terça-feira, 30 de julho de 2013

Produção e manejo de biofertilizantes será tema de oficina com agricultores do Polo da Borborema

roçado diversificado

Na próxima sexta-feira, 12 de julho, acontecerá a “Oficina sobre Produção e Manejo de Biofertilizantes”, a partir das 8h30, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Esperança-PB, localizado no centro. Facilitará a oficina o professor doutor Marcos Barros de Medeiros, coordenador do Curso de Graduação em Ciências Agrárias à Distância do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
“Nossa intenção não é a de ensinar aos agricultores como fazer o biofertilizante, pois todos eles já sabem, e sim aprofundar questões sobre os efeitos dos biofertilizantes, seus benefícios nutricionais e os efeitos nas plantas e no solo. Sabemos que, se mal usado, o biofertilizante pode ao invés de ajudar, prejudicar o roçado, chegando a matar as plantas, por isso a importância refletir sobre o seu uso correto”, explica Emanoel Dias, Engenheiro Agrônomo e Assessor Técnico da AS-PTA.
Biofertilizante é o material líquido resultante da fermentação de estercos, enriquecido ou não com outros resíduos orgânicos e nutrientes, em água. Os biofertilizantes podem ser aplicados via foliar, diluídos em água na proporção de 2% a 5%, ou no solo, via gotejamento. O composto apresenta efeitos nutricionais (fornecimento de micronutrientes) e fitossanitários, atuando diretamente no controle de alguns fitoparasitas por meio de substâncias com ação fungicida, bactericida ou inseticida presentes em sua composição. “O biofertilizante melhora a saúde do solo e das plantas, tornando-os menos suscetíveis à pragas”, explica Emanoel Dias.
A oficina é uma ação do Projeto Terra Forte, que tem entre as suas estratégias iniciativas de manejo da fertilidade dos solos. O Terra Forte é realizado pela Organização Não Governamental AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia em parceria com o Polo da Borborema, e tem o co-financiamento da União Europeia. Tem ainda como parceiros a Ong PATAC e os Agrônomos e Veterinários Sem Fronteiras (AVS).
Participarão do evento cerca de 40 agricultores de 15 municípios da região da Borborema. No período da manhã a programação se concentrará em um debate mais teórico e a socialização das experiências exitosas com o uso do biofertilizante. Já no período da tarde, haverá a parte prática com a produção de uma receita de biofertilizante no local da oficina.
Programação:
08h – Abertura
08h30 – Debate:  Porque utilizamos os biofertilizantes? Quais são os efeitos dos biofertilizantes na produção dos roçados?
09h30 – Apresentação de experiências pelos agricultores famílias em seus roçados sobre o uso e manejo dos biofertilizantes
10h – Debate orientado pelo Professor Marcos Barros
Efeitos do uso do biofertilizantes nas lavouras: benefícios nutricionais e no controle das pragas e doenças (fitoproteção);
12h30 – Almoço
14h -   Atividade prática de produção de biofertilizante
Etapas de produção dos biofertilizantes: principais cuidados na produção, diferentes formas de utilização, dosagens e seus efeitos e período de uso dos biofertilizantes (carência do produto);
15h -  Encerramento

Receita de Biofertilizante Enriquecido
Modo de preparo
Para fazer um tambor de 200 litros de biofertilizante, primeiro você vai recolher o esterco fresco da noite (gado, cabra ou ovelha). Coloque 80 litros de água sem cloro (água de cisterna, tanque ou de nascente). Depois acrescente um litro de leite e dois litros de melaço ou garapa. Quando terminar a mistura, mexer bem todos os ingredientes.
Misturando o Pó de rocha, cinza e farinha de osso.
Misturar o pó de rocha, a cinza e a farinha de osso, divida tudo em duas partes iguais. Coloque uma parte no tambor, e acrescente também dois quilos de rama verde (rama de batata, gliricidia, mandioca ou plantas nativas) bem picotadas.
O tambor deve ficar fechado e colocado em um lugar protegido da luz, calor e vento para garantir uma boa fermentação do biofertilizante. Não se esqueça de colocar no tambor um suspiro na tampa para escapar o gás. Mexer regularmente e completar com água até a tampa do tambor.
Em torno de 15 dias depois misturar a outra parte do pó de rocha, cinza e farinha de osso e mexer bem. Caso necessário, acrescentar água até a tampa do tambor.
Numa bomba com capacidade de 20 litros é recomendado misturar 02 litros de biofertilizante em 18 litros de água. Realizar as aplicações nas culturas a cada 15 dias, de preferência no final da tarde. O biofertilizante também pode ser aplicado no solo 15 dias antes do plantio.
Nas plantas novas, quando formar o primeiro par de folhas faz-se a primeira aplicação, repetir a cada 15 dias. No período da floração faz-se aplicação semanalmente.
Leia também:
  1. Comissões do Polo da Borborema realizam formação sobre o uso e manejo da água para produção nos ‘arredores de casa’
  2. Agricultores da Região da Borborema participam de Oficina sobre a Saúde do Solo em Lagoa Seca
  3. Uso dos Agrotóxicos será tema de Sessão Especial na Assembleia Legislativa da Paraíba
  4. Agricultores e agricultoras da Borborema e Cariri Paraibano participam de Oficina sobre Regeneração e Fertilidade do Solo
  5. Sementes é o tema da Campanha pela Valorização da Vida na Agricultura com filhos e filhas de agricultores na Borborema

domingo, 28 de julho de 2013

Com mais oportunidades e melhor renda, jovens são atraídos para o campo


Eleveção dos índices sociais e econômicos freou o exôdo rural e reduziu a distância entre o campo e a cidade


