Quem já teve a chance de visitar a capital da Inglaterra, sabe que a cidade é extremamente arborizada. Os ingleses não costumam ter dias ensolarados com frequência, mas por outro lado, têm à disposição parques lindíssimos e extremamente bem cuidados. Opções não faltam: Regent’s, Hyde, St. Jame’s, Greenwich, Hampstead Heath, Battersea, Victoria, Richmond e tantos outros.
Mas o atual prefeito, Sadiq Khan, acha que ainda não é suficiente. Para ele,Londresprecisa de maisárvores, por isso ele organizou o “plant-a-thon”, uma brincadeira com a palavra maratona – marathon, em inglês. Durante os próximos sábado e domingo, 1 e 2/12,80 mil mudasserão plantadas na capital. O evento conta com a parceria de diversas organizações locais de proteção e preservação ambiental.
A data foi escolhida porque marca o fim da Semana Nacional da Árvore. Será o maiorplantio coletivode mudas já realizado. São esperados 15 milvoluntáriospara participar da iniciativa. Eles se registraram online para fazer parte do “plant-a-thon”. As plantas serão colocadas em escolas, jardins públicos, espaços comunitários, parques e nos quintais das casas.
“É fantástico saber que haverá tantos londrinos trabalhando juntos nestes final de semana, plantando árvores pela cidade”, disse Khan.
O grande objetivo de Khan é que, no verão de 2019, Londres seja a primeira cidade do mundo a ganhar o título deNational Park City.Para isso, o prefeito criou umfundo verdee investiu nele £12 milhões, quase R$ 60 milhões. A meta é que até o próximo ano, a floresta urbana da capital britânica tenha 8 milhões de árvores.
Não é apenas em beleza que o prefeito de Londres está interessado. Segundo cálculos feitos pela administração municipal, as árvores fornecem pelo menos, £133 milhões – RS 657 milhões -, em benefícios, por ano, ao por exemplo, melhorar a qualidade do ar e reduzir a concentração de dióxido de carbono, além de diminuir o volume de água que escoa para bueiros e canais de esgoto. Outro importante serviço ambiental das chamadas “florestas urbanas” é servir de habitat para a vida selvagem. Nos parques londrinos vivem veados, raposas, esquilos e uma série de outros animais.
Atualmente, os bairros da capital têm uma extensão de cobertura vegetal de 20%, mas em algumas áreas, ela chega a 58%. Sadiq Khan quer aumentar em 10% a porcentagem desse dossel até 2050.
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante seis anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para várias publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, acaba de mudar para os Estados Unidos
Destacado pela sua versatilidade, tanto na cozinha, no preparo de receitas e comida em geral, quanto na limpeza do lar (principalmente para remover gordura), o vinagre é encontrado em diferentes tipos e usado para variadas finalidades. Mas você sabia que também pode ser utilizado em hortas e jardins?
O termo de origem francesa (vinaigre) pode ser traduzido de forma literal como “vinho azedo”. Sua produção é obtida por meio da fermentação acética do vinho e se torna uma substância bastante ácida. Agora que você já sabe um pouquinho sobre a solução, confira essas incríveis dicas sobre como utilizar o vinagre no seu cantinho verde.
08- Repelindo formigas
Quando as formigas começarem a visitar sua horta ou jardim e isso se tornar um incômodo, você pode borrifar vinagre por onde elas passam. O vinagre é um repelente natural e pode ser reaplicado a cada poucos dias, fazendo com que as formigas prefiram outros caminhos e então outras plantas.Observação: Não aplique diretamente nas plantas.
Os vasos de cerâmica são excelentes tanto para ornamentação quanto para trazer benefícios às plantas. Funciona muito bem quando o assunto é drenagem, pois mantêm as raízes da planta úmidas, sem deixar que fiquem encharcadas. Outro fator interessante é o isolamento térmico, já que geralmente as raízes ficam coladas nas paredes internas do vaso.No entanto, com o tempo, a cerâmica acaba absorvendo alguns minerais, cálcio, fungos e até musgo o que a deixa com uma aparência esquisita.
