No texto sobre
o que é arborização urbana notamos
o quão essencial esta prática é na melhoria da nossa qualidade de vida
nos centros urbanos. Isto, claro, através de um planejamento criterioso e
uma gestão eficiente.
Neste artigo destacamos alguns pontos importantes que vem sendo
utilizados com sucesso pelos profissionais da área para a adequada gestão da arborização urbana.
Confira:
Planejamento:
O planejamento é muito importante para realizar uma boa gestão da
arborização urbana e, atualmente, faz-se essencial a representação
espacial dos dados das árvores juntamente com o maior número possível de
informações sobre as áreas de interesse.
Uma alternativa que vem com o objetivo de melhorar o gerenciamento destas unidades é a utilização de técnicas de
geoprocessamento através de programas de computador. São programas que, além da capacidade de gerirem
mapas, contêm inúmeras ferramentas onde se é possível pensar e planejar virtualmente as ações a serem tomadas no mundo real.
Escolha das espécies (aspecto visual):
Não há uma espécie ideal de árvore, o importante é manter uma maior
variedade possível delas a fim de atrair uma diversidade maior de
animais, proporcionando assim um reequilíbrio na cadeia alimentar do
ambiente urbano.
Um maior número de espécies de árvores embeleza a cidade pela variedade
de formas e cores. No entanto, esta diversificação não implica no
plantio aleatório. É recomendado manter uma uniformidade dentro das
quadras ou mesmo dentro das ruas e avenidas utilizando-se no máximo duas
espécies.
Considerando o aspecto visual, se faz importante privilegiar espécies:
– Com copas expressivas, que proporcionarão conforto ambiental às áreas.
– Que possuam floração e frutificação, já que favorecem a paisagem e a presença da fauna.
– Que produzam aromas agradáveis (folhas, madeiras, flores).
– Nativas regionais da flora brasileira.
– Resistentes ao ataque de pragas e doenças, tendo em vista a inadequação do uso de agrotóxicos no meio urbano.
Escolha das espécies (aspecto estrutural):
Durante a escolha das
espécies de árvores, suas
características (copa, raiz, porte, taxa de crescimento, etc.) devem ser
muito bem avaliadas, de modo que a árvore possa conviver de forma
harmoniosa com os serviços públicos que ocorrem no espaço urbano: redes
de distribuição de energia elétrica, iluminação pública,
telecomunicações, placas sinalizadoras, redes de água e esgoto, entre
outros. No caso das redes elétricas, essa convivência é ainda mais
importante, principalmente para evitar acidentes com pessoas e a
ocorrência de interrupções no fornecimento de energia elétrica.
Escolha das mudas:
A produção da muda é um dos fatores mais importantes para o sucesso da
arborização urbana.
Além de melhor preparada para as adversidades encontradas no ambiente
urbano, o emprego de mudas de boa qualidade reduz a necessidade de
operações de manejo posteriores, uma vez que reduz a possibilidade de
ocorrência de problemas.
Podas:
Existem 4 tipos de podas na arborização urbana, de acordo com o estado da árvore:
–
Poda de formação: é empregada para substituir os
mecanismos naturais que inibem as brotações laterais e para conferir à
árvore crescimento ereto e à copa altura que permita o livre trânsito de
pedestres de veículos.
–
Poda de limpeza: é empregada para evitar que a
queda de ramos mortos coloque em risco a integridade física das pessoas e
do patrimônio público e particular, bem como para impedir o emprego de
agrotóxicos no meio urbano e evitar que a permanência de ramos
danificados comprometa o desenvolvimento sadio das árvores.
–
Poda de emergência: é empregada para remover
partes da árvore que colocam em risco a integridade física das pessoas
ou do patrimônio público ou particular, sendo a poda mais traumática
para a árvore e para a vida urbana.
–
Poda de adequação: é empregada para solucionar ou
amenizar conflitos entre equipamentos urbanos e a arborização. É
motivada pela escolha inadequada da espécie, pela não realização da poda
de formação, e principalmente por alterações do uso do solo, do subsolo
e do espaço aéreo.
A responsabilidade quanto à
gestão de poda de árvores
incide sobre as Prefeituras Municipais. Porém, se for necessária a
realização de manobras perto da rede elétrica, estas devem ser feitas em
dias de pouco movimento e envolver obrigatoriamente a concessionária de
energia e órgãos responsáveis pelo trânsito.
Substituição ou Supressão:
A substituição de uma árvore é um processo cuidadoso, que faz parte
do manejo de arborização e que busca favorecer a região com uma planta
mais adaptada ao local. Já a supressão é um procedimento adotado em
último caso e somente quando, após a vistoria técnica do arborista, é
constatada a impossibilidade de se cultivar uma outra árvore no mesmo
local, devido a alguma restrição física ou ambiental. Veja exemplos:
– Localização imprópria para convivência com os demais equipamentos urbanos, impossibilitando o desenvolvimento natural.
– Condições vegetativas comprometidas, como: estado de saúde geral, condições de raiz, tronco e copa.
– Ataques de pragas e doenças, provocando sua debilidade.
– Vandalismo causado por terceiros, por exemplo, pela colisão de veículos.
Resíduo das Podas:
Sempre após as podas é necessário que os resíduos gerados sejam
retirados para que não atrapalhem o livre acesso de pedestres e veículos
automotores, e ainda, para que não obstruam o acesso da água pluvial
aos bueiros. Esses resíduos, subprodutos da arborização de ruas, não
devem ser desconsiderados, dado ao considerável volume gerado e aos seus
diversos aproveitamentos. Trata-se de um material que pode ser usado
como adubo, por meio de compostagem (processo de transformação de
matéria orgânica em adubo orgânico) ou na produção de energia com sua
queima.
Percebemos que durante todas as etapas da Gestão da Arborização
Urbana (plantio, poda, supressão, etc.) são necessárias várias
intervenções humanas. Porém, para que estas ações sejam mesmo eficazes,
faz-se necessário um planejamento e acompanhamento minucioso. Assim,
para auxiliar os profissionais durante todos estes processos,
ressaltamos a importância da utilização de um
sistema georreferenciado, como já citado no início deste artigo.
Este tipo de sistema é capaz de auxiliar na identificação e coordenação das necessidades de
manejo das árvores,
trazendo, consequentemente, maior agilidade na atualização dos dados e
maior eficiência destas tarefas. Além também de fornecer informações
quantitativas e qualitativas, tais como:
– Localização precisa das espécies que compõem a arborização urbana e as características sobre seu entorno.
– Interação entre as árvores e os equipamentos urbanos como fiações elétricas, postes de iluminação, muros, passeios etc.
– Quantidade de árvores que apresentam lesão ou problemas fitossanitários.
– Incidência de podas drásticas, substituição ou supressão.
– Possibilidade de realizar pesquisas por espécie, status ou por uma
área geográfica, seja ela um bairro, uma rua ou um polígono desenhado no
mapa.
Todas estas informações, aliadas à
geotecnologia ajudam consideravelmente na otimização de todas as atividades envolvidas na Gestão da Arborização Urbana.
Fontes: Site da Prefeitura de Uberaba | Site da Prefeitura de São Paulo | www.copel.com | www.cemig.com.br | www.uesb.br
Redação: Viviane Coelho – Analista de Requisitos Digicade
Revisão: Camilla Greco – Analista de Marketing Digicade