Com mais oportunidades e melhor renda, jovens são atraídos para o campo Hugo Dalpizzol/Especial
Foto: Hugo Dalpizzol / Especial
Antes um caminho quase natural, a decisão dos jovens em migrar ou não para as cidades agora é cercada por um contexto alçado pelo agronegócio brasileiro. Espalhada pelo interior do país, a riqueza da produção de alimentos elevou índices sociais e econômicos e reduziu a distância entre o campo e a cidade. Com oportunidades de renda e qualidade de vida, a nova geração ligada ao meio rural vislumbra um futuro promissor também nas propriedades que fazem o Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho inflar com reflexos de supersafras e crescente produção animal.
– O jovem que decide apostar no meio rural enxerga a rentabilidade do negócio. E essa oportunidade lhe permite ter qualidade de vida – analisa Pedro Selbach, diretor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Docente há 35 anos, Selbach acompanha a mudança de perfil dos jovens que buscam conhecimento acadêmico na área agrícola:
– Hoje, 50% dos estudantes vêm do Interior e 50% são de grandes centros urbanos. Há 30 anos, a maioria era do Interior e, majoritariamente, homens.
Por décadas, a falta de perspectivas no campo exportou milhares de jovens para a cidade – de onde dificilmente saíam. O resultado, ainda verificado, é o crescente êxodo rural. No entanto, o acesso a recursos básicos, como educação, saúde e tecnologia, fez a migração deixar de ser fundamental para se alcançar a independência financeira.
– A ideia de que campo é lugar de atraso é ultrapassada. O avanço da agricultura fortaleceu entre os jovens o orgulho de ser agro – diz Rosani Spanevello, professora do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Seja pela forte ligação com a terra ou para suceder familiares, grande parte dos jovens agora manifesta o desejo de ficar no campo. Mas ainda que 69% dos adolescentes da agricultura familiar não queiram migrar para grandes cidades, conforme dados do pesquisador Nilson Weischeimer, na prática, a decisão passa por questões bem pontuais.
– Os jovens que ficam ou retornam querem autonomia e liberdade para tomar decisões. A abertura dos pais é fundamental para atenuar conflitos de gerações – aponta Vera Carvalho, assistente técnica da Emater.
Pais e filhos devem ter funções definidas
Dividir atividades e renda dentro da propriedade foi o modelo encontrado pela família Signori para Alessandro, 25 anos, retornar a São Pedro das Missões, no Noroeste, após formar-se em Zootecnia. Enquanto o pai, José Signori, 57 anos, administra cem hectares de lavoura, o jovem responde pela produção leiteira.
– Recebi propostas de emprego em indústrias e comércio quando me formei. Mas meus pais estavam sozinhos, trabalhando muito. Optei por aplicar meus conhecimento junto deles – conta o jovem, que pretende expandir a produção com melhoria na qualidade dos animais.
O fortalecimento das agroindústrias também tem ajudado a seduzir jovens do campo, diz Douglas Cenci, coordenador da Juventude Estadual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul).
Curso concluído, é hora de voltar
Formado em Agronomia, Genor Brum Filho, 28 anos, assumiu a propriedade da família, em São Luiz Gonzaga, nas Missões, aos 22 anos. A sucessão foi antecipada pela morte do pai, há quatro anos. Com a orientação do irmão, Francisco Eugênio Brum, 56 anos, o agrônomo diversificou a produção nos 1,8 mil hectares da Fazenda Coqueiro.
Antes centrada na pecuária, a propriedade tem hoje 600 hectares cultivados com soja, milho, trigo e aveia. Neste ano, o jovem investiu em irrigação em 90 hectares da lavoura, com previsão de ampliar os pivôs centrais para outros 210 hectares:
– A responsabilidade de administrar sozinho é grande. Mas não teria porque não levar isso adiante.
Outra alternativa em crescimento é conciliar o agronegócio com uma carreira profissional paralela. Com o crescimento das cidades médias do Interior, estudantes recém-formados conseguem ajudar na gestão de lavouras da família e seguir com outra atividade no núcleo urbano mais próximo. Foi esse o caminho feito por João José Dornelles, 26 anos, formou-se em Direito em 2012. Depois de sete anos na Capital, retornou para São Borja, na Fronteira Oeste, para ajudar o pai Ory Dornelles, 50 anos, no cultivo de arroz e na pecuária. Agora, planeja abrir um escritório de advocacia na cidade e, ao mesmo tempo, atuar na gestão da propriedade:
– Sempre tive a ideia de voltar, gosto muito da vida no Interior.
Grupos distintos na Faculdade de Agronomia
Formadas por pelo menos três grupos distintos, as turmas da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revelam traços e comportamentos característicos de suas origens, assim como dos interesses que os levaram ao estudo da produção agrícola.
Veja alguns depoimentos de integrantes dos três grupos
Os chamados gaúchos da fronteira, ou também ginetes universitários, frequentam as aulas de boina, mate e até mesmo bombacha. Os colonos, descendentes de imigrantes italianos e alemães, carregam seus sotaques e costumam se unir em grupos. Os agroecológicos, normalmente vindos de centros urbanos, deixam transparecer em hábitos sustentáveis a valorização da produção orgânica de alimentos.
ZERO HORA

