

A amora preta se desenvolve bem em diversos tipos de solos, mas bem drenados, com pH entre 5,5 a 6,5. Pode-se utilizar irrigação, desde que sem exagero. É de porte ereto ou rasteiro, podendo atingir ate 2 metros de altura. As podas são necessárias para limpeza e frutificação. A longevidade é de 15 anos.

Propagação

A propagação da amoreira-preta se faz através de estacas de raízes (CALDWELL, 1984) as quais estas, por ocasião do repouso vegetativo, são preparadas e enviveiradas em sacolas plásticas.

Podem também ser usados brotos (rebentos), originados das plantas cultivadas. O uso de estacas herbáceas é uma das alternativas viáveis (RASEIRA et al., 1984; PERUZZO et al., 1995). Além destes, a multiplicação através da cultura de tecidos já é bem conhecida.
A multiplicação através de perfilhos retirados das entrelinhas de cultivo pode ser realizada, em muitos casos não há número suficiente de mudas e estas normalmente estão com tamanhos irregulares, além do estresse que pode ser causado no sistema radicular da planta-mãe.

Quer saber mais sobre a amora preta;
 
http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=12361, às 21:59h; de 2 de fevereiro de 2008.http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/


Amora/ProducaodeMudasAmoraPreta/cap04.htm às 15:13 de 18 de março de 2008.

http://www.portaldoagronegocio.com.br/index.php?p=texto&&idT=935 às 13:45 de 16 de março de 2008.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Hortas urbanas utilizando pneus velhos

Hortas urbanas ou de telhados

por Martin Price.

É possivel fazer hortas em pequenos espaços, desde que a água (incluindo água já usada) esteja disponível. Cultive vegetais que adicionem sabor e nutrientes à dieta da família. Ervas, cebolas, tomates, pimentões e vegetais de folhas verdes escuras como espinafre são ideais.
Existem três factores principais para se fazerem hortas de telhado:



As hortas devem ser leves.

As hortas devem custar pouco ou nada.

Os métodos devem ser fiáveis – para que as pessoas desenvolvam a sua confiança no método.

De acordo com a nossa experiência, praticamente qualquer coisa pode crescer em uma sementeira rasa. A profundidade da sementeira determina com que frequência se deverá regar.

Os fertilizantes são um grande problema em áreas urbanas – é pouco provável que haja estrume disponível. Os fertilizantes inorgânicos podem ser conseguidos mais facilmente. Os adubos compostos também são mais difíceis de serem feitos em telhados devido ao cheiro, pragas de insectos e ratos.

Hortas em pneus

Hortas em pneus são fáceis de serem feitas e transportadas. Pneus velhos geralmente podem ser encontrados na maioria dos lugares. Coloque um pneu de carro deitado no chão. Corte a parte lateral superior com uma faca afiada ou um machado. Se disponível, coloque um pedaço de tela de arame na base (ignore isto se a tela não estiver disponível). Cubra com um pedaço de plástico suficientemente grande para cobrir toda a base e parte dos lados internos do pneu. A seguir vire a parte lateral superior (a qual for cortada) de cabeça para baixo. Ela se encaixará bem justa sobre a lateral inferior, mantendo o plástico firmemente no lugar.

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Feira incentiva preservação de sementes crioulas em Goiás

Pequenos agricultores de Catalão participaram de uma feira com produtores de 10 estados e até do exterior , para incentivar a preservação das sementes crioulas. Elas são nativas de uma determinada região e não sofreram melhoramento genético, nem transgenia.











“Deus dá a semente para o semeador, Também dará o pão em alimento; Para vocês multiplicará a semente,

E, ainda fará crescer o fruto da justiça que vocês têm.” ( 2Cor 9,10).

VOCE TEM SEMENTES CRIOULAS? SABE COMO PRESERVÁ-LAS?
LEIA A CARTILHA.

CARTILHA CASA DAS SEMENTES CRIOULAS
http://api.ning.com/files/OEtlLybTG9iubCJ4aCGwoO2Kwm-rKBisg0mI6t8Yv5Edo*oMlGm7I4nrBpI3Tm1cP3ByF1On8qALFVvBovURKXnv28UeLFn*/Casadesementescrioulas.pdf

terça-feira, 5 de julho de 2011

INCREMENTANDO A BIODIVERSIDADE NO AGROECOSSISTEMA

Boa tarde amigos internautas! Tenho incentivado muito, por onde ando, este aumento de biodiversidade. Seja no plantio de espécies condimentares, flores, folhagens e preservando as plantas rústicas do local. Observe na sua propriedade, no seu terreno, as plantas que possui e distribua as que estão monopolizando o local. Partilhe os seus excessos.
alexandre

A biodiversidade se refere a todas as espécies de plantas, animais e microrganismos que existem e interagem reciprocamente dentro de um ecossistema. Em todos agroecossistemas, os polinizadores, os inimigos naturais, as minhocas e os microrganismos do solo são componentes chaves da biodiversidade e têm papel importante ao mediarem processos como controle natural, reciclagem de nutrientes e decomposição.


Os monocultivos estão estabelecidos em grandes áreas e caracterizam-se pela homogeneização genética das variedades, aumento de densidade de plantas, eliminação da rotação de culturas, uso de fertilizantes, irrigação e outras modificações ambientais, como a diminuição do aporte de adubo orgânico. Todos estes fatores têm incrementado a presença de doenças e pragas.

Vários estudos têm demonstrado que o aumento da biodiversidade de agroecossistemas causa a diminuição de problemas de doenças e pragas pelo incremento da ação de predadores, parasitóides e antagonistas. Neste último caso, o controle biológico de patógenos é o fator determinante na redução das doenças.

O manejo adequado de plantas espontâneas também tem contribuído para o aumento da biodiversidade. Nem sempre uma planta espontânea é prejudicial e o manejo adequado pode levar ao maior aproveitamento da energia solar, à manutenção da cobertura do solo e de agentes de controle biológico e polinizadores, além de outras diferentes funções de importância para o equilíbrio do agroecossistema. Portanto, no manejo de plantas espontâneas há que se observar a função ecológica de cada espécie, quais são as plantas que são realmente problemáticas e quais as que não se pode conviver. De posse desta informação, se pode elaborar o manejo baseado em diferente estratégias de convivência.

O redesenho de agroecossistema para uma maior biodiversidade passa, obrigatoriamente, pela substituição paulatina de monocultivos por policultivos. Para cada caso há que se observar os aspectos inerentes à cada região. Entretanto, de um modo geral, a adoção de algumas práticas em conjunto contribuem grandemente para a melhoria da biodiversidade em diferentes situações:


• Manter as plantas espontâneas da bordadura da plantação e cinturões verdes de matas nativas;

• Utilizar adubação verde, orgânica ou compostagem para incrementar a população de microrganismos no solo;

• Manter o cultivo com cobertura verde, realizando somente a roça, quando as plantas atingiram uma altura excessiva;

• Incrementar a diversidade genética do cultivo (policultivos), realizando o plantio consorciado com outras espécies ou combinações de três ou quatro variedades de uma mesma espécie;

• Fazer rotações de culturas;

• Utilizar quebra-ventos e/ou árvores dentro do cultivo;

• Eliminar ou reduzir o uso de defensivos agrícolas.



Cristiane de Jesus Barbosa
Pesquisadora - EMBRAPA/CNPMF

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