Fonte site ciclo vivo
Legislação pioneira no mundo determina que todos os resíduos orgânicos tenham separação e destinação mais sustentável
Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
Minhocas californianas excelente para pesca devido sua cor avermelhada
que chama a atenção dos peixes e grande produtora de humus para sua horta.
R$35 reais 100 unidades
O ozônio encontrado nas partes mais altas da atmosfera funciona como uma camada de proteção contra a incidência em abundância dos raios solares na esfera terrestre, evitando um aquecimento excessivo, capaz de colocar em risco a segurança do planeta. Por isso a destruição desse anteparo é tão preocupante – gases, como o metano, já deixaram buracos onde havia uma maior concentração de ozônio. Os danos estão aí: derretimento das geleiras, tufões e tornados, períodos de seca e excesso de chuva.
Reduzir a produção de gás metano pode ser um começo para a recuperação da camada de ozônio, e você pode participar desse processo compostando o lixo da sua cozinha. Aliás, na Califórnia (EUA) a compostagem virou lei. A implantação do novo decreto será gradativa, de acordo com cada cidade. Mas, em breve, todo lixo orgânico das casas, instituições públicas e estabelecimentos deve ser encaminhado para a compostagem, onde será transformado em adubo ou em biogás para fornecer energia.
As famílias também estão sendo incentivadas a montar a própria composteira, em casa, e usar a matéria orgânica final para adubar as plantas. Já as comunidades, terão um centro de compostagem e um programa de educação ambiental. Por aqui, os brasileiros preocupados com as alterações climáticas também podem fazer o mesmo.
A compostagem doméstica é simples – quer dizer, desde que exista um pedaço de terra livre no jardim. Aí, sim, basta cavar um buraco para depositar os resíduos orgânicos do dia a dia e, em seguida, cobrir com uma camada de terra ou folhas secas. A cada 15 dias, é importante revolver a mistura de lixo em decomposição e terra com ajuda de uma enxada ou pá.
Outra possibilidade, mais prática, é investir em uma composteira feita de caixas de plástico empilhadas, também conhecida como minhocário. Ocupa pouco espaço (existem modelos pequenos para apartamento), com a vantagem das minhocas acelerarem o processo de decomposição orgânica, além evitar mau cheiro e a visita indesejada de larvas e moscas.
Existem minhocários prontos, mas você pode montar o seu do zero. Material necessário:
- Três caixas de plástico, uma delas com tampa
- 1 torneira pequena (tipo de filtro de barro)
MONTAGEM DA COMPOSTEIRA
As três caixas devem ser empilhadas, sendo que as duas primeiras precisam de furos na base para que exista comunicação entre elas. O lixo orgânico deve ser colocado nas duas caixas superiores (quando a de cima estiver cheia, a de baixo deve vir para cima).
A torneira deve ser instalada na terceira caixa, que tem a função de coletar o chorume, resíduo líquido resultante da decomposição do lixo orgânico, que deve ser coletado frequentemente. Dilua cada parte do chorume em dez partes de água e use a mistura para regar as plantas uma vez por semana. Elas vão viçosas e saudáveis.
ENTRA “LIXO” SAI ADUBO ORGÂNICO
Forre a caixa superior com folhas secas, serragem e galhos. Em seguida, coloque terra preta com minhocas californianas (são mais vermelhinhas) para receber o lixo da cozinha (casca de ovos, casca de frutas e legumes, verduras, grãos crus, borra e filtro de café), que deve ser mantido sempre coberto por uma nova camada de folhas secas, serragem e galhos. A quantidade ideal de matéria seca (folhas, galhos e serragem) deve ser suficiente para cobrir completamente os restos de alimentos.
O composto também precisa de oxigênio e umidade. A cada 15 dias, revire cuidadosamente os materiais para arejar e facilitar a decomposição. Caso a mistura fique muito seca (é raro, mas pode acontecer), umedeça com um pouco de água. Quando a caixa do topo estiver cheia, troque-a com a caixa do meio e repita o processo.
No fim de dois meses, o material que sobra na caixa do meio é o húmus de minhoca, um adubo com aspecto e cheiro de terra molhada, bastante nutritivo para plantas e para a horta. Para coletar esse composto sem perder as minhocas, coloque a caixa aberta no sol. Elas irão para o fundo, para fugir da claridade. O húmus pode ser misturado à terra dos vasos e canteiros a cada três meses.