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Itália proíbe milho transgênico da Monsanto

Itália é o nono país europeu a proibir o milho da Monsanto
Com informações da Reuters, 12/07/2013.
Três ministros italianos – da agricultura, da saúde e do meio ambiente – assinaram um decreto banindo o cultivo do milho transgênico da Monsanto MON810.
O ministro da agricultura citou os impactos negativos à biodiversidade como principal justificativa para a publicação do decreto. “Nossa agricultura é baseada na biodiversidade, na qualidade, e precisamos continuar a buscar esses objetivos, sem jogos [os transgênicos] que mesmo do ponto de vista econômico não nos tornariam competitivos”, declarou o ministro.
Enquanto as aprovações para o cultivo de transgênicos na Europa são definidas de forma conjunta no nível da União Europeia, governos nacionais podem, individualmente, estabelecer salvaguardas caso considerem que o plantio represente riscos para a saúde ou o meio ambiente.
No ano passado, a França estabeleceu uma moratória similar aos transgênicos.
Segundo a maior organização de agricultores da Itália, a Coldiretti, uma pesquisa recente apontou que cerca de 80% dos italianos apoiam a proibição.
N.E.: Até hoje a União Europeia só autorizou o cultivo de dois transgênicos: o milho MON810, da Monsanto, tóxico a lagartas, e a batata Amflora, da Basf, modificada para produzir amido industrial, que foi um fiasco de mercado e já teve a comercialização suspensa pela Basf. Antes da Itália, outros nove países europeus já tinham proibido o cultivo do milho da Monsanto: Polônia, Alemanha, Áustria, Hungria, Luxemburgo, França, Grécia, Itália e Bulgária.
BLOG PRATOS LIMPOS

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Projeto tenta salvar da extinção alimentos que saíram de moda.


araruta

Janice Kiss
Do UOL, em São Paulo

Há sete anos, Nuno Madeira, pesquisador da Embrapa Hortaliças, em Brasília, se dedica a recuperar alimentos que se perderam no tempo. Cará-moela, peixinho (ou lambari da horta), capuchinha, taioba, vinagreira, mangarito e ora-pro-nóbis estão entre as 40 espécies que compõem um projeto de preservação coordenado por ele.

Madeira comenta que a empresa, na época, decidiu fortalecer uma espécie de acervo que garante a manutenção de plantas importantes para o país.  "Nesse momento descobrimos que muitas hortaliças e raízes do passado não estavam contempladas", informa.
Segundo o pesquisador, esses alimentos são importantes para pequenos produtores e comunidades de diferentes regiões do país mesmo que não sejam mais encontrados como antigamente.
Conforme a Agência para Agricultura e Alimentação da ONU (FAO)  houve uma redução (de 10 mil para 170) do número de plantas comestíveis e usadas pelo homem nos últimos cem anos. Elas foram trocadas por outras de alta produtividade.
O próprio pesquisador começou a colaborar com a recomposição do acervo da Embrapa a partir de algumas plantas do quintal da própria casa. Madeira sempre teve interesse por essas "hortas antigas" desde quando era estudante de agronomia.
"São plantas rústicas que produzem bem em qualquer lugar e de forma quase espontânea", informa.
As mudas provenientes dos canteiros da Embrapa vão abastecer outros projetos semelhantes no país. Um deles pertence ao Polo Regional da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. Uma área de 2.000 metros quadrados abriga 20 tipos de hortaliça classificadas como "não convencionais".
ora-pro-nobis
"Elas correm o risco de desaparecer por terem sido substituídas por outras de maior escala e que se tornaram comuns em nossas mesas", afirma a pesquisadora Cristina Maria de Castro.
A engenheira agrônoma afirma que esses alimentos jamais estarão em quantidade nos supermercados. "Nem por isso precisamos abrir mão deles", diz. O projeto da Apta atende os pequenos produtores na região de Pindamonhangaba.

 

A nutricionista que preserva alimentos que se perderam no tempo

A nutricionista Neide Rigo tem o hábito de andar por São Paulo sempre de olho em ervas e hortaliças que podem ser encontradas por cantos de praças e parques da capital. Por meio da coleta delas, Neide formou canteiros de hortaliças "não convencionais" em sua casa.
cará do ar
"Uns crescem plantados, outros largados e alguns de teimosos", diz.  É num pequeno espaço que Rigo colhe ora-pro-nóbis, mangarito e cará-do-ar. Tem também capiçoba (folha similar ao espinafre), jambu (a erva amazonense que amortece de leve os lábios), e sementes de vários lugares.
"Tenho um interesse histórico por alimentos, e por isso eles nunca perdem a importância para mim", diz.
Por resgatar alimentos à beira da extinção, Neide Rigo já contribuiu com o restabelecimento de alguns deles pelo país. Ela mandou para a região de Garanhuns, em Pernambuco, um tipo de melão (o cruá) que estava desaparecido por lá. Uma outra vez, recebeu de um produtor um punhado de farinha de araruta, que anda sumida do mercado.
Segundo ela, o que mais se encontra é o amido (fécula) de mandioca sendo vendido no lugar da outra. "Quem conhece sabe que os biscoitos de araruta são mais leves e branquinhos", afirma.
A dedicação aos alimentos quase desaparecidos levou a nutricionista a participar da Arca do Gosto, braço do movimento internacional Slow Food, que prega a recuperação da tradição de alguns produtos em seus respectivos países.



