quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Porque modificar o pH do solo?
pH do solo
Porque modificar o pH do solo:
A acidez do solo, pH é de grande influência na absorção dos nutrientes pelas plantas.
Solos muito ácidos ou muito alcalinos podem reter em
ligações e compostos e a deficiência do nutriente na planta se faz
sentir, mesmo que esteja no solo,estará indisponível para a planta.
A correção do pH deste solo será necessária para que a planta se desenvolva.
Conforme a cultura a ser implantada e também com a recomendação de correção feita com a prévia análise de solos, temos:
- Solos muito alcalinos: torná-los mais
ácidos,com a adição de folhas,cascas de árvores,folhas de
coníferas,turfa,musgo, pó de serra, compostos vegetais
- Solos muito ácidos: Fazer calagem,
que é a incorporação no solo de calcário (carbonato de cálcio), calcário
dolomítico (tem também magnésio) ou Óxido de cálcio comercial (cal
virgem) ou Hidróxido de cálcio (cal extinta).
pH do solo e os corretivos de acidez:
Deve-se fazer a análise de solos em laboratório, quando for usado o substrato mineral da propriedade.
Na análise vem o índice de pH e a quantidade de corretivo a usar, se necessário, para a cultura desejada a implantar. Consulte um profissional.
Na análise vem o índice de pH e a quantidade de corretivo a usar, se necessário, para a cultura desejada a implantar. Consulte um profissional.
No comércio existem alguns elementos que são usados para corrigir a acidez do solo:
1. Calcário é um produto em pó, obtido pela moagem de rocha calcária, contém carbonato de cálcio e carbonato de magnésio.
2. Cal virgem de uso agrícola, quando o calcário é queimado, constituído de óxido de cálcio e óxido de magnésio, pó fino e cáustico.
3. Cal hidratada ou extinta, é a cal virgem com a adição de água, tornando-se hidróxido de cálcio e hidróxido de magnésio.
Os adubos tipo nitrogenados
Salitre do Chile, nitratos de K e Ca, tendem a diminuir a acidez do
solo e os amoniacais, sulfato de amônio, uréia e fosfato de amônio tende
a acidificar.
A mistura feita pela indústria de fertilizantes abrange todos os macronutrientes e a maioria dos micros, em diversas formulações para as diversas culturas.
A mistura feita pela indústria de fertilizantes abrange todos os macronutrientes e a maioria dos micros, em diversas formulações para as diversas culturas.
Em fertirrigação o costume é de utilizar os elementos
separados, devido a precipitações por incompatibilidade de alguns
elementos.
fonte:http://www.fazfacil.com.br/jardim/ph-solo/
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Conheça seu solo. teste rápido.
solo pobre e um solo rico |
Para fazermos uma horta, jardim ou gramado é essencial conhecermos nosso solo. O ideal seria uma análise num laboratório especializado, mas nem sempre isto é possível e prático. No entanto, sempre vale à pena dar uma pesquisada antes. Às vezes há um laboratório pertinho de você, que fornecerá dados importantes e completos sobre o solo, inclusive sobre a fertilidade, sob um custo na maioria das vezes surpreendentemente baixo. Pergunte ao engenheiro agrônomo que atende na agropecuária próximo de você, procure em faculdades de agronomia, Emater, Embrapa, laboratórios privados, etc. Não achou? Não se desespere, pois neste artigo vamos procurar entender um pouco o nosso solo.
Podemos dividir o solo em três partes: físico, químico e biológico. O
físico é, como o próprio nome sugere, sua granulometria, porosidade,
textura, dadas principalmente pelos diferentes componentes em sua
composição, como água, areia, argila, ar e matéria orgânica e a
proporção e a estrutura como estes estão organizados. O químico seria
seus nutrientes e pH, basicamente. O biológico, que indica sua vida
propriamente dita, são a fauna e microfauna presente no solo, composta
por bactérias, fungos, minhocas, insetos, ácaros, algas, moluscos, etc.
Neste artigo trataremos principalmente da parte física e um pouco da
porção biológica do solo. O detalhamento do pH e a forma de verificar a
acidez do seu solo serão tratados num próximo artigo.