Mas não se assuste, você pode limpar seus vasos de cerâmica utilizando vinagre!
Utilizando uma escova com cerdas metálicas, retire toda a parte mais grosseira que fica na parte externa do vaso.
Depois de tirar a sujeira superficial, mergulhe o vaso de barro em uma mistura de 20 a 25 por cento de vinagre (1 xícara vinagre branco a cada 3 ou 4 copos de água) durante 20 a 30 minutos.
Para os resíduos mais difíceis, como os da borda, aplique vinagre puro no local.
06- Eliminando ervas daninhas
Quando aparecem ervas-daninhas em locais como passagens, paredes e até mesmo no jardim, basta pulverizar a solução (vinagre branco + sal + suco de limão + sabão) diretamente na planta. Lembre-se de pulverizar sistematicamente nos horários de sol pleno e apenas na planta que deseja remover. Esta técnica pode não erradicar todas as partes da planta, então é necessário fazer manutenções periódicas. Vale ressaltar que muitas plantas que conhecemos como “daninhas” podem ser alimentícia (PANCS) e até mesmo medicinais, então é válido pesquisar sobre elas antes de aplicar o herbicida.
Em um recipiente com 200 ml de água morna dissolva meia xícara de sal e uma colher de sopa de sabão ralado.
Depois que a água esfriar adicione 2 xícaras de vinagre branco e 4 colheres de sopa de suco de limão.
Coloque em um pulverizador e aplique nas plantas que deseja eliminar.
Observações:
Use luvas pois a substância pode queimar a pele quando exposta ao sol.
Cuidado para não afetar as plantas ao redor.
Por causa da ação do sal, outras plantas terão dificuldade para prosperar no local aplicado.
05- Repelindo Cães, gatos e ratos
Quando se trata de hortas, é preciso muito cuidado com a circulação de animais, pois estes, além de destruírem suas plantas, podem transmitir diversas patologias através de suas fezes. O vinagre tem odor bem forte e cães, gatos e ratos preferem passar longe ou ainda escolher outras áreas quando sentem o cheiro.
Para manter estes animais distantes pulverize vinagre puro pelos cantos da horta ou jardim repetidamente durante um período. Depois de alguns dias perceba que eles irão preferir outros locais e então você pode parar com as aplicações. Essa técnica é especialmente boa para caixas de areia, já que os gatos geralmente escolhem estes locais para fazer suas necessidades.
04- Aumentando a durabilidade das flores de corte
Um ambiente é sempre mais charmoso quando está decorado com flores de corte. O problema é que estas flores, por terem sido cortadas, tem pouca durabilidade. Mas seria possível adicionar uma solução que aumentasse a durabilidade destes arranjos? Sim, existe e para isso você vai precisar de vinagre branco.
Ingredientes:
1/2 limão
2 colheres de chá de açúcar cristal
2 colheres de chá de vinagre branco
1 litro de água
Preparo:
Tire o buquê da embalagem e separe as flores
Escolha as plantas que quer colocar no arranjo
Corte as hastes dentro da água para que elas não peguem ar (pode ser em uma bacia ou na água corrente da torneira)
Coloque a solução dentro de um recipiente bacana (não precisa encher muito)
Observações:
Corte na diagonal para que a planta absorva a água mais facilmente – Feito isso, coloque imediatamente no recipiente com a mistura, para evitar que a flor fique em contato com o ar.
Tire as folhas do caule, pois elas aceleram o apodrecimento
03- Intensificando a cor das flores
Algumas plantas como azaleias (Rhododendron simsii) e gardênias (Gardenia jasminoides) preferem solos mais ácidos para darem floradas exuberantes. Já no caso das hortênsias (Hydrangea macrophylla), ocorre um fenômeno muito interessante. Quando o solo está mais ácido elas produzem flores azuis e quando está alcalino, produzem flores cor-de-rosa.