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Enraizador de plantas caseiro


TIRIRICA USADA COMO ENRAIZADOR NATURAL PARA AUXILIAR NO ENRAIZAMENTO DE MUDAS DE ORQUÍDEA ARUNDINA


Tiririca

     A tiririca conhecida como planta daninha e combatida em todos os jardins surge como erva que promove o enraizamento de plantas reproduzidas a partir de estacas. Suas folhas e tubérculos são ricos em FITORMÔNIOS por este motivo pode ser usada como enraizador natural e em nosso caso em orquídeas terrestre da espécie Arundina graminifolia.
      Pertence à família Cyperaceae, e ao gêneo Cyperus, é uma planta de rápido desenvolvimento, sua raiz produz pequenos tubérculos de alto poder regenerativo. Tem um difícil controle com enorme capacidade de multiplicação.
Mudas de arundina 
 
     Preparo do enraizador:
     Lave os tubérculos com sabão neutro e água e bata no liquidificador ou em um pilão numa proporção de um para um, exemplo: 1 kg de tubérculo de tiririca para 1L de água de preferência filtrada ou fervida, e logo depois regue sua orquídea Arundina graminifolia. Depois de 5 dias repita o procedimento.
     Obs.: Não utilize este procedimento em outras espécies de orquídeas, pois poderá causar efeitos indesejáveis, como a queima das raízes e outros, devido a concentração do ácido indol acético (IAA).
     Este mesmo procedimento pode se utilizado para enraizamento de plantas ornamentais onde se utiliza a estaquia na produção de mudas.
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domingo, 21 de julho de 2013

O Mundo segundo a Monsanto - dublado




Publicado em 30/06/2012
Este vídeo tem intuito informativo e educacional e não infringe direitos autorais.

O Mundo segundo a Monsanto

Marie-Monique Robin
Excelente documentário produzido pela autora do livro "O mundo segundo a Monsanto". Mostra como essa multinacional está patenteando sementes transgênicas e introduzindo-as em países emergentes como o Brasil. Presente em 46 países, a Monsanto se tornou líder mundial em sementes e plantações transgênicas e também uma das empresas mais controvertidas na história industrial. Desde sua fundação em 1901, a empresa foi processada judicialmente inúmeras vezes devido à toxidade de seus produtos. Hoje se reinventou como a empresa das "ciências da vida" que se converteu às virtudes do desenvolvimento sustentável.

Usando de documentos até agora não publicados e os testemunhos de vítimas, cientistas e políticos, "O Mundo Segundo a Monsanto" reconstitui a gênese de um império industrial construído sobre mentiras, cumplicidade do governo americano, pressões e tentativa de corrupção. A empresa se tornou principal fabricante de sementes do mundo, espalhando seus cultivos transgênicos para todo o planeta -- em meio à falta de controle em relação a seus efeitos para com o meio ambiente e a saúde humana.

Uma empresa que quer o seu bem seguindo as regras do codex alimentarius até quando vamos engolir isso.
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sexta-feira, 19 de julho de 2013

NOAA fala em frio extraordinário e grande nevada no Sul do Brasil !!

Por: Julho, 19-07-2013 | 13:57 | Categoria:

   




 

geada negra junho 2012
Boletim diário para a América do Sul desta sexta-feira que acaba de ser publicado pelo NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera) descreve a onda de frio que atingirá o Cone Sul da América e o Rio Grande do Sul como “extraordinária” (remarkable), tal como a MetSul Meteorologia vem informando desde o começo da semana. A análise diz que a onda polar trará temperatura atípica para locais tão ao Norte como o Norte da Bolívia e o Sul peruano assim como para o Centro-Oeste do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. De acordo com o NOAA, o fluxo de umidade que vem do mar trará neve para áreas costeiras da Patagônia até o Sul do Brasil, incluindo a província de Buenos Aires e ainda no Uruguai. 

O boletim acrescenta que forte nevadas atingirão grande parte da Patagônia, alcançando Viedma e Bahia Blanca com acumulados de 10 a 15 centímetros. Deve nevar, diz o NOAA, na maior parte da província de Buenos Aires. Na área do Rio da Prata e no Sudeste do Uruguai podem ser esperadas pancadas de neve e de neve misturada com chuva (agua nieve). O NOAA afirma que a neve vai se estender às partes altas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná com acumulações de até 10 centímetros nos pontos mais elevados. Há 10 anos a MetSul acompanha os boletins do NOAA para a América do Sul, coordenados pelo meteorologista Michael Davidson, e jamais nossa equipe tinha visto previsão tão incisiva de frio para a nossa região, nem nas ondas de frio mais intensas dos últimos anos e que em alguns locais não serão superadas pela atual.

http://www.metsul.com/blog2012/

Aprenda a fazer um minhocário - até criança aprende.



A professora de culinária infantil Márcia Aruda, com a ajuda da pequena Lena María, ensina como se faz um minhocário. Com restos de comida, caixas plásticas e algumas minhocas, ele está pronto! Aí muita gente já pensa com nojo: "minhoca? argh!", e já torce o nariz para a pobre coitada da bichinha. Mas apesar de não ser um animal tão bonito que desperte uma simpatia imediata, as minhocas tem um papel bem importante na natureza: elas produze o húmus, um tipo de adubo que é um produto da digestão dela e tem muitos nutrientes para as plantas.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

30% dos alimentos têm agrotóxicos acima da lei

Nada menos que 29% dos alimentos in natura consumidos pela população contém agrotóxicos acima do limite permitido por lei. 