Para sabermos a constituição física de nosso solo existem diversos
testes. Um solo arenoso é fácil de ser trabalhado, as ferramentas como
enxada e enxadão penetram facilmente neste solo. Ele também é muito
fácil de fertilizar com compostos orgânicos e adubos químicos. No
entanto, é um solo que se empobrece mais rapidamente porque os
nutrientes são mais facilmente carregados pela água das chuvas e das
regas. É um tipo de solo ideal para diversas hortaliças, principalmente
as cenouras, beterrabas, mandiocas e outras que colhemos as raízes. Os
solos argilosos são mais difíceis de serem trabalhados, pois a terra
gruda nas ferramentas. É um solo mais compacto, menos arejado e a água
tem dificuldade em penetrar e escoar. A textura ideal de solo, para a
maioria das plantas, é um solo arenoso-argiloso, que teria uma
constituição de textura média, capaz de ser trabalhado, de reter
nutrientes e água.
Como fazer o teste de solo
Para
sabermos a constituição do nosso solo, podemos usar uma ferramenta,
como uma pequena pá. Cave um buraco com 20 cm de profundidade, colha
esta terra e coloque numa garrafa branca transparente. O ideal seria uma
garrafa de vidro, mas na falta desta pode-se usar uma garrafa pet
branca. Complete com água e agite bem, para misturar e dissolver bem os
torrões. Deixe descansar por um período de 2 horas, para que todo
material assente. Depois deste tempo, você vai notar diversas camadas
diferentes. Na parte debaixo ficarão as areias, que são partículas mais
pesadas e maiores. No meio ficarão as argilas e em cima, deverá ficar
uma fina camada preta, que seria a matéria orgânica. Esta camada de
húmus ou matéria orgânica poderá até não existir, dependendo da riqueza
biológica de seu solo. Na superfície poderá ficar, se houver, matéria
orgânica não decomposta, como algum pedaço de folha ou pequenos pedaços
de galhos, palha, etc.
O
tamanho de cada uma destas camadas é que vai definir seu tipo de solo.
Se houver mais de 85% de areia, será um solo arenoso. Com 70% de areia, o
solo será arenoso-argiloso, e com menos de 60% de areia, será argiloso.
A camada preta de húmus, como já disse acima, poderá até não existir,
mas se você notar uma camada preta de cerca de 5 a 7%, considere-se um
felizardo.
Uma outra forma de analisar o solo é sujando as mãos. Pegue uma
porção da terra úmida e amasse nas mãos. Aperte bem este punhado de
terra, inclusive batendo. Se suas mãos ficaram sujas, seu solo é
argiloso. Se suas mãos ficaram limpas, e sentiu inclusive os grãos de
areia, seu solo é arenoso. O meio termo, seria um solo arenoso-argiloso.
Este método é mais subjetivo que o primeiro e exige um pouquinho mais
de prática para acertar.
Ao contrário do que muitos pensam, a melhor forma de corrigir um solo
arenoso não é adicionar-lhe argila. Da mesma forma, de nada adianta
adicionar areia a um solo argiloso. Em ambos os casos, a textura, a
porosidade, a fertilidade e o arejamento do solo podem ser melhorados
com a adição de matéria orgânica. Eis aí o segredo de um jardim bonito,
uma horta produtiva e um pomar frondoso em qualquer tipo de solo. A
escolha das espécies mais adaptadas ao seu tipo de solo também é
fundamental para o sucesso.
Para um jardim, com gramados e plantas ornamentais, o melhor seria um
solo arenoso-argiloso ou arenoso. Vejo muitos insucessos em gramados
devido o preparo do solo. Conhecendo o tipo de solo, fica bem mais fácil
prepara-lo.
Já para as hortas, o ideal seria um solo mais arenoso, bem trabalhado
com matéria orgânica. Como a drenagem da água é maior neste tipo de
solo, o uso de matéria orgânica é indispensável. Consumir hortaliças de
nossa própria horta, além de prazeroso, nos dá a certeza de estarmos
levando à nossa mesa um produto saudável, com excelente qualidade
biológica. Boas colheitas!
Sinval Bragahttp://www.jardineiro.net/conheca-seu-solo.html
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Solos encharcados causam prejuízo para lavoura
Os solos saturados de água fazem com que as raízes das plantas
tenham menos acesso ao oxigênio, e isto traz alguns prejuízos à
plantação. Alguns deles são os seguintes:
Os tubos corrugados para drenagem (como o techdreno da Petech) são ideais para o dreno dos solos e sua implantação evita os prejuízos decorrentes da saturação de água dos solos sem controle de umidade.