Então para deixar suas plantas que preferem solos ácidos vistosas, você pode utilizar vinagre.
Para isso basta adicionar uma xícara de vinagre branco em 4 litros de água e regar suas plantas uma vez por semana com a solução.
Observações: Utilize a solução na época da florada da planta e tenha cautela ao regar, pois o solo extremamente ácido pode acabar prejudicando. Uma boa dica é ir fazendo testes até encontrar a quantidade ideal para cada planta.
02- Limpando as ferramentas
Qualquer pessoa que usa ferramentas seja para implantação ou para manutenção do jardim ou horta, sabe que elas são super importantes. O problema é que muitas vezes, com o passar do tempo, estes utensílios acabam enferrujando.
Para limpar a ferrugem, deixar as ferramentas de molho em vinagre puro e esperar alguns minutos para que ele entre em ação. Depois limpe com água, seque e aplique um pouco de óleo de cozinha.
01- Germinando sementes
Germinar sementes nem sempre é uma tarefa fácil, pois a genética de cada espécie garante incontáveis formas de propagação. O fato é que uma boa parte das sementes são distribuídas através de aves e roedores. Eles as comem e depois defecam em um novo local para que uma nova vida se desenvolva.
No meio deste processo, a semente passa pelo estômago do animal e lá encontra um ambiente úmido, ácido e muitas vezes com uma temperatura ideal. Em muitos casos proporcionar essas condições já é o suficiente para fazer a quebra de dormência da semente.
Uma boa dica para fazer com que as sementes germinem melhor é lixar levemente a parte externa e colocá-las em um preparado de 500 ml de água morna e 125 ml de vinagre. Deixe a solução agir durante 24 horas e depois plante as sementes diretamente na terra.
Observe que estas são dicas caseiras para quem aprecia cultivar plantas. Lembre-se de ir testando aos poucos e aprendendo com o tempo. Preparamos um vídeo com 06 dicas e truques sobre jardim e horta, vale a pena dar uma olhadinha pois tem dicas muito bacanas:
Minhocultura,
ou vermicompostagem é o processo de reciclagem de resíduos orgânicos
através da criação de minhocas em minhocários, oferecendo importante
alternativa para resolver economicamente e ambientalmente os problemas
dos dejetos orgânicos, como o lixo domiciliar. O produto final da
vermicompostagem constitui num excelente fertilizante orgânico (húmus)
capaz de melhorar atributos químicos (oferta, melhor retenção e ciclagem
de nutrientes), físicos (melhoria na estruturação e formação de
agregados) e biológicos do solo (aumento da diversidade de organismos
benéficos ao solo).
Técnicas de Criação:
O
local de construção do minhocário deve situar-se o mais próximo
possível do mercado consumidor e da matéria-prima utilizada como
substrato. Além de situar-se em uma área de fácil acesso, de preferência
em locais parcialmente sombreados, mas com boa insolação, e em terrenos
elevados, com pouca declividade, facilitando a construção dos canteiros
e os sistemas de drenagem. Um fator limitante que devemos estar atentos
na fase de elaboração do minhocário é a disponibilidade de
matéria-prima e água em abundância e limpa no local, principalmente nos
períodos de seca, quando é mais necessária para a irrigação dos
canteiros.
Tipos de Criatórios:
- Caixas de madeira ou tonéis de 200 litros, cortados longitudinalmente, com furos na parte inferior.
-
Canteiros de blocos, tijolos, madeira ou bambu, normalmente possuem 1
metro de largura por 0,30 a 0,40 cm de altura e o comprimento possível
ou desejado. O piso do canteiro poderá ser cimentado ou terra batida.
- Sistema de montes com o piso em terra batida ou cimentado.
