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terça-feira, 9 de dezembro de 2025
sábado, 1 de novembro de 2025
Biofertilizante da Composteira Doméstica - Húmus Líquido - Adubo Bomba p...
quinta-feira, 30 de outubro de 2025
quinta-feira, 28 de agosto de 2025
Produza biofertilizante! Aprenda como fazer uma composteira doméstica com minhocas!! fonte: ecycle

Ilustração: Larissa Kimie/Portal eCyle
Considerando que produzimos 600 gramas de lixo orgânico por dia, é uma necessidade destinarmos de forma mais sustentável nossos resíduos para que eles não acabem parando em lixões e aterros, contaminando solos e lençóis freáticos, produzindo inclusive o gás metano. Aprender como fazer uma composteira evita esse tipo de emissão e ainda produz um recurso muito rico: o húmus! Além disso, também faz bem à saúde. De acordo com um estudo, o contato com uma bactéria presente no húmus funciona como um antidepressivo, diminui alergias, dor e náusea.
A vermicompostagem é um tipo de compostagem que faz uso de vermes, mais especificamente, as minhocas, e pode ser realizada em casas e apartamentos com uso da composteira doméstica. Com essa técnica, há a formação do vermicomposto, que é o produto obtido por meio da ação das minhocas em resíduos orgânicos. O vermicomposto é também conhecido como húmus de minhoca e é um ótimo adubo orgânico, muito rico em micro-organismos benéficos para o solo. Basicamente, é a matéria orgânica "reciclada".
Como fazer uma composteira
Descole um recipiente para fazer sua composteira doméstica. Ele servirá para deter os restos de comida, regular a umidade do sistema e bloquear a luz (que é prejudicial para as minhocas). Existem diversos modelos de recipientes que são vendidos no mercado, mas você também pode improvisar um.
O recipiente pode ser uma caixa de madeira que facilita a circulação de oxigênio e absorve a umidade. Lembre-se de utilizar madeira que não foi quimicamente tratada, pois os químicos podem fazer mal às minhocas, além de infiltrar no seu composto.
As caixas de plástico empilháveis, ou baldes também podem ser usados, devendo ser opaco para bloquear a luz. É necessário que as caixas sejam perfeitamente empilháveis, encaixando facilmente umas nas outras, sendo as duas de cima as digestoras e a de baixo a coletora. A última de cima precisa ter uma tampa. As dimensões das caixas podem variar com o tamanho da família e do local disponível para armazenar as caixas. Para um local pequeno é mais comum que se use as de 15 litros, com dimensões de 43 cm X 35 cm X 43 cm, ideal para casas com até três pessoas, com capacidade de 0,5 litro orgânico por dia. Para ampliação de sua capacidade, acrescente caixas digestoras extras.

Ilustração: Larissa Kimie/Portal eCyle
O ideal é empilhar três ou mais caixas, pois enquanto uma é alimentada com resíduos, a outra vai realizando o processo de decomposição e assim alternadamente (caixas digestoras), a última será para coletar o biofertilizante (caixa coletora).
Para fazer a composteira é necessário fazer de 50 a 100 furos (varia conforme tamanho da caixa) de quatro a seis milímetros de diâmetro no fundo das duas caixas digestoras. Utilize uma furadeira. Na tampa, é preciso fazer uma fileira com três furos em cada lateral com o diâmetro de 1 milímetro (mm) a uma distância de dois centímetros (cm) entre eles (atenção para que os furos não sejam feitos sobre o encaixe da tampa!). Na parte lateral e superior das caixas digestoras, faça furos em todo o contorno seguindo as mesmas medidas. É importante respeitar essas medidas porque são suficientemente largas para a evasão dos vapores e pequenas o bastante para que as minhocas não fujam.

A caixa coletora de biofertilizante pode conter uma torneira para saída do líquido ou este pode ser retirado manualmente. O biofertilizante rico em nutrientes, pode ser diluído à uma proporção de 1/5 até 1/10, e ser borrifado nas folhas de sua horta caseira ou nas plantas de sua casa. Compre uma torneira do tipo bebedouro, meça seu diâmetro e faça um furo circular na parte inferior da caixa coletora (última debaixo) do tamanho que seja possível encaixar a torneira.