Imagens e texto retirados de (entre nos links para ter acesso ao estudo completo): Introdução: drenagem natural e agricultura e Investigações básicas para projetos de drenagem: origens dos problemas
fonte: http://drenagem.files.wordpress.com/2008/12/
- Menor germinação e crescimento das plantas;
- Acúmulo de etileno nas raízes e no caule ocasionando a degradação dos tecidos das raízes, epinastia e queda de folhas;
- Alteração no metabolisto de obtenção de energia nos tecidas da raíz, que muda da respiração para a fermentação (transformando a glicose em etanol ao invés de ATP para ser utilizado pela planta);
- Nível freático elevado pode restringir o desenvolvimento do sistema de raízes de espécies não adaptadas.
Os tubos corrugados para drenagem (como o techdreno da Petech) são ideais para o dreno dos solos e sua implantação evita os prejuízos decorrentes da saturação de água dos solos sem controle de umidade.
Imagens e texto retirados de (entre nos links para ter acesso ao estudo completo): Introdução: drenagem natural e agricultura e Investigações básicas para projetos de drenagem: origens dos problemas
fonte: http://drenagem.files.wordpress.com/2008/12/
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Importância da matéria orgânica e cobertura vegetal para os solos arenosos
Importância da matéria orgânica e cobertura vegetal para os solos arenosos do Cerrado
A agricultura no Brasil, mais especificamente na
região dos Cerrados, ocorreu tradicionalmente sobre solos de textura
argilosa, considerados mais férteis em relação aos de textura arenosa.
Entretanto, nos últimos anos, a área cultivada tem-se expandido em solos
de textura média e arenosa, principalmente com a cultura da soja e nos
Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí e
Tocantins.
Como principais causas dessa expansão podem ser citados: o menor preço de aquisição da terra; seu processo natural de utilização, que avançava inicialmente sobre solos mais argilosos e depois para os solos arenosos, principalmente aqueles de pastagens degradadas; a consolidação do sistema plantio direto e a expansão do sistema integração lavoura-pecuária, como alternativa de recuperação e/ou aumento do potencial produtivo de áreas do Cerrado que foram degradadas por longos períodos de uso com pecuária extensiva mal manejada.
Os solos arenosos apresentam limitações para o cultivo de plantas, pois, em geral, apresentam baixa fertilidade natural, presença de Al em forma tóxica e baixo teor de matéria orgânica, responsável pela maior parte da capacidade de troca de cátions (CTC - cargas negativas existentes no solo e provenientes da matéria orgânica e minerais de argila) nesses solos. Além disso, os baixos teores de matéria orgânica aliados aos baixos teores de argila e à estrutura desses solos, com grande volume de macroporos, determinam sua baixa retenção de água.
Dessa forma, o avanço do cultivo em solos de textura arenosa tem gerado questionamentos sobre a viabilidade técnica, econômica, ambiental e sobre a sustentabilidade da produção agrícola nesses solos. A questão assume relevância quando se tem, aproximadamente, 20 % da área da região dos Cerrados, ou seja, em torno de 41 milhões de hectares, ocupada pelos Neossolos Quartzarênicos, solos com teores de argila menores que 15 %.
O cultivo em solos arenosos implica em elevada demanda tecnológica envolvendo todo o sistema solo-planta, de forma que o manejo desses solos é complexo e a atividade apresenta riscos elevados. Assim, o plantio de culturas anuais em solos arenosos deve ser evitado, principalmente pela sua susceptibilidade à erosão e a déficit hídrico a que essas culturas são expostas, pela incidência comum de veranicos na região dos Cerrados. No entanto, quando da utilização desses solos, principalmente relacionada com a recuperação de pastagens degradadas e adoção do sistema integração lavoura-pecuária, tem-se a matéria orgânica e a cobertura vegetal como principais fatores de viabilização e sustentabilidade da produção.
A dinâmica da matéria orgânica no solo sofre influência, entre outros, do clima e de características do solo, com destaque para a textura. Partículas de argila aumentam a estabilidade dos substratos orgânicos e a biossíntese microbiana, de forma que em solos mais argilosos há maior proteção da matéria orgânica, pela formação de complexos organo-minerais, o que resulta em acúmulo da matéria orgânica com o aumento no teor de argila.
