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sábado, 11 de março de 2023

Essas são as principais espécies para adubação verde🍃


Adubação verde é uma prática agrícola que consiste 
no uso de certas plantas que são capazes de reciclar 
os nutrientes presentes em camadas profundas do solo, 
ou na atmosfera, tornando o solo mais fértil e mais produtivo.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

PLANTAS MELHORADORAS OU RECUPERADORAS DO SOLO 1 - EMBRAPA


Boa semana! Você quer recuperar seu solo do pomar , da horta ou do jardim?? Utilize estas plantas, a natureza agradece. Sou fã do amendoim forrageiro, ele suporta geadas fortes ( veja nas fotos abaixo).
Depois eu publico as outras plantas, deste folder da EMBRAPA.

alexandre


Eng. Agrônomo

Plantas melhoradoras são aquelas que proporcionam melhorias nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. As leguminosas destacam-se entre as espécies vegetais que podem ser utilizadas como plantas melhoradoras do solo, pela sua característica em obter a quase totalidade do nitrogênio que necessitam, por meio da simbiose com bactérias específicas, as quais, ao se associarem com as leguminosas, utilizam o nitrogênio atmosférico transformando-o em compostos nitrogenados; além disso, apresentam raízes geralmente bem ramificadas e profundas, que atuam estabilizando a estrutura do solo e reciclando nutrientes.
Trabalhos de pesquisa com fruteiras (banana, citros, mamão e maracujá) têm mostrado efeitos benéficos da utilização de leguminosas nas entrelinhas, como plantas melhoradoras do solo.
Entre as leguminosas estão o feijão-de-porco, o guandu, a crotalária, o caupi, o kudzu tropical, a mucuna preta e o amendoim forrageiro.

7. Amendoim forrageiro (Arachis pintoi Krap. & Greg.)

É uma leguminosa nativa do Brasil, perene, de crescimento rasteiro, de clima tropical e subtropical, recuperando-se depois de geadas fortes e suportando secas moderadas. Apresenta altura média de 0,20 a 0,40 m e raiz pivotante. Adapta-se em solos argilosos e arenosos, porém produz maior massa vegetal nos solos mais férteis.

Essa leguminosa, que apresenta boa tolerância ao sombreamento e ao pisoteio, é indicada para cobertura permanente do solo em culturas perenes, como fruteiras, objetivando controlar erosões, competir com plantas invasoras e fixar nitrogênio atmosférico (60 a 150 kg de N/ha/ano). É também utilizada como forragem, tanto pelo alto teor de proteína (150 a 220 g/kg), quanto por ser tolerante ao pastejo.

O plantio pode ser feito a lanço, em linhas ou em covas, manual ou mecanicamente. Aprofundidade de semeadura deve ser de 0,02 a 0,05 m, e a densidade da semeadura vai depender da qualidade das sementes, podendo ser em covas espaçadas de 0,50 em 0,50 m. Como a sua semente, e também a da maioria das leguminosas, apresenta uma cobertura impermeável à penetração de água, impedindo a germinação, além de ser de difícil obtenção, recomenda se a propagação por mudas (40.000 mudas/ha).

6. Mucuna preta (Stizolobium aterrimum Piper & Tracy)

 
É a espécie de mucuna mais conhecida no Brasil, tem ciclo anual, é robusta, de c rescimento indeterminado, com hábito rasteiro e emite ramos trepadores. É uma leguminosa rústica, de clima tropical e subtropical , resistente a temperaturas elevadas, à seca, ao sombreamento e ligeiramente resistente ao encharcamento temporário do solo. Adapta-se a solos ácidos e com baixos teores de nutrientes.

Produz 40 a 50 t de massa verde/ha, é bastante utilizada como adubo verde, fixando de 170 a 210 kg de N/ha, além de atuar na diminuição da multiplicação de populações de nematóides. Quando intercalada com culturas perenes, a mucuna deve ter seus ramos manejados, para que não subam nas plantas, prejudicando o
desenvolvimento destas. Além disso, pode ser utilizada como forragem ou grãos triturados, como suplemento protéico na alimentação animal.

A semeadura pode ser realizada em linhas, no espaçamento de 0,50 m, com quatro a oito sementes por metro linear (60 a 80 kg de sementes/ha). No plantio em covas, espaçá-las em 0,40 m, colocandose duas a três sementes por cova. Caso o plantio seja a lanço, utilizamse em torno de 10 sementes/m2 com uma densidade 20% superior.Recomenda-se a escarificação das sementes com areia, para quebrar a dormência.

1. Feijão-de-porco [Canavalia ensiformis (L) DC]

É uma leguminosa rústica, anual ou bianual, de clima tropical e subtropical, não suportando geadas fortes. Apresenta crescimento inicial relativamente rápido, sendo resistente a altas temperaturas e à seca e tolerante ao sombreamento parcial. Adapta-se tanto aos solos argilosos quanto aos arenosos.
É eficiente na cobertura do solo, apresentando efeito supressor e/ou alelopático em plantas invasoras, principalmente no difícil controle da tiririca (Cyperus rotundus). Produz de 20 a 40 t de massa verde/ha e fixa de 80 a 160 kg de N/ha, dependendo da idade da planta, tipo de solo, clima, época e densidade de semeadura. Os grãos ou vagens podem ser consumidos cozidos ou em conserva pelo homem, apresentando sabor agradável e grande valor nutritivo. É suscetível ao ataque de nematóides.

