terça-feira, 31 de março de 2015

COBERTURAS VEGETAIS VIVAS DO SOLO PARA BANANEIRA

Ana Lúcia Borges1 & Luciano da Silva Souza2




As coberturas vegetais proporcionam melhorias nos atributos físicos, químicos e biológicos dos solos, em razão da quantidade significativa de matéria orgânica incorporada pela biomassa produzida, o que, consequentemente, influenciará no crescimento radicular e na produção da bananeira.



As leguminosas sintetizam compostos nitrogenados a partir do N atmosférico, disponibilizando-os para as culturas (principal e consorciadas), além de atuarem na melhoria e estabilização da estrutura do solo e na reciclagem de nutrientes, devido à presença de raízes ramificadas e profundas. As gramíneas, por apresentarem maior relação carbono/nitrogênio, decompõem-se mais lentamente, proporcionando cobertura do solo mais duradoura (Carlos et al., 2006). Além disso, as raízes das plantas de cobertura fazem o que pode ser denominada de subsolagem biológica, criando pequenos canais no solo por onde circulam a água e o ar (Russell et al., 1981).



As bananeiras apresentam sistema radicular superficial, concentrado nos primeiros 40 cm de profundidade. Borges et al. (2008), em Latossolo Amarelo distrófico argissólico de Tabuleiro Costeiro, sob fertirrigação, observaram concentração de 70 % das raízes da bananeira até 40 cm, com densidade de comprimento de raízes de 1.969,6 cm dm-3 e predominância de raízes de diâmetro entre 0,2 e > 1,5 mm.



Manejo das coberturas vivas



A bananeira é plantada em sistema de fileiras duplas, no espaçamento de 4,0 m x 2,0 m x 2,0 m ou 4,0 m x 2,0 m x 2,5 m e as leguminosas feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), guandu (Cajanus cajan), crotalária (Crotalaria spectabilis) e caupi (Vigna unguiculata) e a gramínea sorgo forrageiro (Sorghum bicolor), por exemplo, semeadas nas entrelinhas de 4,0 m. O solo, após análise química, deve ser corrigido antes do plantio com calcário para atingir saturação por bases de 70 %. No plantio e ao longo do ciclo as bananeiras devem ser adubadas segundo recomendação, com base na análise química do solo.



Quanto ao manejo das coberturas vegetais, após 110 dias as vagens do caupi foram colhidas, retornando para a área a biomassa das vagens sem as sementes. As demais plantas de cobertura foram ceifadas na mesma ocasião, aos 130 dias (1o corte), e também aos 220 dias (2o corte) e 300 dias (3o corte), deixando-se a biomassa no solo (Figura 1).







Figura 1.Cobertura com feijão-de-porco antes da ceifa (A) e biomassa da crotalária após a ceifa (B).



No primeiro ciclo da bananeira ‘Terra’ observou-se que o número médio de dias do plantio à colheita foi maior para a cobertura com sorgo forrageiro, feijão-de-porco e guandu (média de 664 dias). O caupi reduziu em 38,4 dias a colheita em relação à cobertura com sorgo forrageiro. A cobertura vegetal com sorgo forrageiro proporcionou maior biomassa vegetal (2,58 kg m-2) e maior teor de matéria orgânica no solo. Essa biomassa vegetal tende a favorecer o maior peso médio de pencas (22,6 kg) e, consequentemente, maior produtividade (30,2 t ha-1) (Tabela 1). As gramíneas, por terem maior quantidade de carbono, decompõem-se mais lentamente, proporcionando uma cobertura do solo mais duradoura. Contudo, não houve diferença estatística entre as coberturas para pesos de pencas, produtividade, peso, comprimento e diâmetro médio do fruto, com valores médios de 21,7 kg, 28,8 t ha-1, 178,5 g, 20,9 cm e 39,6 mm, respectivamente (Tabela 1).



Tabela 1.Atributos da bananeira ‘Terra’ na colheita, em função das plantas de cobertura, em Argissolo Amarelo Distrocoeso. Presidente Tancredo Neves, BA, 2009.







1PMP: peso médio de pencas; PRD: produtividade; PMF: peso médio do fruto; NFC: número de frutos por cacho; CMF: comprimento médio do fruto; DMF: diâmetro médio do fruto. ns: não significativo.







