quinta-feira, 30 de abril de 2015

Importações de agrotóxicos batem recorde em 2014


Importação de agroquímicos bate novo recorde em 2014

Leonardo Gottems

O Brasil importou 418 mil toneladas de agroquímicos no ano passado, incluindo produtos técnicos e formulados



O Brasil importou 418 mil toneladas de agroquímicos no ano passado, incluindo produtos técnicos e formulados. O resultado marca um novo recorde de compras no exterior: US$ 7,3 bilhões, e significou aumento de 2,4% em relação a 2013, quando haviam sido importados US$ 7,1 bilhões. 
Os inseticidas foram responsáveis por US$ 2,7 bilhões do total – o equivalente a 127,5 mil toneladas. O volume representou um forte alta de 13,26% na comparação anual entre 2013 e 2014, influenciada principalmente pelo surto de Helicoverpa armigera e falsa medideira nas culturas de grãos e algodão. 

A liderança nas importações, porém, segue sendo dos herbicidas, com 225,19 mil toneladas. O número permanece alto, apesar de registrar uma queda de 5,12% em 2014 – reflexo da seca que atingiu o Brasil no ano passado país e reduziu a incidência de ervas daninhas. 

“O fato é que seguimos altamente dependentes de importação em defensivos. Em torno de 80% dos produtos vendidos no Brasil são de origem importada”, afirmou Ivan Sampaio, gerente de informação do Sindiveg, que é responsável pelo levantamento. Ele lembra que, dos 300 ingredientes ativos disponíveis atualmente no mercado, apenas dez são sintetizados no Brasil: “Esse cenário é o oposto das décadas de 1970 e 1980, quando 80% do produto comercializado no país vinha do mercado local”, afirmou. 

De acordo com ele, os entraves regulatórios são o principal problema enfrentado pelo setor. Para as indústrias, tem sido mais fácil importar um produto do que fabricá-lo no País. “Há muita restrição, muita fiscalização. E não tem isonomia com o produto importado”, destacou Sampaio. Segundo o dirigente, outro fator complicador é a morosidade no processo de autorização de novos registros. 

Banana ecológica no litoral gaúcho


Banana ecológica no litoral gaúcho
Produção garante fruta orgânica e ainda preserva a Mata Atlântica.
"Bananas para quem quiser". Versos de Braguinha sobre a fruta tradicional do Brasil se consagraram na voz de Carmem Miranda em meados de 1940. Hoje, são slogan de produtores do litoral norte gaúcho. Com um adendo ecológico ao verso, eles buscam incentivar o consumo de bananas produzidas em Três Cachoeiras através de um sistema que ajuda a preservar o meio ambiente. São 40 mil kg das variedades "prata" e "caturra" produzidos por semana sem o uso de adubos químicos e agrotóxicos. São bananas orgânicas para quem quiser.

"A produção convencional utiliza muitos produtos químicos", declara o produtor ecológico Renato Cardoso Leal. Por isso, ele demonstra entusiasmo com o sistema orgânico que implantou. Mesmo com uma produtividade quatro vezes menor que a convencional, Renato está satisfeito: "Produzimos em harmonia com a natureza".

Além disso, o cultivo é feito no sistema agroflorestal, que preserva áreas de mata nativa. Assim, no litoral gaúcho, 150 hectares de fragmentos da Mata Atlântica, a segunda floresta mais ameaçada no mundo, são recuperados e preservados com a produção da banana ecológica. "Quanto mais gente da cidade acreditar que o consumo de alimentos ecológicos é tão fundamental para o meio ambiente quanto a separação do lixo, mais gente na roça pode continuar cultivando sem agrotóxicos."

Desde 2006, a empresa revende as frutas para uma rede de supermercados do RS e emprega 50 famílias no meio rural. O processo ecológico garante uma fruta mais doce e evita o lançamento no meio ambiente de toneladas de agrotóxicos. Renato garante: "Quando você experimentar essa banana, vai concordar com a gente: existem muitos jeitos de promover serviços ambientais. Mas esse, com certeza, é um dos mais gostosos." Quer provar? Ligue para (51) 3664-0220.

