quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Adubo natural! Como fazer sua própria farinha de ossos.



A farinha de ossos é um fertilizante natural rico em fósforo, cálcio e nitrogênio, elementos essenciais ao crescimento, floração e frutificação das plantas. É um adubo orgânico muito seguro, não queima as plantas. Além disso é um forte estimulante da floração e frutificação.



Sempre em minhas respostas sobre problemas nutricionais de plantas, recomendo a farinha de ossos. Trata-se de um produto rico em fósforo (P), cálcio (Ca) e magnésio (Mg), muitas vezes em falta nos nossos solos. Porém, a farinha de ossos comprada pronta é relativamente cara. Dependendo da quantidade necessária, torna-se impraticável. Vou então, passar uma receita simples para você mesmo fazer sua própria farinha de ossos em casa.


Existem três tipos de farinha de ossos no mercado: a crua, a desengordurada e a desgelatinizada. A crua é de coloração amarela e exala mau cheiro. A grande vantagem deste produto é que possui de 2 a 5% de nitrogênio, além de 25% de fósforo. Na desengordurada é feita uma limpeza em água quente. Ela possui as mesmas concentrações de nutrientes desta última. Finalmente a desgelatinizada é submetida ao vapor de água. Ela possui 1% de nitrogênio e 35% de fósforo.
Para fabricar qualquer um destes tipos há a necessidade de equipamentos especiais, como auto-clave e um triturador específico. Mas a receita que vou passar é muito simples e dispensa o maquinário industrial, trata-se da farinha de 0ssos calcinada.


Uma boa porção de ossos você pode conseguir com o açogueiro

Para faze-la, basta conseguir com seu açogueiro uma porção de ossos. Submeta estes ossos a alta temperatura, de forma que queimem completamente. Inicialmente este tratamento poderá ser na forma de uma pequena fogueira. Mas, uma churrasqueira em desuso presta-se perfeitamente para este trabalho. Os ossos quando começam a queimar mudam de cor. Inicialmente ficam pretos, e depois completamente brancos. Isto significa que calcinaram.






Ossos bem queimados ficam brancos e quebradiços

Quando esfriarem, você notará que se quebram facilmente. Se você tiver um triturador simples, use peneiras finas (como as peneiras de fubá). Caso não tenha um triturador, poderá utilizar um moinho ou pilão. Em último caso, utilize um martelo. Uma porção de 10 quilos de ossos rende aproximadamente 5 a 6 quilos de farinha de ossos. Este produto contem até 35% de fósforo, além de ser rico em cálcio e magnésio. Porém, devido à queima, é pobre em nitrogênio.

Dicas: *Não estoque os ossos crus. O mau-cheiro produzido pela putrefação será insuportável, além de atrair animais indesejados. **Ao utilizar a churrasqueira, certifique-se de limpá-la antes, evitando assim que o sal contamine os seus ossos calcinados. O sal faz mal à maioria das plantas.


Importante: Certifique-se de queimar completamente os ossos, evitando assim a contaminação do meio ambiente e os riscos sanitários que possam advir da utilização indevida do produto mal tratado.



Fonte: http://www.jardineiro.net/jardinagem/como-fazer-sua-propria-farinha-de-ossos.html

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Prefeitura de BH começa a distribuir joaninhas para controle de pragas em hortas e jardins

Prefeitura de BH começa a distribuir joaninhas para controle de pragas em hortas e jardins
Coloridas e delicadas, as joaninhas são mais do que “insetos fofos”. Assim como outras espécies da natureza, elas prestam um importante serviço ambiental, que pouca gente sabe: elas fazem o combate biológico em hortas e jardins, ou seja, elas comem pragas e parasitas, como pulgões e cochonilhas, por exemplo.
Com a disseminação do uso de pesticidas, herbicidas e inseticidas no passado, muita gente deixou de usar esses aliados naturais. Mas nos últimos tempos, os efeitos nocivos da utilização de agrotóxicos começaram a ficar mais evidentes e conhecidos, com comprovação científica, inclusive (leia mais aqui).
Em Belo Horizonte, a prefeitura quer estimular o combate biológico entre aqueles que cultivam plantas e hortaliças em casa.
Em uma biofábrica no Parque das Mangabeiras estão sendo ‘produzidas’ joaninhas e crisopídios (outros tipos de insetos que fazem o controle de pragas).
Numa fase de testes, no ano passado, as joaninhas foram distribuídas gratuitamente em  hortas comunitárias e projetos de agricultura urbana na capital mineira.
Agora, começará a doação para os moradores da cidade, interessados em utilizar os insetos para combater pragas em seus jardins e hortas.
Cada ‘kit joaninha’ contem dez larvas do inseto. “O inseto adulto se alimenta menos e também pode voar, portanto, entregar as joaninhas na fase larval foi a melhor opção para um controle de pragas mais eficaz, já que é nesta fase que ela se alimenta mais para se desenvolver”, explicou Dany Amaral, gerente de Ações para Sustentabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em entrevista ao jornal Hoje Em Dia.
Junto com as larvas, também vão algumas sementes, que servem como alimento. “São sementes de plantas atrativas para elas, porque além de comer pulgões e outros insetos, elas também gostam de pólen e néctar. É como se fosse uma vitamina”, diz. 
A distribuição dos kits é feita pela Secretaria de Meio Ambiente, mediante cadastro e disponibilidade de insetos.
Quem quiser receber, deve mandar um e-mail para biofabrica@pbh.gov.br Após o envio, o interessado recebe um formulário para preencher com informações sobre o tamanho da sua horta ou jardim e explica qual é o problema.
Baseada nessas informações, a secretaria decidirá quantos insetos são necessários para cada caso. O prazo para a disponibilização do kit, que deve ser retirado no lugar a ser definido, varia entre 10 e 30 dias.