Quanto à densidade total de comprimento de raízes da bananeira, observou-se na cobertura com crotalária valor 35 % maior do que na cobertura com guandu (Figura 2). Além disso, na cobertura com crotalária o sistema radicular apresentou-se mais superficial, com 89,5 % nos 60 cm de profundidade (Figura 2). Sistema radicular da bananeira mais profundo favorecerá não só a sustentação à planta, podendo reduzir o tombamento por ventos, como também proporcionará à planta melhores condições para absorção de água e nutrientes. Por outro lado, na cobertura com guandu, apesar da menor densidade total, as raízes da bananeira estiveram mais distribuídas no perfil, com valor de 42 cm dm-3 na profundidade de 80 cm a 100 cm, correspondendo a 7 % das raízes (Figura 2). O sorgo forrageiro também proporcionou boa distribuição das raízes no perfil (84,9 % concentradas até a profundidade de 60 cm) e maior percentual de raízes (7,3 %) dentre as coberturas na camada mais profunda (Figura 2), possivelmente agindo como uma subsolagem biológica (Russell et al., 1981). Desta forma, o sorgo forrageiro, mesmo sendo uma gramínea, pode ser uma cobertura vegetal adequada para a bananeira, pois proporcionou densidade total de raízes de 648 cm dm-3 e bem distribuída ao longo do perfil do solo. O feijão-de-porco e o caupi ocuparam posição intermediária entre a crotalária e o guandu/sorgo forrageiro, com 86,4 % e 86,7 % das raízes até 60 cm de profundidade, respectivamente. É importante destacar o caupi como cultura que pode gerar alimento e renda, aspectos importantes no caso de produção familiar de banana.







Figura 2.Densidade de comprimento total de raízes da bananeira ‘Terra’ em cinco coberturas vivas (FP=feijão-de-porco; GU=guandu; CR=crotalária; CA=caupi; SG=sorgo forrageiro).







Considerações finais



No primeiro ciclo da bananeira ‘Terra’ não houve diferença estatística entre as coberturas vegetais para os atributos avaliados na colheita. A cobertura do solo com caupi proporcionou menor número de dias do plantio à colheita.



Quanto às raízes da bananeira ‘Terra’, a crotalária proporcionou maior densidade de comprimento, porém mais superficial. O guandu e o sorgo forrageiro propiciaram melhor distribuição de raízes da bananeira ao longo do perfil do solo. O feijão-de-porco e o caupi ocuparam posição intermediária entre a crotalária e o guandu/sorgo forrageiro, destacando-se o caupi como cultura que pode gerar alimento e renda, aspectos importantes no caso de produção familiar de banana.



Referências



BORGES, A.L.; SOUZA, L. da S.; PEIXOTO, C.A.B.; SANTOS JUNIOR, J.L.C. dos. Distribuição do sistema radicular da bananeira ‘Prata-Anã’ em duas freqüências de fertirrigação com uréia. Revista Brasileira de Fruticultura, v.30, n.1, p.259-262, 2008.



CARLOS, J.A.D.; COSTA, J.A. da; COSTA, M.B. da. Adubação verde: do conceito à prática. Piracicaba: ESALQ – Divisão de Biblioteca e Documentação, 2006. 36p. (Série Produtor Rural, 30).



RUSSELL, R.S.; IGUE, K.; MEHTA, Y.R. The soil-root system in relation to brazilian agriculture. Londrina: IAPAR, 1981. 372p.



SOBRAL, L.F.; IVO, W.M.P. de M.; RANGEL, J.H. de A.; CINTRA, F.L.D. Avaliação crítica da história do uso dos solos nos Tabuleiros Costeiros do Nordeste do Brasil. In: ARAÚJO, Q.R. de. 500 anos de uso do solo no Brasil. Ilhéus: Editus, 2002. p.447-461.



***



1Pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Caixa Postal 007, CEP 44380-000 – Cruz das Almas–BA. E-mail: analucia@cnpmf.embrapa.br.



2Professor Adjunto do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, CEP 44.380-000 Cruz das Almas–BA. E-mail: lsouza@ufrb.edu.br.



Data Edição: 20/12/2010

Fonte: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical

Guia Prático da Enxertia

domingo, 29 de março de 2015

Uvaia e Araçá





Reportagem nos campos experimentais da Embrapa Clima Temperado de Pelotas sobre a pesquisa com "Uvaia" e "Araçá", duas frutas nativas da região sul do R.Grande do Sul

A crotalária é uma alternativa de cobertura de solo.




