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Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
quarta-feira, 13 de julho de 2016
O que você precisa saber sobre o húmus de minhoca
The Golden Berry - Fisalis- camapu
This Golden Berry is one of the most adaptable and easy growing of fruits and is an exceptional source of nutrition. Its common name is Cape Gooseerry. This is truly, in every sense of the word, the GOLDEN BERRY
sábado, 9 de julho de 2016
Horta - como plantar Capuchinha (Tropaeolum majus)
A capuchinha (Tropaeolum majus), também conhecida popularmente comochagas, flor-do-sangue e agrião-do-méxico, é uma flor comestível quando cultivada sem o uso de agrotóxicos ou produtos químicos. Trata-se de uma planta anual, compacta e muito decorativa. Suas flores são aromáticas, em cores sortidas, variando entre o alaranjado, amarelo, vermelho, rosa e creme.
A Capuchinha atinge até 30 cm altura, floresce entre 6 a 8 semanas após a germinação, apresentando uma floração excepcionalmente longa. Prefere locais ensolarados. Germina entre 7 e 21 dias. É ideal para floreiras, vasos, jardins e bordaduras de canteiros.
Há quem goste realmente de saborear flores. Em São Paulo, por exemplo, sofisticadas lojas de produtos alimentícios nacionais e importados (cuja clientela é composta por muitos gourmets), oferecem verdadeiras iguarias como calêndulas, flores de iuca, violetas, amores-perfeitos, capuchinhas - todas cultivadas sem agrotóxicos e produzidas especialmente para o consumo alimentício.
Na cozinha, as folhas e as flores são deliciosas em saladas mistas. As flores decoram lindamente qualquer prato, e os seus botões florais conservam-se no vinagre como as alcaparras. Também se podem esmagar as folhas e as flores, misturando a pasta obtida à manteiga, para barrar o pão. As flores podem ser servidas ao natural ou enfeitando e enriquecendo saladas, fazendo parcerias deliciosas e refrescantes com legumes e folhas como rúcula, agrião, alface, entre outras.
O nome "flor-do-sangue", aliás, provavelmente surgiu da fama que a planta adquiriu como anti-anêmica. Sabe-se, também, que a capuchinha é muito usada no tratamento contra o escorbuto (carência de vitamina C). As folhas e as flores da Capuchinha contêm um antibiótico natural que não destroem a flora intestinal e que se tem revelado eficaz contra certos micro-organismos. Prescrevem-se as folhas cruas ou em infusão para tratar infecções do sistema geniturinário e das vias respiratórias, e também como diurético e depurativo. É útil como antisséptica, diurética e no tratamento de afecções pulmonares ou das vias urinárias.
Devido ao fato de conter uma enzima, a mirosina, que queima as gorduras, a capuchinha é um excelente auxiliar nos regimes de emagrecimento, exercendo ao mesmo tempo uma ação tonificante em virtude da sua riqueza em vitamina C e em oligo-elementos. Considera-se que as capuchinas favorizam, ainda, a produção dos glóbulos vermelhos.
Seja em canteiro ou em um vaso, onde possa receber bastante luz solar, a capuchinha floresce bem. Decorativa, pode compor bordas em jardins ou formar um lindo arranjo, plantada numa jardineira e instalada numa varanda ou peitoril ensolarado. A planta se reproduz por meio de sementes, por divisão de touceiras ou estaquia. O plantio pode ser feito em qualquer época do ano porém, durante a primavera a capuchinha se desenvolve com maior rapidez. A planta não é muito exigente quanto ao solo.
Como plantar Capuchinha
Para o plantio em vasos ou jardineiras, recomenda-se a seguinte mistura:
- 1 parte de areia
- 2 partes de terra comum de jardim
- 2 partes de terra vegetal
- Para melhorar a qualidade da mistura, pode-se acrescentar 1 parte de vermiculita (encontrada facilmente em lojas de produtos para hortas e jardins).
1. Semeie 3 a 4 sementes por vaso.
2. Posicione o vaso em local que bata sol durante boa parte do dia ou parcialmente à sombra.
3. Regue moderadamente.
4. É importante ser fertilizada durante o verão e o solo adequado não é muito específico, bastando que seja rico, especialmente com pouco azoto.
Só é possível obter bons resultados no cultivo da capuchinha quando contamos com a incidência de luz solar direta, por pelo menos algumas horas do dia. Quanto às regas, devem ser espaçadas, tendo o cuidado de manter o solo úmido, mas nunca encharcado. O excesso de umidade, por exemplo, além de facilitar a proliferação de fungos, se transforma no ambiente predileto das lesmas e caramujos.
