Minha sogra conseguiu as sementes dos tomates que comprou na feira agroecológica em Atlãntida Sul.
Também conhecido como Tomatinho amarelo, Cerejinha, Cherry-baby, Tomatinho trepador amarelo
Planta anual de fácil cultivo e múltiplas aplicações.
Desenvolve-se em todas as regiões do país, em todo tipo de solo. Vai bem no jardim ou em vasos, até mesmo em salas, cozinhas e varandas.
No jardim, seu amarelo vivo intenso e grande quantidade de frutos acaba até contribuindo para o aspecto decorativo. Em vasos pode ser facilmente cultivado dentro de casa, desde que pegue algumas horas de sol.
Produz o ano inteiro nas regiões quentes e da primavera ao outono nas regiões frias. Pode-se semear plantas a cada 3 meses, garantindo o suprimento mensal de centenas de frutos.
Os tomatinhos são utilizados na preparação dos mais variados pratos, além de ser uma saborosa iguaria para consumir in natura.
Presta-se muito para composições decorativas de pratos, principalmente as pizzas.
Aceita plantio em vasos também, até mesmo em conjunto com árvores ou arbustos ornamentais que já estejam nos vasos do local. Semeia-se os tomatinhos ao pé desta planta e vai-se conduzindo o tomateiro em volta da própria planta.
Dificilmente um tomateiro provoca danos a uma folhagem ornamental, salvo se esta for muito pequena (menos de 30 cm de altura)
Falta de correção do solo e controle inadequado de pragas ainda são os principais erros cometidos pelos produtores
O tomate cereja é uma variedade de tomate que possui frutos pequenos, com 2 a 3 centímetros de diâmetro, duas cavidades e polpa fina. Essa variedade é uma ótima alternativa também para quem quer plantar o fruto em casa. Segundo o coordenador estadual de olericultura da Emater, Georgeton Silveira, a profundidade da raiz fica em torno de 50 centímetros e a colheita é iniciada a partir de 80 a 90 dias depois do plantio.
Silveira afirma que os principais erros na condução do tomateiro estão na falta de correção do solo e no controle inadequado de pragas e doenças. ”A não correção do solo causa um desenvolvimento insatisfatório e o manejo inadequado de pragas e doenças, por sua vez, leva a planta a um período produtivo pequeno”, diz.
1- Preparo de solo
Segundo o pesquisador, antes de iniciar o plantio é preciso verificar se o terreno ou jardineira onde o tomate será plantado é bem drenado, com relevo suave. Em relação ao clima, Silveira afirma que em regiões mais amenas, o cultivo pode ser realizado durante todo o ano. ”Em regiões com clima mais quente, o período de verão pode prejudicar bastante o desenvolvimento da planta em campo aberto”, conta. Por isso, o coordenador diz que para ter uma boa produção de tomate cereja em regiões com altas temperaturas é necessário investir no cultivo em estufas.
2- Plantio do tomate cereja
Para conseguir boas sementes de tomate cereja, não basta comprar o produto no supermercado e retirar as sementes do fruto para plantar. De acordo com o especialista, esses tomates são cultivados a partir de sementes híbridas, resultado de um processo de melhoramento genético.
Por isso, é preciso comprar sementes em postos de vendas autorizados e fiscalizados. Isso garante a procedência das sementes, padronização e qualidade, que envolve vigor e potencial de germinação. “Devido a esse processo de hibridação, não há uma uniformidade das plantas que se originam das sementes desses híbridos, o que resulta na formação de frutos maiores ou menores”, diz o coordenador. ”Se for feito o uso dessas sementes, a planta filha vai ter características diferentes da planta mãe”, afirma o coordenador.
Segundo Silveira, depois de adquirir as sementes é fundamental que seja feita a análise do solo para verificar a necessidade da correção com o uso de calcário ou adubos, para assim dar inicio ao plantio. ”O plantio é feito em covas ou em sulcos, onde são colocados os adubos químicos ou orgânicos e plantadas as mudas, previamente preparadas”, diz.
Silveira conta que as mudas são preparadas com 20 a 30 dias de antecedência. Só depois desse período, quando apresentam de quatro a seis folhas definitivas, as mudas são transplantadas para a jardineira, estufa ou lavoura. No caso da lavoura, segundo ele, o espaçamento para o plantio poderá ser de 0,30 a 0,60 metros entre plantas na linha de plantio e 0,80 a 1,0 metros entre linhas.
3- Irrigação do tomate cereja
O tomate é uma cultura muito sensível ao clima. No caso do tomate cereja, geralmente é indicado que o cultivo seja irrigado. Porém, Silveira afirma que a irrigação varia de região para região e deve ser cuidadosa. ”Para que seja realizado o manejo adequado da água, o produtor terá que utilizar equipamentos que possam avaliar melhor a umidade do solo”, diz. O coordenador cita o ”Irrigas”, um equipamento desenvolvido pela Embrapa, que auxilia o produtor na hora de realizar esse processo durante o cultivo.
4- Pragas do tomate cereja
O produtor precisa ficar atento também ao controle de pragas que podem causar prejuízos. Segundo Silveira, entre as principais pragas do tomate cereja estão mosca branca, pulgões, trips, brocas e lagartas. Para o correto manejo, é importante fazer o monitoramento de pragas e aplicar produtos de controle quando houver infestação. ”É necessário verificar a quantidade mínima de insetos para fazer o controle mecânico, químico ou orgânico”, conta.
O coordenador diz que é necessário que seja consultado um técnico, para indicar o melhor controle a ser feito. Ainda segundo Silveira, para ter um eficiente controle de pragas e doenças, é importante e necessário observar os períodos mais propícios para a ocorrência do problema e também fazer o controle preventivo e curativo, de acordo com a recomendação técnica.
5- Desbaste da planta exige poda constante
Outra questão muito importante sobre o tomate cereja é que a maior parte das cultivares são de crescimento indeterminado. Portanto, Silveira explica que é necessário fazer podas de crescimento para que a planta possa produzir frutos de melhor qualidade. ”Semanalmente é fundamental fazer a operação de desbrota que consiste em retirar os brotos das axilas das folhas”, diz. Quando a planta registra um crescimento excessivo, uma solução é utilizar fitilho, com uma técnica que “amarra” o caule da planta em uma base de arame.