É útil colocar um pedaço de tijolo que sirva de escada caso as minhocas desçam até essa caixa de baixo, para que não se afoguem no chorume. É importante saber que as minhocas nunca descem da caixa, sempre sobem - se isso aconteceu é porque o ambiente de uma das caixas digestoras não está saudável, então é necessário verificar qual foi o erro.
Coloque a composteira em um local fresco e ventilado para que ele não superaqueça.
Faça a cama das minhocas
Adicione uma camada de dez centímetros de húmus de minhoca no chão da primeira caixa digestora.
Adicione as minhocas
Adquira minhocas californianas (Eisenia hortensis) para sua composteira caseira. Cerca de 450 gramas de minhocas desse tipo é o ideal para começar.
Não se preocupe pois geralmente elas mesmas fazem o controle da população. Algumas pessoas podem ficar com nojo ou ter algum receio em ter tantas minhocas em casa, mas elas não exalam cheiro e muito menos transmitem doenças (veja mais na matéria "Entrevista: composteiras caseiras são higiênicas").
Alimente seus novos bichinhos
As minhocas precisam de uma dieta rica em restos de alimentos para se manterem saudáveis e produzirem adubo. Guarde seus resíduos em um pote fechado até a hora de adicionar ao sistema de compostagem, isso evita que mosquinhas coloquem seus ovos nesses alimentos.
O tamanho ideal dos resíduos alimentares é de um a cinco centímetros, ou uma trituração parcial, pois as partículas muito grandes levam mais tempo para se decompor.
No início, alimente-as apenas um vez por semana com pequenas porções acumuladas em um canto. Sempre após acrescentar o material orgânico cubra os alimentos com serragem ou folhas secas, em uma proporção de 1:3 respectivamente. Depois disso, você pode inserir resíduos em pequenas porções com mais frequência.
A composteira caseira pode receber restos de vegetais e de frutas, vários tipos de grãos, folhas de chá, borra de café e cascas de ovos. Misture o material orgânico ao alimentar as minhocas, o que afastará moscas. Se puder, triture o material orgânico antes de introduzi-lo na caixa de compostagem, isso fará com que as minhocas o comam mais rápido ao digerir alimentos menores. Saiba mais na matéria "Alimentando as minhocas na compostagem?".
Não alimente as minhocas com alimentos difíceis de digerir, por exemplo:
- Alimentos cítricos (não devem compor mais que 1/5 da dieta);
- Carne;
- Gorduras ou restos de alimentos gordurosos;
- Laticínios;
- Fezes caninas ou felinas;
- Galhos, sejam eles grossos ou finos;
Saiba o que deve ou não ir na composteira lendo a matéria "O que pode colocar na composteira?".
Não alimente demais suas minhocas. Se você der mais alimento do que elas conseguem digerir o recipiente irá começar a exalar mau cheiro devido à decomposição por meio dos micro-organismos, fazendo o sistema superaquecer, matando seus bichinhos.
Realize a manutenção periódica da composteira
O processo não acaba ao inserir os resíduos, sua composteira precisa de cuidados para resultar em minhocas saudáveis e um bom funcionamento do sistema. A aeração é um fator importantíssimo na vermicomposteira, deve-se mexer o material orgânico periodicamente. A primeira aeração deve ocorrer na fase termofílica, ou seja, quando o material orgânico estiver quente. Após aproximadamente 15 dias do começo da compostagem revire o material orgânico e depois repita o procedimento cerca de uma vez por semana.
Sem a presença de oxigênio há um atraso na decomposição dos resíduos e a produção de maus odores como gás sulfídrico e compostos com enxofre que atraem moscas. Caso isso ocorra revolva mais vezes a caixa com o material orgânico e pare de acrescentar resíduos até o sistema voltar ao normal.
Leva aproximadamente um mês para que a caixa superior fique cheia: quando isso acontecer, troque-a com a caixa intermediária, que deve ter tido um cuidado anterior - a colocação de dois dedos de terra misturada com serragem, fazendo a vez de cama para as minhocas.
