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quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Agricultores transformam deserto em floresta no Semiárido brasileiro


Uma mancha esverdeada se destaca na paisagem ondulada dos arredores de Poções, pequeno município no Semiárido baiano. Ali, a profusão de cactos, suculentas e árvores da Caatinga contrasta com a pastagem degradada e os solos nus do entorno. O responsável pelo "oásis" é o engenheiro aposentado Nelson Araújo Filho, de 66 anos. Sentado na sombra de um umbuzeiro, Araújo conta que por muitos anos aquela área, que pertence a seu pai, abrigou roças de milho e aipim. Depois, virou pasto para gado. Mas os anos de uso intensivo esgotaram o solo e o deixaram em vias de virar deserto — fenômeno que atinge cerca de 13% das terras do Semiárido brasileiro, segundo o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas. Araújo começou a reverter o processo há três anos com a implantação de um sistema agroflorestal em 1,8 hectare, área equivalente a dois campos de futebol. O método, que tem sido adotado em várias regiões brasileiras e do mundo, se espelha no funcionamento dos ecossistemas originais de cada região. Araújo é "aluno" do suíço Ernst Gotsch, que migrou para o Brasil nos anos 1980 e é um dos principais difusores dos sistemas agroflorestais no Brasil. Ele transformou sua propriedade de 500 hectares em Piraí do Norte (BA), antes muito degradada, em um exemplo de recuperação, levando muitas pessoas e até empresas multinacionais a procurarem Gotsch para ajudá-las em seus plantios. Neste vídeo, nosso repórter João Fellet foi encontrar ambos no semiárido para mostrar como, nas palavras de Gotsch, é possível introduzir florestas e "plantar água" em terras em processo de desertificação. Confira. Reportagem em texto: https://www.bbc.com/portuguese/brasil... Curtiu? Inscreva-se no canal da BBC News Brasil! E se quiser ler mais notícias, clique aqui: www.bbc.com/portuguese #BBCNewsBrasil #Semiárido #Agricultura

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Ecovila criada por um Holandes atrai pessoas do mundo todo a Nova Friburgo.


Quase 8 bilhões de seres humanos e um planeta em crise climática e ambiental, segundo pesquisadores. E enquanto os governantes tentam se entender sobre como salvar o futuro na Terra, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, uma iniciativa mostra que é possível fazer a diferença nas pequenas ações. Conheça a Eco Caminhos, uma ecovila criada por um holandês na zona rural da cidade. O local promove a sustentabilidade ambiental por meio dos conceitos da bioconstrução e da agroflorestal, além de promover a transformação social. Video criado em parceria com o canal:    / @portalmultiplix   website: https://www.portalmultiplix.com/ Facebook:   / portalmultiplix   Instagram:   / portalmultiplix   Contato: +55 22 3512-2020 Email: contato@portalmultiplix.com O Portal Multiplix é um site de notícias, com conteúdo em texto, áudio e vídeo sobre as regiões Serrana e dos Lagos do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

SAFs - Sistemas Agroflorestais: veja como implantar EPAGRI


Conheça a pesquisa da Epagri que busca conciliar regeneração
de florestas com fonte de renda nas propriedades. Uma alternativa
sustentável para regularização de áreas com pendência no
Cadastro Ambiental Rural. Acompanhe nosso tour por um
SAF - Sistema Agroflorestal implantado
há 2 anos em um Campo Experimental da Epagri em Papanduva.

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Grupo propõe ‘agro florestas’ para reconstrução do RS após tragédia





Carta já conta com o endosso de mais de 1.000 entidades


Coletivo com a participação de movimentos e instituições do Rio Grande do Sul lançou um documento, intitulado “Carta das agroflorestas e soluções baseadas na natureza”, que propõe medidas para a reconstrução do estado após a tragédia climática que causou quase 200 mortes. O grupo conta com o endosso de mais de 1.000 entidades.

Uma das principais medidas apontadas é a criação de agroflorestas, que permite conciliar a produção com a preservação da natureza. Esse sistema imita o que a natureza faz normalmente, com diversos tipos de plantação juntos, com o solo sempre coberto. O sistema mistura culturas de importância agronômica com plantas nativas.

“Isso vai ajudar a infiltrar a água no solo para que chegue nos lençóis freáticos. Isso permite uma camada de matéria orgânica, o que retém água e isso pode ser usado para o próprio ecossistema, mas também provoca um ‘efeito esponja’”, explica Gabriela Coelho, professora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da UFRGS.

“Só é possível a gente avançar através da reestruturação dos solos, que fazem a água infiltrar, não ganhar muita velocidade”, completa o produtor rural Vicente Guindani.

A ideia das agroflorestas, inclusive, já consta no Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), como aponta Nilton Tavares, advogado, socioambientalista e mestrando em Desenvolvimento Rural. “A agrofloresta vem dentro da agroecologia como uma das soluções que presta um serviço ecossistêmico. A gente já tem no próprio plano nacional de adaptação como estratégia esse tipo de solução”.


A ideia das agroflorestas consta no Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, instituído em 10 de maio de 2016 pelo governo federal. Foto: reprodução/ Pretaterra
Impacto das chuvas no RS poderia ter sido menor com preservação ambiental, diz coletivo

Muitas das medidas apontadas pelo coletivo já poderiam ter sido implementadas como forma de mitigar os impactos das mudanças climáticas no estado do Rio Grande do Sul e em outros lugares.

Ao contrário disso, no entanto, o que se viu no Rio Grande do Sul foi o afrouxamento da legislação ambiental em muitos sentidos, como explica a bióloga Kátia Zanini. “Cada vez mais a gente sabe que a legislação tem sido flexibilizada e isso é um dos problemas. Isso, no mínimo, agravou o problema das enchentes”.

“Um dos elementos essenciais é restaurar tanto as áreas de encosta, que são áreas de riscos, quanto as áreas de mata ciliar. Já se tem um conhecimento amplo de restauração ambiental que possibilita inclusive práticas produtivas. Às vezes, se coloca que preservação seria uma visão apenas conservacionista, mas hoje se tem possibilidade de se restaurar uma área de APP (Área de Preservação Permanente) e ter atividades produtivas junto dessa área”, completa.


Grupo propõe medidas para povos tradicionais

Um outro eixo das propostas contidas na “Carta das agroflorestas e soluções baseadas na natureza” foca nos povos tradicionais do Rio Grande do Sul, como a população ribeirinha, quilombolas, comunidades pesqueiras, entre outros. De acordo com o coletivo, esses grupos já possuem a expertise das agroflorestas.

“O programa proposto é que essas comunidades possam ter um olhar adequado das políticas públicas. Que se olhe para esses grupos, essas populações, que foram muito impactadas, mas que já têm expertises na construção de agroflorestas”, resume Gabriela Coelho.

“A ideia é a construção de moradias que possam ajudar na questão do fluxo das águas, além da ampliação das áreas para que sejam mais seguras para moradia e conviver com esses fluxos de água”, completa.

Fonte: CL Noticias

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