6- Colheita do tomate
Com todos esses cuidados, a planta é capaz de produzir frutos para iniciar a colheita entre 80 a 90 dias após o plantio. ”É importante que os frutos estejam com a coloração uniforme e todo vermelho para que sejam embalados”, afirma Silveira. O coordenador explica que o cacho de tomate cereja não amadurece por completo. ”O produtor colhe cada fruto a medida que vai emadurecendo”, conta. Assim que colhido, o fruto é levado para uma bancada onde é feita a separação por tamanho entre graúdos e miúdos.
7- Tomate cereja em vaso
Como o tomate cereja é uma variedade que tem o fruto pequeno e a profundidade da raiz fica em torno de 50 centímetros, é possível fazer o plantio também em vaso. ”Para que a planta tenha uma vida útil maior e evite o enovelamento da raiz é interessante que sejam utilizados vasos com altura de pelo menos 50 centímetros de altura e 40 centímetros de largura”, diz o pesquisador. Outro fator importante para o desenvolvimento do tomate cereja em vaso é a luminosidade. ”É necessário que haja pelo meno 70% de luminosidade durante todo o dia, para que seja possível o crescimento da planta”, conta Silveira.
Tomate é uma das primeiras plantas que vem à mente de
quem quer começar a cultivar uma horta em casa. Nos últimos tempos isso
se tornou até necessário, tamanho o aumento (absurdo) no preço deste
fruto. Plantar tomates é uma ótima ideia, principalmente em se tratando
de saúde.
Existem diversas variedades de tomates. Algumas podem passar de dois
metros de altura. Mas, de um modo geral a planta alcança 1 metro, 1
metro e meio.
Infelizmente os tomates que compramos na maioria das feiras e
mercados contêm uma grande quantidade de agrotóxicos; portanto, um
cultivo pessoal, se possível de forma orgânica – sem fertilizantes e
repelentes químicos – vai ajudar tanto o bolso quanto a saúde de sua
família.
Veja também: como plantar e cultivar Pepinos
Pensando nisso, baseado em minhas experiências pessoais (boas e
ruins) resolvi escrever este super guia com todos os detalhes para quem
quiser se aventurar a plantar e colher tomates em casa.
Como semear tomates
A forma mais fácil de plantar tomates é por meio de sementes. Você
pode encontrá-las em praticamente todos os supermercados, na seção de
hortifrúti.
Ou então ‘produzir’ suas próprias, utilizando um tomate que tenha na geladeira.
Basta cortar um tomate ao meio e separar algumas sementinhas. Não
precisa nem deixar secar, é só colocar na terra e cobrir com um
pouquinho de terra peneirada (para facilitar a brotação).
A germinação através deste processo pode ser até mais rápida que com as sementes compradas.
Se for plantar em vaso, que seja grande – 30 ou 40 cm de profundidade
é o ideal para ter uma boa produção. Aliás, recomendo ler em detalhes
nosso post especial sobre a maneira correta de plantar em vasos, para garantir o sucesso das suas plantas.
Mas vamos ao passo a passo para plantar tomates!
Qual a melhor época do ano para plantar tomates?
Antes de qualquer coisa, o solo não pode estar frio, senão o tomate
dificilmente vai crescer (o mesmo vale para outras culturas como o pepino).
Isso significa que primavera e verão são as melhores estações para o
plantio. Agora, se você mora numa região onde o outono e o inverno não
são muito diferentes do resto do ano, vá em frente. Para ter certeza,
basta olhar no verso do envelope de sementes. Normalmente existe um mapa
com as regiões do Brasil divididas por cores e meses, bem simples de
seguir.
Para produzir várias mudas, escolha uma sementeira ou copinho
plástico, embalagem de Danoninho etc (desde que se faça alguns furos
para escoar o excesso de água). Neste exemplo usei um copo de plástico e
com uma agulha fiz vários furos no fundo. Se você deixar água acumular
no fundo dos vasos, as raízes podem apodrecer e a planta,
consequentemente, morrer.
Preencha com terra de boa qualidade. O que seria essa terra? Simples:
terra vegetal, areia (ou vermiculita), húmus de minhoca e esterco de
aves. Misture quantidades iguais desses itens e terá um excelente
substrato para suas plantas. Se preferir, pode adquirir um substrato
específico para germinar sementes ou mudas em lojas de jardinagem.
Coloque as sementes. Pessoalmente uso duas ou três sementes por recipiente, já que nem todas brotam.
Cubra com um pouquinho de terra de modo que as sementes fiquem com
1cm de profundidade mais ou menos. Como regra geral a profundidade das
sementes deve ser de três vezes o seu próprio tamanho; então, quanto
maior a semente, mais fundo deve ser plantada.
Regue diariamente ou em dias alternados, dependendo da temperatura. O
importante é manter o solo úmido, sem encharcar. Recomendo usar um
borrifador para regar, até que a muda cresça e tenha raízes para se
sustentar. Usar regador pode afundar muito as sementes.
Feito isso deixe a sementeira (ou copinho) num local iluminado, mas que não receba sol direto.
Após uma semana mais ou menos, se as sementes não estiverem
estragadas (às vezes pode acontecer) você começará a ver os primeiros
brotos.
Diariamente mantenha o recipiente umedecido, usando o borrifador. Pode ser pela manhã ou final da tarde.
Quando atingirem uns 3cm escolha a que se desenvolveu melhor e corte
as outras com uma tesoura. Arrancar pode danificar o broto que você
pretende deixar.
Quando a planta atingir uns 5, 6 cm já pode ser levada para o sol
(mas sem chuva). A partir daí a rega pode ser um pouco maior, com
regador, ainda sem encharcar.
Quando transplantar as mudas de tomate?
O transplante para o local definitivo, seja vaso ou canteiro, deve
ser feito quando a planta tiver 4 ou 6 folhas ‘verdadeiras’. Se diz
verdadeiras, porque as duas folhinhas iniciais podem não vingar e também
porque são iguais a centenas de outras plantas.
Para transplantar o tomate da sementeira para o local definitivo,
seja cuidadoso para não machucar a raiz. Use uma colher ou faca para
retirar a muda inteira, mantendo a terra da sementeira ao invés de
sacudir para deixar apenas a raiz. Se não quiser mais utilizar a
embalagem, corte-a para facilitar a retirada, como eu fiz com meu copo
plástico (que depois foi lavado e separado para reciclagem):
A raiz do tomate é muito sensível e não é raro que as mudas fiquem
murchas após o transplante. O normal porém é que em uma semana, no
máximo, elas se recuperem. Caso a planta seque significa que a raiz foi
totalmente comprometida e infelizmente não conseguiu se recuperar. Daí a
importância de replantar com muito cuidado.