Há quem goste realmente de saborear flores. Em São Paulo, por exemplo, sofisticadas lojas de produtos alimentícios nacionais e importados (cuja clientela é composta por muitos gourmets), oferecem verdadeiras iguarias como calêndulas, flores de iuca, violetas, amores-perfeitos, capuchinhas - todas cultivadas sem agrotóxicos e produzidas especialmente para o consumo alimentício.
Na cozinha, as folhas e as flores são deliciosas em saladas mistas. As flores decoram lindamente qualquer prato, e os seus botões florais conservam-se no vinagre como as alcaparras. Também se podem esmagar as folhas e as flores, misturando a pasta obtida à manteiga, para barrar o pão. As flores podem ser servidas ao natural ou enfeitando e enriquecendo saladas, fazendo parcerias deliciosas e refrescantes com legumes e folhas como rúcula, agrião, alface, entre outras.
O nome "flor-do-sangue", aliás, provavelmente surgiu da fama que a planta adquiriu como anti-anêmica. Sabe-se, também, que a capuchinha é muito usada no tratamento contra o escorbuto (carência de vitamina C). As folhas e as flores da Capuchinha contêm um antibiótico natural que não destroem a flora intestinal e que se tem revelado eficaz contra certos micro-organismos. Prescrevem-se as folhas cruas ou em infusão para tratar infecções do sistema geniturinário e das vias respiratórias, e também como diurético e depurativo. É útil como antisséptica, diurética e no tratamento de afecções pulmonares ou das vias urinárias.
Devido ao fato de conter uma enzima, a mirosina, que queima as gorduras, a capuchinha é um excelente auxiliar nos regimes de emagrecimento, exercendo ao mesmo tempo uma ação tonificante em virtude da sua riqueza em vitamina C e em oligo-elementos. Considera-se que as capuchinas favorizam, ainda, a produção dos glóbulos vermelhos.
Seja em canteiro ou em um vaso, onde possa receber bastante luz solar, a capuchinha floresce bem. Decorativa, pode compor bordas em jardins ou formar um lindo arranjo, plantada numa jardineira e instalada numa varanda ou peitoril ensolarado. A planta se reproduz por meio de sementes, por divisão de touceiras ou estaquia. O plantio pode ser feito em qualquer época do ano porém, durante a primavera a capuchinha se desenvolve com maior rapidez. A planta não é muito exigente quanto ao solo.
Como plantar Capuchinha
Para o plantio em vasos ou jardineiras, recomenda-se a seguinte mistura:
- 1 parte de areia
- 2 partes de terra comum de jardim
- 2 partes de terra vegetal
- Para melhorar a qualidade da mistura, pode-se acrescentar 1 parte de vermiculita (encontrada facilmente em lojas de produtos para hortas e jardins).
1. Semeie 3 a 4 sementes por vaso.
2. Posicione o vaso em local que bata sol durante boa parte do dia ou parcialmente à sombra.
3. Regue moderadamente.
4. É importante ser fertilizada durante o verão e o solo adequado não é muito específico, bastando que seja rico, especialmente com pouco azoto.
Só é possível obter bons resultados no cultivo da capuchinha quando contamos com a incidência de luz solar direta, por pelo menos algumas horas do dia. Quanto às regas, devem ser espaçadas, tendo o cuidado de manter o solo úmido, mas nunca encharcado. O excesso de umidade, por exemplo, além de facilitar a proliferação de fungos, se transforma no ambiente predileto das lesmas e caramujos.
Dicas de manejo da Capuchinha
Prepare um local especial para a planta, onde ela possa contar com a luminosidade necessária para o seu desenvolvimento e se mantenha livre de formigas e outras pragas. Os cuidados com a capuchinha são poucos e compensam. Sem a adição de qualquer produto químico, é possível ter uma planta delicada e ornamental, além de um lindo e saboroso ingrediente para saladas. Isso sem contar que tudo pode se tornar um bom negócio, pois os sofisticados pontos de vendas reclamam por não terem fornecedores suficientes para atender à procura pelas flores comestíveis.
A propagação, por sementes (grandes), faz-se na Primavera, aparecendo as flores cerca de oito semanas depois da germinação. Plantar a cerca de 30 cm umas das outras.