Pragas: exterminando o inimigo de maneira natural

Como explicou a paisagista e educadora ambiental Liliana Alodi, neste outro post, no blog Mãos à Horta, as pragas existem e competem conosco pela sobrevivência. Cada qual com seu universo, insetos, ácaros, fungos, vermes, anfíbios, aracnídeos ou moluscos.
Dependendo do lugar onde você vive, podem ser de tipos diversos ou muito específicas. Muitas vezes não as vemos diretamente, mas acabam deixando marcas que se caracterizam e nos ajudam a descobrir o que está acontecendo com nossas plantas.
Para controlar é necessário compreender o mecanismo de vida destas pragas: olhar, estudar, experimentar.
O fato é que limpeza e ordem funcionam muito bem, e em geral, quando a praga persiste é sinal de desequilíbrio no jardim. Falta de sol e excesso de água trazem fungos. Falta de adubo ou terra pobre favorecem a presença de insetos.
Além do uso de insetos, veja aqui quais são as outras dicas que a Liliana dá para fazer o controle biológico no seu jardim!
Foto: domínio público/pixabay

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Grumixameira, florindo nas ruas de Porto Alegre




Grumixama Ou Cereja-do-brasil. Foto: B.navez - 22/02/2006

Grumixama, uma planta nativa melitófila em risco de extinção


A grumixama (Eugenia brasiliensis) também é conhecida como cereja-do-brasil. É uma árvore exclusiva da Mata Atlântica, ocorrendo desde o sul da Bahia até Santa Catarina.

Fui apresentada a essa frutinha saborosa no fim de 2016, por uma amiga mineirinha que ama a flora brasileira e as abelhas nativas, assim como eu! Foram longas conversas ao pé da grumixameira em floração.

O pé, com cerca de oito anos, fica na calçada, para que os vizinhos que passam por ali possam comer e parar para um minuto de prosa, que atualmente gira em torno de abelhas nativas e sustentabilidade… kkkkkkk

Os pássaros também fazem a festa com os frutos caídos na calçada.
De crescimento lento, a grumixameira pode alcançar de 8 a 15 m de altura. Seu tronco é curto e descamante e suas folhas simples. As flores são brancas, solitárias, vistosas e aromáticas e ocorrem em setembro e outubro com frutificação em novembro e dezembro. Para abelhas mirins como as jataís, suas flores constituem fonte de pólen.

Flores da grumixameira no Jardim Botânico de São Paulo.
Seus frutos são globosos, negro-violáceos, vermelhos ou amarelos, lisos e brilhantes, muito atrativos para a avifauna. Sua polpa é espessa, branco-amarelada de sabor doce e levemente ácido. Cada fruto possui de 1 a 3 sementes que se soltam facilmente da polpa.

Grumixama (Eugenia brasiliensis) ou cereja-do-brasil. Foto: B.navez – 22/02/2006
A grumixama (Eugenia brasiliensis) pertence à família das mirtáceas, assim como a pitanga, a cereja-do-rio-grande, a araçarana, o araçá-boi, a jabuticaba, a gabiroba, a uvaia, a feijoa ou goiaba-da-serra e a goiaba, todas nativas.
As variedades vermelha e amarela são pouco cultivadas em pomares domésticos, sobretudo na região Sudeste, além de serem raras em seu habitat natural.
O pesquisador, escritor e médico Sérgio Sartori, da cidade de Rio Claro, juntamente com duas universidades têm desenvolvido trabalhos científicos para estudar as propriedades farmacológicas dessa fruta que pode ser consumida in natura ou na forma de geléias e licores.