Conheça 6 hortas comunitárias espalhadas por São Paulo

27 de Abril de 2015 • Atualizado às 12h50

As hortas comunitárias estão invadindo as cidades. Com muita disposição e vontade de “fazer a diferença”, muitas pessoas têm dedicado tempo e suor para colocar literalmente a mão na massa. O CicloVivo separou 6 iniciativas espalhadas pela cidade.
Horta da Vila Indiana
Localizada em uma praça entre as ruas Souza Reis e Corinto, está a horta comunitária da Vila Indiana – bairro do Butantã, próximo à Cidade Universitária. Com extensão modesta, ela também é conhecida comoHortinha do Kiko”, em homenagem a um morador querido da região.
A horta é aberta a todos que quiserem cuidar e colher hortaliças, temperos, pimentas. Todo domingo de manhã os moradores se encontram para compartilhar vivências e fazer a manutenção do trabalho. Para saber mais, entre no grupo do Facebook Horta da Vila Indiana.

Fotos: Divulgação/Horta da Vila Indiana
Horta do Ciclista
Localizada na Praça do ciclista, na Avenida Paulista, entre as estações Consolação e Paulista, esta horta é uma intervenção do grupo “Hortelões Urbanos” para cultivo coletivo de alimentos que teve início em 2012.
Os mutirões para cuidar do espaços são realizados todo primeiro domingo do mês, a partir de meio dia. Quem quiser ajudar deve levar composto orgânico, folhas secas, pás, enxadas e mudas para plantio de pequeno ou médio porte. Devido ao espaço limitado, não são plantadas árvores na praça. Para saber mais, entre no grupo do Facebook Horta do Ciclista.

Fotos: Divulgação/Wiki/Horta dos Ciclistas
Horta do Centro Cultural São Paulo
Ler um bom livro, assistir um filme e regar uma planta. Desde 2011 foi idealizada a horta, inicialmente a partir de mudas e materiais cedidos pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Hoje a área verde do espaço cultural é mantido por voluntários.
Os mutirões acontecem no último domingo de cada mês. Para quem mora próximo a região do Paraíso, o Centro Cultural São Paulo (CCSP) está localizado na rua Vergueiro, em frente a estação de mesmo nome. Para saber mais, entre no grupo do Facebook Horta CCSP.

Fotos: Facebook Horta CCSP
Horta da Fmusp
Em 2013, teve início a horta comunitária dentro da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Uma ação interessante que, de certa forma, mostra que a saúde também provém dos alimentos frescos, do contato com a terra e da expansão de áreas verdes nas metrópoles. Por meio da página Horta da Fmusp e do blog são atualizados todas as ações desenvolvidas no local.
Os mutirões de trabalhos acontecem às quintas após as 17h e sexta feira ao meio-dia. Então se estiver passando pelo hospital das Clínicas, que tal ir até lá para ajudar a cuidar dos alimentos frescos? A colheita é pública. A FMUSP está na Av. Dr. Arnaldo, bairro Cerqueira César. Para saber mais, acesse o Blog da Horta FMUSP.

Fotos: Blog da Horta da FMUSP
Horta das Corujas
Uma das hortas mais conhecidas em São Paulo é localizada na Praça das Corujas em frente à Avenida das Corujas, esquina com a rua Paschoal Vita, no bairro Vila Beatriz. O local já foi palco até de festa de casamento.
O grupo se articula principalmente nas redes sociais, sempre trocando informações sobre o que fizeram e o que preciso ser feito na horta. As regas são realizadas por escala, ao menos duas pessoas ficam responsáveis por cada dia da semana. Todas as dicas para melhorar o trabalho também são compartilhadas, acompanhe o grupo pelo Facebook Hortas das Corujas.

Fotos: Ed Grandisoli e Facebook Horta das Corujas
Horta comunitária da saúde
Se alimentar-se bem é uma das chaves para ter uma boa saúde, esse grupo está no caminho certo – apesar do nome se referir ao bairro Saúde; onde a horta está localizada. Um grupo no Facebook foi criado para que os participantes possam compartilhar experiências e aprendizados  não só relacionado à horta como também a aos seguintes temas: meio ambiente, agricultura orgânica, agricultura urbana e periurbana e sustentabilidade.
Os mutirões acontecem no segundo domingo de cada mês, das 9h às 13h. Saiba mais na página do Grupo no Facebook.