Foto: Soluções Industriais
Gustavo Schiedeck
possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade
de Passo Fundo (1992), mestrado em Fitotecnia pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado
em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2002).
Atualmente é pesquisador na Embrapa Clima Temperado e lotado
na Estação Experimental Cascata. Tem experiência na área de
Agroecologia e agricultura familiar, atuando principalmente
nos seguintes temas: horticultura, minhocultura e produção
de húmus e plantas bioativas.
Contato: gustavo.schiedeck@cpact.embrapa.br |
Imagem: Fábio Nunes Teixeira/PMG
Nesta quarta-feira (8), a partir das 9h, será realizada mais uma edição da oficina de compostagem sem minhocas no parque Júlio Fracalanza, na Vila Augusta. A participação é livre e gratuita, basta confirmar presença no site www.guarulhos.sp.gov.br/lixozero e comparecer. No encontro, que faz parte da Semana da Compostagem, os participantes vão aprender a produzir seu próprio adubo em casa por meio do reaproveitamento de restos de alimentos de forma prática e rápida.
Por sua vez, às 13h, haverá uma roda de conversa e oficina de compostagem para familiares de crianças de quatro a seis anos que estudam no CEU Bonsucesso.
Também nesta quarta-feira acontece, às 15h, a palestra "Negócio do Futuro - Coleta e Tratamento dos Resíduos Orgânicos". Quem participar vai aprender como empreender na coleta de resíduos orgânicos e sobre o funcionamento do setor como um todo. A atividade será realizada na Igreja Renascer em Cristo, na avenida Florianópolis, 564, Jardim São João.
As oficinas são parte da Semana da Compostagem de Guarulhos, iniciativa da Secretaria de Serviços Públicos, que também desenvolve na cidade o programa Lixo Zero. O objetivo da pasta é disseminar conhecimento e incentivar a prática da reciclagem no dia a dia de residências, escolas, prédios públicos, empresas, entre outros locais.
O restante da programação, que segue até sábado (11), está disponível no link www.guarulhos.sp.gov.br/lixozero.
Sábado retirei húmus da composteira, fiz o plantio de jaboticabeira e abacateiros.
Produza humus de qualidade com minhocário!!!!
A compostagem, conhecida como o processo de reciclagem do lixo orgânico, transforma a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural, que pode ser usado na agricultura, em jardins e plantas, substituindo o uso de produtos químicos.
O processo também contribui para a redução do aquecimento global. Só em 2015, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, foram geradas cerca de 32 milhões de toneladas de resíduos orgânicos no Brasil, o que equivale a 88 mil toneladas de lixo diário. Todo este material quando entra em decomposição, seja nos lixões ou aterros sanitários, gera o gás metano, um dos principais causadores do efeito estufa.
Produzir uma composteira doméstica pode ser uma ótima opção para quem quer dar um melhor fim para o lixo orgânico e contribuir para o meio ambiente. Mas, existem algumas regras que devem ser seguidas durante o processo e por isso a Globo Rural montou um manual para quem se interessa pelo assunto.
Quem procura um processo de compostagem mais rápido pode optar pela compostagem com minhocas, ou vermicompostagem, que também pode ser feita em casas e apartamentos com o uso da composteira doméstica. O vermicomposto, adubo orgânico gerado a partir desse processo, conhecido também como o húmus de minhoca, é rico em flora bacteriana e ajuda a fornecer às plantas uma nutrição equilibrada e maior resistência a doenças. fonte: revista globo rural
Entre os dias 6 e 11 de maio a Prefeitura de Guarulhos realizará a 4ª Semana da Compostagem, evento anual integrante do calendário pedagógico do Instituto Lixo Zero Brasil. Neste ano o tema será “Composto: campeão do clima da natureza”. Interessados em inscrever atividades que farão parte da agenda devem preencher o formulário disponível no link https://www.guarulhos.sp.gov.br/lixozero até o dia 28 de abril.
O objetivo da semana é ensinar e incentivar a prática da reciclagem de resíduos orgânicos (restos de alimentos) em ambiente residencial, empresarial, governamental, entre outros. A Semana da Compostagem é coordenada pelo Departamento de Limpeza Urbana da Secretaria de Serviços Públicos e pela Câmara Técnica de Gestão de Resíduos do Conselho Municipal de Resíduos Sólidos.