Muda de grumixama (Eugenia brasiliensis).
A grumixama foi incluída pelo Slow Food Brasil na Arca do Gosto como uma das espécies frutíferas brasileiras em extinção. Por isso é importante que, além de divulgar a existência dessa espécie nativa, façamos como minha vizinha e amiga Sônia, que produz mudas de sua grumixameira e as distribui. Eu mesma já plantei duas dessas mudas na escola na qual leciono e espero em breve plantar a minha!

Muda plantada e conhecimento disseminado.

domingo, 6 de outubro de 2019

Mudança climática pode piorar a qualidade das pastagens!

FONTE: USP

Elevação da temperatura média pode fazer com que as forrageiras fiquem mais fibrosas e menos proteicas, quando o gado precisará de mais alimento e produzirá mais metano
Para manter o mesmo nível de produção, os pecuaristas precisarão complementar a alimentação do plantel e regar as pastagens, com impacto significativo nos custos de produção – Foto: Divulgação via Fapesp
O aumento das temperaturas médias esperado para as próximas décadas, de no mínimo 2º C, pode ter um impacto inesperado no bolso dos pecuaristas. Novos estudos sugerem que um dos efeitos da mudança no clima será a redução na qualidade da pastagem, que se tornará menos proteica, mais fibrosa e, portanto, de digestão mais demorada.
Como consequência, disseram os pesquisadores, o gado precisará consumir mais alimento para alcançar o peso de abate e passará a produzir mais metano, um potente gás causador do efeito estufa.
As conclusões têm como base experimentos feitos pela equipe de Carlos Alberto Martinez y Huaman, professor do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. Participaram do estudo pesquisadores do Instituto de Botânica de São Paulo, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Jaboticabal e do Instituto Federal Goiano, campus Rio Verde.
“Buscamos entender como as pastagens forrageiras responderão fisiológica e produtivamente às condições futuras do clima, que envolvem aumento na temperatura média e na concentração de dióxido de carbono (CO2), além de redução da disponibilidade de água”, disse Martinez à Agência Fapesp.
As principais espécies vegetais cultivadas são classificadas em C3 e C4, nomenclatura relacionada à via usada pela planta para fixar carbono na fotossíntese. Soja e feijão, por exemplo, usam a via C3. Gramíneas tropicais, como cana-de-açúcar, milho e forrageiras, desenvolveram um sistema complementar à C3 chamado de via C4.
Na tentativa de determinar com precisão as mudanças fisiológicas que as forrageiras deverão sofrer no futuro, Martinez evitou realizar experimentos em estufas – locais considerados limitados para fazer as simulações necessárias.
Como explicou o pesquisador, as plantas em estufas são cultivadas em vasos e, desse modo, têm o crescimento das raízes limitado. Consequentemente, crescem menos do que em campo aberto. Outras variáveis impossíveis de serem reproduzidas na estufa são a intensidade e a variação da luminosidade e da temperatura, causadas pela ação do vento sobre as folhas, além da profundidade do solo, no qual as raízes podem penetrar à procura de água.
“Para alguns experimentos, o modelo de vasos é válido, mas para simulações de clima futuro também são necessários experimentos de campo. Conseguimos aquecer as plantas ao ar livre com aquecedores infravermelhos. Além disso, enriquecemos o ar com CO2 em ambiente aberto, graças a uma infraestrutura denominada Trop-T-FACE, instalada em campo com apoio do Programa Fapesp de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais”, disse Martinez.
Experimentos em campo aberto – Foto: Divulgação via Fapesp
Os experimentos foram realizados em campo aberto, onde as plantas estão submetidas a condições normais de temperatura, luminosidade, vento e umidade e o solo é profundo, podendo as raízes se estender em busca de água.
A espécie empregada foi o capim-mombaça (Panicum maximum), uma forrageira tropical de origem africana que realiza fotossíntese pela via C4. Amplamente usado no Brasil como pasto, por sua alta qualidade nutricional, o capim-mombaça é comum em São Paulo e em outros Estados.
“Colocamos aquecedores infravermelhos em 16 canteiros, aquecendo as plantas 2º C acima da temperatura ambiente. Os equipamentos são capazes de detectar a temperatura ambiente a cada 15 segundos, ajustando os valores de acordo com a necessidade”, disse Eduardo Habermann, bolsista da Fapesp e primeiro autor dos trabalhos publicados nas revistas Physiologia Plantarum e Plos One.
“O experimento foi realizado em novembro de 2016, período de grande calor. A temperatura ambiente estava em 38º C e, nos canteiros, chegou a 40º C”, disse Habermann.
Ao longo do experimento, os pesquisadores aferiram as condições de trocas gasosas das plantas com a atmosfera, as condições da fotossíntese, a fluorescência da clorofila, a produção de folhagem (biomassa) e a qualidade nutricional do pasto.
“Vimos que, em condições de seca, as plantas tentam economizar a água do solo. O controle é feito pelos estômatos, pequenas estruturas presentes nas folhas, que se abrem para absorver o CO2. Mas, ao fazê-lo, perdem água. Com pouca água no solo, a raiz se ressente. A planta fecha os estômatos e transpira menos. O efeito da economia de água é a redução da fotossíntese, com a consequente piora na qualidade da planta”, disse Habermann.
Além do apoio da Fapesp, o trabalho também contou com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Agência Nacional de Águas (ANA).