-Grande potencial de uso, tanto nos cerrados como no Sul do Brasil;
-Contribui para a diminuição de alguns nematóides do solo;
-É utilizada como adubo verde por ser grande fixadora de nitrogênio;
-Crescimento rápido, cobrindo o solo rapidamente;
-Muito utilizada para a rotação de culturas.
  A Crotalária Juncea é uma leguminosa anual, caule ereto, com crescimento rápido e ciclo vegetativo curto variando entre 120 a 150 dias. Prefere solos de média fertilidade mas que sejam bem drenados.
  É uma planta melhoradora e recuperadora de solos, sendo muito utilizada em solos de café, cana de açúcar, milho, algodão, etc.
  Apresenta produção de biomassa variando em geral de 15-60 toneladas/ha de massa verde, um bom sistema radicular melhorando a infiltração de água e boa capacidade de fixar nitrogênio e promover uma elevada reciclagem de vários nutrientes no perfil do solo, contribuindo para um aumento de rendimento nos cultivos posteriores (milho, soja, trigo, etc.). Normalmente quase não tem problemas com pragas e/ou doenças. Pode ser semeada solteira ou consorciada.
  Recomenda-se semear de 20-25 sementes por metro linear e espaçamento de 25 cm.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Espécies exóticas invasoras boas ou más ? Globo Ecologia







Espécies exóticas invasoras são segunda maior causa de perda de biodiversidade no planeta

O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a desenvolver um programa para controle e regulamentação da retirada de espécies exóticas invasoras, como forma de proteção da biodiversidade nativa e silvestre. As espécies trazidas de fora do país – chamadas espécies exóticas – são consideradas por organizações internacionais como a segunda maior causa de perda da biodiversidade no planeta.
“Elas dominam o espaço das espécies nativas, diminuindo a multiplicidade da flora e também da fauna”, disse o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso. O trabalho começou em 2005, com uma portaria do IAP, que permite a extração das espécies exóticas de Unidades de Conservação.
O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a publicar uma lista com 57 espécies de plantas e 26 de animais considerados exóticos aos ecossistemas paranaenses. A portaria número 95, que reconhece oficialmente a lista, também aponta os tipos de plantios comerciais de espécies exóticas que devem adotar medidas preventivas de controle para que não se transformem em vegetação invasora.
“Hoje estas iniciativas são referências em toda América Latina”, afirma o diretor de Biodiversidade da Secretaria do Meio Ambiente, João Batista Campos, que coordenou o estudo pelo Instituto Ambiental do Paraná. Por meio da página do IAP na internet é possível ver a lista atualizada das espécies exóticas invasoras para o Paraná.


“Muitas pessoas não fazem idéia do quanto espécies exóticas comprometem a biodiversidade no Paraná. O papel dos órgãos ambientais é reforçar as iniciativas para proteção da biodiversidade nativa do nosso Estado”, disse o presidente do IAP, Volnei Bisognin.
Monitoramento – segundo a coordenadora do Programa de Espécies Invasoras para a América do Sul da organização não-governamental “The Nature Conservancy” e fundadora do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, engenheira florestal Silvia Ziller, o Paraná é o estado mais avançado da América Latina na erradicação de espécies exóticas invasoras.
“O Paraná é o estado brasileiro mais avançado em termos legais e no estabelecimento de procedimentos técnicos para a erradicação de espécies invasoras. Além disso, estamos orientando Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul a adotarem medidas semelhantes com base no Programa paranaense”, disse Sílvia Ziller.
Exemplos – especialistas do mundo têm visitado o Parque Estadual de Vila Velha para conhecer a ação pioneira do IAP na erradicação de pinus – espécie exótica que ameaça as características naturais da área. No ano de 2009, em apenas 70 dias de trabalho foram retiradas quase 500 mil árvores.
O objetivo da erradicação é devolver aos parques suas características naturais. “Queremos que a natureza seja o mais próxima possível do que era quando o parque foi criado, quando a vegetação predominante era o campo”, afirma a diretora de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP, Márcia Pires Tussolino. A ação inclui a orientação dos produtores rurais da região e o monitoramento contínuo para evitar novas contaminações.
Outro bom exemplo é a parceria entre o IAP, Ibama e uma multinacional norueguesa que está resultando no maior programa de erradicação de espécies exóticas do Brasil em área de Mata Atlântica. Com orientação e apoio dos órgãos ambientais, a empresa irá recuperar uma área de 1.300 hectares de Mata Atlântica na Serra do Mar, no Litoral do Paraná.
O projeto Serra Nativa é desenvolvido na propriedade Fazenda Arraial, no município de Morretes. A fazenda integra uma Área de Preservação Permanente e faz divisa com a Área de Preservação Ambiental de Guaratuba, o Parque Estadual do Marumbi e o Parque Estadual do Pau Oco. A segunda fase do projeto, que inclui o monitoramento da área, para evitar que as exóticas se reconstituam, terá seis anos de duração.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Porque modificar o pH do solo? Porque corrigir a acidez do solo?