A semeadura pode ser feita em linhas, no espaçamento de 0,50 m, com 5 a 6 sementes por metro linear (cerca de 130 a 160 kg de sementes/ha). No caso do plantio em covas, recomendam-se duas sementes por cova, distanciadas em 0,40 m. Se o plantio for a lanço (8 sementes/m2), gasta-se em torno de 20% a mais de sementes.

2. Guandu [Cajanus cajan (L) Millsp.]

É uma leguminosa arbustiva, anual ou semi-perene, com vida de até três anos, quando podada anualmente. É uma planta resistente à seca, sendo suficientes 500 mm anuais de chuva para seu desenvolvimento. É pouco exigente em nutrientes, desenvolvendo-se bem tanto em solos arenosos quanto nos argilosos; contudo, não tolera excesso de umidade nas raízes.

Apresenta alta produção de massa verde (20 a 30 t/ha) e seu sistema radicular pivotante tem grande capacidade de reciclar nutrientes e penetrar em solos compactados e adensados. Como adubo verde, deve ser podado no pré-florescimento (140 a 180 dias), fixando de 90 a 170 kg de N/ha. Além disso, essa leguminosa fornece forragem com mais de 200 g de proteína por quilo e os grãos podem ser utilizados tanto na alimentação humana quanto animal.

A semeadura pode ser feita em linhas, no espaçamento de 0,50 m, com 16 a 25 sementes por metro linear (50 kg de sementes/ha). No caso de plantio em covas, recomenda-se duas a três sementes por cova, distanciadas em 0,20 m. No plantio a lanço, recomendam-se 40 sementes/m2, com densidade de 60 kg/ha.


Referências bibliográficas

CALEGARI, A. Leguminosas para adubação verde de verão no Paraná. Londrina: IAPAR, 1995. 118p. (IAPAR. Circular, 80).

MONEGAT, C. Plantas de cobertura do solo: características e manejo em pequenas propriedades. Chapecó: ACARESC, 1991. 337p.

PIRAÍ SEMENTES (Piracicaba, SP). Adubação verde. Piracicaba: Dezembro/2004

Ana Lúcia Borges
 Luciano da Silva Souza
 José Eduardo Borges de Carvalho










Tiragem: 1000 exemplares

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Cobertura do solo e acumulação de nutrientes pelo amendoim forrageiro

Adriano Perin(2), José Guilherme Marinho Guerra(3) e Marcelo Grandi Teixeira(3)



Resumo – O objetivo deste trabalho foi determinar as taxas de cobertura do solo, produção de biomassa
e acumulação total de N, P e K da parte aérea da leguminosa herbácea perene amendoim forrageiro
(Arachis pintoi Krapov. & W.C. Greg.), em diferentes densidades e espaçamentos de plantio.
O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso, em arranjo fatorial 2x4, com quatro repetições. Os tratamentos constaram de espaçamentos entre sulcos de plantio (25 e 50 cm), e de densidades de plantas (2, 4, 8 e 16 plantas/m linear). A cobertura total do solo ocorreu aos 224 dias após o plantio. Foram constatadas diferenças de densidades de plantio na taxa de cobertura do solo, produção de biomassa e acúmulo de nutrientes na parte aérea do amendoim forrageiro. Todavia, não foram observadas diferenças quando se variou o espaçamento entre sulcos. Entre as alternativas testadas, a densidade de 8 plantas/m linear no espaçamento de 50 cm entre sulcos de plantio foi a combinação mais adequada para a plena formação da cobertura viva com amendoim forrageiro.

Soil coverage and nutrient accumulation by pinto peanut
Abstract – The objective of this work was to determine the rate of soil coverage, biomass yield and total accumulation of N, P and K in the aerial biomass of the legume Arachis pintoi Krapov. & W.C. Greg.
The experimental design was a randomized block with four replicates arranged in a 2x4 factorial with two levels of row spacing (25 and 50 cm between rows) and four different planting densities (2, 4, 8 and 16 plants/m). Complete soil coverage was achieved 224 days after planting. Planting density affected the rate of soil coverage and the rate of dry matter and nutrient accumulation by the shoot tissue
of the legume, but these parameters were not significantly affected by row spacing. The results suggest that the optimum planting density was 8 plants/m in rows spaced 50 cm apart.
Index terms: Arachis pintoi, plant population, spacing, aerial parts, dry matter contents.

(1)Aceito para publicação em 25 de março de 2003.
(2)Universidade Federal de Viçosa, Dep. de Fitotecnia, Avenida
P. H. Rolfs, s/n, CEP 36571-000 Viçosa, MG. E-mail: aperin@vicosa.ufv.br
(3)Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia, Caixa Postal 74505, CEP 23890-000 Seropédica, RJ. E-mail: gmguerra@cnpab.embrapa.br, grandi@cnpab.embrapa.br

Introdução
Práticas de manejo e conservação, como o emprego de plantas de cobertura, são relevantes para a manutenção ou melhoria das características químicas, físicas e biológicas dos solos. A adubação verde utiliza espécies de diferentes famílias botânicas, nativas ou introduzidas, que cobrem o terreno em períodos de tempo ou durante todo ano.


As leguminosas se destacam por formarem associações simbióticas com bactérias fixadoras de N2, o que resulta no aporte de quantidades expressivas desse nutriente no sistema solo-planta.

Ações de pesquisa têm visado principalmente a geração de base técnico-científica para o emprego de leguminosas anuais. No entanto, há espécies herbáceas de ciclo perene, de uso forrageiro, com grande potencial de utilização como cobertura viva permanente de solo, notadamente em pomares.