Folhas mais fibrosas

Outras respostas do capim-mombaça ao estresse hídrico, detectadas pelo estudo, foram o aumento na quantidade de fibras das folhas e a redução no teor de proteína bruta – fatores que representam perda de qualidade nutricional.
Os pesquisadores estimam que, nas condições futuras de temperatura, o aumento na quantidade de fibras resultará em uma digestão mais difícil e demorada para o gado. A consequência direta será a produção de maior quantidade de metano pelos animais.
“O gado precisará consumir mais pasto até atingir o peso de abate. Para manter o mesmo nível de produção, os pecuaristas precisarão complementar a alimentação do plantel e regar as pastagens, com impacto significativo nos custos de produção”, disse Martinez.
Outra alternativa, nem sempre possível, é a expansão das áreas de pastagem, o que pode favorecer o desmatamento ou fazer com que o produtor abra mão de outros cultivos.
A equipe também realizou experimentos com plantas C3, como a leguminosa estilosantes campo grande (uma mistura das espécies Stylosanthes capitata e Stylosanthes macrocephala), forrageira rica em proteína e que executa a função de capturar o nitrogênio da atmosfera e fixá-lo biologicamente no solo, reduzindo os investimentos em insumos agrícolas, contribuindo para a redução dos impactos ambientais e possibilitando maior ganho de peso aos animais.
“Os experimentos de mudanças climáticas realizados com a leguminosa C3 deram o mesmo resultado. A qualidade nutricional é reduzida”, disse Martinez.
O artigo Increasing atmospheric CO2 and canopy temperature induces anatomical and physiological changes in leaves of the C4 forage species Panicum maximum (https://doi.org/10.1371/journal.pone.0212506), de Eduardo Habermann, Juca Abramo Barrera San Martin, Daniele Ribeiro Contin, Vitor Potenza Bossan, Anelize Barboza, Marcia Regina Braga, Milton Groppo e Carlos Alberto Martinez, está publicado em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0212506.
O artigo Warming and water deficit impact leaf photosynthesis and decrease forage quality and digestibility of a C4 tropical grass (https://doi.org/10.1111/ppl.12891), de Eduardo Habermann, Eduardo Augusto Dias de Oliveira, Daniele Ribeiro Contin, Gustavo Delvecchio, Dilier Olivera Viciedo, Marcela Aparecida de Moraes, Renato de Mello Prado, Kátia Aparecida de Pinho Costa, Marcia Regina Braga e Carlos Alberto Martinez, está publicado em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ppl.12891.
Peter Moon / Agência Fapesp