Uma vez plantado, regue com abundância, agora sim, muita água. Isso ajuda as raízes a se aclimatarem no novo ambiente.
Ah! Se quiser plantar várias mudas, uma distância boa entre elas
seria de 50 ou 60cm mais ou menos. Os galhos crescem bastante e pode ter
certeza que este espaço será totalmente ocupado.
Onde plantar tomates
Já comentei mais acima que o local ideal é onde podemos controlar o
máximo possível a quantidade de água recebida, ou seja, que não receba
muita chuva. Mas não é sempre que podemos fazer isso, então se você
tiver de plantar o tomate em local desprotegido, numa região com muita
chuva, certifique-se de que o solo tenha uma ótima drenagem.
Para se certificar disso, recomendo abrir uma cova grande, com mais
ou menos 40 ou 50cm de diâmetro e profundidade e preencher com: terra vegetal, esterco de aves, húmus de minhoca. Se preferir usar a terra do seu próprio jardim, e ela for mais pesada/argilosa, misture uma ou duas partes de areia, além dos demais “ingredientes”.
Preparar o solo para os tomateiros
As dicas abaixo são o que costumo fazer bem antes de plantar meus tomates.
Melhor adubação para tomates
A preparação do solo antes do plantio é importantíssima. Ela vai
garantir plantas mais saudáveis e resistentes. Partindo do princípio que
você vai plantar o tomate num quintal, é preciso retirar capim, grama
ou qualquer outra planta. Retire também um pouco da terra, se for
argilosa. Com ajuda de uma enxada, revolva bem o solo para que fique
solto. Agora vamos preparar um bom substrato para o melhor
desenvolvimento de nossos tomates.
A primeira coisa é ter Terra Vegetal, já citada acima. Além dela, vamos acrescentar:
Calcário
Em resumo o calcário serve para corrigir a acidez do solo, além de
fornecer cálcio e magnésio colaborando com a nutrição das plantas.
É importantíssimo também para ajudar na absorção dos demais
nutrientes. Ele deve ser incorporado ao solo uns dois meses antes do
plantio para que tenha tempo de começar a agir. E só reage com água. Ou
seja, é preciso ser incorporado (ou espalhado) ao solo e receber uma
generosa quantidade de água. A medida varia muito, mas eu costumo usar
uma generosa pá de calcário misturado na terra. Depois de algumas
semanas o solo já estará bem melhor.
O correto é espalhar calcário, e revolver bem o solo. Cubra com
folhas secas. Depois de dois meses, mais ou menos, revolva bem esse solo
e misture os demais itens, já que a acidez do seu solo, após a ação do
calcário, já estará corrigido.
Caso já tenha tomateiros plantadas em solo sem calcário, o jeito é
espalhar na superfície mesmo, e regar. Se possível, e se não for
machucar as raízes, cave um pouquinho ao redor e incorpore. Não se
preocupe com relação ao contato do calcário com raízes e caules, pois
ele não ‘queima’ as plantas, como pode acontecer no excesso de esterco,
por exemplo.
Junto da terra revolvida, acrescente:
Esterco de aves (ou de gado)
Adquirido em agropecuárias ou lojas de jardinagem, o esterco é
importantíssimo não apenas para tomates. Ele enriquece demais o solo,
fornecendo nutrientes vitais para o bom desenvolvimento das plantas.
Se a escolha for o esterco de aves, use pouco. Ele é bem mais forte
que o de gado. Uma medida segura seria uma parte de esterco de aves para
cada cinco ou seis de terra. Se for de gado pode dobrar a quantidade.
Misture bem ao solo e sempre cubra com terra para que o cheiro não
atraia animais de estimação ou moscas.
Lembrando que o esterco deve estar completamente curtido, como os que estão disponíveis nas lojas do ramo.
Húmus de minhoca
Húmus é como uma vitamina sempre bem-vinda. Todas as plantas o
adoram! E o melhor é que o excesso não fará mal nenhum, caso exagere na
quantidade.
Só um pouco já fornece nutrientes para as plantas. Se quiser uma
recomendação exata eu diria que cinco colheres de sopa para plantas
pequenas já é o suficiente. Pode ser colocado na superfície ou misturado
no momento do plantio. Basta afofar um pouquinho a terra, adicionar o
húmus e misturar.
Tomates: problemas mais comuns
Apesar do tomateiro não ser a planta preferida de pulgões, vaquinhas,
lagartas etc, é muito sensível. Veja alguns dos problemas que podem
surgir e como tratá-los:
Manchas brancas ou furos
Cuidado com tomates que tenham pontos brancos ou furos. Pode indicar
presença de moscas brancas, lagartas ou percevejos. Melhor colher e
descartar para que não contaminem outros frutos. Basta girar o tomate
até ele se soltar (não precisa puxar).
As manchas no tomate podem ser causadas também por excesso de calor e
água (muita chuva). De qualquer modo, melhor retirar os tomates
afetados para não correr o risco de uma contaminação generalizada.
Folhas murchas e caules ressecados
Se os pés de tomate estiverem murchos, as folhas continuarem verdes e
a parte de baixo do caule começar a secar, pode ter sido atingido por
alguns fungos muito comuns em regiões quentes onde tenha havido excesso
de rega (ou de chuva). A combinação de clima quente e solo encharcado é
um prato cheio para muitos fungos que podem acabar com seu tomateiro.
Para prevenir, cuidado com a quantidade de água. Ao regar, não molhe
as folhas e interrompa antes de a água começar a formar uma poça na
superfície. Outra dica importante é limpar sempre as ferramentas de poda
para não transmitir fungos de uma planta para outra; os tomates em
especial são facilmente contamináveis. Pode limpar com vinagre ou
passando a lâmina da tesoura no fogo de um isqueiro por alguns segundos.
Evite que o solo fique muito duro. Para isso, use uma cobertura;
isso ajudar a manter a umidade e a terra mais fofa. Pode usar chips
(lascas) de madeira, palha, bagaço de cana seco, argila expandida,
aparas de grama já secas, folhas secas etc. Cuidado quando pegar folhas
secas para que não tenham formigas. Caso aviste formiga, espalhe um
pouco de talco; além de conter boro, que é um adubo para as plantas, ele
afasta formigas.
Folhas amareladas
Semanas após o plantio das sementes, pouco depois de surgirem os
primeiros pares de folhas, elas podem começar a amarelar. Isso aconteceu
uma vez comigo. A primeira coisa que pensei era que eu estava
exagerando na rega. O controle melhor da rega não adiantou nada e fui
atrás de informações; descobri então o melhor remédio para os tomateiros: o leite!
