domingo, 27 de novembro de 2016

Horta - como plantar Alho Poró (Allium porrum)

Horta - como plantar Alho Poró (Allium porrum )



Alho Poró é uma herbácea de cultura bienal e pouco calórica. Também chamado de alho-porro ou alho-porró. É uma planta bienal apesar de, geralmente, cultivada como uma planta anual. Cresce melhor em clima ameno, com temperaturas variando entre 13°C e 24°C. Tendo-se o cuidado de manter o solo sempre únido, o alho poró se permite plantar em regiões de clima mais quente. Interessante característica é que essa planta é resistente à baixas temperaturas.

No primeiro ano, produz apenas folhas, já no segundo ano começam a surgir flores de diferentes cores. São plantas muito resistentes e rústicas, cuja parte comestível, o talo, se apresenta cilíndrico e estiolado, tendo a base dilatada.

O Alho Poró é, sem dúvida, um acompanhamento delicioso na preparação dos mais variados guisados e refogados e também pode ser apreciado em sopas e em saladas, pois combina muito bem com o tomate e o pepino. Este é um vegetal que apresenta uma boa fonte de potássio, ferro, proteínas, cálcio e fósforo. É muito rico em vitamina A, B1, B2, C e E; e apresenta baixos níveis de calorias.

Esta variedade é muito utilizada, assim, como o alho, porém é uma planta mais doce e macia. O pseudocaule é formado por camadas de bainhas de suas folhas, e é este pseudocaule que é utilizado como alimento. É também conhecido como alho francês e é um vegetal que, à semelhança das cebolas e outros tipos de alhos, pertence à família Alliaceae.

Como plantar o Alho Poró 

1. O plantio de alho-poró pode ser feito por sementeiras ou já em seu local definitivo, em covas de aproximadamente 1 cm de profundidade e com 10 cm de distância entre elas.

2. EStando entre 10 a 20 cm de altura, cerca de dois meses após a semeadura, deve ser realizado o transplante para o local definitivo.

3. O plantio em regiões quentes é indicado nos meses de fevereiro a junho. Em locais frios, pode ser cultivado em todas as épocas do ano.

4. Quando plantadas em mudas, estas devem ficar quase totalmente enterradas no solo, apresentando somente a folhagem visível.

5. É uma planta que gosta e que necessita de luz solar direta por, pelo menos, por algumas horas diariamente.

6. Deve-se respeitar um espaçamento de 30 a 50 cm entre as linhas e de 15 a 20 cm entre as plantas.

7. Faça uma análise prévia do solo e prepare-o de forma que apresente boa drenagem, além de apresentar características ideias de fertilidade, matéria orgânica e pH entre 6 a 6,8.

8. Evite encharcamentos ao irrigar. Apenas mantenha o solo sempre úmido.

9. Faça a limpeza do local, quando e se necessário for, retirando as plantas invasoras.

10. Se optar por plantar o alho-poró ou alho-porro em vasos, escolha aqueles com 25 cm de profundidade no mínimo.

11. De 120 e 150 dias após o plantio, dependendo do cultivar e das condições de cultivo, pode-se realizar a colheita do alho. Escolha as plantas que apresentarem pseudocaules com 2,5 a 4 cm de diâmetro e arranque-as por inteiro.

Aperfeiçoamento na avaliação de árvores

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Como plantar uma muda de forma certa





Plantando sua primeira muda, veja como ter sucesso e qualidade no Pomar
Mais um vídeo ensinando a como plantar sua primeira muda, muito importante para o sucesso do seu pomar
Fique por dentro, aprenda siga os links atualizados abaixo
Plantar + Cultivar + Colher + Florescer = Qualidade de Vida 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Adubo Orgânico para a Lavoura - BIO JUCA

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tio JUCA

Agricultores substituem agrotóxicos por biofertilizantes.
Reportagem: Danuza Mattiazzi – Vida Orgânica
Fotos: Dilenio Enderle – Vida Orgânica