sábado, 5 de outubro de 2019

Ora-pro-nobis: sistema de produção

Bananeira orgânica é bom negócio para pequeno produtor


Se existe uma cultura fácil de ser adaptada ao sistema orgânico de produção é a bananeira. "Cerca de dois terços de toda a fitomassa da bananeira retorna para o solo, ou seja, ela restitui quase 70% do que produz", afirma Ana Lúcia Borges, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) e representante da Empresa na Comissão de Produção Orgânica da Bahia, fórum composto por membros de entidades governamentais e não governamentais.
No Brasil, estima-se que apenas 0,5% da área colhida de banana esteja sob monocultivo orgânico, ou seja, em torno de 2.400 hectares. De acordo com dados de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentre todas as frutas produzidas no Brasil, a banana ocupa o segundo lugar em área colhida (aproximadamente 485 mil hectares), produção (cerca de 6,9 milhões de toneladas) e consumo aparente por habitante (30 kg/ano).
Para ser considerado orgânico, o produtor deve usar técnicas ambientalmente sustentáveis e não pode utilizar agrotóxicos nem adubos químicos solúveis, que devem ser aplicados rigorosamente de acordo com as instruções para que não haja excesso em relação à capacidade de absorção das plantas e, a longo prazo, não tragam danos ao ecossistema.
Para ser regularizado, existem três opções: certificação por um Organismo da Avaliação da Conformidade Orgânica (OAC) credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), organização em grupo ou cadastramento no Mapa para realizar a venda direta sem certificação. Além disso, pode seguir o sistema orgânico de produção para a cultura da banana, organizado pela Embrapa, que está na segunda edição. A publicação reúne informações técnicas sobre estabelecimento da cultura, preparo da área, seleção de variedades e mudas, práticas culturais, manejos de doenças, nematoides, insetos e ácaros, além dos manejos na colheita e pós-colheita, com base nos regulamentos aprovados para a produção orgânica.
Mercado
Por ter princípios bem definidos pelas certificadoras, o mercado de banana orgânica diferencia-se do convencional devido às peculiaridades dos processos ‘antes da porteira' e ‘depois da porteira'. "Os cuidados nas fases de comercialização são maiores e, por isso, o percentual de perda do produto é menor que os cerca de 40% encontrados para as bananas convencionais, embora não haja estudos com dados percentuais mais próximos da realidade", declara a pesquisadora Áurea Albuquerque, doutora em Economia Agrícola.
No momento sob forte expansão, o mercado brasileiro de banana orgânica está concentrado em centros de distribuição especializados (atacados), redes de supermercados com processos de logística que englobam produtos orgânicos e feiras livres especializadas – com vendedores cadastrados em associações ou cooperativas. "Tanto nas feiras especializadas quanto nas redes de economia solidária a rentabilidade do produtor, que muitas vezes é o próprio vendedor, é maior, pois a maximização do lucro é relegada a segundo plano", salienta Áurea.
Segundo a pesquisadora, a exportação de banana orgânica brasileira vem crescendo nos últimos anos. O destaque fica para produtos processados, como a banana passa proveniente do Projeto Jaíba, em Minas Gerais, e exportada, principalmente para a União Europeia e os Estados Unidos. "Além das exigências que os agricultores devem atender para exportação, somam-se os requisitos para certificação orgânica, institucionalizados por órgãos internacionais, o que confere  garantia adequada ao produto". 
Para o consumidor, a certificação é a garantia da procedência e da qualidade orgânica de um alimento natural ou processado. Para o produtor certificado, agregação de valor ao seu produto é um diferencial de mercado que estabelece uma relação de confiança com o consumidor. Além disso, por não utilizar agrotóxicos, a saúde dos próprios agricultores é preservada.
Nutrientes
Fertilizantes, corretivos e inoculantes somente podem ser usados se permitidos pela Instrução Normativa 17, de 18 de junho de 2014, do Mapa. Os nutrientes podem ser supridos por meio de fontes orgânicas (adubo verde, esterco animal, torta vegetal ou cinza) ou minerais naturais (calcário, fosfato natural e pó de rocha) ou da mistura das duas fontes.
O ideal é que o produtor aproveite resíduos da sua propriedade (fitomassa da bananeira e outras culturas), para reduzir custos com transporte, e utilize coberturas vegetais apropriadas para o ecossistema da região. "A agricultura orgânica é mais adequada e viável ao pequeno agricultor porque ele pode usar tudo da sua área. Se ele tem um animal, até mesmo uma galinha, pode usar o esterco, fazer o composto e colocar na bananeira", exemplifica a pesquisadora. Outros resíduos que podem ser usados no composto são bagaço de laranja ou de cana-de-açúcar, cinzas de madeira, polpa de sisal, raspa de mandioca, torta de algodão, cacau ou mamona. Também existem no mercado produtos certificados. 
