Não é segredo que as plantas desempenham um papel essencial na saúde do nosso planeta. Mas um novo estudo sugere que, à medida que as árvores à nossa volta diminuem, a tendência pode estender-se ao número de vidas humanas.
Ao longo da última década, morreram cerca de 100 milhões de árvores em todas as regiões leste e oeste dos Estados Unidos, vítimas do devastador besouro-verde. Desde que chegou aos Estados Unidos em 2002, o besouro invasor atacou árvores ao longo de 15 estados.
Apesar de este inseto não ter um impacto direto sobre outra coisa que não árvores, a destruição que causa parece ligar-se intimamente ao reino humano. Uma equipa do Serviço Florestal dos Estados Unidos tentou perceber o efeito que a morte de todas estas árvores tem na saúde humana.
Os investigadores examinaram dados da mortalidade de 1.296 municípios onde os besouros-verdes estão presentes e comparam-nos aos valores pré-invasão, de 1990 a 2007. Depois de ajustarem as conclusões para algumas variáveis demográficas, como rendimento e educação, a equipa descobriu uma relação surpreendente: menos árvores combina-se com mais mortes humanas.
O Treehugger revela que se registou, de fato, um aumento da mortalidade associada às doenças cardiovasculares e respiratórias em municípios infestados pelo besouro-verde. No total, a ação do besouro foi associada a 6.113 mortes ligadas a doenças respiratórias e 15.080 mortes cardiovasculares adicionais.
A invasão do inseto permitiu neste contexto uma análise única da ligação entre as árvores e a saúde humana, mas a verdade é que, considerando os níveis de desflorestação, a realidade não há de ser muito diferente em outras partes do mundo.
É necessário começar a pensar nas árvores como parte da nossa infraestrutura de saúde pública. Elas não embelezam só a paisagem – tem um papel fundamental na qualidade de vida das pessoas.