A propagação, por sementes (grandes), faz-se na Primavera, aparecendo as flores cerca de oito semanas depois da germinação. Plantar a cerca de 30 cm umas das outras.
Aprimore seus conhecimentos acessando os Cursos CPT, da área Horticultura, entre eles o Curso Horta Caseira - Implantação e Cultivo, elaborados peloCentro de Produções Técnicas.
Fontes: Hortamiga, nplantas, Portal do Jardim, Globo Rural, Globo Rural, Jardinaria, O Meu Jardim, Site Unimed, Frutas no Brasil, Saberes do Jardim, Vovó que ensinou, Horta em Casa, Como Fazer Tudo, Portal São Francisco
galinheiro ecológico móvel e prático!
Galinheiro ecológico móvel, ótimo para manejo do quintal e pode ser usado para
criar diversos outros tipos de aves.
sexta-feira, 8 de julho de 2016
SPDH - Plantio direto em hortaliças
Sistema de plantio direto em hortaliças aumenta a produtividade, reduz custos e
protege os recursos naturais. Conheça a experiência desenvolvida em Ituporanga SC.
quarta-feira, 6 de julho de 2016
COMO FAZER CERCA DE BAMBU BARATA, SÓ R$ 20,00
Como fazer uma cerca fácil e rápida, usando apenas 20,00 reais de material,
cerca bonita de Bambu.
Pequenos apostam nos orgânicos
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Para uma população que procura cada vez mais produtos saudáveis à mesa, o agricultor brasiliense se especializa no cultivo de vegetais sem agrotóxicos ecom o uso de tecnologia de ponta. E usa formas criativas a fim de fugir da crise | ||
Muito antes de a comida sem agrotóxico virar uma tendência, o cafeicultor Márcio Jório decidiu que qualquer veneno passaria longe da lavoura. Agora vai além: lança no mercado a primeira cápsula de café orgânico certificado do Distrito Federal. Dono de uma pequena chácara de verduras e legumes cultivados sem produto químico, José Pinheiro precisava ampliar os ganhos e o número de clientes. Aumentou em 50% a renda ao entregar parte da colheita diretamente para o consumidor. Longe dali, o agrônomo Jean Phillippe abandonou a pecuária e migrou para o cultivo de vegetais orgânicos. A meta? Oferecer o produto o ano inteiro, um grande desafio para os pequenos agricultores do setor.
Os três produtores não se conhecem, mas, cada qual a seu jeito, constroem no dia a dia uma história de vanguarda. Não desconsideram a crise. Entretanto, superam as dificuldades colocando em prática as novas tecnologias aliadas à sabedoria dos antepassados para se reinventar num mercado competitivo, especialmente para os pequenos. No Distrito Federal, a terra vale ouro. Com um território de 578.280 hectares, somente 345.501 mil são agricultáveis. Aumentar a produtividade sem ampliar a gleba é o objetivo perseguido pela maioria. O Correio conta histórias inspiradoras de quem sobrevive da roça e alimenta o ideal de colocar à mesa alheia produtos saudáveis. O cafeicultor Márcio Jório entrará para a história do Distrito Federal como o primeiro produtor de café orgânico certificado vendido em cápsulas. Ao agregar valor ao produto, a expectativa dele é aumentar os rendimentos em 50%. "Com a correria da rotina e a praticidade das cápsulas, a demanda é crescente", diz. A fim de embalar o café para máquinas de expresso, Márcio Jório envia o produto para uma multinacional portuguesa situada em Ribeirão Preto (SP). A empresa também passou por um processo de certificação pelo IBD Certificações para encapsular o produto. "Isso garante que o meu café não seja contaminado com outro. Todas as máquinas são limpas antes de eles iniciarem o procedimento", explica Jório. Cuidados A inovação é acompanhada de outros caprichos que tornam o produto mais especial. Até ser envasado em cápsulas, os grãos percorrem um longo e cuidadoso caminho. Dos 2 mil pés de café nascem sementes cultivadas sem qualquer produto químico. A lavoura, iniciada há quase 20 anos, é adubada com estercos naturais e rende 20 sacas por hectare. É bem menos do que plantio convencional - com agrotóxico colhe-se, em média, no Brasil entre 30 e 60 sacas por hectare. Mesmo com projeto de aumentar a produtividade, Márcio Jório não tem meta estipulada. A prioridade