O composto orgânico demora cerca de três meses para liberar os nutrientes. "No sistema orgânico o fruto realmente cresce menos. Como o nutriente não está prontamente disponível, a liberação é lenta, mas observamos que isso tem uma vantagem. O fruto cresce devagar, concentra o brix [a doçura], fica com tamanho adequado, em torno de 90 a 100g, e mais saboroso. Para o consumidor, isso pode ser importante", informa. 
"Particularmente, a bananeira é uma planta muito fácil de produzir de forma orgânica porque anualmente não é necessário colocar tanto adubo já que ela restitui ao solo dois terços da sua fitomassa. Da bananeira, só saem os frutos. Então, tem que se repor os nutrientes que saíram com o cacho. Tudo volta, até o engaço [estrutura que segura os frutos]'.
crotalária
Conservação do solo
Uma preocupação constante do produtor orgânico precisa ser com a conservação do solo, que deve ser mantido sempre coberto. Por isso, na fase de formação do bananal é recomendável o plantio de leguminosas e não leguminosas nas entrelinhas do bananal. "As plantas utilizadas como adubo verde devem ter crescimento inicial rápido, para abafar as plantas espontâneas e produzir grande quantidade de massa verde", explica José Egídio Flori, pesquisador da Embrapa Semiárido (PE). Ao serem cortadas, as plantas de cobertura devem ser deixadas sobre a terra. Esse material orgânico se decompõe, liberando nitrogênio – principalmente as leguminosas – e outros nutrientes.
Nos experimentos em área de produtor, as leguminosas que trouxeram melhor resultado foram feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), crotalária (Crotalaria juncea), guandu ou feijão-de-corda (Cajanus cajan) e cudzu tropical (Pueraria phaseoloides). Perene e tolerante à sombra, o amendoim forrageiro (Arachis pintoi) deve ser usado apenas em regiões de boa pluviosidade ou em bananais irrigados. "O produtor pode consorciar a bananeira com uma cultura que ele pode vender também e ter uma renda a mais, como o guandu", salienta Ana Lúcia.
Pragas e doenças
De acordo com a Instrução Normativa 17 do Mapa, nos sistemas orgânicos, deve-se priorizar a utilização de material adaptado às condições locais e tolerantes a pragas e doenças. "O grande problema do sistema orgânico é a mão de obra. No sistema convencional, o monitoramento é feito para avaliar se precisa fazer o controle. No orgânico, tem que ser o tempo todo. Quando aparecer uma praga, o produtor tem que retirar antes que se alastre. A vistoria precisa ser constante", alerta Ana Lúcia. Por isso, a melhor alternativa para o controle é a utilização de estratégias de manejo integrado de pragas (MIP).
"Não existem variedades de bananeira desenvolvidas especificamente para plantio em sistemas orgânicos de produção, mas as variedades utilizadas para o sistema convencional vêm sendo cultivadas com sucesso, adotando-se as práticas recomendadas para o sistema orgânico. A Embrapa tem uma série de variedades resistentes, que permitem o cultivo sem a utilização de agrotóxicos", esclarece. Para verificar o comportamento de oito variedades de bananeira no sistema orgânico, dois experimentos foram implantados em locais com condições e climas distintos: no Perímetro Irrigado Pedra Branca, localizado nos municípios de Curaçá e Abaré (BA), e outro na Unidade de Pesquisa de Produção Orgânica (UPPO), na área da Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas (BA). As variedades foram Prata Anã, Pacovan, BRS Platina, BRS Princesa, BRS Japira, BRS Preciosa, BRS Vitória e Galil-18. No primeiro ciclo, destacaram-se, no ecossistema Semiárido, a bananeira BRS Preciosa e, no ecossistema Mata Atlântica, a BRS Platina. No segundo ciclo, destacou-se a BRS Princesa no Semiárido e a ‘Galil 18' na Mata Atlântica.
"A resistência a doenças importantes e a rusticidade, em especial, das variedades BRS Platina e BRS Princesa facilitam a adoção e o cultivo em áreas onde o uso de tecnologia ainda é incipiente", confirma o pesquisador Edson Perito Amorim, líder do Programa de Melhoramento Genético de Bananas e Plátanos da Embrapa.
Em Pedra Branca, além do experimento de competição de variedades de bananeira na área do produtor João Conceição, foi conduzida, de 2010 a 2013, uma área com a cultivar Pacovan orgânica, cujo acompanhamento foi feito por técnicos da assistência técnica Projetec, contratada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). "Na área de Pacovan obtivemos bom resultado de produção, que foi em média de 23 t/ha. O desempenho de produção e qualidade dos frutos da bananeira orgânica foi bom", completa José Egídio Flori.
O agricultor João Conceição, que já cultivava hortaliças orgânicas, teve bons resultados com a banana orgânica. "A produtividade foi muito boa. Eu segui todas as recomendações do pessoal da Embrapa e da assistência técnica porque acho que o produtor não pode fazer as coisas só da cabeça dele. Fiz até análise do solo. Só não pude ganhar mais porque não sou certificado e precisei vender as bananas para o atravessador junto com as convencionais", salienta.
Léa Cunha (MTb 1633/BA)
Embrapa Mandioca e Fruticultura