Fotos: Grupo Horta Comunitária da Saúde/Facebook
Marcia Sousa – Redação CicloVivo

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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Baru: o viagra do Cerrado

Castanha é famosa pelo sabor e pelas propriedades afrodisíacas

Por Hanny Guimarães


 
agricultura_baru_receita_picadinho (Foto: Hanny Guimarães / Ed. Globo)

Dizem por aqui em Pirenópolis que o baru, fruto nativo do Cerrado, está para o goiano assim como a castanha-do-brasil está para o paraense. Dele, tudo se aproveita… Se usa a polpa doce para o preparo de licores, geleias e o consumo in natura, e também a amêndoa, forma mais difundida do fruto que rende farofas, farinhas e os usos mais diferentes na culinária, e dela se extrai, ainda, o óleo.
Conversando com o guia turístico Maurício, ele me disse que a castanha de baru é famosa pelo sabor, obviamente, mas também por suas propriedades afrodisíacas. A riqueza energética dos nutrientes levou os moradores a chamarem de viagra do Cerrado. “A mãe nem deixava a gente comer muito para não ter problema”, brinca ele.
Um dos preparos mais curiosos que encontrei por aqui é o do mousse salgado de baru, feito na pousada Mandala. A receita é de Dione Simoneli Ruiz, esposa de José Carlos Ruiz, o seu Zé. Dione morreu há dois anos, mas as coisas boas que ela fazia permanecem no paladar do seu Zé. O mousse leve é servido nocafé da manhã, para ser acompanhamento de pães e torradas, mas pode ser servido a qualquer hora do dia, em uma festa em casa, como entrada de um jantar ou no café da tarde.
Seu Zé vez ou outra compartilha uma receita da esposa. Uma das formas que encontrou para manter dona Dione viva na memória e matar a saudade.
Mousse de baru
Ingredientes
500 g de ricota
1 lata de creme de leite com soro
1 pote de cream cheese
1 gelatina sem sabor, incolor e hidratada
1 xícara de água
1 colher (café) de noz-moscada
1 colher (sopa) de farofa de baru (baru torrado e moído – pode ser batido no liquidificador)
Sal a gosto
Preparo
Na batedeira, bata a ricota e o cream cheese até obter um creme leve e fofo. Acrescente o creme de leite e os demais ingredientes, mexendo levemente. Coloque em uma forma untada com azeite e leve para gelar. Desenforme e sirva com torradas.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Morar perto de árvores reduz casos de depressão, segundo pesquisadores


Estudo do Instituto de Medicina da Universidade de Exeter incluiu dados como as condições sociais, tabagismo e idade


PUBLICADO POR
Redação
Fonte: Flickr / Mazé ParchenDe acordo com o estudo, locais com maior densidade de árvores, as taxas de prescrição médica para remédios antidepressivos foi menor.
De acordo com estudo “Paisagem e Urbanismo”, publicado na revista científica Science Direct, quanto mais árvores, menos quadros de depressão são identificados. Os dados analisados pelos pesquisadores do Instituto de Medicina da Universidade de Exeter, no Reino Unido, foram coletados em Londres, no período de 2009 a 2010.
Entre as informações consideradas estão a quantidade de árvores nas proximidades das casas dos pacientes e as informações médicas acerca da saúde mental de cada um. Além disso, variáveis como as condições sociais, tabagismo e idade também entraram no levantamento.
A pesquisa levou em conta apenas as informações sobre a quantidade de árvores na rua, na proximidade das residências, sendo que os parques e outros espaços públicos de lazer não foram validados. Dessa forma, a proposta era avaliar o impacto que a natureza em meio urbano pode ter sobre as pessoas.
Um dado identificado foi que em locais com maior densidade de árvores, as taxas de prescrição médica para remédios antidepressivos foi menor. Assim, 40 árvores por quilômetro quadrado possui uma prescrição de antidepressivos que varia de 358 a 578 a cada mil pessoas.
Avaliando os resultados da pesquisa, os pesquisadores consideram que a saúde e bem-estar são estimulados por locais com paisagem mais verde, que favorecem a prática de atividades físicas e a interação com a comunidade.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Colheita de bananas e abacates

Neste feriado colhemos uma carambola, 4 cachos de banana e 47 abacates. Para colhemos os abacates tive que executar uma poda de rebaixamento no abacateiro que tinha mais de 16 metros de altura e a escada não chegava nem perto dos frutos.
Plantei mais algumas mudas de abacate, uva do japão e uma muda de moringa.Colhemos muitas mudas de amendoim forrageiro (excelente adubo verde) para plantio em outros sítios.