Nessa segunda caixa, elas devem se sentir mais seguras, já que não há alterações de temperatura e nem de umidade. É um ambiente estável para a fuga das minhocas caso haja algum problema na caixa de cima. Deixe essa caixa descansando até que a caixa intermediária, que agora ocupou o lugar da superior, encha por completo, isto é, um mês para a caixa do topo encher e outro mês para a do meio ficar descansando e produzindo húmus.
A caixa coletora (próxima ao chão) deve ser esvaziada, ou ter seu líquido coletado pela torneirinha, semanalmente. Se este chorume não for drenado ocasionalmente os fluidos se acumulam, tornando o sistema anaeróbio (sem a presença de oxigênio), produzindo odores e toxinas que podem eventualmente exterminar as pobres minhocas.
A umidade também é um fator que deve ser observado constantemente, o material não pode estar nem encharcado nem seco, a umidade deve estar entra 55% e 60% e pode ser controlada com serragem (saiba mais na matéria "Umidade dentro das composteiras: fator muito importante").
A minhocas necessitam de um ambiente de pH compreendido entre 5 e 8 - fora desse intervalo, pode haver diminuição da sua atividade (veja outros detalhes na matéria "Qual é a influência do pH na compostagem?");
O metabolismo das minhocas fica baixo em temperaturas inferiores a 15°C; mais frio do que isso elas morrem; e em temperaturas altas, também (saiba mais na matéria "Condições básicas para manutenção de composteiras: temperatura e umidade").
A relação carbono nitrogênio deve ser equilibrada, por exemplo, estercos e restos de comida são ricos em nitrogênio e as folhas e serragens são ricas em carbono. Geralmente, ao se colocar uma quantidade de restos de alimentos, é colocada três vezes essa quantidade em serragem ou folhas secas (saiba mais detalhes na matéria "Saiba equilibrar a relação entre carbono e nitrogênio na compostagem").
Com o passar do tempo, a caixa digestora intermediária irá se encher de húmus, chegando bem próxima à caixa de cima. A partir de então, as minhocas passarão para o outro recipiente e você poderá repetir o processo, agora com a caixa superior. Quando isso ocorrer, espere o processamento completo do húmus e a migração total das minhocas para a caixa superior. Quando isso ocorrer, retire o húmus da caixa intermediária e a inverta de posição com a que estava na parte de cima. Utilize o húmus para fortificar suas plantas e repita o processo.
Recolha e utilize o húmus e o chorume
O tempo necessário para a degradação da matéria orgânica na composteira depende de diversos fatores, que se deve ter uma atenção especial para obter os melhores resultados da compostagem. Geralmente com os fatores ótimos do meio da composteira, a compostagem acontece entre dois a três meses.
Quando pronto, o composto tem coloração escura, de cinza a preta. Teste em suas mãos a umidade deste composto, pegue uma amostra e molde-a com os dedos e esfregue-a contra palma da mão - se sua mão ficar limpa e o material se desfizer em pedaços, o composto está cru; se parte ficar na mão, deixando mancha como de café, o composto está semicurado; se sua mão ficar bem suja, o composto estará curado.
Algumas minhocas podem morrer, mas não tem problema, elas devem ter se multiplicado bastante até esse momento.
Abra a caixa na luz do dia e espere alguns minutos para que as minhocas desçam para outra caixa (elas não gostam de luminosidade). Retire o húmus superficial e espere mais alguns minutos para retirar outra camada.
Utilize esse adubo orgânico rico em nutrientes nas suas plantas ou horta caseira e veja a diferença no crescimento das plantas!
Para retirar o chorume, é só abrir a torneira. Dilua-o em água na proporção de uma parte de chorume para dez partes de água e utilize como adubo líquido. Para repelir pragas da hortas, dilua-o em água na proporção meio a meio e aplique nas folhas quando o sol estiver baixo.
Agora é só repetir todo o processo novamente. Veja o vídeo ensinando como fazer uma composteira de minh
domingo, 20 de julho de 2025
Agro Saúde e Cooperação - Produção de Macroalgas
sexta-feira, 18 de julho de 2025
Biofertilizante feito com farinha de peixe aumenta
produção de morangos de agricultora
Foto: MFX/Secom/SC
Fonte: OCP News
Por: Isabelle
Stringari Ribeiro
08/06/2025 - 14:06 - Atualizada em: 08/06/2025 - 14:13
Na Semana do Meio Ambiente, celebrada em junho, uma história
que reúne ciência, sustentabilidade, qualidade de vida e geração de renda ganha
destaque em Santa Catarina. Trata-se do trabalho de Vilma Fontanive Reichert,
57 anos, moradora de Luiz Alves, que apostou no cultivo de morangos em sistema
suspenso e protegido com o apoio da Epagri. A produção ganhou novo fôlego com o
uso de um biofertiliante aeróbico desenvolvido pela Estação Experimental da
Epagri de Itajaí e apresentado recentemente no TecnoHorti 2025.