dele é manter o cultivo orgânico e tirar do solo o melhor resultado possível. Na pequena agroindústria montada na propriedade, no Lago Oeste - distante pouco mais de 40km da Praça dos Três Poderes, o rejeito vira proteção para a terra e alimento para as plantas. A poda dos pés e a casca do café, são moídos e voltam para o solo. A escolha do grão a ser processado é manual, exatamente como se cata o feijão. Só vão para a torra os de primeira qualidade. O ponto de queima é ao gosto do produtor. Nem mais, nem menos. No máximo, dependendo do cliente e da quantidade da encomenda, Márcio Jório regula a máquina e entrega o pó com diferentes granulações. Para garantir um sabor diferenciado, o agricultor investe em outra técnica: a do descansado. "Após a secagem, eu ensaco os grãos com a casca por um ano. Durante esse tempo de descanso, o grão absorve os açúcares naturais presentes na poupa. E isso reduz a acidez da bebida", explica. Apaixonado por café, Márcio Jório compara a degustação da bebida à do vinho. E mostra como o preparo do mesmo café proporciona diferentes sabores para diferentes momentos do dia, Onde encontrar No varejo é possível achar os produtos no Mercado Orgânico da Ceasa, às quintas e sábados, das 7h às 12h. Mais informações: jean.diferencial@ Os cafés de Márcio Jório podem ser encomendados pelos telefones 3264-3997 e 9988-9257 Preços: 1 kg de grãos de café torrado: R$ 45 ½ kg de café moído: R$ 12 1 caixa com 10 cápsulas: R$ 20 Produção o ano inteiro Nascido na França, o engenheiro agrônomo Jean Philippe Butruille, 44 anos, vive no Brasil há três décadas. Casado e pai de três filhos, tentou a vida como pecuarista e produtor de grãos. Mas, devido ao tamanho da gleba, percebeu que não teria escala de produção para competir com os grandes. Por isso, há três anos, Jean migrou para a produção de frutas e legumes orgânicos. Na propriedade de 55 hectares em Padre Bernardo, município goiano a pouco mais de 100km de Brasília, ele encontrou solo e clima favoráveis ao cultivo de batata-inglesa, inhame, morango, cebola, cenoura, beterraba e brócolis. Jean foi pragmático ao adotar o cultivo orgânico. "No sistema convencional, a competição seria com proprietários de 100 ou mais hectares. Busco uma atividade em que eu possa ser grande, mesmo sendo pequeno. Entre os orgânicos, eu consigo isso", explica. Jean ainda não está satisfeito. A meta agora é se especializar para manter a oferta dos produtos o ano inteiro. "Eu consigo fornecer quase tudo na maior parte do ano e, com isso, ganho mercado. Ainda tenho dificuldade com alguns produtos, como a beterraba e o morango. Por isso, pago um consultor que é referência na área orgânica para me orientar sobre a melhor tecnologia a ser aplicada", conta. Segundo o franco-brasileiro, há um pensamento equivocado de se associar a produção de orgânicos a uma "lavourinha de fundo de quintal". A realidade é bem diferente. "Usamos muita tecnologia. Isso não significa adoção de defensivo químico, mas sim fazer a coisa certa na hora certa. Cobertura de solo, solarização, irrigação localizada (gotejamento) formam um conjunto de tecnologias indispensáveis no campo", destaca. Em tempos de crise, Jean contabiliza queda no volume comercializado. Apesar do aumento dos insumos, fica difícil reajustar os preços. "Para amenizar os efeitos, procuro fazer compras por atacado, diretamente do fornecedor, e não por meio do atravessador. E remunero melhor os funcionários com programa de participação nos lucros. Assim, consigo uma mão-de-obra mais qualificada e comprometida com o resultado", revela. | ||
domingo, 3 de julho de 2016
Como plantar feijão, SOLO, ÉPOCA, TEMPO DE COLHEITA
FEIJÃO OLHO-DE-CABRA |
Como plantar feijão
Alguns tipos de feijão: feijão-jalo, feijão-branco, feijão-rajado, feijão-preto, feijão-carioca e feijão-vermelho - imagem: hortas.info-
O feijão comum (phaseolus vulgaris) é cultivado para a obtenção e o consumo de suas sementes, que são muito nutritivas. Atualmente há um grande número de variedades cultivadas, que variam bastante na cor, forma e tamanho das sementes.
