O vídeo mostra uma conversa entre uma menina, sua mãe, e um agricultor sobre o quanto é melhor comer produtos agroecológicos. Mas o que é mesmo agroecologia? Como o nome diz, é a soma das palavras agricultura e ecologia. Quem trabalha nessa perspectiva, acredita que uma floresta, imitando o que faziam os índios e outros povos ancestrais, pode sim ser muito produtiva. Ou que pelo menos podemos tentar fazer agricultura sem o uso de agrotóxicos e outros insumos químicos perigosos. Vale a pena conhecer essa instituição (www.centrosabia.org.br) e mostrar às crianças o desenho animado. O Sabiá é uma ONG que tem 22 anos e já implantou mais de 1.000 sistemas agroflorestais (SAFs) em todo o Estado. Além do SAF, eles trabalham também na recuperação de nascentes e áreas de proteção permanente (APPs), implantação de tecnologias alternativas como as cisternas, no acompanhamento das feiras agroecológicas, na educação contextualizada e para uma melhor convivência da população do Agreste e Sertão com o semiárido. Então, vamos logo assistir o vídeo kkkk
. Compostos Orgânicos: Material resultante da
compostagem, nome dado ao processo biológico de decomposição da matéria
orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal. Na compostagem,
os microrganismos convertem a parte orgânica dos resíduos sólidos em
material estável, tipo húmus, conhecido como composto orgânico. Este
composto, que pode ser feito até com restos de lixo doméstico, além de
ser um excelente adubo orgânico, contribui ambientalmente para a
reciclagem.
Substratos: Substrato é a base sobre a qual as
plantas se desenvolvem. Serve como sustentação e como fonte de
nutrientes. Não existe uma fórmula ideal de substrato, por isso, cada
especialista cria a sua, na maioria das vezes envolvendo terra, húmus de
minhoca, areia, turfa, vermiculita ou casca de pinus. O importante é
que ele seja fértil, fino, com boa capacidade de absorção e drenagem de
água e completamente livre de pragas. São especialmente indicados para
cobertura de gramados e nas covas onde as plantas serão plantadas.
Condicionadores ou corretivos de solo: Os
condicionadores ou corretivos de solo não são considerados
fertilizantes, mas atuam diretamente na correção do pH e de algumas
outras características do solo. A correção adequada do pH do solo é uma
das práticas que mais benefícios trazem ao jardim, pois está diretamente
relacionada à saúde e ao bom desenvolvimento das plantas. Os
condicionadores de solo proporcionam uma combinação favorável de vários
efeitos, dentre os quais se mencionam os seguintes:
• eleva o pH;
• diminui ou elimina os efeitos tóxicos do alumínio, manganês e ferro;
• diminui a “fixação” de fósforo;
• aumenta a disponibilidade do NPK, cálcio, magnésio, enxofre e molibdênio no solo;
• aumenta a eficiência dos fertilizantes;
• aumenta a atividade microbiana e a liberação de nutrientes, tais como
nitrogênio, fósforo e boro, pela decomposição da matéria orgânica;
• reduz o desenvolvimento de fungos e pragas que preferem solos ácidos.
Muitos materiais podem ser utilizados como corretivos do solo. Os
principais são: calcáreo dolomítico, cal virgem, gesso agrícola, conchas
marinhas moídas e cinzas. Tanto a eficiência como o preço é bastante
variado para cada tipo de corretivo.
.
Como e quando adubar
.
Boa parte dos nutrientes é levada pela água, o que faz com que precisem
ser repostos regularmente. Uma boa medida é alternar adubos orgânicos
trimestralmente e adubos químicos quinzenalmente ou mensalmente, de
acordo com a formulação, época do ano e tipo de planta (verifique
indicações nas embalagens dos produtos).
Mais importante do que adubar muito é adubar sempre. Adubar
rotineiramente a planta, além de deixá-la vigorosa e bonita, aumenta sua
resistência a pragas e doenças.
.
Quando não adubar
.
Evite adubar as plantas durante a floração e no momento do transplante,
nesse caso, espere cerca de quatro semanas para começar o esquema de
adubação.
por Alexandre Bacelar
Segundo a FAO, estes grãos fazem parte do legado ancestral agrícola da América Latina e do Caribe, fixam nitrogênio nos solos e possuem qualidades nutricionais únicas; 2016 foi declarado o Ano Internacional das Leguminosas.