pH do solo

Porque modificar o pH do solo:
A acidez do solo, pH é de grande influência na absorção dos nutrientes pelas plantas.
Solos muito ácidos ou muito alcalinos podem reter em ligações e compostos e a deficiência do nutriente na planta se faz sentir, mesmo que esteja no solo,estará indisponível para a planta.
pH do soloA correção do pH deste solo será necessária para que a planta se desenvolva.
Conforme a cultura a ser implantada e também com a recomendação de correção feita com a prévia análise de solos, temos:
- Solos muito alcalinos: torná-los mais ácidos,com a adição de folhas,cascas de árvores,folhas de coníferas,turfa,musgo, pó de serra, compostos vegetais
- Solos muito ácidos: Fazer calagem, que é a incorporação no solo de calcário (carbonato de cálcio), calcário dolomítico (tem também magnésio) ou Óxido de cálcio comercial (cal virgem) ou Hidróxido de cálcio (cal extinta).

pH do solo e os corretivos de acidez:

Deve-se fazer a análise de solos em laboratório, quando for usado o substrato mineral da propriedade.
Na análise vem o índice de pH e a quantidade de corretivo a usar, se necessário, para a cultura desejada a implantar. Consulte um profissional.
No comércio existem alguns elementos que são usados para corrigir a acidez do solo:
1. Calcário é um produto em pó, obtido pela moagem de rocha calcária, contém carbonato de cálcio e carbonato de magnésio.
2. Cal virgem de uso agrícola, quando o calcário é queimado, constituído de óxido de cálcio e óxido de magnésio, pó fino e cáustico.
3. Cal hidratada ou extinta, é a cal virgem com a adição de água, tornando-se hidróxido de cálcio e hidróxido de magnésio.
Os adubos tipo nitrogenados Salitre do Chile, nitratos de K e Ca, tendem a diminuir a acidez do solo e os amoniacais, sulfato de amônio, uréia e fosfato de amônio tende a acidificar.
A mistura feita pela indústria de fertilizantes abrange todos os macronutrientes e a maioria dos micros, em diversas formulações para as diversas culturas.
Em fertirrigação o costume é de utilizar os elementos separados, devido a precipitações por incompatibilidade de alguns elementos.

fonte:http://www.fazfacil.com.br/jardim/ph-solo/

terça-feira, 24 de março de 2015

Arborização urbana e rural:

 Dicas

Por Darci Bergmann

A experiência de vários  anos em arborização permite-me sugerir alguns procedimentos. Essas sugestões atendem à maioria dos casos, como veremos a seguir:

Arborização urbana: sempre é conveniente verificar a legislação do município, principalmente quando se trata de plantio de árvores em vias públicas. Nesse caso, o que mais se deve observar é a rede elétrica e a largura do passeio público. Sob a rede elétrica, a opção é por espécies arbóreas de pequeno porte. Observe as árvores que estão plantadas na cidade. Elas dão idéia da sua adaptação ou não ao ambiente urbano. Isso facilita a escolha das espécies.

Rua de Porto Alegre; Foto: Darci Bergmann


Foto: Darci Bergmann
Tamanho da cova e recuo do cordão da calçada: Como regra geral, recomenda-se que o centro da cova fique pelo menos a 0,60 m de distância do cordão do passeio público. Quanto às dimensões da cova, recomenda-se que sejam de 0,60 m de lado e 0,60 m de profundidade. Covas muito pequenas dificultam o desenvolvimento das  mudas. Geralmente o solo urbano é compactado, outras vezes recoberto com material oriundo de demolições.