A jabuticabeira plantada pelo cunhado a mais de 8 anos, está com uma brotação vistosa, após a adubação com humus e promete frutificar na primavera. Vamos esperar e conferir.






sexta-feira, 17 de abril de 2015

Cisterna Já: saiba como armazenar a água da chuva na sua casa de um jeito simples e eficaz!


Atenção, católicos: a criação não é só um presente de Deus.

É um compromisso de gestão conjunta!

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Minicisterna domésticaPortal CMais
O papa Francisco, assim como Bento XVI e João Paulo II,manifestou em diversas ocasiões o seu incentivo a uma tomada de consciência mais profunda, entre os católicos, da importância depreservar o meio ambiente. A natureza deve ser entendida não apenas como um magnífico presente de Deus, mas também como um compromisso de gestão conjunta confiado à humanidade.

Um dos aspectos mais delicados dessa tarefa de preservação consciente diz respeito à água. Sua escassez é uma realidade cotidiana há muito tempo em dezenas de países. No Brasil, porém, sempre houve uma ideia generalizada de que a água doce é abundante e de que é pouco provável que ela venha a faltar.

Até que acontecem as crises hídricas...


CONSCIÊNCIA E MUDANÇA DE ATITUDE

A experiência vivida pela população de São Paulo nos últimos meses, por exemplo, acendeu todos os alertas. Como costuma ocorrer em situações críticas, viu-se uma grande mobilização popular para economizar água e tornar mais inteligente a sua captação e armazenamento para usos não potáveis, como descarga sanitária, faxina, irrigação de plantas e, mediante tratamento específico, até uso em máquina de lavar.

Depois que os noticiários passaram a informar que houve uma estabilização e até uma pequena recuperação dos níveis dos principais reservatórios, no entanto, a tendência que já se nota também é a costumeira: relaxar e voltar aos maus hábitos deinconsciência no uso dos recursos disponíveis.

Faz parte da vocação católica usar os recursos naturais e os bens materiais com prudência, responsabilidade e atitude de gratidão a Deus, garantindo que eles sejam compartilhados também pelas próximas gerações.


SOLUÇÕES PRÁTICAS E FÁCEIS

Iniciativas simples, acessíveis e eficazes podem (e devem) fazer parte da nossa mudança de postura, diante das evidências de que não estamos cuidando o suficiente dos recursos da criação. Uma das iniciativas mais práticas vem sendo proposta pelo Movimento Cisterna Já, impulsionado por cidadãos dispostos a participar dasolução e não apenas da lamentação.

O grupo é formado por pessoas ligadas à permacultura e ensina a captar e reaproveitar a água da chuva mediante a construção deminicisternas domésticas. A técnica pode suprir 50% do consumo de uma residência.

A minicisterna sugerida pelo movimento é um projeto desenvolvido por Edison Urbano.

Além da utilidade imediata, a adoção da técnica é um primeiro passo para compreender os cuidados e princípios básicos doarmazenamento de água da chuva de boa qualidade para os usos não potáveis. A partir daí, pode-se avançar para cisternas com maior capacidade de armazenamento e maior impacto sustentável, reservando-se o máximo possível da água tratada para o seu fim mais nobre: ser bebida.

Todas as informações e instruções, inclusive em vídeo, podem ser encontradas na página do Movimento Cisterna Já.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Me Gusta: Receita: Conserva de pimenta biquinho

Me Gusta: Receita: Conserva de pimenta biquinho: Olá pessoal! =) Tudo bem com vcs? Bom, como faz uns dias já q testei essa receita, resolvi postar pq eu gostei bastante do resultado. Pra qu...