É incrível a eficiência do leite nos tomates. Em menos de uma semana
as folhas voltaram ao tom de verde. Mas é preciso cuidado. Em excesso o
efeito pode ser desastroso. Mais abaixo explicarei as formas corretas de
usá-lo.
Manchas brancas nas folhas
Em geral as manchas brancas (ou pontinhos brancos) são causados por
fungos e bactérias. Se não forem combatidos logo, podem acabar com sua
plantação.
Você tem duas opções: se dirigir a uma agropecuária ou floricultura
para adquirir algum “remédio” químico, ou adotar um cultivo orgânico e
usar leite. O melhor (e mais fácil) remédio. Pode usar Leite de Magnésia
se tiver! Confira a seguir como fazer isso:
A forma correta de usar leite nos tomateiros
Opção 1: Regar
Este é o método mais recomendado, por ser mais seguro. Coloque um
pouquinho de leite ou Leite de Magnésia num copo e complete com água. A
proporção é de 1 parte de leite para 9 de água, ou seja, 100 ml de leite
e 900 ml de água. Regue seus tomateiros. Se os amarelamentos e fungos
já estiverem em estado avançado, ou seja, “tomando conta” da planta,
repita essa rega de 3 em 3 dias até o desaparecimento dos sintomas. Não
exagere na quantidade. Regue normalmente com água nos outros dias,
também em pequenas quantidades, caso estiver muito calor.
Opção 2: Borrifar
Tomates não gostam de água nas folhas, por isso evito ao máximo
borrifar essa mistura de água e leite (ou Leite de Magnésia). A não ser
que a situação esteja complicada, com as folhas bem infectadas.
A forma correta de borrifar leite nos tomateiros é usar a mesma
proporção de uma parte de leite para nove de água (a mesma que a mistura
usada para regar, descrita anteriormente).
Preparada a mistura, coloque num borrifador e pulverize as folhas
delicadamente. ATENÇÃO: NÃO PRECISA ENCHARCAR. Pulverize a uma distância
de 20, 30 cm e caso alguma folha fique muito molhada, tire o excesso de
líquido dela. Repita essa operação de acordo com a gravidade do seu
caso.
Ainda sobre a pulverização, recomendo que ela seja feita logo no
começo da manhã (das 7h às 9h), assim a planta terá o dia inteiro para
absorver e secar. Se fizer no final da tarde pode ser que o efeito seja
até pior. Lembre-se: tomates não gostam de folhas molhadas.
Dependendo da situação, algumas folhas podem secar e cair em alguns
dias, mas outras devem se recuperar e novas folhas nascerão. Cada caso é
um caso, mas no geral sempre consegui reverter problemas nos tomateiros
dessa forma.
Tomates apodrecendo
No meu primeiro tomateiro que vingou e deu frutos, a alegria inicial
deu lugar a uma grande frustração: os tomates começaram a apodrecer!
Não é nada agradável ver aquela planta que você semeou, cuidou e protegeu começar a produzir frutas podres!
Tirei imediatamente o tomate que estava apodrecendo (com medo de que
isso se alastrasse para os demais que estavam crescendo). Dias depois
veio o desânimo ao ver outro tomate, já grandinho, apresentar o mesmo
problema. A forma correta de colher o tomate é girá-lo até que ele se
solte, para não danificar o galho; ou então use uma tesoura afiada e
corte preservando o cabinho, o que fará com que seu tomate dure mais
tempo na geladeira. Aliás, vi outro dia num programa de um médico
norte-americano, “Dr. Oz”, a dica de que para conservar por mais tempo é
bom guardar os tomates com o umbigo para baixo. Parece que funciona…
Foi aí que descobri que infelizmente isso é muito comum, e se chama “podridão apical”.
Geralmente acontece na primeira produção da planta, que ainda não está
totalmente desenvolvida e forte para lutar contra o problema, que
geralmente é a falta de cálcio (resolvida com calcário, que na época eu não tinha utilizado com antecedência).
Raízes danificadas (por transplantes ou ao extrair ervas daninhas
próximas do caule, por exemplo) dificultam que a planta absorva cálcio
suficiente do solo.
Podas excessivas também podem ser responsáveis por esse problema, mas geralmente a questão é a deficiência de cálcio mesmo.
Regas excessivas ou escassas também podem contribuir para o enfraquecimento do tomateiro.
Sobre a falta de cálcio é bom salientar que grande parte do solo de
São Paulo e estados da região Sul são muito ácidos. Para corrigir isso,
também se usa o calcário.
O uso de Cobre nos Tomates
Um outro aliado importante no cultivo de tomate é o cobre. Se você
regar seu tomateiro com leite/água uma vez por semana e borrifar um
fertilizante/defensivo à base de cobre nas folhas a cada 15 dias, as
chance de ter problemas diminuem muito.
Recomendo os produtos da Dimy e Forth. São marcas confiáveis. E funciona não apenas em tomates, mas em pepinos, uvas, maçãs, pêssegos… É excelente.
Como e onde plantar tomates
É possível cultivar tomates em vasos? Sim. Mas não é o ideal. As raízes são fininhas, mas precisam de bastante espaço.
No meu caso, testei em dois vasos: um pequeno com apenas 10 cm de altura e outro maior, com cerca de 20 cm.
Quase dois meses depois percebi que as plantas estagnaram; passavam
dias sem crescimento aparente e as raízes saíram (e muito) pelos furos
dos recipientes. ATENÇÃO: Minha intenção foi testar o plantio em vasos, e
por isso não coloquei pedras/argila expandida e manta bidim, apenas
terra, húmus e esterco de aves.
O que fiz então foi cortar com um estilete o fundo dos vasos e os
coloquei sobre um canteiro onde eu previamente já tinha retirado grama e
afofado a terra para facilitar o crescimento dessas raízes.
Dito e feito. Semanas depois de fazer isso os tomates voltaram a
crescer. Portanto a dica que posso dar é que sim, é possível plantar
tomates em vasos, desde que sejam grandes o suficiente para permitirem o
crescimento adequado da planta. Ou cultive tomate cereja, que é bem
menor.
Outras dicas para o cultivo de tomates:
Já falei sobre essas dicas mais acima, mas não custa relembrar: Prenda os tomateiros. Finque uma estaca qualquer ao
lado da muda de tomate. O melhor momento para fazer isso é quando
plantamos a muda, para não ter risco de machucar as raízes. Feito isso
use fitilho (ou barbante, nylon…) e prenda a planta para que ela fique o
mais firme possível e resista a rajadas de vento mais fortes. Eu já
perdi um lindo tomateiro por descuidar disso. Cubra a terra. Pode ser com lascas de madeira,
palha, seixos. Isso protege contra o endurecimento do solo pela ação do
sol direto e também ajuda a reter a umidade, diminuindo assim a
necessidade de se regar demais. Evite plantar nos meses mais frios. O solo frio
contribui para o aparecimento da podridão apical. Aqui em Santa Catarina
a terra costuma “esquentar” só do meio de outubro em diante, quando as
temperaturas mínimas noturnas aumentam gradativamente. Se a mínima ainda
está na casa de 10 graus é melhor esperar. Cuidado com a rega. Use um palito ou o dedo para ver
se pelo menos os primeiros 2 cm do solo estão secos. Se o palito sair
muito sujo não precisa regar ainda.
Como podar tomateiros
Sim, você pode podar seus tomateiros, mas tenha muita cautela. Além
de não gostar de água nas folhas, tomateiros não são muito fãs de podas
radicais.
Pessoalmente já testei podar galhos inúteis que cresciam para baixo e
que não tinham flores, por exemplo, mas o resultado não agradou: vários
tomates apresentaram podridão e a produção diminuiu bastante.
A única poda realmente necessária é a de limpeza, retirando pequenos
galhos que se formam nas axilas da planta, bem na diagonal do cause
principal (foto abaixo). Eles devem ser retirados com as mãos mesmo, com cuidado para não machucar o caule principal.
Galhos que brotam muito perto do solo (a pouco mais de um palmo de
altura, na parte inferior da planta) também tiram a força do caule e
podem ser retirados. Tente se limitar a essa poda de limpeza, que é a
mais segura.
Repelentes para tomateiros
Não use fumo em tomates! O fumo é o repelente natural mais comum, mas detestado pelo tomateiro.
Os melhores repelentes que já usei no cultivo de tomates foram o leite e o óleo de neem.
O leite pode ser usado nas regas e pulverizado em pequenas
quantidades nas folhas, como orientei antes. Ele fortalece e trata a
planta contra diversos fungos.
Já o óleo de neem (se pronuncia ‘nim’) deve ser pulverizado
preferencialmente no final da tarde, quando o sol já estiver bem fraco,
para não correr o risco de queimar das folhas. Adicione um pouquinho de detergente neutro ou sabão de côco dissolvido em água, para ajudar a fixar o produto nas folhas.
De forma preventiva eu costumo aplicar uma vez a cada duas semanas,
mas se você mora em regiões muito quentes, com histórico de ataque de
pragas, pode aumentar para uma ou duas vezes na semana.
Ah! Tem também o alho. Vale plantar um ou dois dentes de alho perto
do tomateiro. É só enterrar os dentes. Ele também ajuda a repelir
naturalmente algumas pragas que atacam os tomates.
As próprias folhas do tomateiro funcionam como repelente para grande
parte dos inimigos do jardim, mas sempre aparece algum problema, não tem
jeito.
Polinização do tomateiro
As plantas precisam ser polinizadas para que possam dar frutos. É
como se fosse o ato sexual das plantas. Geralmente isso é feito por
abelhas, pássaros…
No caso dos tomates, o próprio vento já ajuda no processo. Ou então, nós mesmos podemos dar uma mãozinha, literalmente.
Assim que surgirem as florzinhas amarelas já podemos ‘polinizar’.
Para isso, basta sacudir levemente os galhos e/ou dar leves petelecos
nas flores. Obviamente devem ser bem leves mesmo, senão elas vão cair!
Em breve os tomatinhos começarão a surgir, pode esperar.
Em quanto tempo conseguirei colher tomates?
O que muitos querem saber é quando, de fato, poderemos saborear
nossos tomates plantados em casa? Em minhas experiências de cultivo, no
interior de Santa Catarina, numa cidade de clima temperado, o tempo desde a plantação da semente até a colheita do tomate maduro tem sido de 3 meses em média. Em regiões mais quentes este tempo pode ser menor. Depende de cada local e forma de cultivo.
O melhor é deixar que os tomates amadureçam no pé. Se colher antes, o
sabor poderá ser comprometido. Mas ‘o ponto’ depende do gosto de cada
um, claro.
É isso. E você, já plantou tomates?
O Tamarilho por vezes escrito tamarillo, tomate japonês, tomate inglês ou tomate arbóreo (estes dois últimos nomes usados na Madeira), é o fruto da espécie Solanum betaceum, pertencente à família Solanaceae.
Nativa dos Andes na América do Sul, é rica em vitamina A, sendo indicada para controlar o colesterol[carece de fontes]. É apreciada ao natural e seu sabor agridoce também pode ser explorado com sucesso no preparo de sucos, geleias ou compotas, salada de frutas e molhos para acompanhar carnes.
É comercialmente cultivada na Nova Zelândia, Califórnia e Portugal. No Brasil, a fruta é cultivada em quintais, principalmente nos estados da Bahia, de Minas Gerais e de São Paulo.
Na Bahia recebe o nome de "tomatão" e em São Paulo de "tomate francês".
Na região sul de Minas Gerais é popularmente conhecida como "tomate de
árvore". Em Portugal também é conhecida como "tomate brasileiro".
Nasce em uma árvore de pequeno porte, que não requer cuidados especiais, mas que sofre bastante com as geadas pelo que necessita de ser protegida no Inverno. Propaga-se por semente e por estacas dos ramos.
Descasquei
com uma faquinha de legumes e fiz esta salada com catalonha, laranja,
cebola, pimenta, tomatinho, hortelã, temperada com sal, azeite e um
mínimo de suco de limão rosa e de laranja (só o sal, o azeite e a cebola
não são do sítio).
Às
vezes acontece, de uma hora pra outra, de a gente passar a gostar de
alguma coisa a que nunca deu valor. Pois desta vez me encantei com os
tamarillos ou tomates de árvore (Cyphomandra betacea) de um pé
que tenho plantado em Fartura-SP. Comprei a mudinha no Posto Frango
Assado da Rodovia Anhanguera, já com fruto, e levei para o sitio há uns 4
anos. A planta cresceu rápido, tem hoje uns 4 metros, e desde então não
parou de frutificar. Frutos como ovos alaranjados. Tem também o
vermelho sanguíneo, meu atual objeto do desejo. Acontece que, embora
tenha tentado algumas receitas com ele, não me apeteceu logo no começo. E
a ninguém da família. Então, durante todo este tempo os tomates
laranjas ficaram para as galinhas, o chão forrado deles sempre. Muitos, e
na porta de casa.