O feijão é cultivado no continente americano desde a antiguidade, e atualmente é uma das mais populares sementes usadas como alimento, sendo cultivado praticamente no mundo todo. Há atualmente milhares de cultivares, que podem ser agrupados em tipos de acordo com a coloração, o sabor, a forma e o tamanho, como por exemplo, feijão-preto, feijão-carioca, feijão-branco, feijão-jalo, feijão-rajado, feijão-vermelho e feijão-rosinha, entre outros.
O feijão cru contêm a lectina fitohemaglutinina, que é uma substância tóxica. O cozimento do feijão em alta temperatura destrói esta lectina (cozimento lento abaixo da temperatura de ebulição da água não elimina esta substância), de forma que o consumo de feijão cozido de forma adequada é totalmente seguro. A concentração de fitohemaglutinina nas sementes varia bastante de cultivar para cultivar. Feijões crus não devem ser consumidos.
Embora seu consumo seja incomum, as folhas do feijoeiro também podem ser consumidas. As folhas podem ser consumidas cozidas ou refogadas, sendo que as mais jovens também podem ser consumidas cruas.
O feijoeiro não suporta geadas e baixas temperaturas. Por outro lado, temperatura muita alta prejudica a floração - imagem original: nociveglia -
Clima
A temperatura deve ficar entre 15°C e 30°C durante todo o ciclo de cultivo da planta, sendo que o ideal são temperaturas entre 18°C e 25°C. O feijão não suporta geadas e baixas temperaturas.
Luminosidade
Necessita de alta luminosidade, com luz solar direta. No entanto, em regiões com maior intensidade de radiação solar, pode ficar parcialmente sombreado por plantas mais altas cultivadas na mesma área, como o milho.
O feijão pode ser cultivado em muitos tipos de solo, desde que sejam bem drenados - imagem original: Sharib4rd -
Solo
Cultive preferencialmente em solo bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica, com pH entre 5,5 e 6,5.
Estas plantas podem formar uma associação simbiótica com bactérias conhecidas como rizóbios, capazes de fixar o nitrogênio do ar no solo como amônia ou nitrato, podendo assim prover o nitrogênio necessário para a planta e ainda enriquecer o solo com este elemento. Antes do plantio, pode ser feita uma inoculação das sementes com estas bactérias, utilizando inoculantes encontrados no comércio.
Irrigação
Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, mas sem que o solo fique encharcado.
Feijões recém-germinados - imagem original: Nick Saltmarsh -
Plantio
Semeie as sementes diretamente no local definitivo, a uma profundidade de 3 cm a 7 cm (3 ou 4 cm de profundidade nos solos pesados e profundidades maiores em solos mais leves). A germinação ocorre normalmente em até duas semanas.
O espaçamento pode variar com a variedade cultivada e as condições de cultivo, mas em geral um espaçamento de 40 a 60 cm entre as linhas de plantio e 7 a 10 cm entre as plantas é considerado adequado.
Tratos culturais
Retire as plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes, especialmente no primeiro mês de cultivo.
Feijão-yin-yang - imagem original: linus_art -
Colheita
A colheita depende da variedade cultivada e das condições de cultivo, sendo feita geralmente de 80 a 100 dias após a germinação. As vagens que se encontram secas podem ser colhidas manualmente em plantações muito pequenas. Em plantações maiores, a colheita é realizada quando cerca de 90% das vagens se encontram secas, cortando ou arrancando as plantas, manualmente ou com o uso de máquinas específicas para isso. Também é possível colher antecipadamente, quando as vagens estão amareladas, e então deixar as plantas cortadas ou arrancadas secarem completamente ao sol.
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Manual horta em pequenos espaços - EMBRAPA
Fatores que afetam o desenvolvimento das plantas. Produzindo as hortaliças. Descrição das hortaliças. Hortaliças - cores, nutrição e saúde.
terça-feira, 28 de junho de 2016
18 motivos para incentivar a agricultura urbana
Quando comecei a plantar comida na cidade só estava pensando no primeiro objetivo dessa lista. Aos poucos, fui descobrindo todos os outros.
BENEFÍCIOS AMBIENTAIS
1 Menos pressão sobre os recursos naturais – Cada pé de alface produzido no quintal ou na horta da esquina dispensa espaço no campo, transporte e embalagem. Na verdade, no caso da hortaliça-símbolo da salada, até o método de colheita muda: você só retira da planta as folhas que vai consumir naquele momento e ela continua produzindo por mais alguns meses. É urgente que as populações urbanas reduzam a demanda sobre os recursos naturais, pois as cidades hoje ocupam 2% da superfície terrestre mas consomem 75% dos recursos.