Telefone: (75) 3312-8076

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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Capim elefante: energia renovável e fonte de nutrição animal

Em períodos de grandes discussões sobre os cuidados e a preservação do meio ambiente, novas fontes de energia renovável ganham destaques e são alvos de pesquisa. O capim-elefante, além da aplicação na nutrição para bovinos , principalmente para vacas em período de lactação, é também uma opção de fonte alternativa de energia. Originário da África, ele possui grande variabilidade genética e o seu alto rendimento e qualidade são um dos aspectos mais estudados na cultura.
Nutrição animal
De acordo com a Embrapa Gado de Leite, com sede em Minas Gerais, o capim-elefante é utilizado como base da alimentação de vacas leiteiras mantidas a pasto durante o período de menor crescimento do capim, pois há necessidade de suplementação com volumosos, como o capim-elefante verde picado.
Devido ao alto potencial de produção de matéria seca, o capim-elefante é a forrageira mais utilizada em sistemas de produção de leite e na produção de capineiras. O produtor pode produzir silagens de média a boa qualidade com o uso deste tipo de cultura. Depois do milho e o sorgo, o capim-elefante se encaixa no grupo de forrageiras tropicais com melhores características para ensilar por conta da alta produtividade, do elevado número de variedades, grande adaptabilidade, facilidade de cultivo, além da boa palatabilidade e aceitabilidade pelos animais.
Fonte de energia renovável
Por ser uma espécie de rápido crescimento e de alta produção de biomassa vegetal, o capim elefante apresenta um alto potencial para uso como fonte alternativa de energia. Além disso, deve-se destacar que o capim elefante, por apresentar um sistema radicular bem desenvolvido, poderia contribuir de forma eficiente para aumentar o conteúdo de matéria orgânica do solo, além de aumentar o sequestro de carbono.
O pesquisador e entusiasta do uso de capim-elefante como fonte de energia renovável, Vicente Mazzarella, afirma que a gramínea semelhante à cana-de-açúcar foi trazida da África há cerca de um século e, desde então, tem sido usada como alimento para o gado. O interesse energético surgiu depois que sua alta produtividade tornou-se uma característica reconhecida por pesquisadores mundo afora.
“Enquanto que para produzir celulose e carvão vegetal o eucalipto fornece 7,5 toneladas de biomassa seca por hectare ao ano, em média, e até 20 toneladas nas melhores condições, o capim alcança de 30 a 40 toneladas”, afirmou o técnico que estuda a espécie desde 1991 no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do governo do Estado de São Paulo.
De acordo com Mazzarella, o cultivo da planta ainda é muito incipiente no Brasil, mesmo sendo o país que possui as melhores condições climáticas e geográficas para o plantio da espécie. “A produção em nosso país ainda é muito tímida, por inúmeras razões. Uma delas é que ninguém quer correr o risco. Além disso, as agências de fomento não completaram o ciclo, mas não tenho dúvidas de que a implantação vai levantar voo, minimizando erros e atuando de forma planejada”, garante o especialista.
Existem mais de 200 variedades de capim elefante e as plantações variam de lugar para lugar. O ideal é que o interessado procure saber quais são as variáveis mais adequadas a cada microrregião do país para só então iniciar o plantio. “As variedades dependem muito das condições edafoclimáticas. Para essas e outras análises existem pequenos projetos-piloto que estudam a variedade aconselhável para determinada região”, esclareceu Vicente.
Cultivo
Normalmente a primeira colheita pode ser feita seis meses após o plantio – o que permite duas colheitas anuais - mas também pode ser feita somente após um ano. “Ainda não existem dados práticos e econômicos em uma escala maior que comprovem qual o tempo ideal para colheita. Se são colheitas semestrais ou anuais, mais uma vez vai depender da região e respectivas condições climáticas e resposta do solo”, explicou Mazzarella.
Como pesquisador, Vicente desenvolveu trabalhos em parceria com a Embrapa Seropédica e o Instituto de Zootecnia do Estado de São Paulo, todos voltados a estudos sobre bioenergia. “Creio que em 2013 a questão do capim elefante deve deslanchar, pois não dá pra esperar que os outros avancem, temos que entrar nesse barco agora e fazer um trabalho bem feito”, pontuou.
Promissor
O pesquisador garante que essa fonte renovável tem o potencial de suprir entre 5% e 10% do consumo energético brasileiro nos próximos dez anos. Segundo pesquisas desenvolvidas por Mazzarella e as instituições parceiras, a produtividade energética do capim elefante - que cresce 5 metros ao ano – é muito superior ao da cana-de-açúcar e tem um bônus: capta ainda mais carbono da natureza.
E não para por aí, o futuro do capim-elefante mostra-se tão promissor a ponto de a planta poder competir com o eucalipto no segmento de carvão. “Já existem projetos em andamento para sua utilização como lenha em fábricas de cerâmica e como substituto do carvão mineral”, afirma. Para finalizar, Mazzarella aponta mais uma vertente para o uso da espécie. “Ele [capim] pode ser usado ainda em usinas termelétricas, em indústrias e o bagaço serve para a produção de álcool”, conclui.

