Sapiranga ou Araçá Mulato ( Eugenia multicostata )
Árvore frutífera de médio porte, lento crescimento e grande altura nativa da Mata Atlântica, encontrada com certa dificuldade na natureza. Produz belos frutos costatos de casca fina de cor vermelha-alaranjada. Com polpa carnosa, suculenta e de agradável sabor acidulado, são muito apreciados. Ótimos para consumo in-natura, sucos e geleias.
Árvore ornamental também conhecido como Pau Alazão ou Pau Mulato, apresenta tronco escultural de cores intensas e bela folhagem. Sua madeira de excelente qualidade, levou a espécie a quase extinção. As mudas plantadas começam a frutificar em 5 a 6 anos após o plantio.
Espécie de crescimento moderado, deve ser plantada preferencialmente a meia sombra. Gosta de solos férteis e úmidos, com boa drenagem.
Obs.: As imagens desta postagem são do nosso amigo Fábio Longen, grande preservacionista do Estado de Santa Catarina, Brasil com sua permissão.
Mudas desta espécie são comercializadas sazonalmente pela Ciprest. www.ciprest.com.br
Vitaminas, sais minerais, fibras, água e antioxidantes – as frutas do outono têm propriedades milagrosas, tanto para a saúde – evitando os resfriados, comuns nesta época do ano, como para a beleza – diminuindo o envelhecimento da pele. Boa parte das cascas destes alimentos também pode ser consumida, principalmente em doces e sucos.
Abacaxi Comum em quase todas as épocas do ano, o abacaxi também aparece nos meses que antecedem o inverno. A fruta regula o colesterol, acelera a cicatrização e concentra altas taxas de vitamina C, betacaroteno e minerais.
Com as cascas do abacaxi, é possível preparar conservas, doces e também um chá, capaz de melhorar quadros de resfriados, gripes e doenças respiratórias que se alastram mais facilmente nestes meses. Ao preparar a bebida, troque o açúcar pelo mel – além de ser natural, a substância tem mais eficácia no tratamento caseiro das indisposições do sistema respiratório.
Mamão A fruta é um milagroso remédio para o sistema digestivo. Muito rico em fibras, o mamão regula o funcionamento do intestino e previne constipações e prisão de ventre. Além disso, devido ao fato de ter altas concentrações de ácido fólico, a fruta ajuda a manter os ossos fortes e previne a osteoporose.
De acordo com a revista Health, o mamão ajuda no tratamento da sinusite, pois contém bromelina, uma substância que diminui o muco e a inflamação. Assim como o abacaxi, as cascas do mamão também podem ser aproveitadas no preparo de doces.
Excelente aliada à prevenção de gripes e resfriados, a goiaba é um dos alimentos que mais concentram vitamina C – superando em quatro a cinco vezes os níveis encontrados na laranja. Além disso, a fruta é uma excelente fonte de fósforo, vitaminas, sais minerais e ferro.
Consumir duas ou três goiabas por dia pode ser uma boa saída para quem deseja largar o cigarro – já que os altos níveis de vitamina C neutralizam os efeitos da nicotina. A goiaba tem índices mínimos de gordura, e, por isso, não deve preocupar as pessoas que fazem dietas.
Assim como as frutas listadas, a goiaba pode ser usada em totalidade – suas cascas podem dar origem a sucos e até pudins e biscoitos caseiros.
Quem
tem casa na praia sabe que muitas plantas perfeitamente adaptadas às
condições urbanas “distantes do mar”, não aguentam o solo arenoso, a
maresia ou o vento marítimo. Além disso, as espécies ideais para um
jardim no litoral do nordeste podem não ser as mesmas indicadas para o
cultivo no extremo sul do país.
Assim, a regra é optar por plantas
nativas da respectiva região para a composição de um jardim litorâneo.
Desta forma, coníferas, azaleias, rododendros, hortênsias, íris,
glicínias e todas as variedades típicas de climas frios devem ser
evitadas, pois terão seu desenvolvimento prejudicado, com floração menos
expressiva, por exemplo. Outra dica é eleger espécies com florada no
verão, para que se possa apreciar a beleza das flores na época em que
mais se desfruta das praias.
Veja boas espécies para um jardim à beira-mar e saiba como cultivá-las
O
local onde o jardim será implantado também é importante: terrenos
baixos, que podem ser invadidos pela maré, comprometem o resultado
final, sendo necessário elevá-los e /ou dotá-los de elementos de
contenção. Além disso, adequações do substrato podem ser necessárias,
bem como do regime de regas e adubação.