Outono: Mãos à Obra


UmCom a chegada do Outono há muito que fazer no seu jardim, por isso mãos à obra.
Pegando no excelente guia para o seu jardim, o Livro “Um jardim para Cuidar” da Arq.ta Paisagista Teresa Chambel, podemos encontrar alguns passos que deve ter em atenção nesta estação.
Esta é a estação para fazer podas de limpeza e de remoção das partes secas, fazer alguns desbastes para que a planta não fique cheia de ramos secos no seu interior permitindo uma maior penetração da luz.
- Com o fim das florações de Verão há que remove-las se forem anuais;
Bolbos
Bolbos
- Remova os bolbos de Verão (Íris, Gladíolos, Lírios, etc.), coloque-os num tabuleiro a secar ao ar livre durante 2 ou 3 dias. Aplique fungicida para evitar que fiquem com fungos durante o Inverno e guarde-os num local seco, fresco e escuro;
- Aplique mondas a fim de eliminar infestantes;
- Limpe flores, ramos e folas secas das herbáceas e arbustos;
Poda
Poda
Não deixe para o Inverno o que deve fazer já no Outono. Cuide mais do seu Jardim!

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Jardinagem para o corpo, mente e espírito


by Martin Ewert
Fonte: Permaculture news -  Tradução livre por: M. E
Eu vou a natureza para me acalmar e curar, e ter meus sentidos colocados em sintonia novamente. - John Burroughs (1837-1921), naturalista e escritor norte-americano.
Visto por diferentes esferas, a jardinagem é um hobby muito saudável. Não é apenas sobre encher nossa barriga de comida, todavia, não há muito mais a se ter a partir de um jardim bem concebido do que uma refeição saborosa!
Colônia Witmarsum - Foto BioWit
Colônia Witmarsum - Foto BioWit
Se entendermos corretamente a nossa relação com as plantas e com a própria natureza, podemos então criar projetos de jardins mais amplos e que oferecem maneiras mais benéficas com o ambiente.
Este artigo explora os benefícios da jardinagem para a saúde das pessoas, por meio do respaldo de algumas recentes pesquisas científicas. Em seguida, o artigo pretende expandir o escopo dos projetos de permacultura para obter e compreender o máximo sobre os benefícios oferecidos pelos jardins comestíveis.
Como a jardinagem pode ser boa para você?
Estudos mostram que a jardinagem promove a saúde física e a saúde mental por meio do relaxamento e satisfação, melhorando ainda a nutrição. Na primeira parte deste artigo, aponta-se os muitos benefícios bem pesquisados ​​e documentados sobre a saúde relacionada a jardinagem - ou seja, as razões pelas quais todos deveríamos estar fazendo qualquer tipo de jardinagem!
Jardinagem para o Corpo
A principal razão pela qual as pessoas decidiram cultivar o próprio alimento há milhares de anos atrás, basicamente era para sustentar seus corpos. Esta ainda é uma razão muito válida, mas há muitas outras razões pelas quais a jardinagem é benéfica para a nossa saúde. Algumas delas são:
Alívio do estresse - Um estudo realizado na Holanda indicou que a jardinagem pode aliviar o stress de modo mais eficiente que outras atividades de lazer. Nesse estudo, dois grupos de pessoas foram obrigados a completar uma tarefa estressante. O primeiro grupo praticou a jardinagem durante 30 minutos, enquanto o segundo outro grupo fez uma leitura dentro de casa durante o mesmo tempo. O grupo de jardinagem relatou estar com um humor melhor do que o grupo de leitura, e eles também tinham níveis mais baixos de cortisol - o hormônio do estresse [1].
Exercício - A atividade de jardinagem também é boa para o corpo. É o exercício físico regular saudável que ajuda a prevenir doenças cardíacas, pressão alta, obesidade, diabetes e osteoporose. Pesquisadores da Universidade de Kansas State já provaram que a jardinagem pode oferecer atividade física moderada o suficiente para manter os adultos em forma [2]. Isto foi confirmado por um outro estudo em que os pesquisadores concluíram que a jardinagem é uma ótima maneira para idosos atenderem as recomendações de atividade física estabelecidos pelos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças do American College of Sports Medicine [3].
A saúde do cérebro - Outro estudo acompanhou pessoas entre 16 até os 70 anos, e descobriu que aqueles que cultivam jardins regularmente tiveram um risco 36% menor de demência comparado aos que não tinham o habito de cultivar, mesmo quando uma série de outros fatores de saúde foram levados em consideração [ 4].