A cobertura viva protege o solo dos agentes climáticos, mantém ou aumenta o teor de matéria orgânica do solo, mobiliza e recicla nutrientes e favorece a atividade biológica do solo (Guerra & Teixeira, 1997; Perin, 2001; Duda et al., 2003). Contudo, a identificação e adequação desse grupo de leguminosas nos
sistemas de produção é ainda um desafio. Além disso, as leguminosas perenes competem com espécies de ocorrência espontânea e interferem no ciclo reprodutivo das mesmas, o que reduz a Pesq. agropec. bras., Brasília, v. 38, n. 7, p. 791-796, jul. 2003 792 A. Perin et al. mão-de-obra empregada no controle da vegetação espontânea (Lanini et al., 1989; Wiles et al., 1989; Sarrantonio, 1992). No cultivo de hortaliças, Kleinhenz et al. (1997) constataram que o uso das espécies centrosema (Centrosema pubescens), siratro (Macroptilium atropurpureum) e desmódio (Desmodium intortum) promoveram o controle das
espécies espontâneas, não prejudicaram o desempenho das hortaliças e forneceram N para as culturas.

Um aspecto importante na implantação da cobertura viva são as taxas de crescimento das leguminosas perenes, inicialmente lentas, quando comparadas com leguminosas anuais (Perin et al., 2000). Desta forma, cuidados que assegurem a supressão da vegetação espontânea, até que as plantas se estabeleçam, são necessários (Perin, 2001).
Trabalhos relacionando arranjos populacionais e desempenho de leguminosas anuais evidenciaram a importância da densidade de plantio para a produção de grãos de soja (Glycine max) (Pires et al., 2000), feijão (Phaseolus vulgaris) (Horn et  l., 2000), e de matéria seca de parte aérea de diversos adubos verdes (Fernandes et al., 1999; Amabile et al., 2000). Observa-se, porém carência de informações relativas às leguminosas herbáceas perenes.

O objetivo deste trabalho foi determinar as taxas de cobertura do solo, produção de biomassa e acumulação total de N, P e K da parte aérea da leguminosa herbácea perene amendoim forrageiro, em diferentes densidades e espaçamentos de plantio.
Material e Métodos
O experimento foi realizado na Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia, Seropédica, RJ, num Argissolo Vermelho-Amarelo. Os resultados da análise química (0-20 cm) de amostras de terra no início do experimento apresentaram os seguintes valores: pH em H2O (1:2,5), 4,1; Al3+ , 0,4 cmolc /dm3 ; Ca2+, 2,1 cmolc /dm3 Mg2+, 0,9 cmolc /dm3 ; K+ , 34 mg/kg e P, 6 mg/kg de solo.

Apesar dos baixos valores de pH e dos nutrientes avaliados, não se aplicou calcário e fertilizantes no solo porque o amendoim forrageiro é considerado uma espécie rústica.

O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com arranjo fatorial 2x4, com quatro repetições. Os tratamentos constaram de dois espaçamentos entre sulcos de plantio (25 cm e 50 cm) e de quatro densidades de
plantas (2, 4, 8 e 16 plantas/m linear), perfazendo oito arranjos populacionais (40.000 a 640.000 plantas/ha ou 4 a 64 plantas/m2).
As parcelas constaram de uma área de 4 m2  (2x2 m). As mudas da leguminosa de ciclo perene e hábito de crescimento rasteiro do amendoim forrageiro (Arachis pintoi acesso BR-14951 seção estolonífera) foram preparadas vegetativamente tomando-se por base estacas em bandejas de poliestireno expandido com 200 células que permaneceram no viveiro por 70 dias. Em março/98 (final do período chuvoso), foram transferidas para a área experimental. Estirpes de bactérias do gênero Rhizobium, recomendadas pela Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia, foram inoculadas nas estacas, usando-se a água como veículo. Capinas manuais foram realizadas aos 20 e 42 dias após o plantio (DAP).

As avaliações constaram da taxa de cobertura do solo (%), determinada com auxílio do software SIARCS 3.0 (Sistema Integrado para Análise de Raízes e Cobertura do Solo), desenvolvido pela Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária.

O acompanhamento do crescimento das plantas, até a cobertura total do solo, foi feito por meio de imagens fotográficas aos 8, 21, 34, 49, 64, 83, 104, 125, 149, 178 e 224 DAP. A câmara fotográfica era suspensa por um tripé, de modo que as fotografias fossem tomadas perpendicularmente ao solo, a uma altura de 1,60 m da superfície do terreno. Cada fotografia abrangia uma área de 1 m2 , e foi tomada entre 7h30 e 9h, a fim  e atenuar efeitos adversos de sombra.
Quantificou-se a produção de biomassa de parte aérea, tomando-se por base amostras secadas em estufa de ventilação forçada, a 65ºC. O conteúdo de N foi determinado após digestão sulfúrica e destilação em Kjeldahl (Bremner & Mulvaney, 1982); os conteúdos de P e K foram determinados na parte aérea das plantas, após digestão nítrico-perclórica (Bataglia et al., 1983). O P foi determinado em espectrofotômetro baseando-se na formação da cor azul do complexo fosfato-molibdato em meio sulfúrico, na presença de ácido ascórbico como redutor, e o K em espectrofotômetro de absorção atômica, por ocasião do primeiro, segundo, terceiro e quarto cortes rente ao solo, realizados, respectivamente, aos 8, 12 , 22 e 24 meses após o plantio (MAP).