Em áreas com textura arenosa a formação de palhada é fundamental para proteger o solo da erosão, reduzir a velocidade de infiltração e a evaporação de água, além de reduzir a elevação da temperatura do solo, que pode provocar queima do coleto (lugar da união da raiz com o caule) das plântulas (plantas recém emergidas). O aporte de resíduos orgânicos sobre o solo, a médio e longo prazos, pode aumentar o teor de matéria orgânica, que, como já mencionado, é a principal responsável pela CTC dos solos arenosos. Isso implica em maior capacidade de retenção de água e nutrientes, como o potássio, cálcio, magnésio, etc.
Nesse contexto, a adoção de práticas conservacionistas, como o sistema plantio direto e integração lavoura pecuária, é de fundamental importância. Deve-se evitar ao máximo o revolvimento e o tráfego de máquinas e equipamentos, para minimizar os riscos de erosão e danos à estrutura do solo e manter o solo sempre sob cobertura vegetal, com plantas de elevado potencial de produção de matéria seca, como o milheto e a braquiária. Uma forma de aumentar a produção de matéria seca ou aporte de resíduos é a prática de corrigir o solo e adubar a cultura de cobertura, de forma a favorecer seu crescimento e desenvolvimento. Além disso, devem-se intercalar culturas com relações C/N (quantidade de carbono em relação ao nitrogênio existente nas plantas) elevadas, como, por exemplo, espécies de gramíneas, e mais baixas, como as leguminosas, para que se tenha melhor equilíbrio entre a permanência da palhada no solo, estabilização da matéria orgânica e mineralização mais rápida dos nutrientes provenientes dos resíduos orgânicos. A planta de cobertura deve ser semeada logo após a colheita da cultura principal, aproveitando as últimas precipitações da estação chuvosa, quando o regime pluviométrico da região assim permitir, bem como antes do plantio, quando das primeiras chuvas, nos meses de setembro e outubro.
Flávia Cristina dos Santos
Pesquisadora em Fertilidade do Solo da Embrapa Cerrados/UEP-TO. Engenheira Agrônoma, Doutora em Solos e Nutrição de Plantas.
Manoel Ricardo de Albuquerque Filho
Pesquisador em Manejo e Conservação do Solo da Embrapa Cerrados/UEP-TO. Engenheiro Agrônomo, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas.
Contatos: www.cpac.embrapa.br
Como principais causas dessa expansão podem ser citados: o menor preço de aquisição da terra; seu processo natural de utilização, que avançava inicialmente sobre solos mais argilosos e depois para os solos arenosos, principalmente aqueles de pastagens degradadas; a consolidação do sistema plantio direto e a expansão do sistema integração lavoura-pecuária, como alternativa de recuperação e/ou aumento do potencial produtivo de áreas do Cerrado que foram degradadas por longos períodos de uso com pecuária extensiva mal manejada.
Os solos arenosos apresentam limitações para o cultivo de plantas, pois, em geral, apresentam baixa fertilidade natural, presença de Al em forma tóxica e baixo teor de matéria orgânica, responsável pela maior parte da capacidade de troca de cátions (CTC - cargas negativas existentes no solo e provenientes da matéria orgânica e minerais de argila) nesses solos. Além disso, os baixos teores de matéria orgânica aliados aos baixos teores de argila e à estrutura desses solos, com grande volume de macroporos, determinam sua baixa retenção de água.
Dessa forma, o avanço do cultivo em solos de textura arenosa tem gerado questionamentos sobre a viabilidade técnica, econômica, ambiental e sobre a sustentabilidade da produção agrícola nesses solos. A questão assume relevância quando se tem, aproximadamente, 20 % da área da região dos Cerrados, ou seja, em torno de 41 milhões de hectares, ocupada pelos Neossolos Quartzarênicos, solos com teores de argila menores que 15 %.