Quando consumidas junto com cereais, as leguminosas formam uma proteína completa, que é mais barata que a proteína de origem animal – e, portanto, mais acessível às famílias com baixos recursos econômicos.
As Nações Unidas declararam 2016 como o Ano Internacional das Leguminosas em reconhecimento ao papel fundamental que as leguminosas têm na segurança alimentar e nutricional, na adaptação as mudanças climáticas, na saúde humana e nos solos.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), as leguminosas têm uma relevância importante para a América Latina e Caribe.
“A região é o centro de origem de muitas leguminosas. Fazem parte da nossa cultura ancestral e é uma pedra angular da nossa alimentação atual”, disse Raúl Benítez, representante regional da FAO.
Grande parte da produção de leguminosas na região está nas mãos de agricultores familiares que desempenham um papel importante no desenvolvimento rural, além do cultivo ajudar na mitigação das mudanças climáticas ao fixar nitrogênio no solo.
Segundo a FAO, potenciar a produção e o consumo de leguminosas é chave para enfrentar a crescente obesidade na região, que atinge em média 22% dos adultos, e a fome, que afeta a 34 milhões de homens, mulheres e crianças.
Feijão, lentilha, feijão-da-china (ou feijão-mungo), grão-de-bico e feijão azuki são alguns dos exemplos de leguminosos. O famoso arroz com feijão brasileiro é um dos pratos descritos pela FAO como exemplos de alimentação nutritiva (leia outros aqui).
Um alimento completo
Foto: FAO
As leguminosas são essenciais para uma alimentação saudável. Mesmo pequenas, estão repletas de proteínas, contendo o dobro do que tem no milho e três vezes mais que no arroz.
“Elas são uma fantástica fonte de proteína vegetal, tem baixo índice de gordura, são livres de colesterol e glúten e são ricas em minerais e vitaminas”, explicou Benítez.
Quando são consumidas junto com cereais formam uma proteína completa, que é mais barata que a proteína de origem animal – e, portanto, mais acessível às famílias com baixos recursos econômicos.
“Essa mistura é a base da dieta tradicional de muitos lugares da América Latina e Caribe, como o feijão com milho, ou o feijão com arroz que muitos de nós crescemos comendo”, apontou Benítez.
Alimento para as pessoas e para os solos
As leguminosas não só contribuem para uma alimentação saudável, mas também são uma fonte de renda para milhões de agricultores familiares, responsáveis pelos cultivos em alternância com outros cultivos pela capacidade de responder ao nitrogênio da terra, melhorando a sustentabilidade da produção.
As leguminosas são uma das poucas plantas capazes de fixar o nitrogênio atmosférico e convertê-lo em amônia, enriquecendo os solos, diferente da maioria das outras plantas que apenas absorvem o nitrogênio do solo e não o reincorporam.
Isso permite mitigar as mudanças climáticas já que é reduzido o uso de fertilizantes sintéticos, cuja fabricação envolve um consumo intensivo de energia, o que emite gases de efeito estufa na atmosfera.
As leguminosas também exercem um importante papel na geração de emprego na América Latina e Caribe, especialmente no setor da agricultura familiar, já que são um dos cultivos que se destacam nesse setor.
Um tesouro genético para futuras gerações
Foto: FAO
Segundo a FAO, a grande diversidade de feijões e de outras leguminosas da região representa um tesouro genético para criar novas variedades que podem ser necessárias para bater de frente com as mudanças climáticas.
“No entanto, em muitas comunidades essas variedades ancestrais estão se perdendo por causa da homogeneização global que privilegia apenas alguns cultivos e alimentos, desmerecendo outros”, alertou Benítez.
De acordo com a FAO, as dietas em âmbito global estão cada vez mais homogêneas e similares, e a alimentação global depende na maior parte do trigo, milho e soja, junto com a carne e os produtos lácteos.
Durante o Ano Internacional das Leguminosas, os países devem fazer um grande esforço para que este fenômeno seja revertido, resguardando a genética, a cultura associada e o saber dos povos indígenas que tem melhorado as leguminosas ao longo de centenas de anos na região.
