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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Importância da Arborização Urbana - prefeitura de Pedreira - SP

 

Importância da arborização urbana para o meio ambiente:

- Desenvolvem um papel importantíssimo no ecossistema pois são responsáveis por manter mais de 50% da biodiversidade;
- Promovem saúde dos solos e evitam erosão com suas raízes;
- A vegetação, pelos vários benefícios que pode proporcionar ao meio urbano, tem um papel muito importante no restabelecimento da relação entre o homem e o meio natural, garantindo melhor qualidade de vida.


Importância da arborização urbana para o homem:
- A arborização de uma cidade, assim como a presença de áreas verdes, é da mais alta importância para a qualidade de vida da população. Além de absorver ruídos, diminuir o calor do sol, ventos, constituir filtro para a purificação do ar, chuvas regulares entre outros, também é responsável pela melhoria ambiental e paisagística;
- As árvores podem providenciar as necessidades de oxigênio para nossa existência;
- Retém CO2, as arvores podem reduzir a incidência de asma, câncer de pele e doenças relacionadas ao estresse, pois ajudam a diminuir a poluição do ar, promovem sombreamento e um ambiente atrativo, calmo e adequado para recreação;
- Ajudam a reduzir em até 10% o consumo de energia por meio do efeito de moderação climática local;
- Fornecem base para produtos como medicamentos e chás, além de frutas, flores, sementes, fibras, madeira, látex, resinas e pigmentos;
- Beleza natural.


Cuidados com a arborização urbana:
As pessoas necessitam do esgoto, da água, da energia elétrica, da insolação e da luminosidade. Há, portanto, a necessidade de conciliar a arborização urbana e de nossas residências com os equipamentos públicos e com o nosso bem-estar e do próximo. Há também o fator de extrema importância que é a segurança para evitar graves acidentes.


Avaliação fitossanitária de árvores urbanas:
Fazer a identificação de podridões de galhos e troncos, pragas e identificação de sintomas, identificação de ações de envenenamento de árvores, perda de raízes por atividade antrópica, senescência e características morfológicas alteradas.


Partes da Árvore:


partesarvore2

Raiz: responsável pela retirada de água e sais minerais do solo para a planta, e pela sustentação dela;
Caule: responsável pela sustentação da planta e por levar água e sais minerais da raiz para as outras partes dela;
Folhas: responsáveis pela transpiração, respiração e alimentação das plantas;
Flores: responsáveis pela formação do fruto e da semente;
Frutos: responsáveis pela proteção da semente;
Sementes: responsáveis pelo nascimento de novas plantas.


Fotossíntese


fotossintese


Fotossíntese é um processo realizado pelas plantas para a produção de energia necessária para a sua sobrevivência.
A água e os sais minerais são retirados do solo através da raiz da planta e chega até as folhas pelo caule em forma de seiva, denominada seiva bruta. A luz do sol, por sua vez também é absorvida pela folha, através da clorofila, substância que dá a coloração verde das folhas. Então a clorofila e a energia solar transformam os outros ingredientes em glicose. Essa substância é conduzida ao longo dos canais existentes na planta para todas as partes do vegetal. Ela utiliza parte desse alimento para viver e crescer; a outra parte fica armazenada na raiz, caule e sementes, sob a forma de amido. A fotossíntese também desempenha outro importante papel na natureza: a purificação do ar, pois retira o gás carbônico liberado na nossa respiração ou na queima de combustíveis, como a gasolina, e ao final, libera oxigênio para a atmosfera.
Origem da palavra fotossíntese
Do grego photosýnthesis, que significa “síntese das luzes”. Este termo, por sua vez, originou-se a partir da junção de duas outras palavras também de origem grega: phos, que significa “luz”; e synthesis, que quer dizer “síntese”.

 

MANUAL ARBORIZAÇÃO URBANA ED2

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Arborização urbana como medida preventiva de saúde pública!!

 


Fonte:  Instituto Humanitas Unisinos - IHU



Há evidências sugerindo que as árvores, comparadas com outras formas de vegetação urbana, têm um impacto profundo na saúde e no bem-estar humano.

 

A reportagem é de Connie Ho, publicada por USDA Natural Resources and Environment e reproduzida por EcoDebate, 02-05-2022. A tradução e a edição são de Henrique Cortez.

 

Ao longo dos anos, os ambientes naturais ao ar livre nas cidades desapareceram com a urbanização contínua. O Programa Greenworks da Cidade da Filadélfia é um plano para aumentar a copa das árvores, ou espaço verde. Uma equipe de pesquisadores do Serviço Florestal partiu para descobrir onde aumentar a cobertura de árvores na Filadélfia ajudaria mais moradores da cidade a viver mais.