As análises estatísticas foram realizadas com auxílio do Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas (SAEG), versão 5.0 (Euclydes, 1983), e constou da análise de variância, seguida da escolha do modelo que melhor representasse o ajuste das curvas e aplicação do teste F nos coeficientes da equação para detectar significância a 5% e Pesq. agropec. bras., Brasília, v. 38, n. 7, p. 791-796, jul. 2003 Cobertura do solo e acumulação de nutrientes 793 a 1% de probabilidade. Quanto à taxa de cobertura do solo, as curvas foram ajustadas de acordo com a função logística TC = A/(1 + B-K ´ DAP), em que TC é a taxa de cobertura do solo (em %); A é o limite superior da taxa de cobertura do solo; B está relacionado com o tamanho inicial do sistema; K é a taxa de incremento inerente do sistema.

 Em relação à produção de matéria seca da parte aérea e acumulação total de N, P e K, os modelos testados foram lineares, quadráticos e cúbicos. A escolha do modelo que representasse a distribuição dos dados foi baseada no comportamento biológico, significância (p£0,05) e no coeficiente de determinação (R2).


Resultados e Discussão

A interpretação da análise de variância revelou efeito significativo (p£0,05) da densidade de plantio sobre a taxa de cobertura do solo, produção de matéria seca e acumulação de N, P e K na parte aérea do amendoim forrageiro. Entretanto, não foram detectados efeitos do espaçamento, nem interação entre espaçamento e densidade. Assim, as equações ajustadas aos dados foram baseadas no maior espaçamento testado (50 cm), porque neste espaçamento utiliza-se um número menor de mudas, amenizando os custos de implantação da cobertura com esta leguminosa.

 O amendoim forrageiro cobriu plenamente o solo aos 224 DAP independentemente das densidades testadas (Figura 1). Vallejos (1993) observou que o estabelecimento do amendoim forrageiro em consórcio com café alcançou 80% de cobertura do solo aos 210 DAP. Perin (2001) constatou que esta leguminosa cultivada em condições edáficas semelhantes, porém, semeada no período das águas (dezembro), proporcionou plena cobertura do solo aos 110 DAP. As condições climáticas, em especial a precipitação pluvial durante o verão, foram determinantes na velocidade de cobertura do solo.

As maiores diferenças entre as densidades de plantio ocorreram na fase inicial de estabelecimento da cobertura viva. Densidades de 8 e 16 plantas/m linear proporcionaram 50% de cobertura de terreno, respectivamente, aos 84 e 68 DAP, enquanto nos tratamentos com 2 e 4 plantas/m linear, esse mesmo valor foi alcançado, respectivamente, aos 125 e 103 DAP (Figura 1). Alvarenga et al. (1995) destacam que uma cobertura uniforme de 20% do terreno é capaz de reduzir as perdas de terra em aproximadamente 50%, quando comparado com solo descoberto.

A cobertura mais rápida nas densidades de 8 e 16 plantas/m linear reduziu a população de ervas espontâneas e, em conseqüência, diminuiu a mão-de-obra para seu controle. Segundo Lanini et al.(1989) e Wiles et al. (1989), a menor ocorrência de plantas espontâneas deorrente do emprego da cobertura viva com leguminosas herbáceas perenes minimiza a competição das ervas no cultivo de hortaliças. Bradshaw & Siman (1992) e Vallejos (1993) relacionaram custo/ benefício e eficiência no controle da vegetação espontânea e constataram que o amendoim forrageiro apresentou excelente competitividade com as ervas, resultando em menores custos no controle de invasoras, quando comparado com capinas manuais e químicas.

Por outro lado, se o amendoim compete com as plantas espontâneas, poderá competir também com as culturas de interesse, especialmente quando empregado como cobertura viva em pomares. Perin et al. (2002a) mostraram que a cobertura com esta leguminosa, quando comparada com as coberturas de cudzu tropical e siratro, reduziu o crescimento e a produtividade no segundo ciclo de bananeiras.

Embora o amendoim forrageiro proporcione aporte expressivo de N no pomar de bananeiras (Espindola, 2001), Perin et al. (2002b) observaram que a cobertura viva com esta leguminosa acarretou redução dos níveis de umidade do solo maior do que o detectado com cudzu tropical e siratro. Desta forma, a cobertura com amendoim forrageiro, em condições de déficit hídrico prolongado, pode efetivamente provocar competição por água com a cultura principal.

À medida que aumenta a densidade de plantio, eleva-se linearmente a produção de matéria seca e acumulação de N, P e K na parte aérea das plantas em todos os cortes (Tabela 1). Os modelos lineares indicam que a competição entre plantas não limitou a expressão destes parâmetros, em especial por ocasião do primeiro corte, quando as plantas encontravam-se ainda na fase de estabelecimento. Entretanto, a partir do segundo corte verifica-se decréscimo dos valores do coeficiente dos modelos da regressão para a produção de matéria seca, denotando aumento da competição entre plantas (Tabela 1).

Ao longo do período experimental (dois anos), o amendoim forrageiro acumulou 20 t/ha de matéria seca e 572, 37 e 247 kg/ha, respectivamente, de N, P e potássio. Em condições experimentais semelhantes, Espindola (2001) verificou que 91% do N presente no tecido vegetal do amendoim forrageiro foi obtido pela fixação biológica de N2 (FBN) e quando esta leguminosa encontrava-se consorciada com bananeiras, a FBN alcançou 61%. Assim, pode-se estimar que o aporte de N, via FBN, varia aproximadamente de 350 a 520 kg/ha. Destaca-se, então, o alto potencial do amendoim forrageiro como cobertura viva, representando uma estratégia para a auto-suficiência em N na nutrição de fruteiras, por minimizar ou dispensar a utilização da adubação nitrogenada com fertilizantes sintéticos ou outras fontes.