Aliadas na luta contra a fome
De acordo com a FAO, a América Latina e Caribe não só tem o diferencial de ser a fonte originária do feijão e de outras leguminosas, como também se destaca por ser a que mais avanços foram feitos na luta contra a fome.
As leguminosas podem ser aliadas-chave para que a região alcance a ambiciosa meta de acabar com a fome em 2025, data assumida pelo principal acordo regional nesse tema, o Plano de Segurança Alimentar, Nutricional e Erradicação da Fome da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).
“Durante este ano devemos celebrar os benefícios das leguminosas, reivindicar o seu papel na alimentação e nutrição e sua relevância no desenvolvimento rural e na mitigação das mudanças climáticas”, concluiu Benítez.
Tratamento natural de águas cinza em wetlands construídos ,
especificamente água de lavagem, utilizando duas espécies de plantas:
Taboa (Typhia spp.) e Lírio do Brejo (Hedychium coronarium).
Criar algo realmente bonito com as mãos, fazendo um belo jardim ou
uma horta cheia de frutas e verduras, é um dos resultados da jardinagem.
Mas a atividade também traz benefícios à saúde de quem mexe com a
terra.
No meio da correria do mundo moderno, parar por um momento e entrar
em contado com as plantas permite que as pessoas voltem a um estado
primitivo que foi abandonado nas grandes cidades.
Trabalhar em um jardim alivia o estresse do cotidiano e até melhora o
humor. E se você resolver plantar verduras e legumes ainda pode ter
alimentos mais saudáveis e frescos a sua disposição. Confira abaixo
algumas das maneiras que a jardinagem pode nos ajudar fisicamente e
mentalmente e como trazer esses benefícios pra você e sua família.
Alívio do estresse:
Um recente estudo mostrou que a jardinagem pode ser mais relaxante do
que várias outras formas de lazer. Dois grupos de pessoas que estavam
estressadas foram separados nas seguintes atividades: leitura em
ambientes fechados ou jardinagem, por 30 minutos. Ao final do estudo, o
grupo que ficou no jardim estava com o humor melhor em relação a quem
passou o tempo lendo.
Vivemos em uma sociedade em que sempre devemos estar ligados e
prestando o máximo de atenção em tudo a nossa volta, seja em celulares
ou emails. Mas essa capacidade de vigilância tem limite e pode gerar a
fadiga de atenção, que vem acompanhada de mau humor, irritação e
estresse.
A fadiga felizmente é reversível, e uma das maneiras de fazer isso é
com a jardinagem, pois é um momento em que não precisamos nos esforçar
para prestar atenção: esse processo é praticamente involuntário. Ou
seja, trocar seu celular por plantas é uma ótima forma de acabar com o
estresse e com a fadiga.
Melhor saúde mental:
A atenção sem esforço da jardinagem pode melhorar a saúde mental e evitar os sintomas da depressão.
Em um estudo realizado na Noruega, pessoas diagnosticadas com
depressão, mau humor persistente ou transtorno bipolar passaram seis
horas por semana cultivando flores e legumes. Após três meses, a melhora
em todos os participantes era visível e o bom humor continuou mesmo
três meses depois que o programa de jardinagem acabou.
Os especialistas sugerem que a jardinagem tenha força suficiente para
fazer com que as pessoas encontrem saídas para as turbulências. Mas
alguns cientistas têm uma teoria mais radical (e estranha) de como a
jardinagem pode acabar com a depressão.
Camundongos foram injetados com bactérias inofensivas comumente
encontradas no solo, e foi descoberto que elas aumentam a liberação de
serotonina no organismo pelas partes do cérebro que controlam a função
cognitiva e o humor – assim como as drogas antidepressivas fazem.
Ok, fazer sujeira com a terra pode não fazer o mesmo efeito que tomar
Prozac, mas especialistas sugerem que a falta das velhas companheiras
bactérias em nosso ambiente tem alterado nosso sistema imunológico.
Encontrá-las novamente em contato com a terra pode reverter o quadro e
diminuir problemas psicológicos.