O cultivo em solos arenosos implica em elevada demanda tecnológica envolvendo todo o sistema solo-planta, de forma que o manejo desses solos é complexo e a atividade apresenta riscos elevados. Assim, o plantio de culturas anuais em solos arenosos deve ser evitado, principalmente pela sua susceptibilidade à erosão e a déficit hídrico a que essas culturas são expostas, pela incidência comum de veranicos na região dos Cerrados. No entanto, quando da utilização desses solos, principalmente relacionada com a recuperação de pastagens degradadas e adoção do sistema integração lavoura-pecuária, tem-se a matéria orgânica e a cobertura vegetal como principais fatores de viabilização e sustentabilidade da produção.
A dinâmica da matéria orgânica no solo sofre influência, entre outros, do clima e de características do solo, com destaque para a textura. Partículas de argila aumentam a estabilidade dos substratos orgânicos e a biossíntese microbiana, de forma que em solos mais argilosos há maior proteção da matéria orgânica, pela formação de complexos organo-minerais, o que resulta em acúmulo da matéria orgânica com o aumento no teor de argila.
Em áreas com textura arenosa a formação de palhada é fundamental para proteger o solo da erosão, reduzir a velocidade de infiltração e a evaporação de água, além de reduzir a elevação da temperatura do solo, que pode provocar queima do coleto (lugar da união da raiz com o caule) das plântulas (plantas recém emergidas). O aporte de resíduos orgânicos sobre o solo, a médio e longo prazos, pode aumentar o teor de matéria orgânica, que, como já mencionado, é a principal responsável pela CTC dos solos arenosos. Isso implica em maior capacidade de retenção de água e nutrientes, como o potássio, cálcio, magnésio, etc.
Nesse contexto, a adoção de práticas conservacionistas, como o sistema plantio direto e integração lavoura pecuária, é de fundamental importância. Deve-se evitar ao máximo o revolvimento e o tráfego de máquinas e equipamentos, para minimizar os riscos de erosão e danos à estrutura do solo e manter o solo sempre sob cobertura vegetal, com plantas de elevado potencial de produção de matéria seca, como o milheto e a braquiária. Uma forma de aumentar a produção de matéria seca ou aporte de resíduos é a prática de corrigir o solo e adubar a cultura de cobertura, de forma a favorecer seu crescimento e desenvolvimento. Além disso, devem-se intercalar culturas com relações C/N (quantidade de carbono em relação ao nitrogênio existente nas plantas) elevadas, como, por exemplo, espécies de gramíneas, e mais baixas, como as leguminosas, para que se tenha melhor equilíbrio entre a permanência da palhada no solo, estabilização da matéria orgânica e mineralização mais rápida dos nutrientes provenientes dos resíduos orgânicos. A planta de cobertura deve ser semeada logo após a colheita da cultura principal, aproveitando as últimas precipitações da estação chuvosa, quando o regime pluviométrico da região assim permitir, bem como antes do plantio, quando das primeiras chuvas, nos meses de setembro e outubro.
Flávia Cristina dos Santos
Pesquisadora em Fertilidade do Solo da Embrapa Cerrados/UEP-TO. Engenheira Agrônoma, Doutora em Solos e Nutrição de Plantas.
Manoel Ricardo de Albuquerque Filho
Pesquisador em Manejo e Conservação do Solo da Embrapa Cerrados/UEP-TO. Engenheiro Agrônomo, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas.
Contatos: www.cpac.embrapa.br
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
PORQUE ANALISAR O SOLO???
Determinar o ph do solo e
conhecer as quantidades necessárias de nutrientes a serem absorvidos é
um fator importante para o aumento da produtividade na lavoura. Através
da análise, pode-se qualificar e quantificar o tipo de calcário a ser
utilizado na calagem, conseqüentemente, aumentando a eficiência da
adubação e ao mesmo tempo corrigindo a acidez do solo.
Usado de forma correta, a aplicação de calcário permite a maximização dos efeitos do fertilizante, tornando o solo mais produtível além de melhorar o custo beneficio na lavoura.
Em resumo, o processo é simples e acessível, se feito de forma eficiente. O primeiro passo é providenciar a análise do solo, seguida da aplicação de calcário, e depois o uso do fertilizante. Em alguns meses, após o plantio, o resultado pode ser uma colheita farta e lucrativa.
Para coletar uma analise de solo siga as instruções abaixo:
A análise do solo é o melhor meio para avaliar a fertilidade do solo. Com base nos resultados das análises é possível determinar as doses adequadas de calcário e adubo para garantir maior produtividade e lucratividade para a sua lavoura.
Para obter bons resultados com a análise é muito importante retirar as amostras corretamente. Siga as instruções e veja como é fácil.
Divida sua propriedade em glebas homogêneas, nunca superiores a 20 hectares, e amostre cada área isoladamente. Separe as glebas com a mesma posição topográfica (solos de morro, meia encosta, baixada, etc.), cor do solo, textura (solos argilosos, arenosos), cultura ou vegetação anterior (pastagem, café, milho, etc.), adubação e calagem anteriores. Em culturas perenes, leve em conta também a idade e variedade das plantas. Áreas com uma mesma cultura, mas com produtividades muito diferentes, devem ser amostradas separadamente. Identifique essas glebas de maneira definitiva, fazendo um mapa para o acompanhamento da fertilidade do solo com o passar dos anos. A retirada das amostras deve ser em caminhamento em zig-zag.
A coleta das amostras pode ser feita com um enxadão ou com trados. O trado torna a operação mais fácil e rápida.
Além disso, ele permite a retirada da amostra na profundidade correta e da mesma quantidade de terra de todos os pontos amostrados.
De cada gleba devem ser retiradas diversas subamostras, para se obter uma média da área amostrada. Para isso percorra a área escolhida em ziguezague e colete 20 subamostras por gleba homogênea. Em cada ponto, retire com o pé detritos e restos de cultura. Evite pontos próximos a cupins, formigueiros, casas, estradas, currais, estrume de animais, depósitos de adubo, calcário ou manchas de solo. Introduza o trado no solo até a profundidade de 20 cm.
A terra coletada representa uma porção de solo na profundidade de 0-20cm.
Raspe a terra da lateral do trado, aproveitando apenas a porção central.
Em áreas cultivadas em sistema de plantio direto há vários anos, é interessante a amostragem na camada de 0 a 10cm, para monitorar o acúmulo de nutrientes na superfície do solo. Entretanto, as recomendações de adubação baseadas apenas na profundidade de 0 a 10 cm, podem subestimar a necessidade de nutrientes para as culturas. As pesquisas sobre o assunto ainda não são conclusivas.
Transfira a terra do trado para um balde ou outro recipiente limpo. Repita a tradagem do mesmo modo em cada um dos 20
pontos. Quebre os torrões de terra dentro do balde, retire pedras, gravetos ou outros resíduos e misture muito bem. Essa mistura de subamostras retiradas de vários pontos de uma gleba homogênea é chamada de amostra composta.
ATENÇÃO: todas as ferramentas e recipientes usados para a amostragem e embalagem da terra devem estar limpos e, principalmente, não devem conter resíduos de calcário ou fertilizantes.
Para amostras nas quais pretende-se também analisar micronutrientes, use trado de aço e evite baldes de metal galvanizado.
Retire cerca de 300g de terra do balde e transfira para um saco de plástico limpo apropriado. Essa porção de terra (amostra composta) será enviada ao laboratório. Jogue fora o resto da terra do balde e recomece a amostragem em outra área.
Identifique a amostra de solo com o seu nome, propriedade, gleba amostrada e data. Anote em um caderno, junto com um mapa da propriedade, o número de cada amostra e o local de onde foi retirada. Essas anotações são importantes para identificar o local para aplicações de calcário e fertilizantes. Além disso, facilitam o acompanhamento da evolução da fertilidade do solo de um ano para outro.
FREQÜÊNCIA DE AMOSTRAGEM
O solo deve ser analisado pelo menos a cada 2 ou 3 anos ou com maior freqüência em solos com problemas de fertilidade ou intensamente cultivados.
http://www.calcariosolofertil.com.br/index.php/representantes/analise-de-solo
Usado de forma correta, a aplicação de calcário permite a maximização dos efeitos do fertilizante, tornando o solo mais produtível além de melhorar o custo beneficio na lavoura.
Em resumo, o processo é simples e acessível, se feito de forma eficiente. O primeiro passo é providenciar a análise do solo, seguida da aplicação de calcário, e depois o uso do fertilizante. Em alguns meses, após o plantio, o resultado pode ser uma colheita farta e lucrativa.
Para coletar uma analise de solo siga as instruções abaixo:
PORQUE ANALISAR O SOLO
A análise do solo é o melhor meio para avaliar a fertilidade do solo. Com base nos resultados das análises é possível determinar as doses adequadas de calcário e adubo para garantir maior produtividade e lucratividade para a sua lavoura.