A utilização de 16 plantas/m linear, quando comparada com 8 plantas, resultou em acréscimo de apenas 0,20, 1,18, 0,85 e 0,30 t/ha de matéria seca, respectivamente, no primeiro, segundo, terceiro e quarto cortes, no espaçamento de 50 cm entre sulcos de plantio (Tabela 1). Destaca-se o potencial de rebrota do amendoim forrageiro após os cortes, apresentando elevada produção de matéria seca, mesmo em curtos intervalos de tempo, como observado entre o terceiro e quarto cortes. Este aspecto é também relevante no manejo da cobertura viva, em face da possibilidade de produzir continuamente matéria orgânica de qualidade in situ.

Conclusões
1. As taxas de cobertura do solo, produção de matéria seca e acumulação de N, P e K na parte aérea de amendoim forrageiro não são afetadas pelos espaçamentos entre sulcos de plantio.
2. As densidades de plantio afetam as taxas de cobertura do solo, produção de matéria seca e acumulação de N, P e K na parte aérea de amendoim forrageiro.
3. A densidade de 8 plantas/m linear no espaçamento de 50 cm entre sulcos de plantio é a Tabela 1. 

Tabelas e bibliografia ; Fonte: https://www.scielo.br/pdf/pab/v38n7/18200.pdf

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Adubação verde pode melhorar a qualidade dos solos e ainda recuperar áreas degradadas!!


A adubação verde corresponde ao uso de plantas de cobertura em sucessão, 
rotação ou em consórcio com as culturas, com o intuito de proteger a superfície, 
mantendo e melhorando as propriedades físico-hídricas, químicas e biológicas do 
solo, em todo seu perfil. Foto: Arquivo Embrapa Cerrados

A crise de abastecimento de água, pela qual ainda passam algumas regiões brasileiras, sempre foi o alvo de debates ao longo dos últimos anos, mas outro “personagem” da agricultura ganhou força em 2015, em um ano escolhido, internacionalmente, para discutir seus problemas: o solo. Diante da preocupação, especialistas têm se dedicado a propor alternativas, principalmente para recuperar áreas degradadas de pastagens. Uma delas é a adubação verde.
Pesquisadora da Embrapa Cerrados (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Arminda Moreira de Carvalho explica que o método corresponde ao uso de plantas de cobertura em sucessão, rotação ou em consórcio com outras culturas, com o intuito de proteger a superfície, mantendo e melhorando as propriedades físico-hídricas, químicas e biológicas do solo, em todo seu perfil.
“Partes das plantas usadas podem ser aplicadas para outros fins, como: produção de sementes e de fibras e na alimentação animal.”
Para aplicá-la no campo, Arminda explica que é necessário o cultivo de plantas específicas para a recuperação e/ou manutenção da matéria orgânica e, consequentemente, das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, ou seja, “buscando a melhoria da qualidade do solo e sustentabilidade dos agroecossistemas”.
A adubação verde, informa a especialista, pode ser aplicada em qualquer tipo de cultivo (lavoura). “Desde que o uso de associação de cultivos (rotação, sucessão e consórcio), que constitui a adubação verde, aumente a diversidade de espécies, a quantidade e a qualidade dos resíduos vegetais e da matéria orgânica, além da agregação do solo, minimizando os impactos ambientais negativos de agroecossistemas”, alerta.
O incremento de nitrogênio no solo, seja por meio da fixação biológica seja mediante incorporação de biomassa, principalmente no caso das leguminosas, é uma das contribuições de maior relevância da adubação verde, “proporcionando economia de fertilizantes nitrogenados”, informa a pesquisa Arminda Moreira de Carvalho, da Embrapa Cerrados. Foto: Arquivo Embrapa Cerrados


VANTAGENS
Segundo a pesquisadora da Embrapa Cerrados, os adubos verdes colaboram para a elevação da diversidade de espécies e de resíduos vegetais em sistemas agrícolas. Além disso, o incremento de nitrogênio no solo, seja por meio da fixação biológica seja mediante incorporação de biomassa, principalmente no caso das leguminosas, “é uma das contribuições de maior relevância dos adubos verdes, proporcionando economia de fertilizantes nitrogenados”.
Outra vantagem é o incremento da matéria orgânica do solo e melhoria de sua qualidade, com consequente potencial para estocar C e N no solo; recuperação e/ou a manutenção da matéria orgânica e consequentemente, das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
“A adubação verde ainda promove o controle de insetos-pragas, doenças, fitonematoides e plantas invasoras, reduzindo as aplicações dos vários pesticidas. Também serve para controlar a erosão – hídrica ou eólica, minimizando as perdas de solo e, consequentemente, de água, nutrientes e matéria orgânica.”
Arminda também destaca que o produtor poderá reduzir ou até mesmo eliminar a aplicação de pesticidas e fertilizantes. “Ou seja, a adubação verde tem impactos ambientais e socioeconômicos altamente positivos, diminuindo os riscos de poluição do solo e dos mananciais hídricos.”
Em contrapartida, informa a pesquisadora da Embrapa Cerrados, os efeitos negativos do método podem ocorrer caso não sejam respeitadas a compatibilidade de cultivos entre as culturas e espécies vegetais para adubação verde como, por exemplo, “utilizar plantas em consórcio, rotação e/ou sucessão que sejam suscetíveis aos mesmos patógenos, como pragas, doenças ou nematoides”.