2 Combate às ilhas de calor - Áreas pavimentadas irradiam 50% a mais de calor do que superfícies com vegetação. Em São Paulo, a geógrafa Magda Lombardo constatou que a temperatura pode variar até 12 graus entre um bairro e outro. Não por acaso, a Serra da Cantareira e a região de Parelheiros são as mais frescas da cidade: é onde a vegetação se concentra.
3 Permeabilização do solo – Enchentes e enxurradas violentas são em parte resultado do excesso de pavimentação na cidade. E simples jardins de grama, onde o solo fica compactado, não absorvem tanta água quanto canteiros fofinhos das hortas.
4 Umidificação do ar - As plantas contribuem para reter água no solo e manter a umidade atmosférica em dias sem chuva.
5 Refúgio de biodiversidade – Nas hortas comunitárias recuperamos espécies comestíveis que se tornaram raras (como caruru, ora-pro-nobis, bertalha), plantamos variedades crioulas (as plantas “vira-lata” que têm maior variedade genética e por isso são mais resistentes às condições climáticas adversas) e atraímos uma rica microfauna, especialmente polinizadores como abelhas de diversas espécies, que estão em risco de extinção provavelmente pelo uso de agrotóxicos nas zonas rurais. Sou voluntária da Horta do Ciclista e testemunha de que as borboletas, joaninhas e abelhas aparecem em plena Avenida Paulista quando plantamos flores e hortaliças.
6 Redução da produção de lixo – Os alimentos produzidos localmente não só dispensam embalagens (que correspondem à maior parte do lixo seco produzido) como absorvem grande quantidade de resíduo orgânico na fabricação de adubo e até materiais de difícil descarte como pneus e restos de madeira, que são usados na delimitação de canteiros.
7 Adaptação às mudanças climáticas – A emissão descontrolada de gases do efeito estufa está tornando o clima mais instável e imprevisível, o que é péssimo para a produção de alimentos. A agricultura urbana tem sido considerada uma importante alternativa para a segurança alimentar e existem estudos indicando que cerca de 40% dos alimentos podem ser produzidos dentro das cidades. Para saber mais veja http://conectarcomunicacao.com.br/blog/96-comida-de-amanh/
BENEFÍCIOS URBANÍSTICOS
8 Conservação de espaços públicos – Para explicar vou contar uma historinha: em 12 de outubro de 2012, quando fizemos o primeiro mutirão na Horta do Ciclista (http://pt.wikiversity.org/wiki/Horta_do_Ciclista) encontramos no local muito lixo, cacos de vidro e até fezes e seringa usada. A partir do momento que começamos a cuidar daquele canteiro, a população passou a respeitar. Não houve depredação nem mesmo durante as grandes festas e manifestações que têm acontecido na Avenida Paulista.
9 Redução da criminalidade – Uma horta necessita de cuidados diários e se torna um local muito visitado. Famílias com crianças pequenas gostam de freqüentá-las, assim como velhinhos, grupos de estudantes e um monte de gente bem intencionada em busca de uma canto pacífico na urbe. O clima comunitário naturalmente afasta quem está pretendendo cometer atos ilícitos. No Brasil ainda não há estimativas sobre isso, mas nos Estados Unidos vários estudos já foram feitos, alguns deles citados nesse artigo http://www.motherjones.com/media/2012/07/chicago-food-desert-urban-farming.
10 Vida local – Um dos problemas das grandes cidades, particularmente de São Paulo, é o excesso de deslocamentos numa malha viária sobrecarregada. A agricultura — seja ela praticada como forma de lazer, trabalho comunitário ou profissão — fixa as pessoas no território diminuindo a demanda por transporte.
11 Contenção da mancha urbana – Se há incentivo para a produção agrícola nas franjas das cidades e a atividade se combina com turismo rural, diminui a pressão para desmatar e lotear. Mas esse benefício a população e os agricultores não conseguem manter sem o apoio do poder público.
BENEFÍCIOS SOCIAIS E PESSOAIS
12 Renascimento da vida comunitária – As hortas promovem a integração entre pessoas de diferentes idades, origens e estilos de vida. Assim como os cachorros, são mediadores sociais muito eficientes. Não falta assunto quando há tanta coisa a admirar, tanta tarefa a compartilhar, tanta dica e receita a trocar.