Para obter bons resultados com a análise é muito importante retirar as amostras corretamente. Siga as instruções e veja como é fácil.
ESCOLHA DAS GLEBAS PARA AMOSTRAGEM
Divida sua propriedade em glebas homogêneas, nunca superiores a 20 hectares, e amostre cada área isoladamente. Separe as glebas com a mesma posição topográfica (solos de morro, meia encosta, baixada, etc.), cor do solo, textura (solos argilosos, arenosos), cultura ou vegetação anterior (pastagem, café, milho, etc.), adubação e calagem anteriores. Em culturas perenes, leve em conta também a idade e variedade das plantas. Áreas com uma mesma cultura, mas com produtividades muito diferentes, devem ser amostradas separadamente. Identifique essas glebas de maneira definitiva, fazendo um mapa para o acompanhamento da fertilidade do solo com o passar dos anos. A retirada das amostras deve ser em caminhamento em zig-zag.
QUAL FERRAMENTA USAR
A coleta das amostras pode ser feita com um enxadão ou com trados. O trado torna a operação mais fácil e rápida.
Além disso, ele permite a retirada da amostra na profundidade correta e da mesma quantidade de terra de todos os pontos amostrados.
COMO COLETAR AS AMOSTRAS
De cada gleba devem ser retiradas diversas subamostras, para se obter uma média da área amostrada. Para isso percorra a área escolhida em ziguezague e colete 20 subamostras por gleba homogênea. Em cada ponto, retire com o pé detritos e restos de cultura. Evite pontos próximos a cupins, formigueiros, casas, estradas, currais, estrume de animais, depósitos de adubo, calcário ou manchas de solo. Introduza o trado no solo até a profundidade de 20 cm.
A terra coletada representa uma porção de solo na profundidade de 0-20cm.
Raspe a terra da lateral do trado, aproveitando apenas a porção central.
Em áreas cultivadas em sistema de plantio direto há vários anos, é interessante a amostragem na camada de 0 a 10cm, para monitorar o acúmulo de nutrientes na superfície do solo. Entretanto, as recomendações de adubação baseadas apenas na profundidade de 0 a 10 cm, podem subestimar a necessidade de nutrientes para as culturas. As pesquisas sobre o assunto ainda não são conclusivas.
Transfira a terra do trado para um balde ou outro recipiente limpo. Repita a tradagem do mesmo modo em cada um dos 20
pontos. Quebre os torrões de terra dentro do balde, retire pedras, gravetos ou outros resíduos e misture muito bem. Essa mistura de subamostras retiradas de vários pontos de uma gleba homogênea é chamada de amostra composta.
ATENÇÃO: todas as ferramentas e recipientes usados para a amostragem e embalagem da terra devem estar limpos e, principalmente, não devem conter resíduos de calcário ou fertilizantes.
Para amostras nas quais pretende-se também analisar micronutrientes, use trado de aço e evite baldes de metal galvanizado.
Retire cerca de 300g de terra do balde e transfira para um saco de plástico limpo apropriado. Essa porção de terra (amostra composta) será enviada ao laboratório. Jogue fora o resto da terra do balde e recomece a amostragem em outra área.
AMOSTRA A SER ENVIADA AO LABORATÓRIO
Identifique a amostra de solo com o seu nome, propriedade, gleba amostrada e data. Anote em um caderno, junto com um mapa da propriedade, o número de cada amostra e o local de onde foi retirada. Essas anotações são importantes para identificar o local para aplicações de calcário e fertilizantes. Além disso, facilitam o acompanhamento da evolução da fertilidade do solo de um ano para outro.
FREQÜÊNCIA DE AMOSTRAGEM
O solo deve ser analisado pelo menos a cada 2 ou 3 anos ou com maior freqüência em solos com problemas de fertilidade ou intensamente cultivados.
http://www.calcariosolofertil.com.br/index.php/representantes/analise-de-solo
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Análise química de solos é fundamental para produção sustentável
Você já fez a análise do solo de sua propriedade??