INVESTIMENTO
Como a maioria das mudanças relacionadas à sustentabilidade no campo, o produtor rural terá de investir. “Seria o custo adicional, porque, apesar dos inúmeros benefícios econômico-ambientais, principalmente, com a redução da aplicação de fertilizantes nitrogenados, esta prática consiste em um sistema complexo no qual há necessidade de o agricultor dispor de aporte financeiro para realizar os investimentos iniciais com sementes, implantação e manejo das espécies vegetais cultivadas com objetivo da adubação verde”, salienta Arminda.
Para começar a utilizá-la, também é necessário passar por uma capacitação profissional: “Esta prática consiste em um sistema mais complexo no qual há necessidade de o agricultor dispor de aporte financeiro e estrutura extra para implantação e manejo das espécies vegetais cultivadas com objetivo da adubação verde”.

LIVRO COM ORIENTAÇÕES
Em julho do ano passado, a Embrapa lançou o livro “Adubação Verde e Plantas de Cobertura no Brasil: Fundamentos e Prática – Volume 1”, de autoria do pesquisador da Embrapa Solos (RJ), Luis Carlos Hernani, em parceria com outros sete pesquisadores. Na obra, são abordadas variadas espécies vegetais com propriedades que trazem melhorias para o meio ambiente. Também já foi lançado o volume dois, que dá continuidade ao mesmo assunto.
De acordo com a Embrapa, entre os temas da publicação estão a história do uso da adubação verde no Brasil, a situação atual e perspectivas futuras da técnica, os cuidados com as espécies, os exemplos de rotação de culturas, melhoramento genético e aspectos ecofisiológicos. O livro também inclui informações técnicas e práticas sobre semeadura e manejo da biomassa de adubos verdes.
Outro aspecto importante é a evolução do conceito da adubação verde e suas modalidades, o ciclo das espécies, os sistemas de cultivo e a recuperação de área degradadas. Além de aspectos nutricionais e fatores químicos, físicos e biológicos, que condicionam a fertilidade do solo e o crescimento vegetal, são tratados de forma bastante abrangente em vários capítulos. Capítulos específicos tratam da fitossanidade, incluindo pragas, doenças, fitonematoides e plantas daninhas.
Para adquirir os dois livros que tratam da adubação verde, acesse: http://vendasliv.sct.embrapa.br.
Por equipe SNA/RJ

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Feijão Guandu , mais uma planta recicladora do solo !




É uma leguminosa de verão de porte alto e ciclo semi-perene. Tem como forte característica o sistema radicular agressivo e robusto que cresce em profundidade, reciclando nutrientes e descompactando solos adensados, fazendo uma subsolagem “biológica”
É rústica e se desenvolve bem em solos de baixa fertilidade, por isso é utilizada na recuperação de solos degradados. 
É usada também como cerca viva ou quebra vento em culturas perenes e no plantio de mudas no campo, evitando a radiação solar direta. 
Excelente forrageira para alimentação de animais, inclusive fornecendo forragem rica no período mais seco. Grande produtora de biomassa e fixadora de nitrogênio



Espécie - Cultivar - Família
Nome ComumGuandu-forrageiro (Arbóreo)
CultivarCaqui e IAC/Fava-larga
Nome CientíficoCajanus cajan
FamíliaFabaceae (Leguminosa)
Características da Espécie
Massa Verde (t/ha) (*5)20 a 40
Massa Seca (t/ha)(*5)5 a 9
N (kg/ha) (*5)120 a 220
Altura (m) (*5)2,0 a 3,0
Hábito de CrescimentoArbustivo ereto
Ciclo até o florescimento (dias) (*6)150 a 180
PMS (Peso de 1.000 Sementes) (g)110 a 130
Semeadura
Profundidade (cm)2 a 3
Em LinhaEspaçamento (m)0,50
Sementes/metro linear18 a 20
Densidade (kg/ha) (*2)50
A lançoSementes / m²45 a 50
Densidade (kg/ha)60
ÉpocaIdeal (*3)Out a Nov
Possível (*4)Set a Mar

Fonte: Piraí sementes

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

5 Motivos para ter uma Horta Cultive em casa! Agora !!

Fonte: blog hortacultive

Nunca pensou em ter uma horta em casa? 

Imagine ter alfaces, tomates, pepinos, salsa, hortelã ou outras ervas aromáticas à saída da cozinha. Além da cultive ser muito prática, veja algumas vantagens.

1 - Economia: A horta é uma forma de obter um pequeno complemento para a cozinha com baixo custo.

2 - Orgânico: É uma forma de ter um pouco mais de controle sobre a sua alimentação! Você irá cultivar 100% sem agrotóxicos ou insumos artificiais.

3 - Saúde: Não se trata apenas da questão de substituir alimentos criados com pesticidas por alimentos orgânicos. Trata-se de uma mudança imediata naquilo que você come. Seja pela facilidade, e/ou pela diversidade, no consumo de vegetais, que ficam sempre ao alcance da mão. Ou seja também, por um fator decisivo: uma redução no consumo de sal, substituindo por ervas aromáticas!
Os benefícios de ingerir menos sal são conhecidos, como a redução de pressão arterial e consequentes problemas cardiovasculares. Tudo isso podendo diversificar os sabores no seu prato.