Ideias de atividades que podem ser inscritas: bate-papo sobre mudanças climáticas e resíduos, resíduo orgânico não é lixo, oficina sobre aproveitamento integral dos alimentos, composteira na escola, composteira no condomínio, composteira comunitária, oficina de compostagem com minhocas (vermicompostagem), oficina de compostagem sem minhocas, palestra sobre biodigestores, roda de conversa sobre como usar adubo orgânico, oficina de hortas, jardins ou similares, entre outras.
Mais informações podem ser obtidas em https://www.guarulhos.sp.gov.br/lixozero/semana-da-compostagem.
Arte: Comunicação/PMG
Legislação pioneira no mundo determina que todos os resíduos orgânicos tenham separação e destinação mais sustentável
O ano de 2024 começou com um grande passo para a gestão de resíduos orgânicos na França. Desde o dia 1º de janeiro entrou em vigor uma política pública conhecida como ‘compost obligatoire’, ou composto obrigatório, em português. A nova legislação exige que os resíduos orgânicos sejam necessariamente encaminhados para a compostagem – um avança importante considerando que cerca de metade dos resíduos urbanos são orgânicos.
O governo francês tem um Fundo Verde que vai ser usado para apoiar os governos locais na implementação da Lei da Compostagem, que depende da separação correta de resíduos orgânicos pela população. Esta categoria inclui restos de comida, cascas de vegetais, alimentos vencidos e resíduos de jardinagem, como folhas secos, galhos podados e outros materiais vegetais. As famílias e as empresas devem eliminar os resíduos orgânicos em coletores especialmente designados ou em locais de coleta municipais.
Depois que estes resíduos foram compostados eles se tornam um eficiente enriquecedor de solos que pode substituir adubos e fertilizantes químicos. Outra vantagem é que a separação correta dos orgânicos favorece a reciclagem de outros tipos de resíduos que não correm o risco de estarem sujos ou contaminados por restos de comida, por exemplo.
Os resíduos orgânicos representam algo entre um terço e metade do do “lixo” doméstico e têm um grande impacto ambiental. Quando misturados com outros tipos de resíduos, acabam frequentemente em aterros ou incineradores, gerando gases nocivos com efeito de estufa. De acordo com a Comissão Europeia , o desperdício alimentar é responsável por 16% de todas as emissões do sistema alimentar da UE, com um impacto global de 8% de todas as emissões causadas pelo homem por ano.
Em 2018, apenas 34% dos resíduos orgânicos da União Europeia foram recolhidos, o que significa que surpreendentes 40 milhões de toneladas de potenciais nutrientes do solo foram desperdiçadas. Só na França cada pessoa gera cerca de 82 quilos de lixo biodegradável por pessoa e por ano e, com a nova legislação, o país torna-se pioneiro no enfrentamento desse problema – uma medida que pode servir de exemplo e inspiração para outros lugares do mundo.
Embora a UE incentive a separação de resíduos biológicos, a França é o primeiro país a implementar a obrigatoriedade da compostagem. Outras localidades europeias, incluindo Milão, na Itália, já introduziram programas domésticos de coleta de resíduos alimentares, demonstrando a eficácia de contentores dedicados e sacos compostáveis.
Na Áustria, Holanda e Bélgica, os altos impostos e as restrições à incineração de resíduos urbanos levaram a disponibilização de coletores específicos para resíduos orgânicos e projetos de compostagem em diversas cidades.
O consumo consciente é o primeiro passo para reduzir os resíduos orgânicos. Planejar bem as refeições, congelar e armazenar corretamente os alimentos podem ajudar a reduzir o desperdício.
Nesse primeiro momento a compostagem obrigatória tem seu foco na educação e engajamento da população, sem a aplicação de multas. À medida que a infraestrutura e logística estiverem bem estabelecidas, o volume de resíduos compostados deve aumentar e a participação das famílias e das empresas deve ser fiscalizada. No futuro, é possível que multas sejam aplicadas para quem não se unir ao esforço coletivo por uma gestão mais sustentável do “lixo” gerado pelos franceses.
JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO? ...