A agricultura orgânica não utiliza nenhum pesticida e fertilizante sintético. Como combater, então, possíveis pragas na lavoura e falta de nutrientes no solo, e ainda manter a produtividade sem aditivos químicos? Através dos biofertilizantes, adubos feitos de matéria orgânica vegetal. Eles nutrem o solo e deixam as árvores e plantas até mais saudáveis, segundo o agricultor Eliseu Rosa da Silva.
Em 1997, ele trocou os fertilizantes sintéticos do Sítio do Tio Juca, em Porto Alegre, por um insumo feito de esterco de animais, como galinha e cavalo. Há cinco anos, aprimorou o adubo, que passou a ser feito a partir de matéria vegetal: frutas e folhas que caem das árvores e resíduos vegetais retirados da roça na limpeza periódica, como picão e caruru.
O adubo orgânico do sítio faz com que os restos da roça voltem para ela em forma de nutrientes. A matéria vegetal é colocada em um tonel de 200 litros. Ali, fermenta e se transforma em uma massa que, no décimo dia, recebe água com cinzas para melhor retirada dos nutrientes. Em um ou dois meses, o composto está pronto.
As partes sólida e líquida são separadas. A massa recebe um pouco da cama de cavalo com serragem e é misturada no solo com cuidado, sem revirar muito a terra. “A camada superior do solo deve continuar em cima, porque já tem os micro-organismos necessários à planta”, explica o agricultor. O chorume é colocado em outro tonel, onde fermenta por mais alguns dias. Depois, é aplicado no pé das árvores e no canteiro da horta de legumes.
O biofertilizante do sítio não tem certificação que ateste a organicidade, mas é reconhecido pela Emater/RS como produto de qualidade. Eliseu ressalta que não foram realizados ainda estudos técnicos, mas que, por somente utilizar produtos da própria roça orgânica na fabricação e não adicionar nenhum produto químico à fermentação, é um insumo ecológico. “Às vezes, falta um pouco de nitrogênio no solo durante o inverno, mas logo o frio passa e isso se resolve”, diz ele, que busca sempre interação com a natureza.
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“Os quero-queros ficam sempre ao meu lado quando estou lidando na roça, eles comem os insetos que atacam as plantas e, assim, ajudam na qualidade da produção. Comem minhocas também, o que não é muito bom porque elas são essenciais ao solo, mas fazer o quê, eles são meus companheiros e também não comem todas elas”, conta o agricultor, sorrindo.
Eliseu – ou Juca, como é mais conhecido – se orgulha em dizer que não utiliza implementos agrícolas há quinze anos: “Os meus implementos são a inchada, a pá… Entro com meu corpo e o biofertilizante, e a produtividade é igual”. Ele defende um solo sadio e diz que o adubo orgânico garante isso: “O fertilizante ecológico é matéria viva, é comida para os micro-organismos do solo. Os produtos industrializados matam esses ‘bichinhos’ da terra, porque não servem de alimento para eles. Com os micro-organismos, o solo fica rico e livre de doenças e as plantas ficam melhores”.
O cheiro do adubo orgânico, ele reconhece, é forte, mas ressalta: “O cheiro é ruim mas não tem veneno. É um trabalho bom, basta querer fazer, a gente se entusiasma com o que faz”. Outra possibilidade a partir da produção de biofertilizantes é a obtenção de gás metano, que se forma a partir da fermentação do chorume. Com a instalação de um biodigestor, pode ser feita a retirada do metano e, assim, a utilização do gás na cozinha e até em carros.
Fertilizantes orgânicos também podem ser encontrados no mercado de insumos agrícolas. Uma empresa de Feliz, na serra gaúcha, produz um biofertilizante há oito anos. O registro no Ministério da Agricultura e na Ecocert, certificadora de orgânicos, aconteceu há três anos e foi, então, quando a empresa começou a vender o produto.
“Desenvolvemos o adubo orgânico pela demanda. Uma empresa de alimentos orgânicos pediu que produzíssemos e hoje o produto vende igual ou até mais que o adubo sintético”, diz um dos diretores da empresa, Samuel Bach. Ele conta que grandes empresas e cooperativas passaram a comprar o fertilizante orgânico: “Já conseguimos fazer com que cerca de três mil produtores trocassem os sintéticos pelo orgânico”.
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Grandes vinícolas e a indústria fumageira também estão utilizando o biofertilizante, pela segurança alimentar e ambiental que ele oferece. Samuel explica que os países compradores pressionam as empresas brasileiras a usar o produto ecológico, mesmo na produção de vinhos convencionais, por exemplo. “Quem almeja incluir o seu produto no mercado nacional e internacional tem essa pressão. E isso acaba sendo bom para o meio ambiente e para a alimentação”, conclui o empresário.
Samuel não revela a forma de fabricação do Ecomaster, mas explica que é feito a partir da fermentação de matéria orgânica de origem vegetal e enriquecido com micronutrientes: “É um produto bastante completo”. O preço, segundo ele, é praticamente o mesmo do adubo convencional. Mas o custo para o agricultor sai um pouco mais elevado com a opção pelo biofertilizante, porque a dose a ser diluída precisa ser maior.
Para cem litros de água, são utilizados cem mililitros de insumo convencional. Se for orgânico, são necessários de um a dois litros para a mesma quantidade de água. “O adubo ecológico não é muito concentrado, mas é tão efetivo quanto o sintético. Se eu pudesse, venderia somente o produto orgânico”, revela o empresário.
Fonte:

sábado, 19 de novembro de 2016

Como cultivar morango




      O morango ou o morangueiro é uma planta híbrida que surgiu naturalmente na França durante o século XVIII, sendo resultante do cruzamento de duas espécies silvestres oriundas do continente americano, uma sendo a espécie Fragaria virginiana e a outra a espécie Fragaria chiloensis.
      O morango na realidade é um pseudocarpo, ou seja, um pseudofruto ou um falso fruto, uma vez que o morango é o resultado do crescimento do tecido do receptáculo que contém os ovários da flor. Os reais frutos de um morangosão as chamadas “sementes do morango“, que são frutos do tipo aquênio (um tipo de fruto seco), e que contêm uma única semente cada um. Cada flor tem muitos ovários e cada um gera, quando fertilizado, um aquênio.
      O morangueiro é uma planta perene de vida curta que atinge geralmente de 10 a 30 cm de altura. Suas folhas são trifoliadas, isto é, cada folha apresenta três folíolos, como um trevo, e também são comestíveis, especialmente quando as folhas são mais jovens. A planta inteira pode ser usada para fins medicinais.
morango
      Em relação ao clima, podem ser encontradas cultivares que crescem bem em diversas faixas de temperatura. Alguns podem ser cultivados em regiões mais quentes, sendo porém sempre necessário um período de baixas temperaturas durante o inverno. O ideal é que a temperatura não ultrapasse, em média, os 22°C durante a frutificação. Além disso, considera-se que dias ensolarados e noites frias levam a produção dos melhores morangos.
      Em regiões de clima temperado, subtropical ou tropical de altitude, o morango pode ser cultivado com relativa facilidade. Em regiões onde a temperatura não é baixa durante o inverno, as mudas de morango podem ser colocadas em um ambiente refrigerado a aproximadamente 4°C durante 15 a 20 dias, antes de serem plantadas.
      Grande parte das cultivares de morango são sensíveis ao fotoperíodo, ou seja, ao número de horas de luz em um dia. Entre estas, há cultivares de dias longos e cultivares de dias curtos. Cultivares de dias longos são adequados para regiões em altas latitudes, onde a duração do dia de luz varia consideravelmente durante o ano. Há cultivares que não são sensíveis ao fotoperíodo. É importante escolher cultivares adequadas a sua região.
      O morangueiro necessita de boa luminosidade para crescer bem, com pelo menos algumas horas de luz solar direta diariamente. Em regiões mais quentes, o morangueiro pode ser sombreado durante as horas mais quentes do dia. Contudo, quando cultivado sem luz solar direta pelo menos por algumas horas por dia, o morangueiro tende a produzir poucos morangos.
      O solo ideal para o plantio deve ser bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica. O pH ideal do solo situa-se entre 5,5 e 6,5.
      Quanto a irrigação, deve ser realizada de forma a manter o solo sempre úmido, porém, de uma forma que não o deixe encharcado.
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      O morango é normalmente plantado do fim do verão ao fim do outono, dependendo do clima da região (mais cedo em regiões mais frias e mais tarde em regiões mais quentes). As cultivares de dias longos, cultivadas em regiões de clima temperado, são também plantadas na primavera.
      O morango geralmente é plantado através de mudas oriundas dos estolhos (ou estolões) do morangueiro. O estolho ou estolão é um caule rastejante que cresce eventualmente lançando raízes e brotos, dando origem a novas plantas. Compre mudas de fornecedores no início da plantação e nos anos seguintes obtenha mudas dos estolhos destas plantas. Corte os estolhos para a retirada das mudas quando estas estão bem desenvolvidas, cortando na metade do comprimento entre os brotos (as mudas) em cada estolho. Alguns horticultores esperam as mudas enraizarem antes de separá-las da planta-mãe, outros cortam assim que os brotos nos estolhos têm de 3 a 5 folhas. O espaçamento pode ser de 20 a 35 cm entre as plantas.
      Outra maneira de propagar o morango é através de sementes. Este método é mais utilizado por pessoas interessadas em obter novas variedades de morango.
Por ser uma planta pequena e de raízes relativamente pouco profundas, o morangueiro pode ser facilmente cultivado emvasos e jardineiras.
      O morango também é bastante cultivado em sistemas hidropônicos.
Fruta-Morango
      Em canteiros é preciso cobrir o solo com cobertura morta ou com um plástico opaco com furos, para ajudar a controlar as plantas invasoras e para impedir que os morangos fiquem em contato direto com o solo. Há estudos que mostram que morangos cultivados em solo com cobertura morta apresentam mais alta concentração de açúcar, flavonoides e antocianinas, em comparação com os cultivados em solo coberto com plástico preto.
      Corte os estolhos assim que surgirem para induzir a planta a produzir mais morangos.
      Chegamos então a parte mais gostosa e esperada, a colheita. Os morangos devem ser colhidos quando estão maduros, diariamente ou a cada dois dias. Colha cortando o talo, sem tocar no morango.
      Os morangueiros são plantas perenes, mas produzem bem apenas por dois ou três anos. Assim, substitua as plantas a cada dois ou três anos. Alguns horticultores substituem as plantas todos os anos.
colheita morango
      Alguma dúvida em relação ao cultivo do morango? Deixe seu comentário!😉

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Grumixama, a surpresa de Natal da Mata Atlântica


Autor: Carolina Catia Schaffer. Publicado em 23/12/2013.
site:http://www.apremavi.org.br/noticias/apremavi/828/grumixama-a-surpresa-de-natal-da-mata-atlantica

Grumixamas maduras, prontas para colheita. Foto: Miriam Prochnow
No Natal da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) uma coisa é certa: não pode faltar aquela cesta cheia de frutas deliciosas colhidas direto do Jardim das Florestas. Dentre as opções que enchem os nossos olhos e também o dos pássaros está a Grumixama (Eugenia brasiliensis).