Para o plantio de espécies de raízes pivotantes, é recomendável
que se faça um aprofundamento da cova em forma de 'V', como
aparece na imagem acima. Isto permite melhor
penetração da raiz principal.
Imagem: Darci Bergmann


Como melhorar o solo (substrato ) da cova: Há quem recomende a mistura de adubos minerais, mas deve-se ter muito cuidado na dose, porque eles sãos sais e, quando em excesso, podem prejudicar as mudas. Tenho conseguido bons resultados da seguinte forma: quando da abertura da cova, separar as camadas de terra. A metade de cima para um lado e a outra camada para outro lado da cova. No fundo, faço mais um corte em "V", com a largura de um palmo e mais ou menos 0,50 m de fundura. Esse cone invertido facilita o aprofundamento da raiz da muda se esta for do tipo pivotante. 
Misturo, então, a terra da primeira camada com uma porção igual de material orgânico. Este pode ser esterco de curral bem curtido, composto de lixo orgânico ou equivalente. Nessa mistura, pode-se adicionar areia, entre 10% e 20%. Farinha de osso também pode ser adicionada na base de 0,5 Kg até 1 Kg por cova. Ela não provoca 'queima' das raízes, sendo boa fonte de cálcio e de fósforo. O que não se pode dispensar é a matéria orgânica. Ela deixa o substrato mais poroso e disponibiliza nutrientes, facilitando o desenvolvimento das raízes.

Foto: Darci Bergmann

Preenchimento da cova: Agora faz-se o preenchimento da cova. Coloca-se primeiro a camada superior de terra misturada com o material orgânico. Depois se adiciona a terra da camada de baixo também misturada com material orgânico. Faz-se uma inversão da terra que saiu da cova. Agora, antes do plantio, recomendo aplicar bastante água sobre a cova preenchida. Ou então fazer uma compressão com os pés sobre o substrato. Isto faz com que o substrato fique bem assentado.
Plantio da muda: No substrato, faço uma pequena cova para alojar o torrão da muda ou a muda de raiz nua - sem torrão - observando que as raízes fiquem enterradas até pouco acima do colo da planta, ou seja, quase no mesmo nível do solo em torno da cova. Não é a muda que deve ficar lá no 
fundo da cova, mas sim as raízes que chegarão até lá com o crescimento da planta.


Imagem: Darci Bergmann

Cuidados com o sistema radicular das mudas
As mudas devem ser examinadas quanto às raízes. Se estas estiverem enroladas, deve-se proceder o corte da parte em excesso, mas preservando o torrão. Ali estão as raízes secundárias que irão suprir a planta. Raízes tipo pivotante tortas tendem a se tornar  deformadas e lenhosas, o que prejudica a planta com o passar do tempo.

Mudas com raízes fasciculadas, como as das palmeiras
Exemplos:





Foto: Darci Bergmann

Foto: Darci Bergmann



Mudas com raízes pivotantes
Exemplo um:
Raiz tipo pivotante com desvio lateral de 90º
Deve ser cortada
Fotos: Darci Bergmann


Raiz deformada suprimida, muda apta para o plantio

Exemplo dois:





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Veja também:

sexta-feira, 20 de março de 2015

Cultivo de lichia no RS - Programa Rio Grande Rural



Uma fruta ainda pouco conhecida, no Rio Grande do Sul, é a lichia. Originária da Ásia, principalmente da China, ela se adaptou em outros países, como o México. No Brasil, é muito cultivada em São Paulo. No Rio Grande do Sul, o agrônomo Ronaldo Pethzold trouxe para o seu sítio, em Maquiné, no litoral norte, há alguns anos. Agora, está colhendo os frutos, e conseguindo uma boa renda com a lichia.
Jornalista José Mario
Cinegrafista Aldir Marins
Maquiné - RS

quinta-feira, 19 de março de 2015

Os 11 Benefícios da Goiaba para a saúde


goiaba2

Goiaba é uma fruta tropical facilmente disponível no mercado. Os benefícios da Goiaba para a saúde são nutritiva e muito barata, mas muito rica em nutrientes. Devido ao seu alto teor de nutrientes torna-se alimentos muito saudáveis.

Goiaba contém a maior fonte de Vitamina C (3 vezes mais do que o requisito diário). Por isso, aumenta significativamente a função do sistema imunologio. além disso a goiaba é um antioxidante poderoso que protege contra o estresse oxidativo.Leia mais sobre Os 11 Benefícios da Goiaba para a saúde!
Benefícios da Goiaba para Imunidade:  A Goiaba é uma excelente fonte de vitamina C e Antioxidantes. Ela contém 228 mg de Vitamina C, que é igual a 338% da necessária diária ou seja 3x mais do que o necessário. Com o aumento da função do sistema imunológico, seu corpo irpa se proteger contra doenças comuns como tosse, resfriado e gripe e contra infecções.
Benefícios da Goiaba com Propriedade anti-tumoral: Goiaba contém elevada quantidade de licopeno (5.204 microgramas), que é um  fitonutrientes conhecido como carotenoides. O licopeno tem uma propriedade anti-tumoral que protege contra os radicais livres, uma vez que luta ativamente para neutralizá-lo. Portanto, comer goiaba vai ajudar a combater o câncer de próstata.