Exercício:
Mexer com plantas não pode ser comparado com puxar ferro, e ao menos
que você esteja transportando carrinhos de mão cheios de terra todos os
dias, provavelmente a jardinagem não vai fazer muito por seu
condicionamento cardiovascular. Mas cavar, plantar, capinar e repetir
outras tarefas que requerem força e alongamento é uma excelente forma de
exercício de baixo impacto.
Por isso, a jardinagem é uma atividade que pode ser feita por idosos,
pessoas com deficiência e até por quem sofre de dores crônicas. Além
disso, a jardinagem permite que você tenha contato com ar puro e sol, o
que faz com que seu sangue se movimente melhor.
Saúde cerebral:
Algumas pesquisas sugerem que a atividade física associada com a
jardinagem pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver demência. De
acordo com os estudos, a combinação de atividade física e mental
envolvidas na jardinagem pode ter uma influência positiva sobre a mente.
Para pessoas que já estão sofrendo com transtornos mentais, como o
Alzheimer, apenas andar por um jardim já é terapêutico. As paisagens,
cheiros e sons que existem no ambiente natural promovem o relaxamento.
Nutrição:
O alimento que você mesmo planta é o mais fresco que você pode comer.
E é ainda mais delicioso comer algo que você mesmo cultivou. Pensando
nisso, por que não fazer uma horta cheia de frutas e vegetais? Além de
ser um exercício divertido, a tendência é que quem plante os próprios
alimentos se alimente de forma mais saudável.
Esse também é um bom incentivo para as crianças comerem mais verduras
e menos alimentos artificiais. Estudos de programas de jardinagem em
escolas sugerem que as crianças que mexem com jardins são mais propensas
a comer frutas e legumes. E elas são muito mais aventureiras na hora de
experimentar novos alimentos. Muitas comem alimentos verdes com sabor
forte, como rúcula, sem medo.
Como começar?
Você não precisa de um grande jardim para se beneficiar com a
jardinagem. Se você tem pouco espaço, vale plantar até em pequenos
recipientes, como vasos e baldes, desde que estejam limpos e tenham
buracos na parte inferior.
Existem inúmeras dicas de jardinagem em livros e na internet. Outra
maneira de aprender novas formas de cuidar de plantas é conversando com
aquele vizinho que tem uma horta ou que goste de cultivar um bonito
jardim. A maioria vai gostar de compartilhar as habilidades, e essa é
uma maneira agradável de começar a por as mãos na terra.[CNN]
O Cidades e Soluções de hoje vai mostrar que jardins, além de embelezar a paisagem e melhorar a qualidade de vida de uma cidade, oferecendo lazer e um clima agradável, também podem tratar esgoto. Vem da França o exemplo dos jardins filtrantes, que tratam esgotos de comunidades inteiras, resíduos industriais e até as águas do rio Sena. A repórter Joana Calmon foi conferir a tecnologia da empresa Phytorestore, que combina a capacidade de absorção de poluentes de algumas plantas com a capacidade de oxigenação de outras. Tudo sem perder de vista a beleza – o projeto paisagístico é inspirado nas obras de Claude Monet.
Em total sintonia com o Cidades e Soluções, os internautas que participaram do programa desta semana enviaram vídeos com alternativas para o tratamento de esgoto.
O primeiro exemplo vem de Pirenópolis, GO. O nosso telespectador Alessandro Oliveira construiu a sua própria fossa de bananeira, onde as raízes da planta tratam o esgoto gerado na casa. Ele aprendeu a tecnologia no IPEC, o Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado, que oferece cursos sobre práticas sustentáveis.
O casal Silvana Ribeiro e Bruno Cavalcante também resolveu por conta própria a ausência de rede coletora do esgoto em uma chácara em Embu das Artes, SP. Eles construíram uma fossa séptica que dá conta do recado e mostram pra gente como se faz.
A recuperação de áreas contaminadas, pelas atividades humanas, pode ser feita através de vários métodos,
tais como escavação, incineração, extração com solvente, oxidoredução e outros que são bastante dispendiosos.
Alguns processos deslocam a matéria contaminada para local distante, causando riscos de contaminação secundária e aumentando ainda mais os custos com tratamento [1]. Por isso, em anos recentes passou-se a dar preferência por métodos in situ que perturbem menos o ambiente e sejam mais econômicos. Dentro deste contexto, a biotecnologia oferece a fitorremediação como alternativa capaz de empregar sistemas vegetais fotossintetizantes e sua microbiota com o fim de desintoxicar ambientes degradados ou poluídos [1].