A revelação consta em um estudo realizado pela Embrapa Meio Ambiente chamado “Análise das violações encontradas em alimentos nos programas nacionais de monitoramento de agrotóxicos”
“Em todos os anos de monitoramento é possível observar um número significativo de amostras classificadas como insatisfatórias, que englobam presença de agrotóxicos em níveis acima do Limite Máximo de Resíduos (LMR), com presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura (NA) e [ambos juntos]”, denuncia o estudo, assinado por engenheiros agrônomos e químicos (Robson Rolland Monticelli Barizon, Claudio Aparecido Spadotto, Manoel Dornelas de Souza, Sonia Cláudia Nascimento de Queiroz e Vera Lúcia Ferracini).
Os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), divulgado em dezembro de 2011, mostraram percentual alarmante de amostras com violações. Do total de 3.130 analisadas, 907 (29%) foram consideradas insatisfatórias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A maioria (23,8%) é referente ao uso não autorizado de agrotóxicos na cultura.
De acordo com o estudo, o percentual de violações variou de forma expressiva entre as culturas. As que apresentaram os maiores percentuais foram: pimentão, uva, pepino e morango. Os menores índices ficaram com banana, batata, feijão e maçã.
Para a Embrapa, os resultados são recorrentes e não podem ser atribuídos a fatores casuais. “O percentual de amostras insatisfatórias na cultura do morango, por exemplo, manteve-se acima de 35% desde 2002. As culturas de pimentão e da uva, incluídas no programa em 2008, também apresentaram percentual de violações bastante elevado, correspondendo a 64,36% e a 32,67% de amostras insatisfatórias”, afirma o estudo.

Rótulo e bula - Os resultados indicaram que uma parte dos agrotóxicos não está sendo utilizada de acordo com as informações que constam no rótulo e bula destes produtos. São desconsideradas orientações sobre a dose recomendada, o número de aplicações e o intervalo entre a última aplicação e a colheita, entre outras.
Outro fator que explica as violações é a falta de produtos adequados no mercado. Muitas empresas que desenvolvem ou formulam agrotóxicos optam por não comercializar substâncias para culturas com menor retorno financeiro. Com isto, os produtores utilizam agrotóxicos não autorizados, em razão da falta de produtos registrados.


Banidos lá fora e usados aqui



A Embrapa denuncia ainda no estudo “Análise das violações encontradas em alimentos nos programas nacionais de monitoramento de agrotóxicos” a presença de substâncias banidas do Brasil, ou que nunca foram registradas”, como o heptenofos, clortiofos, PBO (piperonylbutoxide), dieldrina, azinfos-metílico, dodecacloro, parationa-etílica e monocrotofos. “A constatação destas substâncias indica que pode estar ocorrendo contrabando do ingrediente ativo, com posterior processo de formulação dentro do país; contrabando do produto formulado, pronto para comercialização; venda ilegal de agrotóxicos banidos no Brasil; e utilização de estoques antigos de agrotóxicos banidos”, denunciam os pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente.
Para os pesquisadores, é fundamental o fortalecimento de canais de comunicação que possibilitem maior esclarecimento dos produtores, seja por intermédio dos serviços de extensão rural, da indústria de agrotóxicos ou de órgãos de capacitação, como o Senar. Além disso, a fiscalização deve ser exercida constantemente por parte dos órgãos competentes. “Neste quesito, a rastreabilidade é também um importante fator que pode agir conjuntamente com a fiscalização”, conclui o estudo.


fonte correio riograndense 10 de julho

terça-feira, 16 de julho de 2013

Gibi ou almanaque infantil da agricultura orgânica - EMBRAPA


Agricultura orgânica ganha páginas de almanaque infantil

Publicado em: 09/07/2013

Criado para incentivar o consumo de hortaliças pelo público infantil, o Almanaque Horta & Liça traz histórias em quadrinhos e diversos passatempos que aliam lazer e informação. A proposta é estimular entre os pequenos novos e bons hábitos – tanto o da leitura quanto o da alimentação saudável – e tudo isso com uma abordagem lúdica e descontraída.

Em sua quarta edição, a publicação, idealizada pela Embrapa Hortaliças (Brasília/DF), explica como funciona o sistema de produção orgânico à turminha do Zé Horta e da Maria Liça. Quem não vai gostar nada do assunto é a Marina, que se assusta com as minhocas no solo, mas isso até descobrir que os túneis cavados por elas são essenciais para a ventilação das raízes das plantas e para a infiltração da água da chuva.

Eles vão aprender que na agricultura orgânica o que vale é produzir sem prejudicar o meio ambiente, por isso, os produtos químicos são proibidos nesse sistema de cultivo. Assim, o modo de produção orgânica preserva a biodiversidade e garante uma salada mais saudável.

Embrapa & Escola
O almanaque Horta & Liça é distribuído para instituições de ensino e para as crianças que

De acordo com Orébio de Oliveira, responsável pelo programa na Unidade, o almanaque tem uma aceitação muito boa entre os pequenos. “Eles ficam felizes com o brinde e logo começam a folhear as páginas para ler as histórias e preencher os passatempos”, conta.