Nativa da Mata Atlântica a Grumixama é uma árvore de porte médio, altamente resistente à variação climática, que ocorre do sul da Bahia até Santa Catarina.

É uma árvore elegante com flores brancas de muito perfume, dotada de copa densa e estreita. Quando adulta, pode alcançar até 15 metros de altura.

A madeira é própria para obras de marcenaria comum, carpintaria e forros. Podem também ser utilizadas para preparar sucos, licores, aguardentes, vinagres e doces (Veja abaixo receita de Cheescake).

Acredita-se que a Grumixama é rica em antioxidantes e tem alto teor de vitamina C, do complexo B (B1 e B2) e flavonoides. Pode ser usada como expectorante para cessar a tosse, quando feito um xarope com a sua casca e um pouco de mel.

A origem do nome Grumixama, segundo o vocabulário Tupi-Guarani, provém de “guamichã”: o que pega na língua. A fruta deve “pegar na língua” por ser bastante palatável e com sabor inigualável, misto de pitanga e jabuticaba.

Na época de frutificação (novembro-dezembro) são as árvores repletas de frutos que fazem o convite para o início da festa das crianças e também dos adultos, que depois experimentar in natura várias frutinhas (é impossível comer uma só!) ainda levam mais um pouco para casa.

Como toda frutífera nativa a grumixama serve como alimento para a fauna e, apesar do seu crescimento lento, é muito utilizada nos projetos de restauração florestal.

Neste Natal, enquanto a natureza nos mostra cada dia mais que devemos valorizar a nossa biodiversidade, a Apremavi convida você a apreciar a beleza e os sabores da Mata Atlântica.

Grumixama

Nome científicoEugenia brasiliensis Lam.
Família: Myrtaceae
Utilização: Madeira utilizada para obras de torno, carpintaria. Bom potencial para paisagismo. Bastante cultivada para produção de frutos, que são saborosos e consumidos principalmente ao natural. São atrativos para a avifauna.
Época de coleta de sementes: Novembro a dezembro.
Coleta de sementes: Diretamente da árvore ou no chão após a queda dos frutos.
Fruto: Amarelo, vermelho ou preto carnoso.
Flor: Branca.
Crescimento da muda: Médio.
Germinação: Normal.
Plantio: Mata ciliar, área aberta.

Fotos: Carolina Schaffer e Miriam Prochnow


Receita de cheesecake de Grumixama

Ingredientes

Para a base de biscoito:
200 gramas de biscoito doce tipo Maria
100 gramas de manteiga sem sal
Para a cheesecake:
400 gramas de cream cheese
3 ovos
1 gema
100 gramas de açúcar refinado
20 gramas de farinha de trigo
300 ml de leite
Essência de baunilha

Para a geleia de grumixama:
500 gramas de polpa de grumixama
100 gramas de açúcar refinado
Suco de 1 limão

Modo de Preparo

Base de biscoito
Triture os biscoitos-maria no liquidificador. Em seguida, derreta a manteiga e misture-a com a farinha de biscoito. Com essa massa, forre o fundo de uma assadeira redonda.

Cheesecake
Em uma batedeira, bata o cream cheese com os ovos, a gema e o açúcar refinado, e deixe homogeneizar um pouco. Depois, acrescente o leite, a essência de baunilha, e lentamente, a farinha. Continue batendo até obter um creme homogêneo e fofo.
Despeje, então, o creme sobre a base de biscoito e asse em forno aquecido a 180ºC por, aproximadamente, 45 minutos. Reserve.

Geleia de grumixama
Em uma panela, cozinhe todos os ingredientes até reduzir pela metade. Depois de frio é só jogar por cima do cheesecake e servir.

Para saber mais detalhes da receita, acesse: http://www.bemsimples.com/br/receitas/93708-cheesecake-de-grumixama.

Fontes de Pesquisa 

LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. São Paulo: Instituto Plantarum, 2008.

PROCHNOW, M. No Jardim das Florestas. Rio do Sul: Apremavi, 2007.

MAGALI, A. Benefícios da Grumixama. Acessado em: http://www.frutasnobrasil.com/beneficios_grumixama.html.

RIGO, N. É hora de colher grumixama. Acessado em:
http://come-se.blogspot.com.br/2011/11/e-hora-de-colher-grumixama.html 

Reciclando seu lixo e Instalando seu minhocário - passo a passo

Bom dia !
Levantamentos mostram que o Brasil produz cerca de 241.614 toneladas de lixo/dia, onde 60% são resíduos orgânicos. Em média, cada um de nós geramos 5 kg de resíduos sólidos por semana, sendo 3kg formado por resíduos orgânicos. Para se ter uma idéia, numa cidade de 50 mil habitantes teríamos 150 toneladas de resíduos orgânicos por semana, que poderiam ser transformados em adubo para as plantas. Mas muito pouco ainda é destinado para esse fim.