 

Michelle Kondo, cientista da Estação de Pesquisa do Norte, estuda os muitos benefícios que as árvores proporcionam e as formas como as cidades estão investindo em programas para expandir a cobertura florestal.

 

“Sempre me interessei em como o projeto de cidades e infraestrutura pode apoiar a saúde ecológica e humana”, disse ela.

 

A pesquisa de Kondo aborda como diferentes tipos de ambientes afetam a saúde humana. Ela explora os efeitos do local municipal e iniciativas baseadas na natureza na prevenção e redução da violência, lesões e doenças. Ela descobriu que as pessoas que têm acesso a parques, jardins, árvores e florestas geralmente desfrutam de uma melhor qualidade de vida.

 

Um estudo da associação entre a saúde autorreferida e a proximidade de árvores, grama e vegetação total perto de residências encontrou relatos significativamente maiores de saúde muito boa para participantes com alta cobertura arbórea. Há até evidências sugerindo que as árvores, comparadas com outras formas de vegetação urbana, têm um impacto profundo na saúde e no bem-estar humano.

 

O trabalho de Kondo também examina questões relacionadas à saúde ambiental e justiça ambiental, incluindo o impacto de programas inovadores na saúde e segurança pública.

 

“O espaço verde urbano pode ser considerado uma medida preventiva de saúde pública”, disse ela. “Eles oferecem oportunidades para melhorar a saúde mental, aumentar a interação social e a atividade física e reduzir o estresse, o crime e a violência.”

 

Na Filadélfia, sua equipe descobriu que 403 mortes prematuras de adultos – 3% da mortalidade total da cidade – poderiam ser evitadas a cada ano se a cidade aumentasse a cobertura das copas das árvores para 30% até 2025. Esta análise é uma das primeiras a estimar o número de mortes evitáveis com base na exposição a espaços verdes e seus benefícios associados, como aumento da atividade física ou redução da poluição do ar, ruído, calor e criminalidade. Antes deste estudo, nenhum estudo de avaliação de impacto na saúde estava disponível para fornecer aos formuladores de políticas uma visão abrangente dos benefícios para a saúde do aumento do número de árvores em áreas urbanas.

 

Os pesquisadores determinaram que, para atingir a meta de 30% de cobertura de dossel de árvores da cidade, os programas de plantio de árvores precisarão não apenas visar espaços gerenciados como ruas e parques, mas também quintais residenciais e outros espaços comerciais, industriais e institucionais de propriedade privada. Os dados indicaram que os maiores benefícios ocorreriam em áreas de menor status socioeconômico, onde os moradores atualmente vivem com menor copa das árvores. Aumentar a cobertura arbórea nesses bairros não só promoveria a saúde pública, mas também diminuiria as desigualdades na saúde e aumentaria a justiça ambiental.

 

Com base nessas descobertas, os pesquisadores observam que os formuladores de políticas estão autorizados a ver a preservação e a expansão da copa das árvores urbanas como uma ferramenta para promover a saúde e reduzir os custos relacionados à saúde.

 

Essa abordagem também pode ser aplicada a outras cidades com iniciativas de ecologização.

 

“Meus colegas e eu aplicamos esse método em cidades da Europa”, disse Kondo. “Eu também gostaria de expandir este estudo para mais cidades nos EUA

 

Referência

 

Efficacy of the global protected area network is threatened by disappearing climates and potential transboundary range shifts. Environmental Research Letters, Volume 17, Number 5. Disponível aqui.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Frutas brasileiras são ricas em antioxidantes e anti-inflamatórios!! Jornal da USP









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terça-feira, 1 de outubro de 2024

Porque os solos encharcados prejudicam o crescimento das ÁRVORES ?

Devido ao fenômeno El Nino, estamos tendo um inverno e primavera chuvosa no RS. O que ocasiona o aumento do lençol freático prejudicando o crescimento dos vegetais, principalmente as mudas de frutíferas, pois falta oxigênio nas raízes devido a ocupação dos poros por água.


 O QUE É LENÇOL FREÁTICO? 

De toda a água que cai numa chuva, uma parte infiltra no terreno e o resto escoa pela superfície. A parte que corre pela superfície vai formar a enxurrada e a parte que infiltra vai formar o lençol freático.

A água que infiltra não fica parada dentro do terreno. Ela escoa, flui, formando uma rede de percolação até encontrar um barranco ou a beira de um rio onde a água aflora (sai) na forma de mina, também conhecida como bica. 
A análise da crosta terrestre, em relação à água da chuva que se infiltra permite distinguir duas zonas: saturada e não saturada.