Benefícios da Goiaba contra o Câncer : A Goiaba é uma excelente fonte de antioxidantes, fitonutrientes e flavonóides que o tornam altamente benéfico para proteger do câncer. Goiaba contém grande quantidade de vitamina C, que protege contra os radicais livres do oxigênio. Os radicais livres são produzidos devido ao estresse oxidativo que danificam o DNA das células que o transforma em uma célula cancerosa. os antioxidantes neutralizam esses radicais livres e age como um escudo que proteger o DNA dos radicais livres. Também contém uma quantidade elevada de licopeno, que têm propriedades anti-tumor. Como sabemos a principal causa de câncer é radicais livres e danos causados ao DNA das células e o licopeno impede o crescimento do tumor. Assim, com estes dois os nutriente da goiaba torna-se alimentos mais saudáveis para prevenir o câncer de próstata. A goiaba é eficaz para proteger da cólon, mama, boca, pele, estômago, cavidade oral e câncer de pulmão.
Benefícios da Goiaba para Manter a pressão arterial: Goiaba contém boa quantidade de potássio. O potássio é necessário para manter o nível de sódio baixo e ainda mantem os nível de fluido bons ou seja, para um equilíbrio eletrolítico. Assim, ajuda a manter a pressão arterial e reduz o risco de derrame e ataque cardíaco.


Benefícios da Goiaba para Aumentar a produção de sangue: Goiaba contém vitaminas como a vitamina E, K, niacina, ácido fólico, ácido pantotênico, vitamina B6 e de minerais como cobre, manganês e magnésio, que são importantes para a formação do sangue. Também devido à rica vitamina C, a goiaba aumenta a capacidade do corpo de absorver ferro.
Benefícios da Goiaba para Cancro do cólon: Goiaba contém gorduras alimentares que ajudam a limpar as toxinas do cólon. Assim, reduz os efeitos da toxina do cólon e de proteger contra o cancro do cólon.

Benefícios da Goiaba para Envelhecimento: O envelhecimento é o problema mais comum em nossa vida agitada. Envelhecimento é causada principalmente ao fator natural como o aumento da idade. Mas, devido à poluição, radiação UV e fumaça o processo de envelhecimento tem sido estimulada mais rápido do que o natural. A principal causa do envelhecimento é os radical livre produzido em nosso corpo devido ao estresse oxidativo causado pela alta poluição. Mas os antioxidantes destruir esses radicais livres para retardar o processo de envelhecimento. Também foi encontrado que as pessoas que comem alimentos ricos em antioxidantes têm efeito positivo no retardamento do envelhecimento natural. Assim goiaba prova melhor alimento para retardar o processo de envelhecimento.

Benefícios da Goiaba para Diabetes: Goiaba contém boa quantidade de fibras alimentares. Verifica-se de comer alimentos ricos em fibras para reduzir picos de açúcar no diabetes paciente.
Goiaaba

Benefícios da Goiaba para Saúde os olhos: goiaba contém boa quantidade de vitamina A. ela é  antioxidantes, por isso se torna alimento altamente preferido para ser consumida para melhorar a saúde dos olhos. que protegem os olhos dos radicais livres. e ainda são eficaz em evitar danos na retina. Assim, melhora a visão do olho e proteger de catarata ou degeneração macular.

Benefícios da Goiaba para Saúde da pele: A vitamina A é um nutriente importante que promove a saúde da pele. Nutre a pele e proteger contra os radicais livres. Ele também protege contra o câncer de pele e contra a doença de pele como acne.
Benefícios da Goiaba para Melhorar a digestão: Goiaba contém boa quantidade de fibra dietética que melhora a digestão. Tem a propriedade anti-bacteriana que limpa o intestino para proteger da atividade microbiana. Assim, fortalece a digestão que evita diarreia e constipação.

fonte http://www.saudedica.com.br/os-11-beneficios-da-goiaba-para-saude/

quarta-feira, 18 de março de 2015

Cartilha sobre adubação verde - INCAPER




cartilha do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Espírito Santo (Incaper) discorre sobre agroecologia e os princípios ecológicos por ela utilizados para nortear o desempenho das atividades agrícolas, visando a sustentabilidade nos mais diversos campos. Explica que uma agricultura capaz de fazer bem ao homem e ao meio ambiente precisa adotar algumas práticas, como a compostagem e a adubação verde, consideradas carros-chefes do processo produtivo. A cartilha relaciona e descreve diversas leguminosas utilizadas para adubação verde, técnica que se reafirma como alternativa mais benéfica, ecológica e econômica em comparação à adubação química.