 O nosso lixo tem muito valor, mas precisamos transforma-lo em adubo orgânico de ótima qualidade. O processo é simples veja abaixo:

ATENÇÃO NO PRIMEIRO CICLO DE COMPOSTAGEM: A segunda caixa coletora deve ser colocada apenas quando a primeira estiver cheia.

Os passos 1 a 5 representam o primeiro ciclo do processo e os passos de 6 a 9 representam a manutenção periódica do seu Minhokas.



Passos 1 a 5 - INSTALAÇÃO



1. A caixa sem furos que e que contém a torneira deve ser posicionada abaixo das demais. Esta é a caixa coletora de chorume. O líquido produzido nas caixas furadas (digestoras) tem o nome de chorume vai para esta caixa. Coloque a caixa coletora no local que você escolheu para o seu minhocário.

2. As caixas furadas são as caixas digestoras, é nelas que o seu lixo será processado pelas minhocas. Encaixe a primeira caixa digestora por cima da caixa coletora.


3. Coloque um pouco de composto (aproximadamente 3cm) e as minhocas na primeira caixa digestora que você acabou de encaixar sobre a coletora.


4. Tampe e utilize a primeira caixa digestora como lixeira normalmente seguindo as instruções no capítulo de utilização até que esta caixa esteja cheia.


5. Quando a primeira caixa digestora estiver cheia, coloque a segunda caixa digestora por cima dela, passe a tampa para cima e passe a utilizar a segunda caixa digestora como lixeira enquanto as minhocas processam o lixo na primeira caixa digestora que ficou no meio.


Passos 6 a 9 - PROCEDIMENTO DE TROCA DE CAIXAS

6. Quando a caixa digestora de cima estiver cheia, troque-a de posição com a caixa digestora do meio que contém o composto produzido pelas minhocas enquanto você utilizava a caixa digestora de cima como sua lixeira orgânica.

7. Agora a caixa que está por cima contém minhocas e composto. As minhocas devem descer naturalmente pelos buracos se você deixar entrar luz por alguns instantes. Você pode retirar o composto da digestora superior ou deixá-lo. Você deve deixar um pouco de composto para facilitar o início de um novo processo de decomposição.

8. Passe a utilizar a caixa digestora que estiver por cima como lixeira normalmente seguindo as instruções no capítulo de utilização até que esta caixa esteja cheia.

9. Repita os passos de 6 a 9.

fonte: http://www.minhokas.com.br/instalacao/1-instalando-seu-minhokas-passo-a-passo

Assista um vídeo bem instrutivo

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Jabuticabeira (muda de semente) que produz rápido!

VAMOS TESTAR?
Chacareira de Jaguariúna aplica técnica em mudas originadas de sementes, que dão frutos a partir do quinto ano
Fonte:  
Fernanda Yoneya,
O Estado de S.Paulo
18 Novembro 2009 | 02h58


Aparentemente, as cinco jabuticabeiras da proprietária da Chácara Nossa Senhora Aparecida, em Jaguariúna (SP), Maria José dos Santos, não têm nada de diferente de outras árvores. Duas estão produzindo - os frutos dão o ano todo - e três estão em fase de florescimento. O que surpreende é o fato de as plantas terem, em média, 7 anos e terem sido plantadas por semente. Normalmente, mudas de jabuticaba sabará plantadas por semente levam de 10 a 12 anos para frutificar. Na região, diz Maria José, existem jabuticabeiras de 20 anos, originárias de semente, que ainda não produzem.
No mercado, é possível adquirir mudas enxertadas, que produzem a partir do quinto ano, mas o custo da muda é alto, em torno de R$ 27, em média, segundo o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Luiz Antônio Melo. "A técnica pode ser interessante para pequenos produtores, que podem até comercializar as mudas", diz Melo.
A técnica utilizada por Maria José, porém, foi desenvolvida pela própria chacareira, há 15 anos. "Morei em uma outra chácara, onde havia uma jabuticabeira de 8 anos que não produzia. Fiz a limpeza, retirando as folhas, até a árvore começar a soltar as "casquinhas brancas", que é onde dá a flor. Não demorou muito e ela começou a frutificar", conta.
O procedimento é simples, segundo a chacareira. Ela espreme os frutos para retirar as sementes - não se deve aproveitar as sementes de frutos consumidos, segundo Maria José -, que são colocados em uma vasilha, sem lavar. Dois ou três dias depois, quando as sementes estiverem "murchas", são plantadas no vaso, em terra contendo esterco de gado. "A proporção é de mais ou menos 3 litros de esterco para uma lata de 15 litros de terra." Depois de incorporar o esterco à terra, as sementes são plantadas, superficialmente. "Não precisa afundar a semente na terra", ensina.
Após cerca de 30 dias no vaso ou quando a muda já estiver crescida, é feito o transplante para o local definitivo. "Faço uma cova com 0,5 metro de profundidade e misturo o esterco de gado com a terra que foi retirada. Misturado o esterco, coloco a terra de volta e planto a muda superficialmente, "rasa", sem afundá-la na terra", explica. "É bom fazer uma cerca para não entrar animais e dar um espaçamento razoável entre plantas, porque a jabuticabeira cresce bastante." Na chácara de Maria José, de mil metros quadrados, o espaçamento entre as plantas varia de 4 a 6 metros.
Mais ou menos depois de um ano do plantio do local definitivo, Maria José começa a podar a planta, uma vez por ano. "Retiro, manualmente, as folhas e deixo só os galhos. Quanto mais folhas são retiradas, mais a planta cresce e, conforme ela vai crescendo, vou podando. O segredo é deixar a planta "aberta" para o sol entrar." No quinto ano, a planta começa a soltar as "casquinhas brancas", que também são retiradas. A planta vai florescer e frutificar no lugar dessas "casquinhas brancas", explica Maria José. "Deixo essa casquinha e as folhas podadas no pé da planta como cobertura."
Conforme Maria José, a irrigação da planta depende do clima de cada região. "No calor rego o vaso uma vez por semana até começar a brotar. No local definitivo, rego diariamente e, depois que a planta estiver formada, volto a regar uma vez pode semana. Isso se não chover", explica. "O único gasto que tenho é com a terra. Só não planto mais porque não tenho espaço."
INFORMAÇÕES:
Maria José dos Santos, tels. (0--19) 3867-1013 e 9815-5007