Há alguns dias, Nina Horta me mostrou dois deles, que
alguém lhe deu e me perguntou o nome. O desprezo era tanto que os
chamei displicentemente de tomatillos, fazendo confusão com o nome das
physalis mexicanas. Mas também, são todos parentes do tomate e da
berinjela, família das Solanáceas. Só sei que desta vez cheguei lá
olhando diferente para o tal tree tomato ou tomate francês (é originário
da América do Sul, provavelmente do Peru).
Descasquei, polvilhei sal e
comi. Como não havia descoberto aquele sabor antes? Meio tomate, meio
goiaba, meio maracujá, meio camapu, um blend, um corte dos bons. O hummm
foi tão convincente que contaminou a família e logo todos estavam
festejando a fartura deles a qualquer tempo, ao nosso alcance. A pele é
mais firme e amarguinha que a do tomate e deve ser tirada. Já as
sementes são mais duras, mas não atrapalham. E a polpa é mais cremosa e
densa que a do tomate. É ainda mais perfumado, ácido e doce, sendo,
portanto, mais versátil. Vai bem como legume em molhos, sopas, cremes,
chutneys e saladas. Ou como fruta em sucos, compotas, sorvetes ou
simples, cru, de colherinha. Mais uma coisa boa? A planta é resistente,
não dá praga alguma (pelo menos a nossa é assim). São bons quando maduros, macios. Pode ser despelado como o tomate. Faça um corte em cruz na casca e mergulhe por 1 minuto na água fervente.Ou descascado com faquinha. Grelhado
com azeite, flor de sal, pimenta-do-reino e folhas de manjericão. Foi
um teste rápido para ver se ficava bom. Nem preciso comentar. Entradinha
perfeita.
Pesquisadores produziram um tomate transgênico reintroduzindo o gene GLK2 selvagem,
perdido durante o processo de domesticação e melhoramento do fruto – Foto: Marcos Santos/ Jornal da USP
.O gene responsável por amadurecer o
tomate uniformemente dando-lhe um aspecto mais atraente aos olhos do
consumidor é o mesmo que faz dele um fruto com menor valor nutricional.
Tomates vistosos encontrados nas feiras têm menos vitamina E e baixo
nível de açúcares, o que impacta, inclusive, na qualidade e densidade de
polpas, extratos e molhos. Os estudos que evidenciam este fato
envolvendo a transcrição da proteína GOLDEN 2-LIKE 2 (GLK2) foram tema de artigo científico publicado na PlosOne por pesquisadores do Laboratório e Genética Molecular de Plantas do Instituto de Biociências (IB) da USP. Segundo a bióloga Maria Magdalena Rossi,
coordenadora do projeto temático que trabalha com a compreensão e
manipulação do metabolismo vegetal, os pesquisadores produziram um
tomate transgênico reintroduzindo um gene GLK2 selvagem, perdido durante
o processo de domesticação e melhoramento do fruto. A experiência foi
feita com o objetivo de demonstrar que a mutação em GLK2, selecionada
para proporcionar amadurecimento uniforme ao fruto – uma demanda do
setor agroindustrial – comprometeu o sabor e suas propriedades
nutricionais. O tomate com o gene selvagem possui 25% mais vitamina E
que os convencionais, além de polpa mais densa.. .
Ao longo dos anos, o tomate passou por um processo de domesticação e
melhoramento até chegar ao que ele é hoje. Os tomates selvagens,
originários dos Andes Peruanos, são menores e, a maioria, não acumula
carotenoides (compostos de importância nutricional que conferem
coloração laranja/vermelha). E os que possuem carotenoides, não
amadurecem de forma uniforme, sendo o “ombro” ou a parte de cima do
fruto a última a ganhar cor avermelhada. Essa característica nativa
tornou-se um problema para a colheita mecanizada e fez com que os frutos
perdessem apelo do consumidor, relata a professora Magdalena. O foco do trabalho era saber se a mutação em GLK2 introduzida na
maioria das variedades cultivadas hoje estaria afetando os compostos
nutricionais, em particular os açúcares e a vitamina E. E se fosse
comprovada esta hipótese, os pesquisadores consideravam que se o GLK2
fosse reintroduzido ao fruto, se recuperaria o valor nutricional,
explica.
Tomate transgênico tem 25% mais
vitamina E que os convencionais
A solução foi sobre-expressar a proteína, ou seja, desenvolver uma
planta que produzisse fruto com maior quantidade de GLK2. Assim seguiram
as experiências e foram cultivadas mudas transgênicas, mutantes
(tomates convencionais) e outras com o gene selvagem. Depois, em
laboratório, foram feitas análises bioquímicas de amostras das três
variedades. A hipótese se confirmou: “Com a reintrodução do gene GLK2, o
tomate da planta transgênica apresentou tanta vitamina E quanto a
planta selvagem e 25% mais do que os tomates convencionais. Em relação
ao nível de açúcar, a planta geneticamente modificada teve grau Brix
(medida de conteúdo sólidos e solúveis) mais elevado que o tomate
selvagem e o convencional. O grau Brix é utilizado para identificar a
qualidade da polpa do fruto que influi na densidade de extratos, massas e
molhos, parâmetro de valor econômico bastante considerado pela
indústria alimentícia..
.
A pesquisadora lembra que não é necessário produzir plantas transgênicas
para restaurar o conteúdo nutricional dos frutos para o consumo humano,
e que a planta transgênica produzida no IB serviu apenas de ferramenta
de pesquisa para demonstrar que as modificações feitas nos tomates ao
longo do tempo acabaram prejudicando a qualidade nutricional do fruto.
“Um tomate mais nutritivo pode ser obtido resgatando o GLK2 por meio de
cruzamentos”, reforça.
Mais informações: (11) 3091-7556 ou mmrossi@usp.br, com Maria Magdalena Rossi, ou bslbsl@usp.br, com Bruno Silvestre Lira
Falta de correção do solo e controle inadequado de pragas ainda são os principais erros cometidos pelos produtores
O tomate cereja é uma variedade de tomate que possui frutos pequenos, com 2 a 3 centímetros de diâmetro, duas cavidades e polpa fina. Essa variedade é uma ótima alternativa também para quem quer plantar o fruto em casa. Segundo o coordenador estadual de olericultura da Emater, Georgeton Silveira, a profundidade da raiz fica em torno de 50 centímetros e a colheita é iniciada a partir de 80 a 90 dias depois do plantio.