Vilma iniciou o cultivo há seis anos, buscando uma atividade
que complementasse sua renda após a aposentadoria sem exigir esforço físico
excessivo. Com a orientação técnica da Epagri e motivada pelos bons resultados,
ela já planeja dobrar a produção em 2026 com a construção de mais um abrigo.
“Não tem comparação. Sem o biofertilizante, a planta demora mais a produzir e
produz menos morangos porque dá menos flor”, relata.
Uso do biofertilizante resolveu o
problema de ácaro na plantação de morangos de uma forma ecológica – – Foto:
MFX/Secom/SC
O biofertilizante usado por Vilma foi destaque no TecnoHorti
2025, evento realizado no dia 3 de junho na Estação Experimental da Epagri em
Itajaí. Apesar do frio e da chuva, mais de 500 pessoas compareceram para
conhecer as inovações da pesquisa catarinense na produção de hortaliças
orgânicas. Um dos coordenadores do evento, pesquisador Alexandre Visconti,
apresentou o bioinsumo e também demonstrou o sistema de termoterapia para
desinfecção de substratos.
O produto, fabricado a partir de farinha de peixe, amido de
milho e de mandioca, açúcar, farelo de arroz, esterco e água, é fermentado com
bombeamento de oxigênio contínuo por até oito dias. Na propriedade de Vilma,
são fabricados 200 litros por mês. Ela aplica o produto por gotejamento, o que
garante mais vigor às plantas, prolonga o ciclo produtivo e reduz a incidência
de pragas e doenças.
“Aqui a gente tinha muito problema de ácaro. Desde que
comecei a usar esse fertilizante da Epagri, os bichinhos sumiram”, comemora. No
abrigo de 400m2, a produtora tem 2.700 mudas. Durante o auge da safra, ela
planta de 70kg a 80kg por mês e fornece para particulares, padarias,
lanchonetes e creches do município.
Tecnologias para produção orgânica
Durante o TecnoHorti 2025, outras experiências como a de
Vilma também mostraram o impacto positivo da pesquisa da Epagri no campo.
Produtores como Josnei Nowak, de Três Barras, e Fabiana Barros, de
Massaranduba, relataram os benefícios do cultivo protegido e do uso de
bioinsumos em suas propriedades, tanto para a saúde quanto para a renda
familiar.
O cultivo suspenso de hortaliças
foi outra inovação apresentada no evento que humaniza o trabalho no campo –
Foto: Renata Rosa/Epagri/Fapesc
O evento apresentou as seguintes tecnologias desenvolvidas
pela pesquisa da Epagri para auxiliar os produtores catarinenses de hortaliças
orgânicas:
- Compostagem
– mostrou como resíduos agrícolas são transformados em adubo orgânico de
alta qualidade;
- Mudas
Orgânicas – atendendo à nova exigência das Normas da Produção Orgânica no
Brasil, válidas a partir de 2026;
- Biofertilizantes
Aeróbicos – fermentado líquido que promove o crescimento das plantas e o
controle de doenças do solo;
- Cultivares
Orgânicos da Epagri – variedades como a alface Litorânea, o tomate Kaiçara
e novos materiais em desenvolvimento (pimentões, tomate cereja, rúcula e
alface de inverno).
- Sistema
de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH) – tecnologia consagrada para o
manejo sustentável do solo;
- Cultivo
Suspenso de Hortaliças – inovação que valoriza a ergonomia e humaniza o
trabalho no campo.