MAIS CONTEÚDO SOBRE:

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

ILHAS DE CALOR AMENIZADAS PELAS ÁREAS VERDES.

Entenda como as árvores ajudam a combater as ilhas de calor nas cidades

As ilhas de calor acontecem devido à falta de áreas verdes, ao excesso de construções, asfalto e poluição extrema.
17 de outubro de 2016 • Atualizado às 11 : 00















Ter uma ou mais árvores perto de casa é um jeito simples de obter muitos benefícios pessoais e ambientais. | Foto: iStock by Getty Images
Ilha de calor é um termo usado para se referir ao aumento da temperatura em áreas urbanas. Em geral, isso acontece devido à falta de áreas verdes, ao excesso de construções, asfalto e poluição extrema. A forma mais eficaz de combater este efeito é com o plantio de árvores.
A primeira maneira de uma árvore contribuir para o combate às ilhas de calor é o fato de fornecerem sombras. De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, uma área sombreada pode ser até sete graus mais fresca do que áreas expostas ao sol.
Amenizando o calor, ameniza-se também a quantidade de energia gasta para a refrigeração de ambientes, o que, consequentemente, também diminui a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.
As árvores ainda realizam naturalmente um processo de evapotranspiração, que é a transpiração das plantas. Isso acontece de maneira muito semelhante aos humanos. Durante este processo, as árvores liberam vapor de água na atmosfera, ajudando a refrescar naturalmente o ambiente.
O terceiro ponto, e de extrema importância, é a influência das plantas na manutenção do ar. As árvores têm poder para limpar os poluentes atmosféricos. Elas conseguem absorver óxido e dióxido de nitrogênio, dióxido sulfúrico e outros poluentes que costumam elevar a temperatura local. Enquanto isso, ela aspira oxigênio, gás totalmente necessário para a nossa própria existência.
Outro benefício oferecido pelas árvores é a purificação da água. Ao envolver o solo, as plantas funcionam como um filtro natural e retentor de águas. Quanto mais árvores presentes nas cidades, melhor é o escoamento de água durante as tempestades e mais limpo o recurso será.
Ter uma ou mais árvores perto de casa é um jeito simples de obter muitos benefícios pessoais e ambientais.
Redação CicloVivo

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

COMO PRODUZIR A FISÁLIS ( Physalis peruviana L).?





Data Edição: 14/07/2010 Fonte: TodaFruta

Colaboração de Janaína Muniz (janainamuniz@gmail.com), mestranda em Produção Vegetal pelo CAV/UDESC, sobre orientação dos professores Aike A. Kretzschmar (a2aak@cav.udesc.br) e Leo Rufato (leoruffato@yahoo.com.br)