Fontes de matéria-prima:
Toda
matéria orgânica de origem animal e vegetal passada pela
pré-compostagem, ou seja, semi curado, livre de fermentação, pode ser
usada na alimentação das minhocas. As minhocas exigem alimentações
balanceadas, rica em nitrogênio, fibras e carboidratos. Quanto mais rica
for à matéria-prima, maior será o sucesso econômico do seu
empreendimento. Podemos utilizar como fontes de matéria-prima: estercos
de boi, cavalo e coelho, restos de cultura (uma leguminosa, pois fixa
nitrogênio, palha, folhas e cascas de frutas), resíduos agro-industriais
(bagaço de cana), lixo domiciliar, lodo de esgoto.
Manejo do Minhocário:
A
quantidade necessária de minhocas para iniciar a criação é de 1 litro,
aproximadamente 1500 minhocas /m². Para um bom desenvolvimento do
minhocário além de matéria-prima suficientemente rica para alimentar as
minhocas, devemos proporcionar um ambiente adequado para o bom
desenvolvimento e reprodução das minhocas, monitorando a temperatura
(entre 20-25°C), umidade (70-85%), pH ( pH 7,0), aeração e drenagem do
meio (o meio não deve ser compactado e nem encharcado). É interessante
depois de preenchido os canteiros com as diferentes fontes de
matéria-prima semi-curada, cobrir os canteiros com folhas de bananeiras
ou restos de capina para manutenção de umidade e proteção contra
incidência direta da luz solar, além de dificultar fuga das minhocas. A
minhoca possui alguns inimigos naturais que devem ser controlados,
dentre eles galinhas, sanguessugas, pássaros e formigas lava-pés. Se o
ambiente natural não for favorável ao desenvolvimento das minhocas
haverá fugas das mesmas, inviabilizando a produção do seu
empreendimento.
Alunos
da Escola Estadual Paraíba, do bairro Ipanema, foram os primeiros a
participar de visitas orientadas ao Parque Natural do Morro do Osso, no
dia 3 de abril. Escolas interessadas em levar estudantes para participar
da trilha podem agendar a atividade com a Secretaria Municipal do Meio
Ambiente (Smam),
pelo e-mail morrodoosso@smam.prefpoa.com.br ou
pelo telefone 3263-3769. Nas quartas e nas sextas-feiras a visitação
acontece das 9h às 17h, com intervalo para almoço, e aos sábados, das 9h
às 12h.
O
Parque do Morro do Osso é uma das três Unidades de Conservação de Porto
Alegre. Com entrada pela Rua Irmã Jacomina Veronese, conta com 27
hectares de área natural protegida por lei. Com 143 metros de altura, do
alto do Morro do Osso é possível apreciar a vista do Guaíba, do Delta
do Jacuí e dos morros Agudo, da Tapera, das Abertas, da Ponta Grossa,
Santa Tereza e Teresópolis. fonte: Blog Jornalecão
No
Brasil, apenas 1,6% do lixo orgânico coletado é reciclado. Isso
representa um grande desperdício, comparando com a crise ambiental e
energética que vivenciamos. A
compostagem vem se mostrando com uma ótima alternativa para a
reciclagem do lixo orgânico produzido, pois é a forma mais controlada de
se conseguir a biodegradação desses resíduos, transformando-os em
adubo.
A compostagem pode ser feita de várias formas, mas o conceito básico é mesmo (Foto: Reprodução)
Do que se trata?
A
compostagem é uma técnica que utiliza a atividade de microrganismos
para a transformação de resíduos orgânicos, em especial aqueles
compostos por material de origem vegetal, em adubos. Trata-se de um
processo biológico (pois é por meio da atividade de organismos macro e
microscópicos que o material vira composto), aeróbio (porque há
necessidade da presença de oxigênio) e termofílico (pois o material
alcança fases com elevadas temperaturas).
Características do processo de compostagem (Reprodução)
Quais são as fases do processo?