13 Lazer gratuito – Plantar custa praticamente nada. É divertido, um bom pretexto para juntar os amigos e fazer um lanche comunitário e ainda dá para levar umas verduras para casa sem pagar.
14 Mais saúde – Agricultura é exercício e cada pessoa regula a intensidade. Do tai-chi-chuan contemplativo de joaninhas ao aero-power-enxadão, tem ginástica para todos os gostos. Além disso, mexer com a terra é terapia preventiva e curativa de depressão, ansiedade, adicção, sedentarismo, obesidade, entre outros problemas, sobretudo mentais. E nesse item tem até pesquisa brasileira para comprovar. A autora é Silvana Ribeiro, da Faculdade de Saúde Pública da USP: http://www5.usp.br/29818/agricultura-urbana-agroecologica-auxilia-promocao-da-saude-revela-pesquida-da-fsp/
15 Educação ambiental na prática – Ver de perto o desenvolvimento das plantas, da germinação à decomposição, é muito melhor e mais eficaz do que aprender sobre os ciclos da natureza numa sala de aula ou num livro. Além de uma universidade viva de botânica, as hortas são excelentes locais para estudar o ciclo da água e a microfauna, entre muitos outros temas.
16 Educação nutricional – Como na TV não passa anúncio de brócolis e abobrinha e o “estilo de vida moderno” afastou muitas famílias dos alimentos na forma natural, existem crianças hoje em dia nunca viram um pimentão ou uma cenoura. Para ter uma ideia dos riscos da alimentação industrializada para as próximas gerações, sugiro assistir o documentário Muito Além do Peso (http://www.muitoalemdopeso.com.br/). Para ver como a agricultura urbana pode inverter esse jogo, sugiro ler American Grown (de Michelle Obama) e Edible Schoolyard (de Alice Waters). Ou simplesmente dar uma voltinha na horta comunitária mais perto de você.
17 Promoção da segurança alimentar – Nossos antepassados sabiam conseguir comida sem ter que comprar. Praticamente toda a humanidade era composta de camponeses. Esses conhecimentos foram sendo desprezados nas últimas décadas e, diante da perspectiva de crise econômica e ambiental, reavivá-los pode ser muito útil. Se você não gosta de conversa apocalíptica, favor voltar ao item anterior: segurança alimentar não é só ter o que comer, é também saber escolher os alimentos corretamente.
18 Integração agricultor/consumidor – Quem planta comida, mesmo que seja em três vasos no quintal, se torna curioso a respeito da origem dos alimentos que consome. E se sente irmanado aos agricultores: quer saber mais, tem vontade de visitar e apoiar os produtores, busca alimentos cultivados de forma mais justa e sem uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos. Junto com as hortas urbanas que surgem nos bairros de classe média de São Paulo estão nascendo muitas conexões e até amizades com agricultores próximos da metrópole. Um ciclo virtuoso e nutritivo de cuidados mútuos.
PARA SABER MAIS
- A cidadezinha de Tordmorden, na Inglaterra, ficou famosa porque tem
hortas comunitárias em todos os cantos, até na delegacia e no cemitério.
O pessoal de lá registrou dicas para quem quer replicar a experiência.
http://www.shareable.net/blog/10-steps-toward-an-incredible-edible-town
1) Comece com o que vc tem e não com o que vc não tem;
2) Não faça um plano estratégico;
3) Não espere por permissão;
4) Simplifique;
5) Deixe a existência da horta divulgar o movimento e provocar diálogos;
6) Faça conexões;
7) Comece agora, pensando duas gerações adiante;
8 ) Redescubra talentos esquecidos;
9) Reconecte pequenas empresas e artesãos com os consumidores;
10) Redesenhe sua cidade.
- Aqui no Brasil, nós, do grupo Hortelões Urbanos (https://www.facebook.com/groups/horteloes/), fizemos esse
ROTEIRO COLABORATIVO PARA UMA HORTA COMUNITÁRIA
1) Encontre um espaço disponível;
2) Procure parceiros;
3)Converse com os vizinhos;
4) Vá com a turma visitar as hortas comunitárias que já existem;
5) Junte os voluntários para desenhar e planejar a horta que será construída;
6) Consiga sementes, mudas, composto orgânico, enxadas, pazinhas de jardinagem, folhas secas, material para delimitar os canteiros e fazer plaquinhas;
7) Realize o primeiro mutirão;
8 ) Monte uma escala de trabalho para regas e manutenção;
9) Crie uma forma de contato para outras pessoas se comunicarem com o pessoal da horta (blog, e-mail, grupo no Facebook, o que preferirem);
10) Celebre a abundância e a solidariedade.