Nutrição - Estudos têm demonstrado que os jardineiros comem mais frutas e legumes do que outras pessoas. A comida mais fresca que você pode comer é a comida que você cultiva, e quando você tem acesso a um jardim repleto de frutas e legumes, você é capaz de comer alguns dos alimentos mais saudáveis ​​que você pode conseguir! Essa pesquisa investigou as ligações entre dieta e doenças, e descobriu que as pessoas que consomem mais frutas e vegetais têm um menor risco de morrer de doença cardíaca [5].
Cura - A interação com a natureza também ajuda o nosso corpo a curar enfermidades. Uma pesquisa realizada por Roger S. Ulrich, publicado em 27 de abril de 1984, na edição da revista Science, encontrou fortes evidências de que a natureza ajuda a curar. Ulrich, um pioneiro no campo dos ambientes terapêuticos na Texas A & M University, descobriu que pacientes em recuperação de uma cirurgia da vesícula biliar, que observavam a natureza tiveram tempo de internação significativamente mais curtos, menor número de queixas, e menor uso de medicação para a dor, do que aqueles que olhavam para uma parede de tijolo [6].
Imunidade - Em 2007, o neurocientista Christopher Lowry, então trabalhando na Universidade de Bristol, na Inglaterra, fez uma descoberta surpreendente. Ele constatou que certas inofensivas estirpes que se desenvolvem no solo - Mycobacterium vaccae - estimulam fortemente o sistema imunitário humano. É bastante provável que a exposição a bactérias do solo desempenha um papel importante no desenvolvimento de um sistema imunológico forte [7].
Jardinagem para a Mente
O mesmo Mycobacterium vaccae - bactérias inofensivas normalmente encontrados no solo - tem sido usado para estimular o sistema imunológico de ratos e também foi usado para aumentar a produção de serotonina, que é responsável pela regulação do humor. Os baixos níveis de serotonina estão associados com a depressão. Então, entrar em contato com o solo, por meio da jardinagem pode realmente elevar o nosso estado de espírito [7].
As propriedades antidepressivas de M. vaccae foram descobertos acidentalmente durante a sua utilização para o tratamento experimental de câncer no pulmão humano, pelo pesquisador de câncer Mary O'Brien, no Royal Marsden Hospital, em Londres, Inglaterra. Depois que os pacientes foram tratados com vacinas mortas pelo calor das bactérias, a equipe de O'Brien observou não só menos sintomas de câncer, mas também melhorias na vitalidade de seus pacientes, na melhoria da saúde emocional e habilidades mentais.
Pesquisadores encontram frequentemente em seus estudos que os indivíduos que participam de jardinagem têm uma atitude mental positiva [8] [9] [10]. Estudos relatados no Journal of Psicologia da Saúde em 2012 mostram que as pessoas que sentem uma conexão com a natureza são realmente mais felizes [11].
Foi ainda apresentado que a jardinagem ajuda a prevenir demência em idosos [12]. Sua prática exige pensar, aprender e usar a sua criatividade. Ao manter a mente ativa, ela serve como uma medida de proteção contra essas doenças degenerativas.
Devemos lembrar também que nós, seres humanos somos criaturas sociais, e mantemos a saúde psicológica e emocional, interagindo uns com os outros em alguma forma de comunidade. Na jardinagem é possível conectar com as pessoas por meio das hortas comunitárias, que oferecem uma oportunidade ideal para a interação das pessoas, umas com as outras. A pesquisa indica que a jardinagem local traz um melhor senso de comunidade [8] [9] [10].
Bem estar e o desenho adequado do jardim
Voltando ao básico, a permacultura é tudo sobre as relações de todos elementos disponíveis no desenho da paisagem, que pode variar de um projeto para outro. Isto é o que a distingue da horticultura convencional e da agricultura em escala visto em um senso de design da paisagem (desenho). Muitas vezes, nós como designers esquecemos que somos um dos elementos a ser incluso no projeto de design, e que devemos projetar conexões de relacionamento também. Com elementos estáticos que são fixos no lugar, posicioná-los para criar as relações que desejamos. Portanto, é preciso pensar em criar conexões e relações com um elemento dinâmico não fixo, nós mesmos - para projetar relações que surgem com outros elementos em todo o nosso sistema à medida que se move através dele!