As substâncias alvos da fitorremediação incluem metais (Pb, Zn, Cu, Ni, Hg, Se), compostos inorgânicos (NO3- NH4+, PO4 3-), elementos químicos radioativos (U, Cs, Sr), hidrocarbonetos derivados de petróleo (BTEX), pesticidas e herbicidas (atrazine, bentazona, compostos clorados e nitroaromáticos), explosivos (TNT, DNT), solventes clorados (TCE, PCE) e resíduos orgânicos industriais (PCPs, PAHs), entre outros [1].
A fitorremediação oferece várias vantagens que devem ser levadas em conta. Grandes áreas podem ser tratadas de diversas maneiras, a baixo custo, com possibilidades de remediar águas contaminadas, o solo e subsolo e ao mesmo tempo embelezar o ambiente. Entretanto, o tempo para se obter resultados satisfatório pode ser longo [1]. A concentração do poluente e a presença de toxinas devem estar dentro dos limites de tolerância da planta usada para não comprometer o tratamento.
Riscos como a possibilidade dos vegetais entrarem na cadeia alimentar, devem ser considerados quando empregar esta tecnologia [1]
Variedade se destaca pela alta produtividade e versatilidade
Uma variedade de batata-doce de alta produtividade que pode ser usada para consumo humano e produção de biocombustível. Assim é a BRS fepagro viola, fruto da pesquisa da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e a Embrapa, lançada na Expoagro, na segunda 21.
Atividades de melhoramento de batata-doce funcionam desde 1942 na Fepagro, Vale do Taquari, com variedades sendo utilizadas pelos agricultores locais há décadas. Em conjunto com a Embrapa, pesquisadores da Fepagro coletaram amostras dessas variedades utilizadas pelos produtores.
Nova cultivar Foto: Luis Suita/Divulgação/CR
No processo de seleção, foi realizada a limpeza clonal e multiplicação dos materiais mais promissores em termos de vigor e produtividade.
Dos mais de 50 materiais testados a campo, a BRS fepagro viola se destacou pela alta produtividade e versatilidade. “É uma cultivar que responde bem a qualquer trato cultural e produz de 60 a 80 toneladas por hectare”, detalha o pesquisador da Fepagro Zeferino Chielle.
Raiz
Outro diferencial da cultivar, de acordo com Chielle, é a diversidade no tamanho da raiz, que pode ter formatos diferentes e, por isso, diferentes aplicações. “Serve para consumo humano, para produção de biocombustível e até para ração animal, devido a seu alto valor energético”, enumera o pesquisador.
Zeferino Chielle ressalta que a massa aérea da planta, produzida em abundância pela BRS fepagro viola e com teor de proteína de 16%, também pode ser aproveitada para alimentação animal e produção de biocombustível.
Produção de biocombustíveis
Para a produção de biocombustíveis a batata-doce é uma cultura importante. “Sabe-se que uma tonelada de cana-de-açúcar produz 80 litros de etanol, enquanto a mesma quantidade de batata-doce, produz 158 litros”, informa o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Luis Antonio Suita de Castro.
No Brasil, este processo esbarra na baixa produtividade das cultivares e na falta de mecanização das lavouras.
Segundo Suita de Castro, as cultivares registradas pela Embrapa e recomendadas à produção, especialmente a BRS fepagro viola, obtiveram médias superiores a 3,0 kg/planta, o que indica produção de 75 t/ha em lavouras corretamente conduzidas.
Papples são importadas pela Grã-Bretanha da Nova Zelândia
Uma nova fruta tem sido
anunciada nas prateleiras de supermercados britânicos: a "papple", que
apesar do nome - que soa como mistura de pera (pear) e maçã (apple) -, é na verdade o resultado de várias combinações de peras.
Recém-importada da Nova Zelândia, a T109 - nome
da "papple" até que ela ganhe uma nomenclatura oficial - se soma a uma
longa lista de frutas de estranhas cores, formas e sabores que o homem
criou, por meio de cruzamentos e outros métodos, ao longo dos séculos.