Solo arenoso
Em
princípio, quando falamos de jardins à beira-mar, tratamos de solos
arenosos. Portanto é mais adequado dar preferência a espécies que sejam
bem adaptadas a este tipo de substrato ou, ao menos, tolerantes a tal
condição.
Para cultivar plantas que preferem terrenos argilosos, deve-se
substituir o solo das áreas de plantio - o que tem custos financeiro e
ambiental muito maiores e resultado estético potencialmente inferior.
Alternativas
são a adição de terra argilosa e muita matéria orgânica para manter a
umidade por mais tempo e, em conjunto, aplicar adubos que contenham
macros e micronutrientes com o cálcio (Ca) já disponível. Assim o
próprio insumo promove a correção do pH.
Vento salino
Há
grande variação da incidência de ventos nas diversas regiões do litoral
brasileiro, mas onde as rajadas são mais intensas, as plantas devem
estar mais preparadas para essa condição, pois a exposição ao vento pode
provocar rápida desidratação em plantas não-adaptadas, com um
agravante: o “spray” salino (maresia) intensifica processo da perda de
água.
Espécies que se adaptam ao vento litorâneo geralmente
apresentam camada de cera protetora nas folhas; espessamento da
estrutura (para maior acúmulo de água em seu interior); forma mais
compacta/ modificada e/ou a redução da superfície foliar (folhas
pequenas). Portanto, observe tais características ao escolher os
espécimes.
Regime de baixa manutenção
Muitas
vezes os jardins à beira-mar são instalados em casas de veraneio e a
manutenção tende a ser menos frequente e as inspeções mais esparsas.
Nesse caso, plantas delicadas ou mais exigentes quanto ao zelo não são
recomendáveis.
O uso de variedades mais rústicas facilita o trato
cotidiano e previne danos maiores se houver interrupções imprevistas dos
cuidados com o jardim, mesmo que mais prolongadas.
Fontes: Heloiza Rodrigues, bióloga e paisagista, e Marcos Malamut, paisagista.
COMPOSTOS BIOATIVOS EM FRUTAS NATIVAS AMARELAS – ARAÇÁ, GUABIROBA,
UVAIA, MARACUJÁ E BUTIÁ
Elisa dos Santos Pereira1
; Daniela Coelho dos Santos2
; Marina Vighi Schiavon3
; Priscila Cardoso Munhoz4
; Márcia Vizzotto5
1
Graduanda em Nutrição , Universidade Federal de Pelotas, lisaspereira@gmail.com
2
Graduanda em Nutrição, Universidade Federal de Pelotas, danielacoelho.nutri@gmail.com
3
Graduada em Química de Alimentos, Universidade Federal de Pelotas, marina.vighi@gmail.com
4
Graduanda em Viticultura e Enologia, Universidade Federal de Pelotas, prika.c.m@hotmail.com
5
Eng. Agro, Pesquisadora, Embrapa Clima Temperado, Br 392, Km 78, Pelotas – RS, marcia.vizzotto@embrapa.br
Dentre a grande biodiversidade existente nos biomas brasileiros, encontram-se as fruteiras nativas. Esses
frutos apresentam um potencial de mercado interessante, além da exploração para o consumo in natura ou
na forma de sucos, geléias, doces, licores e outros produtos. As frutas nativas, em sua grande maioria, são
anticancerígenos, são capazes de diminuir a concentração de radicais livres no organismo inibindo a oxidação
celular. Devido a essa ação, estudos epidemiológicos evidenciam que esses compostos possuem capacidade
de combater e prevenir doenças crônicas, incluindo doença cardíaca coronária, câncer de próstata, diabetes,
a população está mais consciente quanto à necessidade de incluir frutas na dieta, principalmente frescas
onde suas características sensoriais são preservadas.
O presente trabalho tem por objetivo caracterizar os
compostos antioxidantes presentes em frutas nativas de coloração amarela. As frutas foram coletadas no
campo experimental da Embrapa Clima Temperado e imediatamente levadas para o Laboratório de Ciência
e Tecnologia de Alimentos onde foram congeladas até o momento das análises. Foram feitas análises de
compostos fenólicos totais utilizando o reagente Folin-Ciocalteau, carotenóides e atividade antioxidante
total utilizando o radical estável DPPH.
As cinco espécies analisadas foram uvaia, maracujá (casca+polpa) e
maracujá (semente), guabiroba, butiá e araçá amarelo. A fruta que mais se destacou pela alta concentração
de compostos fenólicos foi a guabiroba (2783,3mg do equivalente em ácido clorogênico/100g de amostra
fresca), seguido do butiá (636,0 mg do equivalente em ácido clorogênico/100g de amostra fresca) e do araçá
amarelo (410,3 mg do equivalente em ácido clorogênico/100g de amostra fresca). A menor concentração de
compostos fenólicos foi observada na uvaia e no maracujá, tanto na polpa+casca como na semente. A semente
do maracujá, mesmo estando entre os menores valores, foi a parte da fruta que apresentou valores mais
elevados de compostos fenólicos.
