Fonte: site portla agropecuário por Beatriz Lazia
A vantagem em investir na criação de patos é que a demanda por carne, ovo e pena é maior que a oferta
A criação de patos se mostra uma atividade simples, uma vez que essa ave é rústica e não exige muito espaço para a criação, além de não ser preciso investir em equipamentos muitos sofisticados. O tempo de retorno financeiro é rápido e se não bastasse isso, essas aves têm uma capacidade de adaptação muito grande: acomodam-se tanto em lugares úmidos quanto secos; comem qualquer tipo de alimento que lhes for oferecido e raramente ficam doentes.
Ainda quanto à alimentação fornecida ao pato, ela pode ser a mais diversificada possível. Nesse caso, além da ração balanceada, que ajuda no desenvolvimento da ave, deve ser oferecido também verduras e hortaliças que servem de complemento diário. A ração de engorda é recomendada às aves que são destinadas ao abate e à postura, durante a fase adulta para aumentar a produção de ovos.
Essa criação é uma boa opção de renda para os pequenos e médios produtores, tendo em vista que a carne de pato é muito apreciada, pois é saborosa e rica em nutrientes; seus ovos são também nutritivos, além de fortificantes e ricos em proteínas. Esses produtos ainda encontram-se escassos no mercado, sendo a oferta menor que a procura. Essas são algumas das vantagens fornecidas pelos patos em detrimentos de outras espécies. No entanto, o período de choca dessas aves é o mais demorado em relação a outras espécies.
A qualidade da carne irá depender de alguns fatores, como por exemplo, o período em que a ave é abatida. Ela terá mais resistência, maciez, menos fibrosas e será mais saborosa se o abate ocorrer entre os primeiros 100 e 120 dias de vida da ave, fase essa em que o pato já cruza as asas.
Os criadores que se dedicarem a essa criação devem atentar-se para alguns cuidados que ela exige. Um deles é em relação aos filhotes, que devem ser protegidos do ambiente aquático nos primeiros dias de vida. Isso se deve ao fato de, nos primeiros 15 dias, os patinhos ainda terem uma camada de penugem muito escassa cobrindo a pele, e esta ainda não é impermeável. Mas, isso não impede que eles bebam água e comam ração de crescimento desde o primeiro dia de vida.
Outra questão que os criadores devem ficar atentos ao iniciar uma criação é quanto às raças. No Brasil, as raças mais comuns de patos para pequenas criações são o doméstico, que é conhecido como caipira, tem também o europeu Moscovy e o gigante alemão, que é de cor branca. Existem raças que são protegidas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), sendo assim, para criar essas espécies é preciso obter autorização da instituição.
Além da carne e do ovo, o pato também produz as penas, que são produtos de consumo, e esta criação com esse fim é mais indicada para produtores de larga escala. Os pequenos e médios produtores devem investir na produção de carne e ovos. O pato chega a acasalar com cerca de quatro fêmeas, que chegam ao período de reprodução com aproximadamente oito meses de idade. Os ovos são chocados cerca de quatro vezes ao ano, sendo cada fêmea capaz de chocar 15 ovos por vez, destes cerca de 80% chegam a eclosão.
Uma última dica aos produtores de patos é aparar uma das asas da ave uma vez por ano a fim de evitar que elas voem para longe ou fujam. Pode-se evitar essa fuga também com a construção de um cercado alto, cerca de 2,5 metros de altura, capaz de conter as aves no local de criação, servindo também como proteção contra predadores.
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