CIOrgânicos – Paula Guatimosim
Acessado em: 5/11/2012

Conteúdo completo disponível em:
http://agroecologia.incaper.es.gov.br/site/images/publicacoes/cartilha_leguminosas.pdf
FORMENTINI, E.A. Cartilha sobre adubação verde e compostagem. INCAPER, Vitória, ES, 2008.

Tomateiros - nova fixação de plantas

Olhem só que fixação de tomateiros, encontrei neste blog ! Muito Interessante.


Os tomateiros estão a crescer muito bem, já lhes coloquei os ferros e eles já estão a subir. Já tive de fazer algumas curas, ficaram amarelos, mas depois recuperaram muito bem, agora tem é muitos rebentos ladrões, vou ter de os tirar por que assim a planta está a despender energia em rebentos que só a enfraquecem e retardam o seu crescimento.

http://diariodahorta.blogs.sapo.pt/41270.html#comentarios

terça-feira, 17 de março de 2015

Elegir un buen compost para el huerto urbano


El compost es uno de los elementos más importante para nuestra tierra de cultivo del huerto urbano. Como se dice en cualquier manual de cultivo para hortícolas la mezcla ha de ser un 50% de sustrato y otro 50% compost.
Elegir un buen compost para el huerto urbano
El compost va ser básicamente el abono que va a alimentar a nuestras hortalizas de una forma ecológica y natural, ya que este abono proviene de la descomposición de la materia orgánica vegetal y algo de animal como las cáscaras de huevo. Es el milagro del reciclaje en toda su extensión.
Realizar un buen compost es muy importante en nuestro caso porque va a aportar todo lo que le falta a la tierra de una maceta y alimentar a nuestros cultivos. Tan importante como el aporte de Nitrógeno, Fósforo y Potasio son las bacterias y los microorganismos que han aparecido durante el proceso de compostaje y que ayudan a la planta en muchos procesos metabólicos.
Se puede realizar compost en nuestras casas de una forma natural y casera, sin embargo, el compostaje en las terrazas es complicado por problemas de olor y por la falta de residuos como hojas secas, pues un huerto apenas tiene desperdicios. Por lo tanto, en muchos casos, no nos queda otra opción y deberemos comprarlo.
Un buen compost ha de tener un aspecto oscuro y homogéneo, a veces, casi negro. Esta tierra tiene ha de estar moderadamente suelta y si que posea terrones compactos y de ser así se deben de poder deshacerse con facilidad y no debe manchar.
Un compost bueno, nunca encontraras, palos, cortezas, hojas enteras o parcialmente desechas, de ser así no vuelvas a comprar dicho compost.
También tiene que oler bien ,como a tierra húmeda, no debe oler a estiércol ni a nada podrido y mucho menos contener moscas. Cualquier olor rancio o desagradable es indicativo de que no es bueno.
Si el compost está a temperatura superior a la del ambiente es que aún no está acabado. Puede que sea un buen compost en el futuro pero todavía no lo es. Atención porque mientras esté caliente no es adecuado todavía para las plantas.
El origen del compost puede ser muy variado y contener muchos productos: estiércol, hojas, alfalfa, algas marinas, pescado,.. Pero en todos los casos deben cumplirse las indicaciones anteriores.
Quizás también le interese:

Produção de ovos orgânicos - Programa Rio Grande Rural

 produção orgânica de alimentos está sendo cada vez mais estimulada no Estado, principalmente no bioma pampa, onde se desenvolve o programa RS Biodiversidade. Hoje nós vamos ver o trabalho da dona Nelci e da dona Jurema, de Viamão, pertinho de Porto Alegre. Elas criam galinhas poedeiras somente com práticas orgânicas.

Jornalista Alciane Baccin
Cinegrafista José Cabral
Viamão - RS

Novamente lagarta ataca abóbrinhas italianas no sítio

Voltamos a ter problemas com lagartas na cultura da abobrinha, como a dois anos atrás. Estamos aprimorando nova isca luminosa, que já capturou muitas mariposas. 