O
processo geral envolve diferentes fases, cada qual representada por um
grupo de microorganismos. Desta forma, grupos microbianos com diferentes
mecanismos de ação sobre o substrato se sucedem, transformando aos
poucos o material lignocelulósico original, e produzindo matéria
orgânica humificada (Pereira Neto, 1996). Dentre
as fases que observamos, podemos citar as fases de estabilização e
maturação. A fase de estabilização é necessariamente termofílica,
caracterizada pela presença de organismos termófilos, elevando a
temperatura do volume a ser compostado a cerca de 70° c. Essa fase é
muito importante pois, ao ser mantida, aumenta a eficiência do processo e
elimina os organismos patogênicos, caso haja. Já a fase de maturação é
caracterizada por temperaturas mesofílicas, pois envolve a ação de
organismos mesófilos, ou seja, atuam na faixa de temperatura entre 20 e
40°c.
Diagrama com as fases do processo (Foto: Reprodução)
O que afeta o processo de compostagem?
O
bom andamento do processo e qualidade do produto final é função de
determinados fatores. Alguns devem ser tomados em conta no começo do
processo, na hora de montar as pilhas ou leiras, que é o diâmetro do
material a ser compostado e o terreno sob o material. Pelo fato da
necessidade de se estar frequentemente umidecendo as pilhas para melhor
andamento do processo, o terreno deve ter uma certa declividade, de
forma a escoar o chorume produzido. Este chorume poderá ser reutilizado
depois. Como
dito anteriormente, o processo de compostagem é um processo aeróbio, ou
seja, necessita de oxigênio para seu melhor desempenho. Sendo assim, é
interessante a periódica aeração através do remanejo da pilha. Por
razões científica, é interessante também monitorar temperatura e pH,
contudo, é mais complicado o acesso a equipamentos de medição e controle
desses fatores. Assim, o que se sugere é que, durante o primeiro mês,
seja feita a aeração e umidecimento duas vezes por semana, em dias
alternados. Por exemplo, segunda e quarta as pilhas são aeradas e nas
terças e quintas são umedecidas. Importante ressaltar aqui que o
umidecimento apenas serve para auxiliar a atividade microbiana. Muita
água prejudica o seu desenvolvimento, retardando o processo todo.
O material a ser compostado deve ser intercalado com palha em uma leira (Foto: Reprodução)
A
partir do segundo mês a repetição poderá ocorrer uma vez por semana,
com repetições de 15 em 15 dias no terceiro mês. Caso o composto não se
demonstre maduro a partir do terceiro mês, sugere-se que seja repetido a
metodologia usada no último mês para aeração e umedecimento, até que
ele esteja pronto. Contudo,
este processo pode apresentar diversas variações, influenciadas pela
temperatura, aeração, constituição do material de origem, uso ou não de
inóculos e ativadores, presença de nutrientes na formulação inicial
entre outras. Todos os fatores podem ser controlados originando
compostos com diferentes características e tempos de estabilização do
processo. O que foi proposto se trata de uma metodologia já testada e
com sua eficácia comprovada.
Exemplo de uma leira de composto (Foto: Reprodução)
Quanto tempo demora um processo de compostagem? Estudos
comprovam que em 3 meses é possível de se retirar um produto maduro.
Como foi anteriormente falado, o processo depende da atividade
microbiana. Sendo assim, fatores como aeração e umidade são importante
de serem controlados. O que se precisa fazer para praticar compostagem? Apenas
vontade e dedicação. Não há apenas uma forma de se fazer compostagem. O
conceito básico foi explicado. Com isso podemos imaginar e inovar com
diversas outras técnicas para se conseguir chegar a um composto maduro. Então?! Mãos à obra?! Referências: BENITES,
V. M. et al. Produção de Adubos Orgânicos a partir da Compostagem dos
resíduos da Manutenção da Área Gramada do Aeroporto Internacional do Rio
de Janeiro. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2004. (Embrapa Solos.
Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 50).
PEREIRA NETO, J. T. Manual de Compostagem. 1996
A Associação Caminho das Águas ajuda os catadores de lixo a melhorar a renda familiar. Um dos trabalhos destas famílias é reciclar o óleo de cozinha, confeccionando sabão.