A zona não saturada, também denominada zona de aeração, ou zona de infiltração, possui água e ar que preenchem poros e fissuras das rochas. Por baixo encontra-se a zona saturada, que constitui o aquífero, e onde todos os poros e fissuras das rochas estão preenchidos com água. A zona não saturada situa-se entre a superfície do solo e o topo da zona saturada.
Na zona não saturada, ou edáfica (que significa solo), a água pode comportar-se de forma gravitativa (ou seja, escoando verticalmente no sub-solo após infiltração na sequência da precipitação); pelicular (quando a água adere-se às partículas do solo por força da absorvição); e capilar (quando a água preenche parcialmente os poros da rocha através de forças capilares, podendo ainda ser distinguida a água capilar isolada da água capilar contínua). Neste último caso a água chega a ter um comportamento de deslocação vertical ascendente a partir da zona saturada, que é tanto mais importante quanto mais finos forem os poros ou fissuras da rocha.
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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

àrvores com risco, como reconhecer!!

 


Aprenda a identificar os defeitos comuns que ocorrem nas árvores que podem indicar riscos, e a compreender como riscos oferecidos por árvores podem ser gerenciados. As árvores proporcionam benefícios significativos às nossas casas e à nossa cidade, mas quando caem podem machucar pessoas ou causar danos a propriedades, e por isso podem implicar em responsabilidade legal para seu proprietário. 

Compreender e gerenciar os riscos associados às árvores trará uma segurança maior à propriedade e prolongará a vida da árvore. As árvores são uma parte importante do nosso mundo. Elas oferecem uma ampla gama de benefícios ao ambiente e proporcionam uma beleza incrível. Todavia, elas podem ser perigosas. As árvores (ou partes delas) podem cair e machucar pessoas ou causar danos a propriedades. 

É importante avaliar as árvores em relação ao risco que possam oferecer. Apesar de todas as árvores apresentarem um risco potencial de queda, apenas uma pequena quantidade delas realmente atinge uma pessoa ou alguma coisa – um alvo. Não existe uma árvore completamente “segura”. O proprietário deve ser responsável pela segurança da árvore que está localizada em sua propriedade. Este folder fornece algumas indicações para se identificar os defeitos comuns relacionados ao risco de queda de árvores. 

De qualquer modo, a avaliação da complexidade do defeito será mais bem realizada por um arborista profissional. Os cuidados regulares com as árvores ajudarão a identificar as árvores com níveis de risco inaceitáveis. Uma vez que o risco é identificado, alguns passos deverão ser seguidos para se reduzir a probabilidade de queda da árvore, o que poderá machucar alguma pessoa.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Esta árvore pode ajudar São Paulo a suportar o futuro climático!!!

 FONTE JORNAL DA USP


Comum na urbanização de cidades brasileiras desde a década de 1950, a Tipuana se mostrou resiliente em períodos críticos e pode ajudar a mitigar desafios climáticos nas cidades. Para pesquisadores, ela “não é a árvore do futuro, mas definitivamente deve fazer parte dele”

  Publicado: 02/09/2024

Texto: Pedro Morani*

Arte: Beatriz Haddad**

As cidades devem fazer adaptações com urgência para as mudanças climáticas em curso. Ambientes urbanos sofrem especialmente com os extremos de temperatura, com secas e ondas de calor devido à aglomeração populacional e ao declínio dos espaços verdes permeáveis. O reflorestamento urbano é uma das principais ferramentas das chamadas Soluções Baseadas na Natureza para atenuar estas condições, mas isso tem que ser muito bem planejado. Uma das variáveis são as espécies escolhidas, que precisam ter resistência ao estresse fisiológico imposto em grandes centros.

Tipuana tipu é uma árvore típica do norte da Argentina e sul da Bolívia, que foi introduzida em cidades brasileiras a partir da metade do século 20 e foi analisada por um grupo de pesquisa do Instituto de Biociências (IB) da USP. A espécie demonstrou alta tolerância ao estresse e pode ser bem-sucedida em promover a resiliência na cidade de São Paulo diante do aquecimento global. No estudo, foram observados os anéis de crescimento da árvore, que mostram cada ano de sua vida. No período de 2013 e 2014, marcado por uma seca extrema e até mesmo racionamento de recursos hídricos, o esperado seria um atraso no crescimento, mas a espécie mostrou um aumento na taxa.

“Queremos compreender como podemos usar a arborização da melhor forma possível para adaptar a cidade às mudanças climáticas. Como a gente pode construir florestas urbanas que sejam resilientes”, explica o biólogo Giuliano Locosselli, primeiro autor do trabalho. A espécie está entre as três mais comuns na cidade e região metropolitana. A equipe analisou unidades do polo petroquímico Capuava, em Santo André e Mauá, e em São Paulo, do Parque Santa Amélia. Em ambos, o crescimento foi comprovado pela maior taxa de fotossíntese, processo de produção de energia necessária para a sobrevivência das plantas, resultando na maior concentração de carbono, um dos benefícios que ela proporciona.

Foto de um homem de cabelos curtos e barba cerrada, de olhos escuros e camista marrom. Ele fala ao microfone.
Giuliano Locosselli - Foto: IEA/USP

A análise foi feita de forma não destrutiva, evitando que alguma árvore tivesse que ser derrubada. Por meio de um trado de incremento, um tipo de sonda, foram retiradas amostras de 5 mm do tecido. “Sabe quando estamos doentes e temos que fazer uma biópsia, tirar um pedacinho do tecido para analisar? Foi isso que fizemos com a planta”, explica Giuliano. Além do impacto da seca, também foi possível analisar o comportamento interno da espécie, incluindo os isótopos estáveis de carbono, usados para acessar a contribuição relativa de plantas que realizam a fotossíntese.

“O trabalho que o Giuliano desenvolveu trouxe coisas incríveis”, ressalta o professor Marcos Buckeridge. Foi possível constatar mudanças históricas, como na composição da poluição do ar após a proibição de adição de chumbo na gasolina, em 1989. Ainda mais específico, também constatou-se as diferenças que a mudança da direção dos ventos, ocorrida em 2006, causou na Tipuana. “Todas as variações nos anéis de crescimento de árvores são fundamentais para a gente entender o passado, e aprender com as lições para olhar para o futuro”, completa o professor.

Em espaços tombados, como o Parque da Independência, há Tipuanas que florescem em verde e amarelo – Foto: Webysther/Wikimedia Commons – CC BY-SA 4.0

Foto aérea do Parque da Independência, repleto de árvores e verde em volta, cercado de prédios.

A inserção da Tipuana na urbanização

Atualmente, a espécie não está autorizada amplamente para arborização, mas a legislação, que antes proibia o plantio de espécies estrangeiras, aumentou as possibilidades, permitindo sua presença em espaços tombados, enquanto no restante do espaço público ainda se dá prioridade para as nativas. Um desses locais, o Parque da Independência, contém Tipuanas que florescem em verde e amarelo. Essa restrição foi definida por causa da altura que essa espécie pode chegar e danificar a rede elétrica.

Em parceria com o Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, foi desenvolvido um software que determina até que altura a árvore vai crescer. Em paralelo, com a Escola Politécnica (Poli) da USP, uma metodologia que baseia-se no centro de gravidade de cada unidade, permitindo um maior controle. Mesmo assim, o recomendado é que o crescimento da espécie aconteça em espaços grandes para não afetar nenhuma estrutura ou causar riscos para a vida das pessoas caso caiam. “Essa abertura na lei foi muito comemorada, assim nós conseguimos estudar melhor e dar o devido valor pelo histórico de serviços prestados por ela”, completa o professor.

Ainda que venha de fora, outra vantagem da Tipuana é não ser invasora para a vegetação nativa, mas também adepta ao clima. “Isso é muito importante quando se pensa em implementar uma espécie numa cidade, ver se ela não pode ser predatória para outras”, ressalta Giuliano. Além disso, os benefícios que ela traz para a cidade são expressivos; sua longa trajetória dentro do município, o benefício estético da urbanização por aumentar a área verde, a quantidade de água produzida por evapotranspiração, e, principalmente, a redução da temperatura que ela causa na superfície, imprescindível para os próximos anos de aumentos da temperatura terrestre.

A Tipuana não é a árvore do futuro, mas definitivamente deve fazer parte dele. “Não é possível apostarmos todas as nossas fichas nela, mas, sabendo dos benefícios que ela traz, o mínimo que podemos fazer é continuar plantando”, afirma Giuliano. Ela já faz parte da paisagem de São Paulo, e que bom que alguém no passado tomou essa decisão, mas não deve ser a única. O aumento da biodiversidade é o caminho para um futuro minimamente confortável para a permanência humana. “Eu concordo, acho que mais espécies são o caminho, mas não muitas porque não haverá força-tarefa científica para cuidar”, alerta Buckeridge.

O artigo foi publicado na revista Urban Climate.

Mais informações com Giuliano Locosselli em locosselli@cena.usp.br

*Estagiário com orientação de Luiza Caires

*Estagiária sob supervisão de Moisés Dorado

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