A Physalis é uma frutífera de grande valor nutricional e econômico que está sendo incorporada no quadro das pequenas frutas no Brasil. O cultivo de Physalis, por ser uma planta rústica e de boa adaptação, constitui-se em uma excelente alternativa de economia agrícola para pequenos e médios produtores, com boas perspectivas de comercialização no mercado brasileiro.
Embora o cultivo desta fruta apresente um grande potencial para o mercado, seu plantio ainda é restrito devido desconhecimento das práticas de manejo, da alta demanda de mão-de-obra, além do alto preço de comercialização, não estando acessível à grande maioria da população.
Tendo em vista a importância dessa cultura, o Centro de Ciências Agroveterinárias – CAV/UDESC está realizando uma série de experimentos com Physalis, além de comercializar mudas e dar assistência técnica aos produtores.
A Physalis peruviana é uma fruta originária dos Andes e pertence à família das solanáceas. Dentro do gênero Physalis encontra-se em torno de 80 espécies diferentes, cultivadas na América, Europa e Ásia. Na Colômbia é conhecida como uchuva, no Japão como hosuki, no Equador como uvilla e aqui no Brasil é conhecida principalmente como camapum e joá-de-capote.
A planta da Physalis tem um alto valor agregado, podendo ser utilizada desde sua raiz até o fruto propriamente dito. Caracteriza-se por ser uma excelente fonte de ferro, fósforo, vitaminas A e C, além de alcalóides e flavonóides. A raiz e as folhas são ricas em propriedades medicinais, utilizadas no mercado farmacológico. Já o fruto é utilizado na fabricação de geléias, sucos, compotas, sorvetes, saladas de frutas, sendo uma ótima combinação em pratos salgados como doces.
Atualmente a Colômbia é o maior produtor e exportador da fruta. No Brasil, até de 2007, o cultivo desta fruta era voltado somente para a pesquisa. Sendo que a partir de 2008, novos fruticultores entraram na atividade, que traz boas perspectivas para a agricultura familiare estão obtendo sucesso. Na região sul de Minas um fruticultor começou sua produção com apenas 300 plantas e em 2009 aumentou sua área plantada com 4.500 novas mudas. Já na região sul de Santa Catarina outro produtor iniciou sua produção com 500 mudas e em 2009 aumentou sua produção para 10.000 novas mudas. O Rio Grande do Sul, também está se tornando um pólo produtor, com um plantio planejado de 40 mil plantas.
Acredita-se que se trata de uma excelente alternativa de agricultura sustentável para o pequeno e médio agricultor rural, o ideal é arrumar parcerias em cada região para diversificar e expandir o empreendimento.
Antes de iniciar o cultivo da Physalis, o produtor deve ter em mente algumas questões muito importantes, como por exemplo: onde produzir, como produzir, quais os possíveis problemas, como colher, como fazer o manejo pós-colheitae principalmente qual será o destino finaldo produto. Para que estas e outras questões que venham a surgir sejam respondidas, a seguir se têm algumas informações básicas e técnicas do cultivo da planta.
A Physalis se adapta bem a extensa faixa de condições edafoclimáticas. Basicamente, para seu cultivo, a planta necessita de temperatura média de 15º C, luminosidade de 1500 a 2000 horas luz/ano, a precipitação deve oscilar entre 1000 a 2000 milímetros bem distribuídos durante todo o ano e a umidade relativa do ar em torno de 75%. Sendo que excesso de seca, umidade, frio ou calor prejudicam o crescimento e desenvolvimento das plantas, prejudicando também a qualidade final do produto e diminuindo a produtividade/hectare.
O solo deve ser rico em matéria orgânica, pH entre 5,5 e 6,8, evitando-se solos encharcados e que anteriormente já tenham sido cultivados outras solanáceas.
No Brasil ainda não existe recomendação de adubação específica para a Physalis, sendo esta realizada, com base na recomendação para a cultura do tomateiro.
A propagação da Physalis pode ser feita pelo método sexuado (sementes), assexuado (parte vegetativa) ou ainda cultivo in vitro. O processo mais recomendado e adotado para a cultura é o sexuado, devido à facilidade e a porcentagem elevada de germinação (85-90%).
O plantio pode ser feito em várias épocas do ano, conforme a região e o clima predominante. Em regiões subtropicais, onde não há riscos de ocorrência de geadas, pode-se plantar em qualquer época do ano, sendo que o ciclo da cultura pode se estender até dois anos, após este período tanto à produtividade quanto a qualidade dos frutos diminui. Para a região sul do Brasil, recomenda-se o plantio em meados de outubro e novembro, sendo uma cultura anual, devido às baixas temperaturas ocorridas no inverno.
Utilizando algumas práticas agrícolas, como adubação, espaçamento, tutoramento, desbaste, condução e poda, melhora-se o dossel vegetativo da planta como também contribui para a qualidade e aparência da Physalis produzida.
O tutoramento das plantas é considerado uma das principais técnicas de cultivo, ocorrendo melhor aproveitamento da luminosidade, consequentemente, produzindo uma fruta de maior qualidade. O amarrio das plantas deve ser constante, principalmente nos primeiros 30 dias após o transplante. Nesta fase, deve-se também manter o local limpo das plantas concorrentes, para que não haja competição de água e nutrientes entre as plantas.
Para cada sistema de condução utilizado, existe um manejo diferenciado. Os sistemas de condução utilizados para as plantas de Physalis são semelhantes, porém não iguais, aos sistemas empregados no cultivo do tomateiro. Temos como os principais sistemas de condução para a cultura: sistema espaldeira, sistema em “X” e sistema em “V”.
Uma grande variedade de pragas de importância econômica, atacam diversos órgãos da planta durante o ciclo de produção, porém somente algumas delas foram observadas nos plantios já existentes no Brasil. As principais pragas encontradas na cultura da Physalis são: Epitrix sp. (Pulga-do-fumo), Aphis sp. (Pulgões), Edessa rufomarginata (Percevejo), Phthia picta eManduca sexta paphus.
Atualmente, ainda não existe uma grade de inseticidas que podem ser utilizados no cultivo de Physalis, portanto, os meios mais utilizados para o controle destas pragas, seria o manejo integrado de pragas (MIP), utilizando práticas culturais adequadas e o controle biológico natural. Estas medidas de controle se tornam viáveis para o produtor, devido ao baixo custo, como também pela segurança alimentar e ambiental.
Devido aos monocultivos em determinadas áreas, houve como consequência, o aumento da incidência e severidade das doenças. As principais doenças diagnosticadas na cultura da Physalis no Brasil são: Cercospora sp. e Alternaria sp.
As estratégias de manejo destas doenças referem-se às boas práticas agrícolas de cultivo, que vão desde a seleção da semente de boa qualidade até a escolha adequada de fungicidas.
Assim como outras espécies de pequenas frutas, a Physalisé uma fruta climatérica e apresenta um longo período de colheita. De acordo com as exigências do mercado ou as condições climáticas de cada região, a colheita é realizada uma a três vezes por semana. A colheita se inicia quando os frutos obtiverem uma coloração amarelo-queimado externamente (cálice), e laranja-amarelado internamente e com valor de sólidos solúveis em torno de 14 ºBrix.
Recomenda-se comercializar a fruta em até 12 horas após a colheita, caso contrário, ela deverá ser armazenada a uma temperatura de 4°C e a uma umidade relativa de 90%.
A apresentação do produto depende do mercado e das exigências do consumidor. Aqui no Brasil, normalmente encontra-se nas grandes redes de supermercados e são comercializadas com o envoltório para consumo in natura e sem cápsula para o mercado de polpa e geléias. As principais embalagens para a comercialização da Physalis são cestas plásticas, bandejas de isopor e sacos plásticos, contendo em média 100g.
A qualidade da Physalis é estandardizada nos padrões práticos colombianos que segue as normas NTC 4580 de 1999. Esta norma estabelece os requisitos básicos para comercializar Physalis destinada tanto para o consumo in natura e processamento.
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Artigo encaminhado ao TodaFruta para publicação em 01/07/10.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Plantas companheiras na agroecologia