Variações de ameixas
Muitas variações das ameixas foram criadas a
partir do cruzamento dos frutos dos arbustos do gênero prunus, que
inclui ameixeiras, cerejeiras, pessegueiras, damasqueiras e amendoeiras.
Os híbridos das misturas dessas árvores tendem a produzir frutas muito mais doces.
Uma delas é conhecida em inglês como aprium
(mistura de damasco, do qual herdou o aspecto, e ameixa) e tem sabor de
frutas variadas.
A mão de Buda
Originária do nordeste da Índia e da China, é um
dos cítricos cultivados há mais tempo e tradicionalmente usado para
fins medicinais - contra indigestão e dores de garganta - entre os
chineses.
Mão de Buda é usada para fins medicinais na China
A fruta tem dedos longos, crosta grossa e aroma
forte. Não é consumida em várias partes do mundo porque não tem um
centro carnoso.
A planta produz numerosas folhas de cor verde
intenso e pequenas flores brancas perfumadas. O arbusto dá frutos do
final da primavera até o final do verão.
Além das aplicações medicinais, a fruta serve
para fazer marmelada e para condimentar pratos salgados ou doces. Na
China também é um símbolo de felicidade e longevidade, e por isso é
usada como presente no Ano Novo chinês.
Durian
Nativa do sudeste da Ásia, é conhecida por seu poderoso aroma, adorado por alguns e considerado repulsivo por outros.
A durian tem um aroma adorado por alguns e considerado repulsivo por outros
Mas não é apenas o odor que repele alguns consumidores: a fruta é cheia de espinhos em sua casca.
Em países como a Malásia, onde o durian é
abundante, chamam-no de "o rei das frutas", por causa de seu complexo
sabor - dizem que parece com uma mescla entre caramelo e queijo francês.
Quanto mais intenso seu odor, mais forte é o sabor.
Para alguns, esse cheiro é tão repugnante que
algumas cidades asiáticas proibiram que o durian fosse comido no
transporte público.
Existem 30 espécies diferentes de durian, que é
rico em potássio, em outros minerais e vitaminas e que tem valor
nutritivo semelhante ao abacate e à manga.
Lima dedo
Há quem diga que essa fruta se assemelha ao caviar, mas com sabor de lima.
A Citrus australasica é conhecida em
alguns países como "caviar de lima", por causa das pequenas esferas
suculentas com sabor de lima, que "explodem" na boca ao serem comidas.
A lima dedo é conhecida como "caviar de lima"
Tem a aparência de uma lima comprida, semelhante
a um pepino. E tem várias cores: verde, preto, laranja, amarelo e rosa.
É cultivada na Austrália e nos EUA, sendo usada por chefs famosos para
temperar seus pratos e drinques.
Fruta milagrosa
Originária de Gana (oeste da África), essa fruta tem sido cultivada há séculos.
O gosto da "fruta milagrosa" faz com que as
comidas mais insípidas se tornem mais doces - isso ocorre porque a polpa
dessa pequena fruta contém miraculina, uma glicoproteína que engana as
papilas gustativas, fazendo com que quem a prove perceba os alimentos
como sendo mais doces do que realmente são.
Esse efeito se prolonga por 30 minutos a 1 hora após sua ingestão.
Em 1968, houve uma tentativa de extrair essa
glicoproteína e processá-la em forma de pílula. Mas a agência americana
que regula alimentos e medicamentos proibiu sua comercialização até que
se realizem mais testes.
No Japão, a frutinha é usada como adoçante por pessoas que estão de regime.
Algumas pessoas poderão ter em suas casas uma planta chamada Ora-pro-nobis, bastante utilizada como cerca viva, devido aos seus espinhos pontiagudos, mas extremamente bela, que carrega o ambiente com suas flores. O que muita gente talvez não saiba é que a Ora-pro-nobis, além de tudo, também é comestível, sendo utilizada na região de Minas Gerais como alimento, rica em proteínas, bastante conhecida por lá como o “bife dos pobres”.