No programa Rio Grande Rural deste final de semana nós vamos aprender com as recicladoras de dois grupos que moram nas ilhas de Porto Alegre, a fazer dois tipos de sabão caseiro: o sabão de limão e o sabão de glicerina com ervas.
Valores
como cuidado e proteção embasam uma democracia viva, que traz a
sustentabilidade e atende as necessidades de conexão universal entre
todas as espécies, defende a ecofeminista indiana em palestra realizada
na capital gaúcha
Por Eliege Fante, para EcoAgência de Notícias Ambientais
A
intensificação da biodiversidade é o antídoto para superarmos as crises
existenciais, econômicas, sociais, sob as quais a humanidade se
encontra. A afirmação é da ecofeminista indiana Vandana Shiva, que
realizou palestra na noite de segunda-feira (28) no Fronteiras do
Pensamento, no Salão de Atos da Reitoria da UFRGS, em Porto Alegre. Para
ela,“O futuro será diversificado ou não haverá futuro,” profetizou.
A biodiversidade retratada se evidencia através do respeito ao próximo,
às espécies, ao diferente, aos indígenas e as demais comunidades
autóctones. Conforme explicou, são essas comunidades que possuem a
sabedoria de como viver com uma pegada ecológica leve, ou seja,
impactando menos os ecossistemas. “Com cada língua que desaparece vai
também uma possibilidade de resistência contra a extinção das espécies.”
“Vamos celebrar as culturas, reinserir o
bem-estar para a segurança ecológica das identidades, dos cidadãos da
Terra, reaver o controle do alimento e da água,” disse Vandana. A
pesquisadora entende que à globalização corporativa, que exclui o
cidadão e também o parlamento e os políticos em geral, deve suceder-se
uma democracia viva. “Temos que passar para economias vivas que
proporcionem a sustentabilidade, satisfaçam a necessidade de
consciência, de conexão universal, de compaixão e solidariedade.”
Felicidade Interna Bruta (FIP) -
Como um exemplo desta possível prática, a pesquisadora contou a sua experiência enquanto assessora na transição na economia do Butão para
uma produção de alimentos totalmente orgânica. “Lá medem o FIB, a
Felicidade Interna Bruta. É um ministério da felicidade e não da
economia como os outros, que busca o equilíbrio e harmonia com a
natureza. São responsáveis por criar novas fronteiras do pensamento,
além do ecoapartheid – a separação do homem e da natureza, por criar uma
democracia da
comunidade da Terra, pois somos uma família na Terra.”
Sobre esta mudança de paradigma, é que
Vandana Shiva falará na Rio+20. Adiantou que estará no painel “Segurança
alimentar e nutricional” e que defenderá a agroecologia como modelo
para produção de alimentos em contraposição ao agronegócio. “Para a
economia verde tudo é mercadoria. Mas, como o slogan do Fórum Social
Mundial é ‘Um outro mundo é possível’, eu digo que, um outro mundo é
‘necessário’ para a humanidade ter lugar no planeta,” disse.
Abordar a origem dessa visão da natureza
enquanto mercadoria, levou a palestrante a citar o início do pensamento moderno com Francis Bacon, filósofo autor de Novum Organum (ou Novo Instrumento, 1620). Bacon pretendia substituir o Organum de
Aristóteles, ao criar um processo de busca pelo conhecimento dito com
bases sólidas. Contudo, este progresso pretendido, destacou Vandana, implantou a visão de que o conhecimento e o saber levariam ao poder
sobre a natureza. Dando-se a partir daí, a separação entre esta e o
homem. “Para esta ciência masculina, é preciso haver uma refeminização da humanidade, no sentido de um resgate dos valores femininos, como o
cuidado e a proteção,” apontou.