Casa sustentável em SP trata esgoto doméstico com bananeiras
Fonte: UOL MAIS
Em uma casa da cidade de São Paulo, o esgoto do banheiro não vai parar no córrego ou no rio. Ele é tratado no quintal. No processo, cocô produz banana e vapor de água, que ajuda na formação de nuvens de chuva. Nenhuma tecnologia complexa e cara é utilizada. Tudo o que fazem os sete moradores da Casa dos Hólons, um laboratório de permacultura localizado no Campo Belo, zona sul da capital paulista, é deixar que a natureza entre em ação.
Em uma casa da cidade de São Paulo, o esgoto do banheiro não vai parar no córrego ou no rio. Ele é tratado no quintal. No processo, cocô produz banana e vapor de água, que ajuda na formação de nuvens de chuva. Nenhuma tecnologia complexa e cara é utilizada. Tudo o que fazem os sete moradores da Casa dos Hólons, um laboratório de permacultura localizado no Campo Belo, zona sul da capital paulista, é deixar que a natureza entre em ação.
A proposta da permacultura é usar os recursos encontrados no próprio local como soluções para coisas como lavar a roupa ou cuidar do jardim e da horta. Por que não fazer a máquina de lavar funcionar só com a água da chuva? E filtrar a água da pia para regar as plantas?
"Basta olhar como a natureza se comporta e repetir seus padrões", conta Josué Apolônio, 26, permacultor e morador da casa. Para ele, a adoção de um sistema alternativo de tratamento de esgoto, algo comum em áreas rurais e sem rede de saneamento, em uma das maiores metrópoles do planeta não é nada absurdo. Ao contrário, ajuda a pensar na crise hídrica que vivenciamos. "Nosso sistema de esgoto não é funcional. Tudo flui para o rio. Estamos sem água mesmo tendo um rio passando pelo meio da cidade".
Deixar de enxergar o que fazemos no banheiro como algo indesejado, que deve ser levado para longe de onde vivemos, ajuda a entender a filosofia por trás da técnica. "O conceito de sujeira é relativo. O resto de uma maçã pode ser considerado lixo, mas é energia quando transformo em adubo para uma planta. Todos os animais devolvem, através das fezes, energia para o solo. A partir do momento que ela é processada, se transforma em outra coisa", diz Josué.
Esgoto vira banana e chuva
O tratamento das chamadas "águas negras" -- as que vão embora com fezes pela descarga -- tem o formato de um pomar instalado no meio do quintal. No local há uma sombra gostosa, o clima friozinho e o barulho das folhas das bananeiras sacudidas pelo vento. Embaixo delas, sob a terra onde estão as plantas, extravasa por um cano a água que veio do vaso. Nada de mau cheiro ou água empoçada.
Antes de chegar ali, o esgoto se decompõe e é fermentado em tanques hermeticamente fechados. O processo elimina as bactérias que causam doença presentes nas fezes humanas. Por precaução, não é recomendável comer nada que entre em contato direto com a terra. Mas as bananas ou outros frutos e folhas de plantas altas podem ser consumidas.
O permacultor diz que a maior parte do resíduo, misturado com a água da descarga, é líquida. O pouco material sólido presente no esgoto fica retido no tanque. A limpeza da bacia seria necessária apenas após muitos anos de uso.
A função da bananeira é fundamental. Ela dá o destino final para a água tratada do esgoto, transpirando-a na forma de vapor, sem nenhum contaminante. O sistema ganha o nome de bacia de evapotranspiração. "Uma bananeira consome 15 a 30 litros de água por dia", diz. Os nutrientes despejados na terra vão parar nas bananas.
"É muito importante ter a água retornando ao solo no ambiente urbano", diz Josué. "A transpiração dessa bananeira forma as nuvens que estão aqui em cima". Mas a ideia não é apenas dar um jeito no que vai embora pela descarga. A sombra e o clima fresco são ganhos conjuntos nessa forma holística de pensar a casa.
"A permacultura trabalha a ideia de que um sistema atenda várias funções. Com a bacia de evapotranspiração, o esgoto é filtrado, o ambiente fica mais úmido e mais fresco, temos banana... E a fibra da bananeira ainda pode servir para artesanato", afirma o permacultor.
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