4 - Educativo: Se você vive na cidade, os seus filhos têm pouco contato com o ciclo da natureza, com a noção de reprodução, de crescimento, de colheita, da fragilidade e da força daquilo que comemos. Ter a possibilidade de ver uma alface nascer, crescer e chegar ao prato será, acima de tudo, uma experiência nova.

5 - Hobby: Dar vida e ver um projeto crescer, ainda que pequeno, é um ótimo meio de passar o tempo. Podem existir dificuldades pelo caminho, como uma colheita que não vinga, mas isso faz parte do desafio. Esse pode ser um ótimo hobby para você e toda a sua família, aliviando o estresse do dia a dia.

Além de ter um espaço verde, a Cultive deixa a sua varanda, sua marquise ou seu quintal muito mais lindo!

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotalaria spectabilis Roth. (Fabaceae, Papilionoideae)


Imagem relacionada




Resumo

As leguminosas, pela fixação de nitrogênio no solo, são muito utilizadas como adubos verdes, em sistemas orgânicos e agroecológicos de produção.
A disponibilidade de recursos florais para polinizadores reforça o caráter da integração e multifuncionalidade dessas plantas em sistemas biodiversos de produção. Nesse trabalho estudou-se a biologia floral da C. juncea e C. espectabilis para avaliação de seu potencial melífero e polinífero. A liberação de pólen foi caracterizada pelo volume, desde a pré-antese até a murcha total, assim como, a oferta de néctar, com a identificação do volume e concentração. Os resultados demonstram que C.juncea e C. espectabilis podem ser fontes importantes de recursos para as abelhas, pois a concentração de néctar é alta e o pólen é disponibilizado desde o estádio de botão na pré-antese, até a murcha total da flor, com grande volume presente na quilha antes da antese, fator importante para a atratividade das abelhas e de outros visitantes florais. 
 
Ana Paula da Silva Marques Ricardo Costa Rodrigues de Camargo Kátia Sampaio Malagoli-Braga Elizabeth Orika Ono Mário Artemio Urchei
 

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

EMBRAPA ÁRVORES URBANAS



Por que manter árvores na área urbana? As cidades dependem fortemente do meio rural para atender às suas necessidades de água, de alimento, de fibras e de outros produtos essenciais à vida e ao bem-estar. O impacto ambiental das cidades sobre o ambiente pode ser avaliado por uma medida chamada de “pegada ecológica”. Essa pegada, ou biocapacidade, corresponde à área de terra produtiva e de ecossistemas aquáticos necessários para produzir os recursos utilizados e absorver os resíduos produzidos por determinada população com padrão de vida específico, onde quer que essa área esteja localizada (PNUMA, 2004). Em 1995, o ecologista Herbert Girardet estimou que a pegada ecológica da cidade de Londres era 125 vezes maior do que a área ocupada por ela. 

A estimativa do ano 2000 é de que a pegada ecológica dessa metrópole seja equivalente a 49 milhões de hectares, o que representa 42 vezes sua biocapacidade e 293 vezes sua área geográfica, o que grosseiramente equivale ao dobro da área da Grã-Bretanha. Com a população de 7,4 milhões de pessoas, esse cálculo representa 6,63 ha por habitante urbano. Com base na capacidade da Terra de 2,18 ha por habitante, em média, pode-se estimar que seriam necessários três planetas idênticos à Terra para manter o atual estilo de vida dos londrinos (LSDC, 2008). A cidade de Vancouver, no Canadá, consome a produção de uma área 174 vezes maior do que aquela referente à sua área política. A pegada ambiental urbana relativamente desproporcional é aceitável até certo ponto, porque a concentração de populações nas cidades reduz a pressão sobre a terra, possibilita economias de escala e facilita a proximidade da infra-estrutura e dos serviços (PNUMA, 2004). 

As cidades são fruto do engenho humano, mas muitas vezes são inóspitas. Elas são consideradas por urbanistas como ecossistemas. São sistemas imaturos, se comparados aos sistemas naturais, pois estão em rápido crescimento e são ineficientes no uso de recursos, tais como água e energia (HAUGHTON e HUNTER, 1994 citado por BOLUND e HUNHAMMAR, 1999). Nas cidades há produção e consumo de energia em grande escala; há importação e canalização de água, assim como incremento de importações e de exportações de outros materiais, com o acúmulo de enorme quantidade de dejetos e de lixo.

terça-feira, 27 de junho de 2017

A horta tem importância na terapia ocupacional, educacional, econômica e medicinal.


“Uma dieta à base de produtos orgânicos está relacionada à prevenção de alguns tipos de câncer e doenças coronarianas, dermatites, sequelas neurológicas, Parkinson, esterilidade em adultos e alergias e hiperatividade em crianças”, destaca Círio Parizotto, da Epagri.



As hortaliças agroecológicas são mais nutritivas. São ricas em vitaminas A, C, B, E, K, proteínas, fibras, cálcio e ferro (ver tabela). “Uma dieta à base de produtos orgânicos está relacionada à prevenção de alguns tipos de câncer e doenças coronarianas, dermatites, sequelas neurológicas, Parkinson, esterilidade em adultos e alergias e hiperatividade em crianças”, destaca Círio Parizotto, da Epagri. De acordo com ele, a dieta orgânica é livre de produtos radiolíticos (provenientes de irradiações) de ação carcinogênica. Além dissso, a horta tem importância na terapia ocupacional, educacional, econômica e medicinal.
Em relação à mão de obra a horta de autoconsumo ecológica não difere de uma convencional. “Há diferença quando se trata de grandes plantios, principalmente quanto ao manejo de ervas espontâneas”, diz.