Ele ainda diz que a animação é tanta que o brinde tem que ser entregue no final para não atrapalhar o andamento da visita. Este ano, o período de visitação vai até novembro e as escolas interessadas podem fazer o agendamento pelo telefone (61) 3385.9110 ou cnph.sac@embrapa.br.


visitam a Embrapa Hortaliças por meio do programa Embrapa & Escola. Em 2012, mais de 1300 alunos de escolas da rede pública e privada conheceram a Unidade, os campos experimentais, as casas de vegetação e uma horta demonstrativa com produtos como alface, pimenta, berinjela, cebolinha, tomate, cenoura, entre outros.

Divirta-se!
Nos links abaixo, é possível conferir as aventuras do Zé Horta e sua turma.
- Almanaque Horta & Liça - Número 1
- Almanaque Horta & Liça - Número 2
- Almanaque Horta & Liça - Número 3
- Almanaque Horta & Liça - Número 4


Paula Rodrigues (MTB 61.403/SP) 
Assessoria de Imprensa
Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO)
Embrapa Hortaliças
Tel.: (61) 3385-9109
E-mail: paula.rodrigues@cnph.embrapa.br

sábado, 13 de julho de 2013

Consea pede proibição de agrotóxicos vedados em outros países



veneno

O Brasil tornou-se o maior consumidor de agrotóxicos do mundo com 19% do mercado mundial. A taxa de crescimento do mercado brasileiro de agrotóxicos, entre 2000 e 2010, foi de 190% contra 93% do mercado mundial.
Consea pede proibição de agrotóxicos vedados em outros países 

http://www.unisinos.br/blogs/projeto-alerta/2011/03/30/agrotoxicos-nos-alimentos/
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) encaminhou à presidenta da República, Dilma Rousseff, Exposição de Motivos (EM) com as propostas elaboradas pela Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos, realizada em Brasília, nos dias 20 e 21 de setembro de 2012. A EM foi aprovada na Plenária do Conselho de junho deste ano, depois de ter sido discutida nas Comissões Permanentes.
O documento é uma crítica ao processo de “modernização” agrícola conhecido como “Revolução Verde”. Esta “modernização” transformou o modelo de produção agrícola e o país em uma grande fazenda monocultora e dependente de insumos químico-industriais. O governo de Ernesto Geisel estimulou a “Revolução Verde” e esse padrão se mantém, sendo a diretriz das políticas agrícolas governamentais.
Em 2007, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) realizou a Conferência Internacional sobre a “Agricultura Orgânica e Segurança Alimentar” e concluiu que a agricultura convencional esgotou sua capacidade de alimentar a população global e que existe a necessidade de substituição pela agricultura ecológica.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), realizada em 2010, recomendou que os governos estimulassem o uso de diferentes formas de agricultura sustentável, entre elas a orgânica. Por sua vez, o Relator Especial sobre o Direito Humano à Alimentação, Olivier de Schutter, afirmou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que a agroecologia é um novo paradigma de desenvolvimento agrícola que pode efetivar rapidamente o direito humano à alimentação adequada.
O Brasil tornou-se o maior consumidor de agrotóxicos do mundo com 19% do mercado mundial. A taxa de crescimento do mercado brasileiro de agrotóxicos, entre 2000 e 2010, foi de 190% contra 93% do mercado mundial.
A evolução da taxa de consumo de agrotóxicos, em 2005, cresceu de 7,5 quilos por hectare para 15,8 quilos por hectare em 2010. O percentual mais elevado se encontra entre os estabelecimentos com mais de 100 hectares dos quais 80% usam agrotóxicos
A Exposição de Motivos avalia o peso dos agrotóxicos nos custos de produção, os incentivos e das isenções tributárias aos produtos químicos que reduziu a zero as alíquotas, o impacto agroquímico dos produtos transgênicos.
O documento coloca em dúvida a legitimidade dos estudos que são feitos pelas próprias empresas solicitantes, para o registro de produtos agrotóxicos.
venenoO Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional apresentou à presidenta Dilma Rousseff uma série de propostas, entre as quais se podem destacar a de Proibir no Brasil os agrotóxicos já vedados em outros países; Proibir as pulverizações aéreas de agrotóxicos; Definir metodologia única de monitoramento em todos os órgãos ambientais nas três esferas federativas; Criar penalidades, incluindo o pagamento de ressarcimento financeiro, para os responsáveis pela contaminação por agrotóxicos e por transgênicos de sistemas agroecológicos, entre outras.
O INESC faz parte da coordenação da Comissão Permanente 1 do Consea, que trata do Sistema e da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. O Instituto contribuiu para a elaboração da Exposição de Motivos e tem se posicionado nos diversos espaços institucionais contra a maciça utilização de agrotóxicos e sementes transgênicas.
Edélcio Vigna (Consultor do Inesc)
Informe do Inesc, publicado pelo EcoDebate, 12/07/2013

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Nova York anuncia programa de reciclagem de resíduos orgânicos