A ciência masculina, aquela que impõe o
subjugo da natureza, é a mesma que propõe o patenteamento da vida, por
considerem-na vazia até que o homem a desenvolva. “O problema das
corporações era que os agricultores guardavam as sementes, então a
Organização Mundial do Comércio elaborou (1996) o Acordo sobre os
Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao
Comércio. Na Índia, tínhamos 200 mil variedades de arroz, hoje estão
reduzidas a um punhado,” denunciou o monopólio das sementes,
principalmente pela Monsanto. No caso do algodão, cujo mercado a empresa
detém 95%, o fracasso na colheita, a dependência financeira e o endividamento dos agricultores devido ao alto custo das sementes e dos
insumos, levou 150 mil pessoas ao suicídio na década de 90.
Patenteamento da Vida
- A ecofeminista explica que o patenteamento da vida nega a
criatividade da natureza. “A indústria faz de conta que cria muitas
características nas sementes, mas só pode colocar uma toxina,” lembrou,
referindo-se ao Bacillus thuringiensis. Ela criticou também a
engenharia genética e o “cassino genético” que promove ao desenvolver
organismos geneticamente modificados. “Inventaram que impedem que ervas daninhas roubem o sol, colocaram as abelhas como ladras de pólen. O
resultado foi o uso 13 vezes maior de pesticidas e o desaparecimento de
75% das abelhas na Índia.”
Segundo Vandana, a agricultura
industrial manipula a produtividade ao medir a produção por unidade de
insumo.
Ela defende o cálculo a partir dos produtos: alimento, excedente
a ser vendido e biomassa. Especialmente sobre esta última, desmentiu o
índice de 75% de não aproveitamento da biomassa. Segundo explicou,
somente nas grandes cidades o petróleo e os subprodutos facilitam a
subsistência, já que no restante delas, as comunidades são dependentes
da biomassa. Por isso, considera o uso desta para fabricação de
combustíveis uma violação dos direitos humanos e da economia da
biodiversidade.
Ao comparar uma monocultura de milho,
explicou que uma propriedade biodiversa, vai produzir além do milho, outras culturas também, e o principal, vai produzir nutrição. Em
resposta ao público, afirmou que existem centenas de alternativas para
substituir o capitalismo, sempre se levando em conta que as liberdades
fundamentais são base para uma democracia viva. Intensificar a
biodiversidade e não investir em insumos, que geram resíduos e impactos,
mas plantar para ter alimento e não para ter mercadoria, são
ingredientes da receita da indiana. “Assim como cada região tem bacia
hidrográfica, deveria ter uma bacia alimentícia. É preciso ocupar os
espaços das cidades, ter o sistema local, trabalhar com amor e
confiança, pois existem mais tipos de alimentos do que o milho , a soja, e
as demais commodities,” disse.
A mudança do capitalismo para um
paradigma ecológico vai ocorrer, ela acredita, porque está havendo maior conscientização das populações, principalmente a partir da crise
econômica mundial de 2008 que provocou o surgimento dos movimentos “Os
indignados” e Occupy Wall Street. Em paralelo, a ativista
sugere a ação individual por meio do reconhecimento de que somos
sujeitos nesta luta, de que podemos fazer opções para criar uma revolução alimentícia, comer orgânicos e não químicos e ter a garantia
de que a nossa forma de alimentação ajuda o avanço dos mercados locais.
“Podemos nos tornar coprodutores da propriedade agrícola e da
biodiversida_ de. O sistema capitalista não vai durar muito devido suas
estruturas artificiais, suas mentiras e falsidades e, também, à medida
que decidirmos criar um outro mundo,” concluiu.
Vandana Shiva é fundadora do Navdanya,
um movimento pela conservação da biodiversidade e direitos dos agricultores. Ela também dirige a Fundação de Pesquisa para a Ciência,
Tecnologia e Política de Recursos Naturais. Durante a palestra, abordou o
curso de agricultura orgânica que promovem na Índia, onde falam sobre uma economia da resiliência e do qual já participaram 500 mil
agricultores.