A grumixama pode não ser um nome comum nas quitandas e supermercados brasileiros, mas deveria: repleta de substâncias antioxidantes, ela apresenta compostos que poderão ser usados na formulação de antibióticos, anti-inflamatórios e cosméticos, como protetores solares.
As pesquisas que demonstram tamanho potencial farmacológico são desenvolvidas em Ajapi, na propriedade de Sergio Sartori, que há 16 anos dedica-se, além da medicina, ao cultivo de espécies diversas da flora brasileira e mundial.
São 1,8 mil espécies de plantas frutíferas, muitas desconhecidas do público, mas genuinamente brasileiras, como a própria grumixama, nativa da mata atlântica.
Livro
O interesse pela fruta deu origem a um livro, escrito pelo próprio Sartori, que é lançado neste sábado no 8º Encontro Brasileiro de Frutas Raras, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), junto a outros livros da série "Frutas da Mata Atlântica", desenvolvida pela Associação Brasileira de Frutas Raras. Além da grumixama, a série traz dez livros com os títulos: Biribá, Cabeludinha, Cambucá, Cambuci, Cerejeira do Rio Grande, Grumixama, Guabijuzeiro, Jaracatiá, Pitangatuba e Pitomba, todos escritos por associados da ABFR com coordenação de Luiz Carlos Donadio e do próprio Sartori. Os livros podem ser adquiridos na Banca da Matriz, localizada na Rua 6 com a Avenida 3, ao valor de R$ 12 cada exemplar
MAIS SOBRE A GRUMIXAMA
A cereja da Mata Atlântica
foto de Ricardo Cardim |
É uma árvore elegante com flores brancas de muito perfume, dotada de copa densa e estreita. Quando adulta, pode alcançar até 15 metros de altura.
A madeira é própria para obras de marcenaria comum, carpintaria e forros. Podem também ser utilizadas para preparar sucos, licores, aguardentes, vinagres e doces (Veja abaixo receita de Cheescake).
Acredita-se que a Grumixama é rica em antioxidantes e tem alto teor de vitamina C, do complexo B (B1 e B2) e flavonoides. Pode ser usada como expectorante para cessar a tosse, quando feito um xarope com a sua casca e um pouco de mel.
A origem do nome Grumixama, segundo o vocabulário Tupi-Guarani, provém de “guamichã”: o que pega na língua. A fruta deve “pegar na língua” por ser bastante palatável e com sabor inigualável, misto de pitanga e jabuticaba.
Na época de frutificação (novembro-dezembro) são as árvores repletas de frutos que fazem o convite para o início da festa das crianças e também dos adultos, que depois experimentar in natura várias frutinhas (é impossível comer uma só!) ainda levam mais um pouco para casa.
Como toda frutífera nativa a grumixama serve como alimento para a fauna e, apesar do seu crescimento lento, é muito utilizada nos projetos de restauração florestal.
Neste Natal, enquanto a natureza nos mostra cada dia mais que devemos valorizar a nossa biodiversidade, a Apremavi convida você a apreciar a beleza e os sabores da Mata Atlântica.
Grumixama
Nome científico: Eugenia brasiliensis Lam.Família: Myrtaceae
Utilização: Madeira utilizada para obras de torno, carpintaria. Bom potencial para paisagismo. Bastante cultivada para produção de frutos, que são saborosos e consumidos principalmente ao natural. São atrativos para a avifauna.
Época de coleta de sementes: Novembro a dezembro.
Coleta de sementes: Diretamente da árvore ou no chão após a queda dos frutos.
Fruto: Amarelo, vermelho ou preto carnoso.
Flor: Branca.
Crescimento da muda: Médio.
Germinação: Normal.
Plantio: Mata ciliar, área aberta.
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