Nova York pode se tornar um exemplo para outras cidades no mundo no quesito reciclagem. A prefeitura local prepara um projeto que tornará obrigatória a separação de resíduos orgânicos, que serão usados para a produção de energia.
Este é mais um dos esforços anunciados pelo prefeito Michael Bloomberg para reduzir a quantidade de lixo que é destinado diariamente aos aterros sanitários. Em abril deste ano, a população já havia sido informada sobre a expansão no sistema, que passou a coletar os plásticos rígidos. Agora, a atenção com a separação dos itens descartados deve ser ainda maior.
Os resíduos orgânicos serão destinados à compostagem. Em consequência disso, a cidade se beneficiará com um aumento na produção de adubo orgânico e com a produção do biogás, usado para a produção de energia limpa.
Conforme informado pela Folha, o sistema de reaproveitamento do material orgânico já acontece em cidades menores norte-americanas, entre elas San Francisco e Seattle. A principal mudança a ser feita, além do trabalho cultural, é de logística, mas Nova York já passa por reestruturações.
O prefeito Bloomberg explica que, inicialmente, o sistema será voluntário, mas é possível que com o desenvolvimento do programa, ele se torne obrigatório e resulte em multa para quem não cumprir a norma.
Redação CicloVivo

Criando obstáculos para os insetos - Dificultando sua chegada e ação nos cultivos - permacultura pedagógica


Antônio Roberto Mendes Pereira
Em muitas visitas que fiz durante o período do curto inverno que vem acontecendo este ano às propriedades de alunos, percebi que em muitos roçados havia ataque de lagartas. Em algumas propriedades pequenos ataques, em outras intensos, podendo gerar safras de baixa qualidade. Mas também percebi muitos enganos no manejo dados aos roçados que de forma direta contribuem para aumentar os desequilíbrios do agroecossistema facilitando que algumas espécies de insetos venham a causar ataque as estas plantas cultivadas. Conversando com alguns agricultores pais destes alunos investiguei qual seria para eles a causa destes surgimentos de pragas nas suas lavouras. Para a maioria destes agricultores o problema é do tempo, não conseguem relacionar estes ataques a problemas de fertilidade de solo, de manejo errado utilizado por eles no plantio. Sempre as causas são de outra natureza. Uns até alegam que Deus quer assim, logo ele não pode fazer nada. Outros alegam que ele resolve facilmente “é só colocar veneno que tudo se resolve”. Quando falo que os insetos são indicadores de problemas que estão acontecendo no solo ou em outros extratos, me olham com olhos de espanto e de descrédito.
Os insetos precisam ser entendidos e compreendidos como aliados e não como inimigos, eles são responsáveis por uma infinidade de funções nos ecossistemas. Os insetos são também um dos responsáveis pelo equilíbrio saudável dos agroecossistemas. Nos nossos cultivos sua presença em pouca quantidade e em grande diversidade nos é favorável, mas quando sua quantidade aumenta descontroladamente de forma única, estes com certeza vão causar problemas irreparáveis. Todo excesso ou escassez trás conseqüências que muitas vezes são desagradáveis.
Os insetos exercem várias funções nos ecossistemas naturais, porém algumas nos chamam mais atenção. Em muitos momentos os insetos podem ser indicadores de situação. Situações estas que nos mostram como se encontra o ambiente, quer seja do solo, da planta, do clima, entre outros onde possa se desenvolver formas de vida relacionada a produção.
Em muitos momentos servem como fonte de alimento para muitas espécies de animais inclusive o homem, servindo como grande fonte de proteína altamente digestível. Esta função aqui no Brasil é pouco explorada, poderia ser mais utilizada pelo menos nos ecossistemas cultivados como fonte de alimento para muitos animais domésticos, mas a cultura do povo termina por não aproveitar tal presente da natureza. 
Entender e encarar os insetos como aliados exige conhecimentos que muitas vezes nas escolas não são ensinados, quando se fala neste assunto é de forma muito superficial dependendo da série. Fala-se em cadeia e teia alimentar mais não se consegue trazer exemplos do nosso dia a dia, ficando meramente uma idéia muito distante e vaga da compreensão de muitas pessoas. É como se aquilo só acontecesse na floresta, na mata, mas nunca nas nossas casas, nas nossas hortas. E este comportamento termina por passar a idéia de que os insetos são os vilões das plantações, são os responsáveis pelos danos nas lavouras e nos prejuízos. Não consegue entender que os insetos são uma conseqüência de erros ou desequilíbrios causados pelos seres humanos. Eles aparecem na tentativa de concertar estes erros, e logo pode nos servir dependendo do conhecimento que se tenha como indicadores, são como um sinal amarelo de um semáforo nos chamando atenção. É como se quisesse nos dizer “Psiu, você esta cometendo erros utilizando este manejo, repense”. Saber entender estes sinais pode ajudar, observando e não repetindo mais tal ou tais enganos.
Este texto tem a pretensão de mostrar algumas formas de se criar obstáculos para que estes insetos não consigam efetuar ações nefastas e tão devastadoras, até que você entenda e descubra os erros e enganos cometidos, amenizando-os a tempo e evitando reincidir estes mesmos erros nos próximos plantios. Que estas propostas sejam entendidas não como soluções, mas como meros paliativos emergenciais e nunca como soluções repetitivas de forma permanente. Procure descobrir as causas, os porquês, o que vem contribuindo para que este desequilíbrio esteja acontecendo. Seja o pesquisador da sua área de intervenção.
O QUE DEVEMOS OBSERVAR PARA ENTENDER AS POSSÍVEIS CAUSAS DE ATAQUE DOS INSETOS
· Local não adequado para a planta;
· Clima não tolerável para aquela espécie;
· Solo com desequilíbrios de nutrientes, ou excesso ou escassez de algum mineral;
· Falta de umidade suficiente para a espécie;
· Muita radiação solar para a espécie;
· Solo compactado, muito duro;
· Sementes provindas de outros espaços, climas e solos diferentes;
· Falta de matéria orgânica no solo;
· Superpopulação de plantas em um pequeno espaço;
· Monocultivo facilita o ataque de insetos;
· Área anterior de monocultivo;
· Sombreamento excessivo;
· Repetição da mesma espécie no mesmo local sem fazer rotação nem de área e nem da espécie da planta;
· Área com excesso de ventos inibe ou diminuem a fotossíntese.
CRIANDO OS OBSTÁCULOS
A diversidade de alimento provoca a diversidade dos insetos – logo com toda certeza irá surgir insetos que tem a função de controlar possíveis descontroles de qualquer outra espécie. Um dos grandes obstáculos para o não crescimento demasiado e ou sem controle de vários insetos é aumentando a biodiversidade de vegetais nos cultivos.