Silveira afirma que os principais erros na condução do tomateiro estão na falta de correção do solo e no controle inadequado de pragas e doenças. ”A não correção do solo causa um desenvolvimento insatisfatório e o manejo inadequado de pragas e doenças, por sua vez, leva a planta a um período produtivo pequeno”, diz.
1- Preparo de solo
Segundo o pesquisador, antes de iniciar o plantio é preciso verificar se o terreno ou jardineira onde o tomate será plantado é bem drenado, com relevo suave. Em relação ao clima, Silveira afirma que em regiões mais amenas, o cultivo pode ser realizado durante todo o ano. ”Em regiões com clima mais quente, o período de verão pode prejudicar bastante o desenvolvimento da planta em campo aberto”, conta. Por isso, o coordenador diz que para ter uma boa produção de tomate cereja em regiões com altas temperaturas é necessário investir no cultivo em estufas.
2- Plantio do tomate cereja
Para conseguir boas sementes de tomate cereja, não basta comprar o produto no supermercado e retirar as sementes do fruto para plantar. De acordo com o especialista, esses tomates são cultivados a partir de sementes híbridas, resultado de um processo de melhoramento genético.
Por isso, é preciso comprar sementes em postos de vendas autorizados e fiscalizados. Isso garante a procedência das sementes, padronização e qualidade, que envolve vigor e potencial de germinação. “Devido a esse processo de hibridação, não há uma uniformidade das plantas que se originam das sementes desses híbridos, o que resulta na formação de frutos maiores ou menores”, diz o coordenador. ”Se for feito o uso dessas sementes, a planta filha vai ter características diferentes da planta mãe”, afirma o coordenador.
Segundo Silveira, depois de adquirir as sementes é fundamental que seja feita a análise do solo para verificar a necessidade da correção com o uso de calcário ou adubos, para assim dar inicio ao plantio. ”O plantio é feito em covas ou em sulcos, onde são colocados os adubos químicos ou orgânicos e plantadas as mudas, previamente preparadas”, diz.
Silveira conta que as mudas são preparadas com 20 a 30 dias de antecedência. Só depois desse período, quando apresentam de quatro a seis folhas definitivas, as mudas são transplantadas para a jardineira, estufa ou lavoura. No caso da lavoura, segundo ele, o espaçamento para o plantio poderá ser de 0,30 a 0,60 metros entre plantas na linha de plantio e 0,80 a 1,0 metros entre linhas.
3- Irrigação do tomate cereja
O tomate é uma cultura muito sensível ao clima. No caso do tomate cereja, geralmente é indicado que o cultivo seja irrigado. Porém, Silveira afirma que a irrigação varia de região para região e deve ser cuidadosa. ”Para que seja realizado o manejo adequado da água, o produtor terá que utilizar equipamentos que possam avaliar melhor a umidade do solo”, diz. O coordenador cita o ”Irrigas”, um equipamento desenvolvido pela Embrapa, que auxilia o produtor na hora de realizar esse processo durante o cultivo.
4- Pragas do tomate cereja
O produtor precisa ficar atento também ao controle de pragas que podem causar prejuízos. Segundo Silveira, entre as principais pragas do tomate cereja estão mosca branca, pulgões, trips, brocas e lagartas. Para o correto manejo, é importante fazer o monitoramento de pragas e aplicar produtos de controle quando houver infestação. ”É necessário verificar a quantidade mínima de insetos para fazer o controle mecânico, químico ou orgânico”, conta.
O coordenador diz que é necessário que seja consultado um técnico, para indicar o melhor controle a ser feito. Ainda segundo Silveira, para ter um eficiente controle de pragas e doenças, é importante e necessário observar os períodos mais propícios para a ocorrência do problema e também fazer o controle preventivo e curativo, de acordo com a recomendação técnica.
5- Desbaste da planta exige poda constante
Outra questão muito importante sobre o tomate cereja é que a maior parte das cultivares são de crescimento indeterminado. Portanto, Silveira explica que é necessário fazer podas de crescimento para que a planta possa produzir frutos de melhor qualidade. ”Semanalmente é fundamental fazer a operação de desbrota que consiste em retirar os brotos das axilas das folhas”, diz. Quando a planta registra um crescimento excessivo, uma solução é utilizar fitilho, com uma técnica que “amarra” o caule da planta em uma base de arame.
6- Colheita do tomate
Com todos esses cuidados, a planta é capaz de produzir frutos para iniciar a colheita entre 80 a 90 dias após o plantio. ”É importante que os frutos estejam com a coloração uniforme e todo vermelho para que sejam embalados”, afirma Silveira. O coordenador explica que o cacho de tomate cereja não amadurece por completo. ”O produtor colhe cada fruto a medida que vai emadurecendo”, conta. Assim que colhido, o fruto é levado para uma bancada onde é feita a separação por tamanho entre graúdos e miúdos.
7- Tomate cereja em vaso
Como o tomate cereja é uma variedade que tem o fruto pequeno e a profundidade da raiz fica em torno de 50 centímetros, é possível fazer o plantio também em vaso. ”Para que a planta tenha uma vida útil maior e evite o enovelamento da raiz é interessante que sejam utilizados vasos com altura de pelo menos 50 centímetros de altura e 40 centímetros de largura”, diz o pesquisador. Outro fator importante para o desenvolvimento do tomate cereja em vaso é a luminosidade. ”É necessário que haja pelo meno 70% de luminosidade durante todo o dia, para que seja possível o crescimento da planta”, conta Silveira.
O tomate (Solanum lycopersicum, anteriormente denominado Lycopersicum esculentum) é um dos frutos mais cultivados do mundo, havendo milhares de cultivares que variam na forma, tamanho, cor e sabor.
Cultivado nos Andes, na América Central e no México muito antes das viagens marítimas europeias, o tomateiro foi introduzido na Europa no século XVI, sendo primeiramente cultivado como planta ornamental nos jardins, pois foi inicialmente considerado inadequado para o consumo, visto que é uma planta da família da mortal beladona (Atropa belladonna), a família das solanáceas, que também inclui outras plantas tóxicas. De fato, as folhas e os caules do tomateiro contêm os alcaloides tóxicos tomatina e solanina, e até mesmo os frutos imaturos contêm estas substâncias, porém em pequenas quantidades, de forma que o consumo de tomates verdes geralmente não causa intoxicação, embora isto possa ocorrer caso sejam consumidos em grandes quantidades. Além disso, há alguns estudos que sugerem que o consumo moderado de tomatina traz benefícios para a saúde. Quando o tomate amadurece completamente, estes alcaloides normalmente desaparecem.