Além das visitas, o TecnoHorti 2025 contou com palestras
técnicas ministradas por especialistas de empresas parceiras, com temas
alinhados à produção orgânica e ao uso responsável dos recursos naturais
Visconti ressalta que a integração entre pesquisa agropecuária, extensão rural e produtores reforça o papel estratégico da ciência no enfrentamento de desafios como a segurança alimentar, a sucessão familiar e a preservação ambiental. “Em plena Semana do Meio Ambiente, essas histórias demonstram que a sustentabilidade no campo passa por inovação, parceria e protagonismo da agricultura familiar”, diz ele.
quinta-feira, 17 de julho de 2025
Produção de macroalga Kappaphycus alvarezii cresce em SC e movimenta R$ 10,8 milhões
fonte porRedação SC
13 de julho de 2025
A terceira safra da macroalga Kappaphycus alvarezii em
Santa Catarina, encerrada em maio de 2024, confirmou o crescimento da nova
cadeia produtiva no litoral catarinense. Foram comercializadas mais de 700
toneladas de algas in natura, gerando mais de R$ 10,8 milhões com a produção de
biofertilizante. A safra envolveu produtores de nove municípios e reforçou o
potencial econômico da atividade, que surgiu como alternativa para os
maricultores impactados pela queda na produção de moluscos.
Descompasso entre produção e processamento gerou perdas
Apesar do crescimento expressivo, parte da produção não foi
comercializada. Dos 1.154,95 toneladas colhidas, 260,40 toneladas não
encontraram comprador e 143,46 toneladas se perderam por causa das chuvas.
Segundo o pesquisador Alex Alves dos Santos, da Epagri/Cedap, isso ocorreu
porque a única empresa que atuava na transformação da alga em biofertilizante
não conseguia absorver toda a oferta, processando apenas 6 toneladas por dia,
contra a oferta de 10 a 15 toneladas diárias pelos produtores.
- Capacidade
de processamento em 2023/24: 6 t/dia
- Capacidade
de produção dos produtores: 10 a 15 t/dia
- Produção
total da safra: 1.154,95 toneladas
- Comercialização
efetiva: 751,09 toneladas
- Preço
médio da alga in natura: R$ 2,80/kg
- Biofertilizante
vendido: 600.872 litros a R$ 18/litro
Investimento na safra 2024/25 amplia capacidade
industrial
Para evitar novas perdas, a capacidade de processamento de
biofertilizante será ampliada para 35 toneladas por dia na safra 2024/25, com a
atuação de três empresas no lugar de apenas uma. A expectativa é de que a nova
estrutura atenda melhor ao crescimento da produção e garanta renda estável aos
maricultores.
A macroalga Kappaphycus alvarezii tornou-se
uma alternativa viável de renda para os produtores, especialmente diante da
retração do setor de moluscos. A produtividade média foi de 28,55 toneladas por
hectare, com destaque para os produtores de Florianópolis, Palhoça, Bombinhas e
Biguaçu.
Biomassa tem potencial além do biofertilizante
Além da aplicação como biofertilizante, a alga oferece
potencial em outras áreas: biotecnologia, pecuária, mercado de créditos de
carbono e alimentação animal. Após a extração do biofertilizante, 4% do volume
restante — rico em carragenana e probióticos — é aproveitado para adubar o solo
e alimentar suínos, aves e bovinos. A única limitação para a comercialização
desse subproduto é a secagem eficiente, ainda em fase de testes por uma das
empresas atuantes.
Produção ainda enfrenta desafios para consolidação
A cadeia da macroalga, aprovada para cultivo comercial em 2020, ainda enfrenta obstáculos típicos de uma atividade emergente. Segundo Alex, é necessário avançar na organização da produção, ampliar as plantas processadoras, diversificar os usos do produto e fortalecer os canais de comercialização. A pesquisa da Epagri e da UFSC, que durou mais de uma década, continua sendo essencial para o aprimoramento da cadeia produtiva.
quinta-feira, 3 de julho de 2025
Novo bioinsumo da Embrapa promete pastagens mais produtivas e menor uso de fertilizantes!!
Tecnologia combina bactérias para aumentar biomassa, recuperar áreas degradadas e reduzir emissões na pecuária.
por Luis Roberto Toledo FONTE CANAL RURAL
Foto: Embrapa
Um novo bioinsumo desenvolvido
pela Embrapa Agrobiologia (RJ) em parceria com a empresa Agrocete promete
aumentar a produtividade e melhorar a qualidade das pastagens brasileiras, além
de reduzir o uso de fertilizantes químicos. O produto, que deve chegar ao
mercado em 2026, combina três estirpes bacterianas que promovem o crescimento
vegetal e podem ser aplicadas em diferentes tipos de pastagens, incluindo
gramíneas.