No entanto, os carotenóides não foram encontrados no maracujá analisado
de amostra fresca) foi superior a todos os outros frutos, seguido da guabiroba (7,5 mg do equivalente em foi a fruta que mais se destacou pela sua atividade antioxidante, sendo essa mais de duas vezes superior a do
de compostos bioativos e na atividade antioxidante das diferentes frutas nativas de coloração amarela. A
guabiroba é uma fruta de destaque pela elevada concentração de compostos fenólicos e elevada atividade
antioxidante.
A grumixama pode não ser um nome comum nas quitandas e supermercados brasileiros, mas deveria: repleta de substâncias antioxidantes, ela apresenta compostos que poderão ser usados na formulação de antibióticos, anti-inflamatórios e cosméticos, como protetores solares.
As pesquisas que demonstram tamanho potencial farmacológico são desenvolvidas em Ajapi, na propriedade de Sergio Sartori, que há 16 anos dedica-se, além da medicina, ao cultivo de espécies diversas da flora brasileira e mundial.
São 1,8 mil espécies de plantas frutíferas, muitas desconhecidas do público, mas genuinamente brasileiras, como a própria grumixama, nativa da mata atlântica.
Livro
O interesse pela fruta deu origem a um livro, escrito pelo próprio Sartori, que é lançado neste sábado no 8º Encontro Brasileiro de Frutas Raras, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), junto a outros livros da série "Frutas da Mata Atlântica", desenvolvida pela Associação Brasileira de Frutas Raras. Além da grumixama, a série traz dez livros com os títulos: Biribá, Cabeludinha, Cambucá, Cambuci, Cerejeira do Rio Grande, Grumixama, Guabijuzeiro, Jaracatiá, Pitangatuba e Pitomba, todos escritos por associados da ABFR com coordenação de Luiz Carlos Donadio e do próprio Sartori. Os livros podem ser adquiridos na Banca da Matriz, localizada na Rua 6 com a Avenida 3, ao valor de R$ 12 cada exemplar
MAIS SOBRE A GRUMIXAMA
A cereja da Mata Atlântica
foto de Ricardo Cardim
Nativa da Mata Atlântica a Grumixama é uma árvore de porte médio, altamente resistente à variação climática, que ocorre do sul da Bahia até Santa Catarina.
É uma árvore elegante com flores brancas de muito perfume, dotada de copa densa e estreita. Quando adulta, pode alcançar até 15 metros de altura.
A madeira é própria para obras de marcenaria comum, carpintaria e forros. Podem também ser utilizadas para preparar sucos, licores, aguardentes, vinagres e doces (Veja abaixo receita de Cheescake).
Acredita-se que a Grumixama é rica em antioxidantes e tem alto teor de vitamina C, do complexo B (B1 e B2) e flavonoides. Pode ser usada como expectorante para cessar a tosse, quando feito um xarope com a sua casca e um pouco de mel.
A origem do nome Grumixama, segundo o vocabulário Tupi-Guarani, provém de “guamichã”: o que pega na língua. A fruta deve “pegar na língua” por ser bastante palatável e com sabor inigualável, misto de pitanga e jabuticaba.
Na época de frutificação (novembro-dezembro) são as árvores repletas de frutos que fazem o convite para o início da festa das crianças e também dos adultos, que depois experimentar in natura várias frutinhas (é impossível comer uma só!) ainda levam mais um pouco para casa.
Como toda frutífera nativa a grumixama serve como alimento para a fauna e, apesar do seu crescimento lento, é muito utilizada nos projetos de restauração florestal.
Neste Natal, enquanto a natureza nos mostra cada dia mais que devemos valorizar a nossa biodiversidade, a Apremavi convida você a apreciar a beleza e os sabores da Mata Atlântica.
Grumixama
Nome científico: Eugenia brasiliensis Lam. Família: Myrtaceae Utilização: Madeira utilizada para obras de torno, carpintaria. Bom potencial para paisagismo. Bastante cultivada para produção de frutos, que são saborosos e consumidos principalmente ao natural. São atrativos para a avifauna. Época de coleta de sementes: Novembro a dezembro. Coleta de sementes: Diretamente da árvore ou no chão após a queda dos frutos. Fruto: Amarelo, vermelho ou preto carnoso. Flor: Branca. Crescimento da muda: Médio. Germinação: Normal. Plantio: Mata ciliar, área aberta.