O Dia de Campo na TV desta semana apresenta um projeto desenvolvido pela Embrapa que busca estimular o cultivo sustentável da nogueira-pecã no sul do País. O objetivo é avançar nos conhecimentos sobre essa frutífera, desenvolver tecnologias para aprimorar o sistema de produção e, assim, consolidar a cultura na região. Até o fim do projeto, em 2021, os pesquisadores pretendem apontar as regiões e solos mais favoráveis ao cultivo, indicar variedades, identificar problemas fitossanitários que afetam a cultura e, ainda, elaborar recomendações de manejo.
“Antes de implantar a cultura, é fundamental a busca por informações. Conhecer um pouco a cadeia produtiva e realizar o planejamento são etapas fundamentais e determinantes para o sucesso de um pomar de nogueira-pecã. Soma-se a isso a qualidade da muda, que é extremamente importante na formação de um pomar”, complementa o pesquisador responsável pelo projeto, Carlos Roberto Martins.
O investimento na cultura está crescendo em função de a nogueira-pecã representar uma alternativa de diversificação e de consorciação com outras atividades, como pecuária e lavouras.
Além disso, a noz-pecã exige pouca mão-de-obra (porém, qualificada) em comparação a outras frutíferas, apresenta pouca perecibilidade após a colheita e possui demanda significativa de mercado, chegando a 12 reais o quilo (4 dólares, em média). Uma vez iniciada a produção de nozes, o pomar pode ser explorado economicamente durante 30 a 60 anos, ou até mais, com relativo baixo custo de produção.
A nogueira-pecã é originária da América do Norte, mas se adaptou ao sul do Brasil, região favorecida pelas condições climáticas. O destaque é o Rio Grande do Sul, onde existem mais de 6 mil hectares plantados e mil propriedades frutícolas envolvidas, além do setor de mudas e agroindústria específica do setor. Os principais produtores são os municípios gaúchos de Anta Gorda e Cachoeira do Sul.
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