De acordo com o pesquisador Bruno
Alves, da Embrapa Agrobiologia, o diferencial do novo inoculante está em
seu amplo espectro de ação. “Vai atender tanto ao pecuarista que maneja as
pastagens de modo tradicional, quanto àquele que pretende investir na mitigação
de gases de efeito estufa por meio do uso do consórcio da gramínea com a
leguminosa, ou mesmo ao produtor que investe na Integração Lavoura-Pecuária
(ILP)”, conta.
O inoculante multiforrageiras
reúne três microrganismos:
- Bradyrhizobium, conhecido pelo sucesso na
cultura da soja por sua capacidade de fixação biológica de nitrogênio;
- Azospirillum, que além de fixar nitrogênio
estimula o desenvolvimento de gramíneas;
- Nitrospirillum, em fase final de validação,
que apresentou alta eficiência no crescimento de raízes e na fixação de
nitrogênio em testes laboratoriais.
Para o pesquisador Jerri
Zilli, também da Embrapa Agrobiologia, o objetivo é garantir benefícios
mesmo em áreas sem leguminosas. “Em casa de vegetação, os resultados mostraram
aumento superior a 30% na biomassa da leguminosa com o uso do inoculante, o que
impulsionou os testes de campo e os planos de registro comercial”, destaca.
- Veja em primeira mão tudo sobre agricultura,
pecuária, economia e previsão do tempo: siga
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Ele acrescenta que, mesmo em
pastagens exclusivamente de gramíneas, como braquiária, o inoculante
proporciona economia na aplicação de nitrogênio, gerando ganho real ao
produtor.
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opera em alta após perdas recentes
A diretora da Agrocete, Andrea
Giroldo, afirma que o produto representa um avanço estratégico para o
mercado. “O fato de ser um inoculante multiforrageiras é determinante para o
desenvolvimento e comercialização do produto biológico. A possibilidade de
aplicá-lo em diferentes tipos de pastagens garante mais praticidade e economia
ao pecuarista”, avalia.
Atualmente, segundo a
Embrapa, 159 milhões de hectares do território brasileiro são
ocupados por pastagens, das quais 78% apresentam degradação intermediária a
severa. Isso equivale a cerca de 100 milhões de hectares de pastagens
degradadas. A tecnologia chega em um momento crítico, já que mais de 70 milhões
de hectares no país apresentam pastagens de baixa produtividade.
Além do impacto na produção, o
novo bioinsumo pode contribuir para a redução das emissões de gases de
efeito estufa (GEE) na pecuária brasileira.
Pesquisas da Embrapa indicam que a adoção de leguminosas em pastagens pode
reduzir de 20% a 30% as emissões de GEE, principalmente por diminuir o uso de
fertilizantes nitrogenados sintéticos. “Também contribui para reduzir as
emissões de gases de efeito estufa, configurando-se como um componente
essencial na transição para uma pecuária regenerativa”, afirma Alves.
O consórcio de leguminosas com
gramíneas, além de fixar nitrogênio atmosférico, melhora a fertilidade do solo,
amplia a biodiversidade e promove a circularidade dos nutrientes. Estudos
mostram que essas práticas podem sequestrar até 4,4 toneladas de carbono por
hectare ao ano, auxiliando na recuperação do carbono perdido com a mudança do
uso da terra.
Para a indústria, a nova
tecnologia representa uma solução sustentável e com grande potencial de
mercado. “Para expandir a produção bovina com menor impacto ambiental, é
essencial melhorar a qualidade e produtividade das pastagens sem aumentar os
custos para o pecuarista”, completa Giroldo.
O cronograma prevê o lançamento comercial do bioinsumo em 2026, após a conclusão dos estudos agronômicos de validação da eficácia e segurança no campo, conduzidos pela Embrapa e pela Agrocete. A expectativa é que o produto contribua para a pecuária regenerativa, fortaleça a sustentabilidade e gere economia aos produtores.
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