Outro lado da moeda
De olho nos benefícios da espécie, o proprietário Sérgio Fernandes, da Cerâmica União, localizada em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, começou a cultivar o capim elefante há quatro anos, na queima de biomassa vegetal para produção de tijolos. Ele conta que viu no capim uma alternativa à queima de carvão e fonte de energia renovável. Por outro lado, no meio do caminho o empresário descobriu uma grande dificuldade no cultivo da planta. “Aqui ainda estamos em processo de implantação, pois descobrimos que a densidade do capim elefante é muito baixa e como o calor é gerado a partir do peso, a baixa densidade não ajuda muito. Por isso aqui na minha cerâmica eu misturo o capim elefante com o cavaco de madeira”, esclarece.
Densidade baixa e a dificuldade no cultivo
Ainda de acordo com o produtor é necessário que um trabalho mais intenso seja feito e pesquisas apontem o caminho do êxito na utilização do capim elefante. “Hoje nossa maior dificuldade em relação ao plantio é a densidade muito baixa que a planta possui. Outro ponto negativo é a falta de equipamentos adequados para colher o capim. Para isso é imprescindível o uso de maquinário agrícola adequado que faça a colheita de maneira que facilite o trabalho de secagem”, pontuou.
O capim elefante também possui alto teor de umidade e por essa razão precisa de um trabalho de desidratação muito bem elaborado – o que pode gerar gastos excessivos. “Se for gerar energia para tirar toda a água dele o custo pode ficar muito alto”, analisa Fernandes em referência aos aspectos da espécie que ainda precisam ser estudados com certa cautela.
O empresário é dono de uma propriedade no interior do Rio de Janeiro com cerca de 30 hectares plantados com capim elefante. “Precisamos de uma área maior plantada, mas também tenho necessidade que os estudos em torno da espécie se multipliquem e que as conclusões sejam positivas para quem tem interesse em cultivar. Precisamos de uma segurança maior”, afirma.
Plantio recomendável?
Questionado se recomenda o plantio de capim elefante, apesar de todos os aspetos positivos apresentados ao longo da matéria e do futuro um tanto quanto promissor que ele apresenta, Sérgio é enfático. “O plantio ainda não é aconselhável, pois é necessário calcular os riscos. Eu acredito que se conseguirmos aumentar a densidade da espécie o resultado será rentável, pois eu já investi muito dinheiro no cultivo e até agora minhas experiências não tiveram resultados tão lucrativos”, garante.
O produtor deixa claro que, apesar das características positivas e sustentáveis que o capim elefante oferece, os estudos são recentes e as formas de plantio ainda não apresentaram nenhuma descoberta sobre o ganho de densidade – isso tornaria o plantio extremamente recomendável – pois é a densidade que produz o calor necessário para gerar a energia que se espera da gramínea.
Em suma, tanto o pesquisador Vicente Mazzarella quanto o produtor Sérgio Fernandes, concordam em um aspecto: O Brasil ainda levará algum tempo para aprimorar a cultura e viabilizar o plantio.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Ana maria Primavesi completa hoje 99 anos

Ana maria Primavesi completa hoje 99 anos. Nascida na austria veio cedo ao Brasil e aqui desenvolveu suas pesquisas e se transformou na maior cientista mundial de solos.  E a nossa mestra e pioneira dos conhecimentos científicos que embasam a agroecologia.  Confira mais dados de sua vida.


terça-feira, 1 de outubro de 2019

Jardim filtrante saneamento básico na área rural





Em São Carlos, interior de São Paulo, uma iniciativa da Embrapa Instrumentação se apresenta como o caminho ideal para a promoção do saneamento básico na área rural e a destinação correta dos resíduos sólidos, de origem domiciliar. A proposta é evitar as chamadas fossas negras, transformar o esgoto doméstico da área rural em adubo orgânico, promover o saneamento básico e proteger o meio ambiente. Para isso, foi desenvolvido o jardim filtrante, uma tecnologia complementar ao saneamento básico na zona rural, que inclui a fossa séptica biodigestora e o clorador Embrapa.

Como a fossa trata apenas o esgoto humano, o jardim filtrante surgiu como uma alternativa para dar um destino adequado à água cinza da residência, constituída de efluentes provenientes de pias, tanques, chuveiros e o efluente tratado da fossa. Apesar do seu poder contaminante ser bem menor que a água negra, a água cinza também merece atenção, já que vem impregnada de sabões e detergentes, bem como de restos de alimentos e gorduras.

A fossa séptica biodigestora é um sistema que o próprio produtor rural pode fazer. O esgoto doméstico é desviado do vaso sanitário por meio de uma tubulação que vai até caixas de fibra de vidro praticamente enterradas no chão. O adubo orgânico gerado pela fossa séptica biodigestora deve ser aplicado somente no solo, em pomares e outras plantas onde o biofertilizante não entre em contato direto com alimentos que sejam ingeridos crus.

O clorador Embrapa é um complemento do sistema de saneamento básico na área rural. fácil de ser montado e de baixo custo. Com peças e conexões encontradas em casas de material de construção, o produtor pode montar o clorador, que é instalado entre a captação de água e o reservatório. Para clorar a água é preciso colocar uma colher rasa de café, de hipoclorito de cálcio, no receptor de cloro. Depois de 30 minutos, a água já está clorada, livre de germes e pronta para beber.

Assista outros vídeos na nossa Rede de Pesquisa e Inovação em Leite, www.repileite.com.br

Produção: Embrapa Informação Tecnológica e Embrapa Instrumentação Agropecuária

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