Lagarta ataca abóboras no sítio - março de 2013

Bom dia!
Na produção agrícola nos deparamos com pequenos insetos que causam grandes estragos. A broca das cucurbitáceas está nos incomodando no Sítio Nena Baroni, mas vamos iniciar controle biológico com DIPEL e armadilhas luminosas na captura dos insetos adultos.

ALEXANDRE


• Broca-das-cucurbitáceas (Diaphania nitidalis): é uma borboleta de 30 mm de envergadura, com coloração marrom-violácea, com asas apresentando uma área central amarelada semitransparente. A fêmea efetua postura em folhas, ramos ou frutos. As lagartas são esverdeadas (Figura 2) e alimentam-se de qualquer parte vegetal, mas dão preferência pelos frutos. O ciclo completo é de 25 a 30 dias. Danosabrem galerias e destroem a polpa causando o apodrecimento e inutilizando os frutos (Figura 3). As borboletas põem os ovos nas plantas, originando depois de 3 dias, pequenas lagartas que se introduzem nos frutos em formação.
Figura 2. Broca das cucurbitáceas: fase de larva (lagarta)
Figura 3. Danos da broca das cucurbitáceas em pepino
Manejoo controle biológico com a bactéria Bacillus thurigiensis, vendido comercialmente como Dipel e outros produtos, pulverizados, semanalmente e preventivamente, a partir do florescimento das plantas, é eficiente no manejo da praga; a abobrinha caserta, cultivada entre as covas de pepino e outras cucurbitáceas, funciona como planta isca, atraindo a broca das cucurbitáceas, sendo que posteriormente devem ser destruídas através da compostagem, quando estiverem muito atacadas pelas lagartas.

domingo, 15 de março de 2015

Uso de espécies vegetais para adubação verde - Dia de Campo na TV




A tecnologia é recomendada para o pequeno produtor por exigir menor uso de insumos externos, principalmente fertilizantes e herbicidas. A produção e a multiplicação de sementes também podem ser feitas na propriedade, e a mão-de-obra familiar, em geral, é suficiente para manter as atividades necessárias à aplicação dessa tecnologia.

sexta-feira, 13 de março de 2015

SENSACIONAL! Sistema ecológico permite recuperar rios poluídos


Implantado nas Filipinas, o sistema de tratamento ecológico conseguiu recuperar o Canal Paco, que hoje é considerado referência positiva na paisagem

6 DE MARÇO DE 2015
PUBLICADO POR
Redação
Os custos para a despoluição de rios são altos e envolvem processos demorados, cujos resultados muitas vezes não ocorrem em curto prazo. Dessa forma, os projetos de despoluição requerem excelência profissional, seriedade administrativa, envolvimento, empenho e firme compromisso do poder público e do setor privado, além do apoio e participação de toda a comunidade.
Porém, é possível adotar iniciativas criativas, com baixo custo e vontade política. Um exemplo é o projeto criado pela empresa escocesa Biomatrix Water, realizado nas Filipinas.
Foi desenvolvido um sistema de tratamento de água ecológico, de fácil implantação em rios, que conseguiu recuperar o Canal Paco, que hoje é considerado referência positiva na paisagem de Manilla, capital do país.
O sistema implantado consiste na instalação de “jardins flutuantes” – ilhas artificiais de aproximadamente 110 m², cobertas por plantas aquáticas capazes de filtrar os poluentes sem a utilização de produtos químicos.
O custo da despoluição por esse sistema é menor que a metade do custo com estações de tratamento de águas residuais convencionais, devido à integração e ativação do ambiente fluvial circundante.
O sucesso do processo de despoluição foi, também, resultado de obras de infraestrutura para evitar o despejo de resíduos no local e a instalação de um reator de aeração, capaz de adicionar ar à água e introduzir no ecossistema uma bactéria que se alimenta de poluentes.
O desafio agora está em implantar métodos semelhantes no Brasil. Até o momento, as iniciativas não saíram do papel. Em São Paulo, por exemplo, foi proposto o sistema de aeração no canal do Rio Pinheiros, para introdução de bactéria, porém foi rejeitado e proibido por medida judicial.
Fonte: Facebook da Biomatrix
Fonte: Facebook da Biomatrix
Fonte: Facebook da Biomatrix
Fonte: Facebook da Biomatrix
Fonte: Facebook da Biomatrix
Fonte: Facebook da Biomatrix
Fonte: Facebook da Biomatrix
Fonte: Facebook da Biomatrix
Fonte: Facebook da Biomatrix
FONTE: http://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/sistema-ecologico-permite-recuperar-rios-poluidos/

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