Tudo junto e misturado – É outra forma de aumentar os obstáculos, pois quanto mais aleatório e disperso for o plantio mais dificuldade os insetos irão ter para encontrar outra planta da mesma espécie para se alimentar. O plantio em linhas com plantas da mesma espécie contribui enormemente para a disseminação dos insetos com mais facilidade.


Plantas aromáticas – Muitos aromas também criam obstáculos para alguns insetos, afugentando e ou afastando algumas espécies dos plantios. Pode-se utilizar esta estratégia nos plantios, fazendo bordas ou barreiras vivas com estas plantas aromáticas. Muitas plantas de cheiros ativos e facilmente podem ser utilizadas, como exemplo podemos citar arruda, determinadas hortelãs, entre outras.

Plantas trampas ou atrativas – É outra estratégia bastante interessante para criar obstáculos para os insetos, tirando a atenção da cultura principal. Estas plantas são escolhidas e plantadas no meio dos cultivos ou até nas bordas atraindo os insetos como fonte principal de alimento, deixando a cultura de lado. Estas plantas podem ser encontradas com muita facilidade quando andamos pelos plantios fazendo inspeção observamos plantas que não são as culturas sofrendo ataques intensos de insetos. Este pode ser um grande indicativo para a escolha desta para ser uma planta trampa.



Lâmpadas atrativas – Muitos insetos são atraídos pela luz, logo esta é outra estratégia que pode ser utilizada nos plantios principalmente durante as noites, como medida de controle através deste obstáculo atrativo com morte certa. Pois próximo desta lâmpada ou luminosidade deverá existir um recipiente com água para o controle de parte destes insetos que foram atraídos. Precisa-se ter cuidado com este sistema, pois podemos colocar em risco atraindo também insetos predadores tão necessários nos ambientes de cultivos.

Iscas atrativas – Pode-se também utilizar-se de iscas de fácil montagem para servir de controle nos cultivos. Estas iscas podem utilizar desde açúcares, aromas, ou até feromônio atrativos. No comércio já existem muitos elementos comerciais com estas características.



Barreiras verdes de vegetação nativa – Ótima estratégia deixando-se entre uma faixa de plantio uma faixa de vegetação nativa, criando avenidas de plantios alternadas com mato nativo, como fonte de alimento para os insetos. Porém também pode correr o risco de estas faixas servirem de abrigos para os insetos dificultando o controle nas faixas de plantio. Logo, é uma ótima estratégia, porém exige certos cuidados e observação atenta.
Pulverização com cheiro de insetos mortos – O cheiro de morte da mesma espécie afugenta os indivíduos. Coletando-se certa quantidade de insetos que estão causando transtornos nos plantios e fazendo-se um macerado com os mesmos pode-se ter um ótimo espanta insetos.

Embalando os frutos – É uma estratégia de obstáculos muito eficiente, porém trabalhosa dependendo da espécie que se está cultivando. Evita o uso de agrotóxicos e necessita de alguns conhecimentos sobre a cultura para saber em qual é o momento ideal para se fazer o ensacamento dos frutos e com que material. A dificuldade de ter acesso aos frutos diminui e impede o ataque.



Rotação de área e de cultura – Esta com certeza é uma das melhores formas de controles de insetos/pragas. Pois a troca de área e de cultivos quebra o ciclo não só dos insetos, mas também de problemas com determinadas enfermidades. Lembre-se de quando for utilizar a troca de cultura não escolher plantas da mesma espécie e da mesma família, este procedimento facilitará a ataque dos insetos, que quando da mesma família tem mais ou menos as mesmas preferências alimentares. 
Disseminando predadores naturais criados – Atualmente muitas empresas optaram pela biotecnologia. E muitos produtos estão sendo projetados para serem industrializados como é o caso de predadores criados de forma comercial. Já existe no mercado várias espécies de predadores para algumas variedades de cultivos, principalmente para as commodities. Funcionam bem, mas continua a mesma lógica apresentada anteriormente, se estes insetos tão causando problemas é porque algo de errado está acontecendo, necessitando-se descobrir as causas para sanar as mesmas no mais curto período de tempo, pois de outra forma a compra destes produtos vão se prolongar.



Como podemos ver existem muitas estratégias para criar obstáculos para os insetos, porém a melhor forma de controlá-los é através de um manejo ecológico dado ao ambiente em especial ao solo. Um solo com uma boa bioestrutura, e com um permanente retorno de matéria orgânica diversificada, cria um equilíbrio onde os insetos são aliados no manejo saudável dos cultivos. Crie formas de dá alimento para este solo, o ciclo deve ser: animais inclusive o homem alimenta solo, solo alimenta planta e planta alimenta animais.

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