As plantas também têm preferências e se dão melhor com umas do que com outras. As associações vegetais favoráveis produzem forças para crescerem melhor. A consorciação é muito utilizada na agricultura orgânica ou ecológica com excelentes resultados. Nas florestas e nos campos, plantas de tamanhos e espécies diversificadas vivem bem juntas, complementando-se.
Cada uma explora o solo de maneira diferente na extração das substâncias orgânicas. “Muitas vezes, ao se retirar uma só das espécies desse ambiente, todos os fatores são alterados no local”, explica o agrônomo da Emater, Gilmar Vione. Numa horta, por exemplo, é possível descobrir quais as que se dão bem ou não.
Muitas plantas exalam odores que podem atrair ou afastar insetos. Até mesmo as raízes que expelem substâncias diferentes têm o poder de selecionar a microvida no subsolo, podendo ter efeitos positivos ou negativos sobre as plantas vizinhas. Por isso, algumas plantas se desenvolvem muito bem entre outras espécies e outras definham até a morte.
Observando-se alguns princípios básicos, como plantas que necessitam de muita luz, como o milho, verifica-se que estas podem ser boas companheiras para as que precisam de sombreamento parcial como a abóbora, o pepino e a melancia. Plantas com raízes profundas tornam o solo mais penetrável para outras de raízes mais curtas. Assim, ensina a Emater, pode-se plantar no mesmo canteiro hortaliças de folhas que exigem mais nitrogênio e hortaliças de raízes que exigem mais potássio. “Plantas com ciclos diferentes ajudam-se mutuamente, permitindo melhor aproveitamento do terreno, como a alface e o rabanete”, detalha o agrônomo.
Consorciação - A consorciação é uma das medidas eficazes na prevenção de doenças, principalmente com o uso das plantas aromáticas. Dessa forma, pode-se plantar ervas aromáticas repelentes como a arruda, distribuindo-a pelo canteiro, ao lado das plantas que queremos proteger. As associações podem ser feitas também em pequenas culturas como nas hortas e pomares domésticos.
Além de bonito visual, apresentam resultados práticos, como por exemplo, o plantio da cebola ao lado de uma roseira que aumenta o perfume das rosas e afasta sua praga mais comum, o pulgão; ou ainda o plantio do alho que acentua o aroma dos pessegueiros.
Conforme a Emater, o companheirismo e hostilidade entre os vegetais demonstram que a consorciação e a rotação adequadas de culturas podem beneficiar a agricultura, melhorar a saúde dos solos, controlar a infestação de pragas e invasoras.
Fonte:http://www.editorasaomiguel.com.br/correio/edicoes/frame.php?edicao=275
mais em: http://mundoorgnico.blogspot.com/2009/07/plantas-companheiras.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário