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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Prefeitura de FLORIANÓPOLIS abre, de forma online, 300 vagas para programa Minhoca na Cabeça

 

foto alexandre panerai

A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, informa que estão abertas, a partir desta quinta-feira, 20 de fevereiro, às 12h, as inscrições para as oficinas do programa Minhoca na Cabeça, que incentiva a prática da compostagem doméstica na Capital.

Serão 300 vagas distribuídas para moradores de Florianópolis, com capacitações realizadas até o dia 27 deste mês. Pela primeira vez, todas as oficinas serão ministradas de forma assíncrona, pela Internet. A retirada do minhocário deverá ser feita no Jardim Botânico, mediante assinatura do Termo de Empréstimo, entre os dias 1, no período matutino, e 2 de março, no período vespertino.

Durante a oficina virtual, os participantes terão acesso a módulos com orientações sobre o manejo e funcionamento do minhocário. Para concluir o curso, precisarão responder a um questionário.

O kit entregue inclui quatro caixas plásticas, insumos para iniciar o processo e minhocas californianas, que aceleram a decomposição dos resíduos orgânicos. “Esta é a edição com maior número de vagas e a primeira totalmente online, o que amplia o acesso da população ao programa. Só em 2024, foram distribuídos 506 kits”, destaca o Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alexandre Waltrick Rates.

Para o secretário adjunto William Nunes, a iniciativa representa um avanço significativo para o desenvolvimento sustentável. “Florianópolis é a capital da gestão sustentável, que cultiva, que composta e que recicla. A compostagem doméstica é uma solução simples e sustentável para reduzir a quantidade de resíduos enviados aos aterros e contribuir com o meio ambiente.”

As inscrições devem ser realizadas pelo link bit.ly/minhocanacabeca. Após isso, o participante receberá um número de inscrição junto com as orientações para o envio dos documentos necessários. Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato pelo WhatsApp (48) 3261-4808. O prazo para inscrição se encerra em 27 de fevereiro ou assim que todas as vagas forem preenchidas.

O post Prefeitura abre, de forma online, 300 vagas para programa Minhoca na Cabeça apareceu primeiro em Informe Floripa.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Compostagem: transformando resíduos em soluções sustentáveis!!

 

 

Opa! Tudo verde? Bora falar deste assunto tão transformador!

O Brasil ocupa uma posição alarmante entre os dez países que mais desperdiçam alimentos no mundo. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 27 milhões de toneladas de comida são descartadas no país anualmente. Cada brasileiro, em média, joga fora 60 quilos de alimentos ainda em condições de consumo por ano. Nos supermercados, o desperdício é igualmente significativo: somente em frutas, legumes e verduras, o prejuízo alcança R$ 1,3 bilhão anualmente, segundo a Associação Brasileira dos Supermercados (Abras). 

Diante desse cenário, a compostagem surge como uma solução prática e sustentável para mitigar o impacto do desperdício alimentar. Esse processo natural de decomposição de resíduos orgânicos, como restos de alimentos e podas de plantas, transforma o que seria descartado em um adubo rico em nutrientes. Além de reduzir significativamente a quantidade de lixo enviado a aterros sanitários, a compostagem minimiza a emissão de gases de efeito estufa e promove o reaproveitamento dos nutrientes, fechando o ciclo da matéria orgânica. 

Adotar a compostagem é um passo essencial para enfrentar o desperdício no Brasil, oferecendo benefícios ambientais e sociais enquanto reduz os prejuízos gerados pela má gestão de resíduos.

A força da compostagem

Embora a prática de reaproveitar resíduos orgânicos seja tão antiga quanto a própria agricultura, a compostagem moderna ganhou força no início do século 20, impulsionada por estudos científicos e a necessidade de uma agricultura mais sustentável. Hoje, ela é amplamente adotada em residências, empresas e até em grandes municípios ao redor do mundo.

Entre os países que mais implementam a compostagem, a Alemanha se destaca como líder mundial. O país adotou políticas públicas rigorosas e eficazes para o manejo de resíduos desde a década de 1990, impulsionando a compostagem como uma estratégia central na gestão de lixo orgânico. Em 2019, a Alemanha alcançou uma taxa de compostagem superior a 50% dos resíduos orgânicos gerados, o que representa uma das mais altas taxas de reciclagem do mundo. Esse sucesso se deve à combinação de legislação ambiental robusta, como a Lei de Reciclagem de Resíduos, com um sistema de coleta seletiva bem estruturado, que inclui a separação de resíduos em categorias distintas. A conscientização da população também desempenhou um papel essencial, com campanhas educativas regulares sobre os benefícios ambientais e econômicos da compostagem.

Além disso, a Alemanha implementou um sistema de compostagem descentralizada, incentivando a instalação de pequenas compostagens comunitárias e individuais, especialmente em áreas urbanas. A infraestrutura eficiente e o apoio financeiro para o desenvolvimento de tecnologias, como composteiras automáticas e sistemas de vermicompostagem, também contribuíram para o crescimento do setor. A colaboração entre governos, empresas e cidadãos foi fundamental para que a compostagem se tornasse uma prática generalizada no país, mostrando que políticas públicas bem formuladas e a integração de diferentes atores sociais são cruciais para o sucesso de qualquer iniciativa sustentável.

No Brasil, a compostagem ainda é uma prática em desenvolvimento, com apenas uma pequena parcela dos resíduos orgânicos sendo reciclada de forma eficaz. Estima-se que cerca de 1,4% dos resíduos sólidos urbanos sejam compostados no país, o que está muito abaixo do potencial. No entanto, algumas cidades têm se destacado nesse processo, como Curitiba-PR, que é referência em gestão de resíduos e compostagem. A capital paranaense implementou programas de coleta seletiva, educação ambiental e compostagem comunitária, conseguindo envolver seus cidadãos em iniciativas de reciclagem e reaproveitamento de resíduos orgânicos, tornando-se um exemplo positivo de como a compostagem pode ser integrada à gestão urbana sustentável.

Como começar a compostar

Iniciar a compostagem é simples e pode ser feito em espaços pequenos ou grandes. Para começar, é necessário:

  1. Um recipiente adequado, como caixas, baldes ou composteiras específicas que podem ser adquiridas de empresas especializadas.
  2. Resíduos orgânicos (restos de frutas, vegetais, cascas de ovos, borra de café).
  3. Material seco (serragem, folhas secas ou papel não plastificado) para equilibrar o teor de umidade.
  4. Revolver o composto ocasionalmente para oxigená-lo.

Quem tem espaço disponível pode optar por composteiras maiores ou até mesmo pilhas de compostagem ao ar livre. Já para apartamentos, a compostagem com minhocas, conhecida como vermicompostagem, é uma solução prática e eficiente.

Os benefícios da compostagem

Ambientais

  • Redução de resíduos orgânicos enviados para aterros sanitários, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa como o metano.
  • Enriquecimento do solo com nutrientes naturais, diminuindo a necessidade de fertilizantes químicos.
  • Retorno de matéria orgânica à terra, melhorando a retenção de água e a estrutura do solo.

Sociais

  • Incentivo a práticas comunitárias de manejo de resíduos.
  • Criação de empregos e microempreendimentos em torno de soluções de compostagem.
  • Educação ambiental, promovendo maior conscientização sobre gestão de resíduos.

Desafios da compostagem

Apesar de seus inúmeros benefícios, a compostagem ainda enfrenta desafios significativos, como a falta de conhecimento sobre o processo, dificuldades na identificação dos materiais adequados e problemas como odores gerados por erros na manutenção. O custo inicial para a instalação de composteiras em larga escala também pode ser uma barreira. Além disso, a escassez de políticas públicas e investimentos em programas de compostagem agrava a situação.

Sem o apoio governamental, toneladas de resíduos orgânicos, como restos de alimentos e resíduos verdes, continuam sendo descartadas em aterros sanitários, onde contribuem para a emissão de gases de efeito estufa, como o metano, e desperdiçam recursos que poderiam ser transformados em adubo. A ausência de infraestrutura e incentivos dificulta a conscientização e a adesão da população a práticas sustentáveis, impedindo que a compostagem se torne uma solução acessível e eficiente para reduzir a pressão sobre os sistemas de coleta de lixo e promover um uso mais responsável dos recursos naturais.

Formas de compostagem

Existem diversas maneiras de compostar, adaptáveis a diferentes contextos:

  • Compostagem doméstica: Realizada em pequenos espaços com composteiras simples.
  • Compostagem industrial: Aplicada em larga escala, geralmente com o uso de tecnologias avançadas.
  • Vermicompostagem: Feita com o auxílio de minhocas, que aceleram a decomposição.
  • Compostagem comunitária: Uma solução colaborativa para vizinhanças e bairros.

O mercado da compostagem

O mercado de compostagem cresce de forma consistente, especialmente em países onde políticas ambientais são mais rigorosas. Dados apontam que a compostagem está se tornando um setor promissor, com startups e empresas especializadas atendendo tanto consumidores individuais quanto grandes corporações.

E o papel das minhocas?

As minhocas são protagonistas na vermicompostagem. Elas consomem resíduos orgânicos e os transformam em húmus, um composto de altíssima qualidade. Além disso, ajudam a acelerar o processo e reduzir odores, sendo ideais para quem busca soluções práticas em espaços pequenos.

A compostagem é mais que um processo biológico; é uma oportunidade para repensar nossa relação com o lixo e adotar práticas sustentáveis. Seja em casa, na escola ou em uma fazenda, cada gesto de compostagem contribui para um planeta mais saudável e consciente.

Tudo verde sempre!

sábado, 1 de fevereiro de 2025

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Compostagem Doméstica: escolha um método para você


Neste vídeo, Marjolly Shinzato da Habito
Educação Ambiental explica o que é compostagem
e nos apresenta 4 métodos de compostagem
doméstica para facilitar a nossa escolha,
a compostagem Lages, compostagem Termifílica
em caixas, Vermicompostagem (minhocário)
e o método Takakura. Conheça as características
de cada um, como são cada uma das composteiras,
como fazer sua manutenção e algumas dicas
de como fazer tudo funcionar perfeitamente. www.habitoeducacaoambiental.com.br www.instagram.com/habito.eduambiental

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Técnica “Sem Cavar”: Alimente O Solo, Não As Plantas, Para Mais Colheita...


Descubra o poder do "não cavar" na jardinagem com este vídeo super informativo! Aprenda a perturbar o solo o mínimo possível, preservando e alimentando a vida que nele habita. Vamos explorar a técnica de cobertura com composto, comparar o crescimento de vegetais em solo cavado e não cavado e entender como isso impacta a colheita. A jardinagem pode ser mais fácil e produtiva sem o trabalho árduo de cavar! Não perca essas dicas valiosas para transformar seu jardim. Inscreva-se no nosso canal e deixe nos comentários o que mais te surpreendeu no vídeo!

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Minhocas californianas para compostagem e pesca - whast 51 3407-4813

 


Minhocas californianas excelente para pesca devido sua cor avermelhada

que chama a atenção dos peixes e grande produtora de humus para sua horta.

R$35 reais 100 unidades



sexta-feira, 18 de outubro de 2024

COMPOSTAR O LIXO DA COZINHA AJUDA A PROTEGER A CAMADA DE OZÔNIO

 


FAÇA SUA PARTE PARA DIMINUIR A PRODUÇÃO DE GÁS METANO


REDAÇÃO MAR 15, 2022    FONTE: VEGMAG

O ozônio encontrado nas partes mais altas da atmosfera funciona como uma camada de proteção contra a incidência em abundância dos raios solares na esfera terrestre, evitando um aquecimento excessivo, capaz de colocar em risco a segurança do planeta. Por isso a destruição desse anteparo é tão preocupante – gases, como o metano, já deixaram buracos onde havia uma maior concentração de ozônio. Os danos estão aí: derretimento das geleiras, tufões e tornados, períodos de seca e excesso de chuva.

Reduzir a produção de gás metano pode ser um começo para a recuperação da camada de ozônio, e você pode participar desse processo compostando o lixo da sua cozinha. Aliás, na Califórnia (EUA) a compostagem virou lei. A implantação do novo decreto será gradativa, de acordo com cada cidade. Mas, em breve, todo lixo orgânico das casas, instituições públicas e estabelecimentos deve ser encaminhado para a compostagem, onde será transformado em adubo ou em biogás para fornecer energia. 

As famílias também estão sendo incentivadas a montar a própria composteira, em casa, e usar a matéria orgânica final para adubar as plantas. Já as comunidades, terão um centro de compostagem e um programa de educação ambiental. Por aqui, os brasileiros preocupados com as alterações climáticas também podem fazer o mesmo.

compostagem doméstica é simples – quer dizer, desde que exista um pedaço de terra livre no jardim. Aí, sim, basta cavar um buraco para depositar os resíduos orgânicos do dia a dia e, em seguida, cobrir com uma camada de terra ou folhas secas. A cada 15 dias, é importante revolver a mistura de lixo em decomposição e terra com ajuda de uma enxada ou pá.  

Outra possibilidade, mais prática, é investir em uma composteira feita de caixas de plástico empilhadas, também conhecida como minhocário. Ocupa pouco espaço (existem modelos pequenos para apartamento), com a vantagem das minhocas acelerarem o processo de decomposição orgânica, além evitar mau cheiro e a visita indesejada de larvas e moscas.

Existem minhocários prontos, mas você pode montar o seu do zero. Material necessário:

- Três caixas de plástico, uma delas com tampa

- 1 torneira pequena (tipo de filtro de barro)

MONTAGEM DA COMPOSTEIRA

As três caixas devem ser empilhadas, sendo que as duas primeiras precisam de furos na base para que exista comunicação entre elas. O lixo orgânico deve ser colocado nas duas caixas superiores (quando a de cima estiver cheia, a de baixo deve vir para cima).

A torneira deve ser instalada na terceira caixa, que tem a função de coletar o chorume, resíduo líquido resultante da decomposição do lixo orgânico, que deve ser coletado frequentemente. Dilua cada parte do chorume em dez partes de água e use a mistura para regar as plantas uma vez por semana. Elas vão viçosas e saudáveis. 

ENTRA “LIXO” SAI ADUBO ORGÂNICO 

Forre a caixa superior com folhas secas, serragem e galhos. Em seguida, coloque terra preta com minhocas californianas (são mais vermelhinhas) para receber o lixo da cozinha (casca de ovos, casca de frutas e legumes, verduras, grãos crus, borra e filtro de café), que deve ser mantido sempre coberto por uma nova camada de folhas secas, serragem e galhos. A quantidade ideal de matéria seca (folhas, galhos e serragem) deve ser suficiente para cobrir completamente os restos de alimentos. 

O composto também precisa de oxigênio e umidade. A cada 15 dias, revire  cuidadosamente os materiais para arejar e facilitar a decomposição. Caso a mistura fique muito seca (é raro, mas pode acontecer), umedeça com um pouco de água. Quando a caixa do topo estiver cheia, troque-a com a caixa do meio e repita o processo.  

No fim de dois meses, o material que sobra na caixa do meio é o húmus de minhoca, um adubo com aspecto e cheiro de terra molhada, bastante nutritivo para plantas e para a horta. Para coletar esse composto sem perder as minhocas, coloque a caixa aberta no sol. Elas irão para o fundo, para fugir da claridade. O húmus pode ser misturado à terra dos vasos e canteiros a cada três meses.

 

Foto: Soluções Industriais

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Espécies de minhocas para minhocultura

Gustavo Schiedeck,
            A minhocultura é uma atividade de grande apelo social, tanto no campo quanto na cidade, devido à sua capacidade de processar resíduos orgânicos transformando-os em um produto de elevada qualidade para a fertilização de plantas, o popular ‘húmus de minhoca’.
            Muitas pessoas interessadas no assunto se deparam com uma questão elementar: qual a espécie de minhoca mais indicada para utilizar no minhocário? Existem no mundo cerca de 4 mil espécies de minhocas terrestres, divididas em três grupos ecológicos: anécicas, endogeicas e epigeicas. Os primeiros grupos são formados por espécies que vivem em galerias verticais e em perfis mais profundos do solo, respectivamente. Por sua vez, as minhocas epigeicas são espécies que vivem mais próximas à superfície, alimentando-se basicamente de resíduos orgânicos, ingerindo grandes quantidades de materiais ainda não decompostos. Essas minhocas raramente abrem galerias no solo, uma vez que não possuem a anatomia indicada para tal função. Por essas peculiaridades ecológicas, as minhocas desse grupo são as mais indicadas para a criação racional em cativeiro.
            Nesse contexto, existem poucas espécies de minhocas apropriadas para a minhocultura e cada qual possui características particulares. Dentre as características mais importantes para a escolha da espécie estão a capacidade em aceitar diferentes resíduos orgânicos, alto consumo do alimento oferecido, grande tolerância às variações ambientais, elevados índices de reprodução e fertilidade dos casulos, rápido crescimento e atingimento da maturidade sexual, grande resistência e sobrevivência ao peneiramento ou catação manual.
            As espécies de clima temperado utilizadas na minhocultura mundial são Eisenia andrei, Eisenia fetida, Dendrobaena rubida, Dendrobaena veneta e Lumbricus rubellus. Por sua vez, as espécies de clima tropical mais utilizadas são Eudrillus eugeniae, Perionyx excavatus e Pheretima elongata.
            Na grande maioria dos minhocários do mundo predomina a utilização das espécies E. andrei e E. fetida (erroneamente escrita como E. foetida ou ainda E. phoetida), ambas conhecidas pelo nome comum de “vermelha-da-califórnia”. No Brasil, praticamente todos os minhocários são montados com a espécie E. andrei. Embora muitos centros de pesquisa no País referenciem a utilização de E. fetida em seus trabalhos científicos, essa espécie raramente é encontrada em levantamentos taxonômicos. Assim, é possível que as populações existentes no País sejam mesmo de E. andrei, e não de E. fetida. Essa confusão se deve à grande semelhança de sua anatomia externa, apesar de possuírem algumas diferenças na coloração da epiderme e no ciclo de vida.
            A preferência pela E. andrei e E. fetida se deve ao fato de já estarem amplamente distribuídas no mundo, habitando naturalmente diversos tipos de resíduos orgânicos. Além disso, podem sobreviver em ambientes com ampla variação de umidade e temperatura, de 70% a 90% e de 0ºC a 35ºC respectivamente. Sob condições ótimas, possuem elevados índices de reprodução e, segundo alguns autores, consomem o equivalente ao seu peso em alimento por dia. Os casulos são colocados à média de um a cada dois ou três dias, com viabilidade em torno de 73% a 80% e 2,5 a 3,8 minhocas por casulo. O período de incubação do casulo gira em torno de 18 a 26 dias e, após a eclosão, a maturidade sexual é atingida ao redor de 28 a 30 dias.
            Apesar da “vermelha-da-califórnia” ser a mais conhecida, outras espécies já podem ser adquiridas no Brasil em criadores de matrizes especializados. A Eudrilus eugeniae é conhecida popularmente como “gigante-africana” e é criada principalmente para o mercado de isca viva para pesca e para a produção de proteína para alimentação animal. Embora seja uma minhoca grande (tamanho entre 8 e 19 cm e peso entre 2,7 a 3,5 g), é mais sensível à manipulação e às mudanças de temperatura, preferindo ambientes em torno de 25°C e tolerando variações entre 16ºC e 30°C. Em média, um casulo é colocado a cada dois dias e em seu interior há 2 a 2,7 minhocas. O tempo de incubação do casulo é de 12 a 16 dias e a maturidade sexual é atingida entre os 40 e 49 dias após a eclosão do casulo.
            A espécie conhecida como violeta-do-himalaia, Perionyx excavatus, é outra possibilidade já disponível no Brasil para a criação em minhocários. Essa espécie produz muitos casulos, em média de 1,2 a 2,7 por dia, porém de cada casulo nasce apenas 1 e 1,1 minhoca. A incubação do casulo é em torno de 18 dias e após 28 a 42 dias as minhocas atingem a maturidade sexual, estando prontas para reproduzir e iniciar um novo ciclo. Seu melhor desenvolvimento ocorre em temperaturas entre 25ºC e 37°C, sendo que temperaturas abaixo de 5°C podem ocasionar sua morte.
            As diferentes espécies de minhocas disponíveis podem auxiliar na diversificação da minhocultura, bastando que cada criador analise suas condições e interesses para fazer a escolha mais adequada.

 
Gustavo Schiedeck possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de Passo Fundo (1992), mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2002). Atualmente é pesquisador na Embrapa Clima Temperado e lotado na Estação Experimental Cascata. Tem experiência na área de Agroecologia e agricultura familiar, atuando principalmente nos seguintes temas: horticultura, minhocultura e produção de húmus e plantas bioativas.
Contato: gustavo.schiedeck@cpact.embrapa.br



Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte

Dados para citação bibliográfica(ABNT):
SCHIEDECK, G. Espécies de minhocas para minhocultura. 2010. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2010_4/minhocultura/index.htm>. Acesso em: 19/7/2018

terça-feira, 4 de junho de 2024

Restos da cozinha sem fazer compostagem. Isso pode?


Neste vídeo vou te falar oque acontece quando você coloca
restos de alimentos direto nas suas plantas, e para isso eu fiz
testes, e ainda te passo uma alternativa para utilização de
restos de alimentos como adubo para suas plantas. Notas de esclarecimento: "Oi! Preciso esclarecer que o vídeo não critica de forma
alguma a "COMPOSTAGEM", que é sem dúvidas algo excelente,
e inclusive faço uso. O intuito é falar sobre o uso de restos
de alimentos SEM fazer compostagem. Muita gente chamou
isso de "compostagem laminar", mas preciso ressaltar que
compostagem laminar (que é excelente) é a compostagem
controlada de folhas e esterco, criada pela Embrapa RS,
e não tem qualquer relação com colocar cascas de frutas
sobre vasos, e nem de trituração no liquidificador, e muito
menos de cobrir a mistura com terra. Alguém entendeu e
divulgou de forma equivocada a técnica. Veja o artigo técnico da Embrapa: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digit... Veja fotos no site da Semagro: http://www.semagro.ms.gov.br/adubacao... Sobre o uso de caldas coadas, fermentadas, compostagem
com minhocas, ou mesmo do material coberto com terra...
Só não é sobre isso que o vídeo fala. Estes são assuntos
para outros vídeos, com outros testes. Sobre enterrar restos na terra, essa é chamada "trench composting".
Quem ler inglês, pode ver alguns textos de universidades americanas sobre isso: https://ucanr.edu/sites/FCManual/file... (Universidade da California) https://extension.oregonstate.edu/gar... (Universidade de Oregon). Um abraço a todos!"

quarta-feira, 29 de maio de 2024

COMPOSTEIRA OU MINHOCÁRIO | Faça você mesmo E PRODUZA HUMUS!!


VENDO MINHOCAS PARA A REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE

A composteira é o local próprio para decompor alimentos orgânicos. As minhocas são vermes benéficos que auxiliam na aeração da terra, também produzem húmus, que funciona como um potente adubo natural. 👨🏻‍🌾 Neste vídeo Murilo Soares ensina criar seu próprio minhocário em casa. Você já tem costume de decompor orgânicos? Deixe um comentário se está gostando das dicas e curiosidades que estamos trazendo no canal para levar mais conteúdo sobre o mundo das plantas e jardinagem pra você. CONFIRA TAMBÉM ESTES VÍDEOS -------------------------------------------------------------------- Borra de CAFÉ nas PLANTAS    • Borra de CAFÉ nas PLANTAS   ADUBO com CASCA DE OVO    • COMO CRIAR SEU PRÓPRIO ADUBO COM CASC...   Como ADUBAR as plantas do seu JARDIM    • Como ADUBAR as plantas e seu jardim   QUER SABER TUDO SOBRE PLANTAS E JARDINAGEM? -------------------------------------------------------------------- 🔔 Se inscreva no Canal da Spagnhol Plantas para aprender mais https://bit.ly/3DpzUyv

sexta-feira, 24 de maio de 2024

COMO CRIAR MINHOCAS PARA PRODUÇÃO DE HÚMUS


As minhocas são animais anelídeos da classe Oligoqueta
que apresentam corpos segmentados, interna e externamente
chamados somitos que, conforme a espécie, varia enormemente,
são sete variações nas espécies microscópicas, e mais de
quinhentos nos minhocuçus. Estes segmentos assemelham-se
a pequenos anéis, daí serem chamadas de anelídeos,
do Phylum Annelida. De acordo com o número e o tamanho
desses anéis, as minhocas podem atingir cinco milímetros
de comprimento até 1,70 metros. A criação de minhocas é uma atividade recente e desconhecida
do grande público chamada de minhocultura. O "pai" da criação
de minhocas em cativeiro foi Thomas Barret e também o
primeiro a demonstrar a viabilidade de criá-las em larga escala,
através de um sofisticado sistema de canteiros na década de 1940,
nos EUA. Com isto esse País é considerado a pátria da minhocultura. criação de minhocas para produção de humus,minhoca,minhocas,
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sexta-feira, 10 de maio de 2024

SEMANA DE COMPOSTAGEM EM GUARULHOS

 


Imagem: Fábio Nunes Teixeira/PMG



Nesta quarta-feira (8), a partir das 9h, será realizada mais uma edição da oficina de compostagem sem minhocas no parque Júlio Fracalanza, na Vila Augusta. A participação é livre e gratuita, basta confirmar presença no site www.guarulhos.sp.gov.br/lixozero e comparecer. No encontro, que faz parte da Semana da Compostagem, os participantes vão aprender a produzir seu próprio adubo em casa por meio do reaproveitamento de restos de alimentos de forma prática e rápida.

 

Por sua vez, às 13h, haverá uma roda de conversa e oficina de compostagem para familiares de crianças de quatro a seis anos que estudam no CEU Bonsucesso.

 

Também nesta quarta-feira acontece, às 15h, a palestra "Negócio do Futuro - Coleta e Tratamento dos Resíduos Orgânicos". Quem participar vai aprender como empreender na coleta de resíduos orgânicos e sobre o funcionamento do setor como um todo. A atividade será realizada na Igreja Renascer em Cristo, na avenida Florianópolis, 564, Jardim São João.

 

As oficinas são parte da Semana da Compostagem de Guarulhos, iniciativa da Secretaria de Serviços Públicos, que também desenvolve na cidade o programa Lixo Zero. O objetivo da pasta é disseminar conhecimento e incentivar a prática da reciclagem no dia a dia de residências, escolas, prédios públicos, empresas, entre outros locais.

 

O restante da programação, que segue até sábado (11), está disponível no link www.guarulhos.sp.gov.br/lixozero.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Da composteira tirei humus para plantio de jaboticabeira

 Sábado retirei húmus da composteira, fiz o plantio de jaboticabeira e abacateiros.

Produza humus de qualidade com minhocário!!!!


 A compostagem, conhecida como o processo de reciclagem do lixo orgânico, transforma a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural, que pode ser usado na agricultura, em jardins e plantas, substituindo o uso de produtos químicos. 

O processo também contribui para a redução do aquecimento global. Só em 2015, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, foram geradas cerca de 32 milhões de toneladas de resíduos orgânicos no Brasil, o que equivale a 88 mil toneladas de lixo diário. Todo este material quando entra em decomposição, seja nos lixões ou aterros sanitários, gera o gás metano, um dos principais causadores do efeito estufa.

Produzir uma composteira doméstica pode ser uma ótima opção para quem quer dar um melhor fim para o lixo orgânico e contribuir para o meio ambiente. Mas, existem algumas regras que devem ser seguidas durante o processo e por isso a Globo Rural montou um manual para quem se interessa pelo assunto. 

Composteira com minhocas

Quem procura um processo de compostagem mais rápido pode optar pela compostagem com minhocas, ou vermicompostagem, que também pode ser feita em casas e apartamentos com o uso da composteira doméstica.  O vermicomposto, adubo orgânico gerado a partir desse processo, conhecido também como o húmus de minhoca, é rico em flora bacteriana e ajuda a fornecer às plantas uma nutrição equilibrada e maior resistência a doenças.  fonte: revista globo rural







quarta-feira, 3 de abril de 2024

Top Dicas: Passo a passo para montar uma composteira doméstica


Aprenda a fazer uma composteira doméstica, de forma simples
e com baixo custo, para a reciclagem de resíduos orgânicos. O engenheiro agrônomo Renato Trivella, analista de Educação
Ambiental do Sesc-SC, explica como funciona o processo de
compostagem e ensina a montar um modelo com três caixas
plásticas organizadoras. Você vai precisar de um baldinho para separação do material
orgânico, materiais secos como palha, folhas secas, serragem
ou poda triturada, um garfo de jardinagem, e uma torneira
pequena para drenagem. O resultado é um adubo de excelente qualidade para o solo
e as plantas! Assista e coloque a mão na massa, ou melhor, na terra! + Informações: Para disseminar o conhecimento sobre a reciclagem de
resíduos orgânicos, compartilhamos a cartilha "Compostagem Doméstica, Comunitária e Institucional de Resíduos Orgânicos" (2017).
O manual é resultado do acordo de cooperação técnica entre o Sesc-SC, Ministério do Meio Ambiente e o Centro de Estudos e
Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro). https://www.sesc-sc.com.br/sescsc/con...

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