Conhecimentos - A agricultura agroecológica exige mais conhecimentos do que a convencional, por ser mais complexa. Na convencional são usados “pacotes tecnológicos”, os quais poderão ser aplicados em diferentes regiões do país com resultados similares. Não exige muitos conhecimentos por ser simplista. Já na agroecologia isso não é possível, pois não existe uma receita. Cada propriedade possui suas peculiaridades em relação ao clima, solo, exposição, altitude etc. 
Nesse sentido, o conhecimento acumulado sobre a realidade local é fundamental para o sucesso desse sistema, ou seja, o avanço da agroecologia depende da união do saber local com o científico. Por isso, os jovens de Linha Fátima, em Dom Feliciano (RS), participam da Escola de Jovens Rurais, onde aprendem técnicas de agricultura ecológica.


Canteiros obedecem espaçamentos



O preparo dos canteiros é fundamental para o sucesso da horta doméstica. Espécies cultivadas em espaçamentos maiores, como repolho, pepino, abobrinha, cebola, tomate não necessitam formar os canteiros. Nesses casos, prepara-se a cova ou o sulco de plantio.

Há dois tipos de canteiros: temporários e fixos (tijolos, pedras, madeira, embalagem pet e bambu). Eles obedecem as seguintes dimensões: largura: 1 a 1,1 m; altura: 15 a 20 cm; com comprimento variável. A distância entre canteiros deve ser de 40 cm a 50 cm.

A área a ser plantada precisa estar limpa. O produtor deve aproveitar esses resíduos para adubo. Recomenda-se espalhar, por m2, misturando bem a terra, de 15 a 20 litros (ou 15/20 kg) de esterco de curral ou de 8 a 10 litros (8/10 kg) de esterco de galinha.

Após a produção das próprias sementes ou adquiridas de fornecedores orgânicos, elas podem ser semeadas diretamente nos canteiros ou em sementeiras e depois transplantadas. “Quanto aos tratos culturais, dependendo da hortaliça cultivada, deve-se fazer amarrios, desbaste, desbrota ou estaqueamentos”, orienta a agrônoma Neiva Rech.

Para irrigar, a água deve ser de boa qualidade. O sistema de gotejamento é indicado. A água da chuva é uma fonte ideal, por seu conteúdo em nitrogênio e oxigênio. Não utilizar água de rios contaminados. A irrigação de hortaliças folhosas (alface, chicória, rúcula, almeirão...) deve ser diária; nas demais, de três em três dias.




Cobertura - Para cobertura pode-se utilizar casca de arroz, palhas diversas, acículas de pínus e lona plástica. A camada deve ter de 5 a 10 cm. Isso reduz plantas espontâneas e mão de obra, temperatura no verão e doenças, mantém umidade, fertiliza o solo e as hortaliças ficam mais limpas.

Recomendações ao consumidor



  1. Dê preferência a frutas e verduras da época. Fora da estação adequada é quase certo que tenham recebido cargas maiores de agrotóxicos. Como existe pouca fruta produzida organicamente, procurar sempre descascar as frutas, em especial laranjas, pêssegos e maçãs.
  2. Lave bem frutas e verduras em água corrente durante pelo menos 1 minuto ou coloque-as numa solução de água (1 litro) com vinagre (4 colheres), durante 20 minutos.
  3. Retire folhas externas das verduras que, em geral, concentram mais agrotóxicos.
  4. Diversifique nas hortaliças e frutas. Além de propiciar boa mistura de nutrientes, isso reduz a chance de exposição a um mesmo agrotóxico.
  5. Prefira produtos nacionais e de sua região. Alimentos que percorrem longas distâncias normalmente são pulverizados pós-colheita e podem possuir alto nível de contaminação por agrotóxicos. (fonte: Epagri).

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Adubo natural de Babosa , Aloe Vera


Os estudos científicos mais e mais apoio à utilização de aloe vera para tratar várias condições e doenças. Além disso, seu uso em cosméticos é bem estabelecida e gradualmente a ser introduzido como um ingrediente culinário. Mas esta planta é muito versátil e está provando a sua eficácia como fertilizante agrícola, que é muito interessante para as culturas organicamente exploradas.


É bastante lógico, considerando que aloe vera contém numerosos minerais e nutrientes que podem ser benéficos para as plantas.

A cooperativa Argentina Pergamino Aloe Vida realizou um estudo que demonstra a eficácia da aloe vera como um fertilizante estimulador e crescimento da cultura. Tudo começou com o conhecimento de um estudo realizado no laboratório de Plantas Medicinais de Doutor Juan Tomas Roig, em Havana, Cuba, em que a relação entre o uso de aloé vera como fertilizante e estimulação de crescimento e mostraram enraizamento. Após os estudos realizados e obtenção de dados favoráveis, a cooperativa comercializa atualmente o seu próprio adubo foliar aloe vera.

Adubo caseiro aloé vera
Mas para usar em casa aloe vera como um fertilizante natural basta ter um pedaço de aloe vera e fazer um esmagamento simples removendo os espinhos. 

Quando esmagada a folha, você obtém um gel esverdeada. Adicionar uma pequena quantidade deste em cada planta.Também pode ser diluído em água a uma taxa de 100 ml por litro de água e irrigar plantas.

fonte:http://aloevaro.blogspot.com.br/2014/01/el-aloe-vera-como-abono-ecologico.html

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