Propriedades da Ora-pro-nobis
Suas propriedades já são bastante conhecidas, principalmente pelas pessoas que vivem nas zonas rurais, e a cultivam em seu quintal como remédio e alimento. Foi a partir desse conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a chegar às grandes cidades, ainda de forma bastante tímida, mas já é um bom começo.
Por ser bastante popular em Minas Gerais, a Universidade de Lavras realizou um estudo sobre suas propriedades, constatando que seus princípios ativos são eficientes para o tratamento de várias doenças, tanto de origem inflamatória, quanto gastrointestinais, circulatórias, etc.
Benefícios da Ora-pro-nobis
Seu alto teor de fibras ajuda no processo digestivo e intestinal, promovendo saciedade, facilitando o fluxo alimentar pelo interior das paredes intestinais, além de ajudar a recompor toda a flora intestinal. Isso evita os estados de constipação, prisão de ventre, formação de pólipos, hemorroidas e até tumores;
Pessoas com anemia deverão passar a utilizá-la com mais frequência, pois os índices de ferro são essenciais para o tratamento desse quadro;
O chá, feito a partir de suas folhas, tem excelente função depurativa, sendo indicado para processos inflamatórios, como cistite e úlceras;
Esse poder depurativo associado ao chá também está ligado ao tratamento e prevenção de varizes;
As grávidas deveriam consumir Ora-pro-nobis nesse período, pois ela é rica em ácido fólico, essencial para evitar problemas para o bebê;
A alta concentração de vitamina C ajudará a fortalecer o sistema imunológico, evitando uma série de doenças oportunistas;
Ótima para a pele, devido à presença de vitamina A (retinol) em grande quantidade;
O retinol também é fundamental para manter a integridade da visão em dia;
Mantém ossos e dentes fortalecidos, pela boa quantidade de cálcio.
Composição nutricional da Ora-pro-nobis
COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM 100 GRAMAS DE FOLHAS:
Energia
26 kcal
Proteína
2,00 g
Lipídios
0,40 g
Carboidratos
5,00 g
Fibras
0,90 g
Cálcio
79,00 mg
Fósforo
32,00 mg
Ferro
3,60 mg
Retinol
250,00 mcg
Vitamina B1
0,02 mg
Vitamina B2
0,10 mg
Niacina
0,50 mg
Vitamina C
23,00 mg
É uma planta com alto teor de proteína (aproximadamente 25% de sua composição). Entre seus aminoácidos, teremos a lisina e o triptofano em maior quantidade. Seu elevado teor de vitamina C supera a laranja em 4 vezes. Além dos minerais e vitaminas, também é rica em fibras.
Como consumir Ora-pro-nobis?
A parte comestível da planta são suas folhas. Seu preparo é extremamente simples, como qualquer verdura que adquirimos. Obviamente, devemos lavá-las bem. É preciso que se utilize uma grande quantidade, pois, após o preparo, seu volume se reduz bastante.
Seu sabor é neutro, ou seja, não é picante, nem ácido, nem amargo. Tem uma textura macia, fácil de mastigar. Ela poderá fazer parte de recheios, saladas, refogados, sopas, e onde mais sua imaginação de culinarista permitir.
Como preparar Ora-pro-nobis?
Para servir como incentivo, e mesmo matar a curiosidade, vamos passar algumas receitas simples com Ora-pro-nobis. É extremamente simples o preparo e manuseio das folhas.
1. Batatas ao pesto de Ora-pro-nobis
Ingredientes:
½ quilo de batata bolinha, ou algum outro tipo, mas que sejam pequenas;
1 xícara de folhas de Ora-pro-nobis rasgadas com as mãos;
½ xícara de queijo meia cura ralado;
1/3 de xícara de castanha do Pará;
½ xícara de azeite de oliva extra virgem;
½ dente de alho;
Sal e pimenta.
Preparo:
Faça primeiramente o pesto, batendo todos os ingredientes no liquidificador, com exceção das batatas. Caso tenha um processador, tecle na função pulsar, pois você não quer que vire um suco. É importante sentir a textura dos alimentos presentes no molho pesto. Reserve.
Cozinhe as batatas, mas deixe-as firmes. Coloque-as numa forma e regue com um fio de azeite e salpique sal e pimenta. Leve-as ao forno médio, pré-aquecido, até que estejam coradas.