Os tomates cultivados atualmente variam bastante no tamanho, indo dos pequenos tomberries, com cerca de 5 mm de diâmetro, a grandes tomates com mais de 10 cm de diâmetro. Também variam muito na forma, indo de tomates arredondados e lisos a tomates ovalados, oblongos, angulosos, tomates com formato de pera e tomates ocos que lembram um pimentão ou pimento. Quanto a cor, os tomates geralmente são vermelhos quando maduros, mas há cultivares amarelos, laranja, rosados, brancos, creme, roxos e tomates que permanecem verdes quando maduros, além de haver tomates bicolores rajados.
A principal característica que varia nos tomateiros é o hábito de crescimento, sendo que uma parte dos cultivares tem hábito determinado, formando moitas e produzindo todos os frutos em um curto período de tempo, e outra parte dos cultivares têm um hábito indeterminado, com ramos que continuam crescendo por vários metros, que necessitam de tutoramento e que continuam produzindo frutos enquanto a planta cresce (o maior tomateiro que se tem registro alcançou quase 20 m de comprimento). Além destes dois hábitos principais, há também cultivares com um hábito intermediário, crescendo mais que os tomateiros de hábito determinado, e assim necessitam tutoramento, mas que apresentam um crescendo limitado. Outro tipo são os cultivares anões, que podem ser considerados como sendo do tipo determinado, mas que têm a distinção de serem plantas bastante pequenas.
Clima
Os tomateiros são cultivados no mundo todo, mas não suportam extremos de temperatura, ou seja, não crescem bem nem em baixas temperaturas (temperaturas diurnas abaixo de 16°C), que prejudicam o crescimento da planta e diminuem a taxa de germinação das sementes, nem em altas temperaturas (acima de 27°C), que podem prejudicar a formação dos frutos. Geralmente o tomateiro cresce melhor com temperaturas diurnas entre 20°C e 26°C, com uma variação de temperatura entre o dia e a noite. Em regiões sujeitas a geadas e a baixas temperaturas, os tomateiros costumam ser cultivados dentro de estufas.
Quanto à umidade do ar, os tomateiros são sujeitos a menos doenças quando cultivados sob uma condição de baixa umidade do ar. Alta umidade do ar favorece o surgimento de doenças e pragas nas plantações de tomate.
Luminosidade
Os tomateiros geralmente crescem e produzem melhor em condições de alta luminosidade, com sol direto pelo menos algumas horas por dia.
Solo
O tomateiro é tolerante quanto ao tipo de solo, devendo-se apenas evitar solos argilosos com tendência ao encharcamento.
Os melhores resultados são obtidos em um solo bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica, com pH entre 5,5 e 7.
Atualmente o tomateiro é também muito cultivado em estufas sem o uso de solo natural. Por exemplo, é cultivado com o uso de solos artificiais, sistemas hidropônicos e sistemas aeropônicos.
Irrigação
Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, mas sem que permaneça encharcado.
Plantio
As sementes de tomate podem ser semeadas diretamente no local definitivo ou em sementeiras, copos ou saquinhos de plástico ou papel, com cerca de 10 cm de altura e 7 cm de diâmetro. Coloque de duas a cinco sementes em cada recipiente, a no máximo 1 cm de profundidade, deixando posteriormente apenas uma ou duas plantas por contêiner, mantendo as mudas que são mais vigorosas. O transplante das mudas de tomate é realizado quando as mudas atingem de 15 cm a 25 cm de altura, e no transplante parte do caule pode ser enterrado para propiciar o surgimento de mais raízes.
O espaçamento recomendado varia amplamente e depende da variedade cultivada e das condições de cultivo. Em geral, os cultivares de hábito indeterminado podem ser cultivados com um espaçamento de 50 cm a 1,6 m entre plantas, e os cultivares de hábito determinado podem ser cultivados com um espaçamento de 50 cm a 1 m entre plantas. Cultivares anões podem ser plantados com um espaçamento de 30 cm entre as plantas.
Os tomateiros podem ser plantados em vasos, jardineiras, cestas suspensas, sacos plásticos com terra e outros tipos de contêineres, mas o cultivar a ser plantado deve ser escolhido de acordo com o tamanho da planta e do recipiente. Em vasos grandes é possível plantar a maioria dos cultivares, senão todos, mas as plantas podem ter seu tamanho e sua produtividade limitadas. Há cultivares de porte anão que podem ser cultivados até mesmo em vasos relativamente pequenos, e que além de produzir frutos, também são bastante ornamentais.
Tratos culturais
Muitos cultivares de tomate apresentam crescimento indeterminado e precisam ser cultivados com tutoramento. Isso pode ser feito amarrando a planta a uma cerca, a varas dispostas em X ou a um caramanchão, a cada 10 ou 15 dias. A altura mínima do suporte deve ser de 1,5 m (geralmente é de mais de 2 m). Nestes cultivares as flores e frutos surgem continuamente ao longo do ramo, assim os brotos laterais podem ser removidos das plantas semanalmente, para manter um crescimento linear até que a planta atinja a altura máxima do suporte.
Para os cultivares que têm crescimento determinado não há necessidade de tutoramento, e os brotos laterais da planta não devem ser retirados, pois são os novos ramos que produzem flores e frutos. Estes tomateiros são mais compactos e são bastante ramificados.
Para os cultivares que apresentam características intermediárias entre os tipos de crescimento determinado e os tipos de crescimento indeterminado, também são usados suportes.
Retire as plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.
Colheita
O início da colheita depende do cultivar de tomate plantado e das condições de cultivo. Geralmente a colheita dos tomates inicia-se em 7 ou 8 semanas após o plantio para cultivares de crescimento determinado, e de 10 a 16 semanas para cultivares de grande porte.
Para a grande maioria dos cultivares, os frutos serão mais saborosos se colhidos quando estão completamente maduros, visto que a concentração de açúcares será maior se o fruto permanecer na planta até sua completa maduração.
Tomateiros são plantas perenes de vida curta e em condições adequadas podem produzir frutos por alguns anos, embora essa não seja essa a prática em plantações comerciais, onde os tomateiros são cultivados apenas por alguns meses.