Consorciação de culturas favoráveis gera forças para a planta crescer !!

As plantas também têm preferências e se dão melhor com umas do que com outras. As associações vegetais favoráveis produzem forças para crescerem melhor. A consorciação é muito utilizada na agricultura orgânica ou ecológica com excelentes resultados. Nas florestas e nos campos, plantas de tamanhos e espécies diversificadas vivem bem juntas, complementando-se.

Cada uma explora o solo de maneira diferente na extração das substâncias orgânicas. “Muitas vezes, ao se retirar uma só das espécies desse ambiente, todos os fatores são alterados no local”, explica o agrônomo da Emater, Gilmar Vione. Numa horta, por exemplo, é possível descobrir quais as que se dão bem ou não.

Por conta disso, o agricultor costuma dizer que existem plantas amigas ou inimigas, como no caso do pepino e o girassol, pois ambos competem pelo mesmo nutriente, o boro. O dente de leão exala etileno, inibindo o crescimento de plantas vizinhas e provocando, com isso, o amadurecimento precoce em flores e frutos.

Muitas plantas exalam odores que podem atrair ou afastar insetos. Até mesmo as raízes que expelem substâncias diferentes têm o poder de selecionar a microvida no subsolo, podendo ter efeitos positivos ou negativos sobre as plantas vizinhas. Por isso, algumas plantas se desenvolvem muito bem entre outras espécies e outras definham até a morte.

Observando-se alguns princípios básicos, como plantas que necessitam de muita luz, como o milho, verifica-se que estas podem ser boas companheiras para as que precisam de sombreamento parcial como a abóbora, o pepino e a melancia. Plantas com raízes profundas tornam o solo mais penetrável para outras de raízes mais curtas. Assim, ensina a Emater, pode-se plantar no mesmo canteiro hortaliças de folhas que exigem mais nitrogênio e hortaliças de raízes que exigem mais potássio. “Plantas com ciclos diferentes ajudam-se mutuamente, permitindo melhor aproveitamento do terreno, como a alface e o rabanete”, detalha o agrônomo.


Consorciação - A consorciação é uma das medidas eficazes na prevenção de doenças, principalmente com o uso das plantas aromáticas. Dessa forma, pode-se plantar ervas aromáticas repelentes como a arruda, distribuindo-a pelo canteiro, ao lado das plantas que queremos proteger. As associações podem ser feitas também em pequenas culturas como nas hortas e pomares domésticos.

Além de bonito visual, apresentam resultados práticos, como por exemplo, o plantio da cebola ao lado de uma roseira que aumenta o perfume das rosas e afasta sua praga mais comum, o pulgão; ou ainda o plantio do alho que acentua o aroma dos pessegueiros.

Conforme a Emater, o companheirismo e hostilidade entre os vegetais demonstram que a consorciação e a rotação adequadas de culturas podem beneficiar a agricultura, melhorar a saúde dos solos, controlar a infestação de pragas e invasoras.

Fonte:http://www.editorasaomiguel.com.br/correio/edicoes/frame.php?edicao=275
mais em: http://mundoorgnico.blogspot.com/2009/07/plantas-companheiras.html

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