Assim que retirar as batatas do forno, despeje o molho pesto sobre elas, e sirva imediatamente.
2. Pão vegetariano de Ora-pro-nobis
Ingredientes:
50 gramas de fermento para pão, aproximadamente 3 tabletes;
½ copo de água morna;
½ copo de água fria;
2 colheres de sopa de manteiga ou margarina;
2 ovos;
1 colher de sopa de açúcar;
1 colher de sobremesa rasa de sal;
Farinha de trigo até dar o ponto (que poderá ser substituída por farinha integral);
100 gramas de folhas de ora-pro-nobis
Preparo:
O fermento deverá ser dissolvido juntamente com o açúcar, até formar uma pastinha. A seguir, adicione a água morna, mas tenha cuidado para que não esteja quente, pois fará com que o fermento não se desenvolva. Faça um teste no dorso da mão.
Aguarde alguns minutos e verá que a fermentação se inicia, levantando pequenas bolhas. Essa etapa é importante para saber se o fermento está bom. Caso isso não aconteça, descarte e reinicie.
A seguir, junte os ovos, a manteiga e o sal. Deixe aguardando enquanto bate as folhas de Ora-pro-nobis com a água fria no liquidificador.
Agora, junte à massa. Deixe a farinha para o final, onde deverá ser adicionada aos poucos, até começar a soltar das mãos.
Nesse momento, cubra com um guardanapo e deixe essa massa descansar até notar que dobrou de volume.
Divida em duas partes, modele os pães no formato que preferir. Pincele com gema e leve ao forno para assar, em forno pré-aquecido, até dourar.
3. Farinha enriquecida com Ora-pro-nobis
Essa farinha irá enriquecer suas receitas. É feita a partir das folhas desidratadas. Para isso, será preciso colher muitas folhas. Deixá-las em local seco e fresco, até que estejam totalmente desidratadas. Nesse momento, basta triturá-las ou e adicioná-las a seus pratos culinários. Essa farinha é rica em proteínas, aminoácidos, vitaminas, sais minerais, e fibras. Guarde num vidro com tampa e utilize nos pães, bolos, tortas, panquecas, etc.
Ora-pro-nobis ajuda a emagrecer?
A princípio, sim. Um dos fatores favoráveis ao emagrecimento está diretamente ligado à grande quantidade de fibras que a planta apresenta. Numa dieta equilibrada, as fibras são essenciais para dar a sensação de saciedade, o que nos faz comer menos nas refeições.
Além do mais, elas ajudarão no esvaziamento intestinal mais rápido, evitando que toxinas estejam circulando por nosso organismo, nos livrando de inchaços e retenção de líquidos. Se essas fibras forem ingeridas cruas, mais eficientes serão.
É claro que não basta comer Ora-pro-nobis. Ela é uma aliada entre uma série de outros que precisamos para nos manter magros.
Contraindicações
Até onde se sabe, não há contraindicações ao seu consumo, a não ser por pessoas que apresentem algum tipo de alergia a ela, porém, seus índices de toxicidade são praticamente nulos.
Onde encontrar?
Nos estados do Sudeste é mais fácil, por ser mais abundante nessa região. Em Minas Gerais, é facilmente encontrada, fresca, desidratada, em saquinhos. Costumam vender um saquinho com 200 gramas por algo em torno de R$ 1,00.
Conhecendo melhor
Quem não se apaixonar por seu sabor, seguramente se apaixonará por sua beleza. Incluímos um vídeo amador, onde é possível apreciá-la, em plena floração, cercada de abelhas em processo de polinização. Infelizmente não será possível desfrutar de seu perfume. Confira:
Considerações finais
É uma pena que não se leve a sério o cultivo de Ora-pro-nobis em grande escala. Seguramente, seus valores nutricionais poderiam acrescentar muito aos hábitos alimentares dos brasileiros, principalmente através da farinha enriquecida, que poderia chegar facilmente à nossa mesa.
Sendo possível seu cultivo em ambiente doméstico, uma vez que pega bem em qualquer tipo de solo, não exige cuidados específicos, se propaga com facilidade.
Quem nunca provou e gostaria de adquirir uma muda, dê uma vasculhada pela internet. É possível encontrar generosos doadores. Vale a pena!