A análise química é uma ferramenta que produtores, técnicos e pesquisadores dispõem para avaliar a fertilidade do solo e, a partir da necessidade nutricional das culturas, recomendar a correção com calcário ou adubação. O primeiro passo para a análise de solos é a amostragem. Dela depende o sucesso do resultado da análise, pois mais de 90% dos erros nos resultados das análises decorrem da coleta inadequada. “Erros neste procedimento podem causar prejuízos ao agricultor”, destaca o pesquisador da Embrapa Rondônia, Ângelo Mendes.
De acordo com Ângelo, a coleta pode ser feita em qualquer época do ano, mas o ideal é que as amostras sejam retiradas no mínimo 60 dias antes da adubação. A coleta também pode ser feita no início da estação seca, no caso de culturas anuais, e logo após a colheita, para culturas perenes.
Coleta da amostra
A coleta pode ser realizada com pá, boca-de-lobo, trado ou enxada. As amostras, coletadas em vários pontos da área a ser cultivada, devem ser colocadas em um balde plástico limpo e, em seguida, muito bem misturadas. Depois disso deve-se retirar, aproximadamente, 500 gramas de solo e armazenar em saco plástico limpo e etiquetado com identificação, e enviar ao laboratório que tenha certificação em programa de qualidade (os da Embrapa, por exemplo) para a realização da análise.
“Quanto maior o número de amostras simples de uma área para formar a composta, mais preciso será o resultado da análise do solo”, explica o pesquisador acrescentando que “as amostras compostas devem conter, no mínimo, dez amostras simples de cada área”.
A partir do resultado emitido pelo laboratório, o produtor fica sabendo como proceder a aplicação de calcário, para corrigir a acidez do solo, e de adubação, caso necessário. Vale lembrar, por exemplo, que 75% dos solos da região amazônica são ácidos e apresentam alumínio tóxico em sua composição, o que reduz a fertilidade do solo e o desenvolvimento do vegetal.
Data/Hora: 2012/05/01
Responsável: Kadijah Suleiman (MTb RJ 22729JP)
Email: kadijah@cpafro.embrapa.br
Telefone: (69) 3204-1191
Unidade: Embrapa Rondônia
Colaboradores:
Colaborador URL
Embrapa Informação Tecnológica
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A análise química é uma ferramenta que produtores, técnicos e pesquisadores dispõem para avaliar a fertilidade do solo e, a partir da necessidade nutricional das culturas, recomendar a correção com calcário ou adubação. O primeiro passo para a análise de solos é a amostragem. Dela depende o sucesso do resultado da análise, pois mais de 90% dos erros nos resultados das análises decorrem da coleta inadequada. “Erros neste procedimento podem causar prejuízos ao agricultor”, destaca o pesquisador da Embrapa Rondônia, Ângelo Mendes.
De acordo com Ângelo, a coleta pode ser feita em qualquer época do ano, mas o ideal é que as amostras sejam retiradas no mínimo 60 dias antes da adubação. A coleta também pode ser feita no início da estação seca, no caso de culturas anuais, e logo após a colheita, para culturas perenes.
Coleta da amostra
A coleta pode ser realizada com pá, boca-de-lobo, trado ou enxada. As amostras, coletadas em vários pontos da área a ser cultivada, devem ser colocadas em um balde plástico limpo e, em seguida, muito bem misturadas. Depois disso deve-se retirar, aproximadamente, 500 gramas de solo e armazenar em saco plástico limpo e etiquetado com identificação, e enviar ao laboratório que tenha certificação em programa de qualidade (os da Embrapa, por exemplo) para a realização da análise.
“Quanto maior o número de amostras simples de uma área para formar a composta, mais preciso será o resultado da análise do solo”, explica o pesquisador acrescentando que “as amostras compostas devem conter, no mínimo, dez amostras simples de cada área”.
A partir do resultado emitido pelo laboratório, o produtor fica sabendo como proceder a aplicação de calcário, para corrigir a acidez do solo, e de adubação, caso necessário. Vale lembrar, por exemplo, que 75% dos solos da região amazônica são ácidos e apresentam alumínio tóxico em sua composição, o que reduz a fertilidade do solo e o desenvolvimento do vegetal.
Data/Hora: 2012/05/01
Responsável: Kadijah Suleiman (MTb RJ 22729JP)
Email: kadijah@cpafro.embrapa.br
Telefone: (69) 3204-1191
Unidade: Embrapa Rondônia
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