Centrar-se mais nas pessoas não é a solução real, muitas vezes é um problema maior em si mesmo, como é evidente no conceito gravemente falho dos modelos antropocêntricos que realmente são visíveis na permacultura. Projetos antropocêntricos são muitas vezes tão desviados para o foco nas pessoas que o elemento humano não está corretamente incorporada no 'teia da vida' biológica, mas artificialmente e equivocadamente "exaltado" acima dela. Em tais casos, o designer 'fica acima e para além de' e, basicamente, projeta um sistema de produção para simplesmente obter rendimentos, em vez de sistemas inclusivos aonde as pessoas podem fazer parte da natureza, criando um nicho ecológico harmonioso de existir e interagir. A concepção antropocêntrica parece mais com uma 'mini-fazenda' aonde as pessoas só interagem com a comida da colheita, dando pouca ênfase a ecologia. Isso simplesmente resulta em um sistema mais intensivo de energia e de trabalho que minimamente aproveita os processos ecológicos!
Um dos maiores problemas com os modelos da produção agrícola é a tendência de se concentrar apenas em um aspecto benéfico que as plantas podem oferecer para as pessoas, a nutrição. Infelizmente,  esquece-se os muitos outros benefícios obtidos a partir da conexões entre pessoas e plantas.
Nas sociedades modernas, a nossa mentalidade não questiona, mas aceita os modernos ambientes feitos pelo ser humano, que consequentemente o desconecta da natureza como um todo. Tal ponto de vista é tão distorcido da realidade que perdemos a perspectiva do fato de que, como os organismos em constante evolução, somos adaptados para funcionar melhor em nosso próprio nicho ecológico natural. E não em ambientes artificiais estéreis que só surgiram na último minuscula fração da existência da nossa espécie!
Se olharmos para todos os aspectos do nosso ser, percebendo a "hierarquia das necessidades", como descritos pelo psicólogo Abraham Maslow, vemos que uma vez satisfeitas as nossas necessidades fisiológicas básicas, não é o fim da história. Há muito mais para nós, e não há muito mais que os jardins e a natureza podem oferecer para nossa espécie.
Jardinagem para o Espírito
Um jardim pode também servir as nossas necessidades mais elevadas. Ele pode fornecer um espaço harmonioso para relaxar, descontrair, refletir e nos restaurar. Pode servir como um lugar para apreciar a beleza, as formas e cores da natureza. É um lugar para observação, aonde podemos observar os ecossistemas e os organismos vivos, aprendendo com eles.
A jardinagem reconecta o ser humano com os ciclos da natureza. Estes ciclos são o ritmo da própria vida. Quando passamos um tempo no jardim, podemos aprender a desacelerar, e nós perdemos a sensação do tempo e do espaço e esquecemos nossas preocupações diárias, e nos encontramos em um estado Zen aonde estamos totalmente imersos em nossas atividades nesse momento intemporal.
De acordo com a Clare Cooper Marcus - professora emérita da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e uma das fundadoras do campo da psicologia ambiental - uma das razões por que a natureza pode ser tão bem sucedida na redução do estresse é que ela dispõem a mente em um estado semelhante à meditação. Isso quer dizer que quando o indivíduo se envolve com a natureza, simplesmente para de pensar de modo obsessivo e preocupante. Logo, os sentidos são despertados, levando a pessoa para o momento presente, e isso tem se mostrado muito eficaz na redução do estresse, diz Marcus, com base em suas próprias observações [13].
Naturalista da Harvard e ganhador do Prêmio Pulitzer, Edward O. Wilson cunhou o termo biofilia (amor aos seres vivos) e acredita que a natureza tem a chave para a saúde. De acordo com Wilson, temos uma afinidade com a natureza, porque somos parte da natureza. Ele prefere olhar para flores e grama, em vez de concreto ou aço. Afinal, somos parte do mundo natural, interligados e restaurados por ele.
Os estudos apresentados no Simpósio Mundial da Inglaterra sobre Cultura e Saúde, também apresentaram efeitos benéficos para a saúde só de olhar para a natureza. Em um estudo, realizado em Uppsala, Suécia, 160 pacientes cardíacos pós-operatórios foram convidados a olhar para uma paisagem, uma obra de arte abstrata, ou nenhuma imagem. Aqueles que olharam para a paisagem tiveram menor ansiedade, menor uso de remédios contra a dor, e passaram um dia a menos no hospital do que os outros pacientes do grupo [13].
Para colher esses benefícios restauradores da natureza, tudo o que precisamos fazer é cultivar algumas flores ou ervas e desfrutar desse presente de Deus!
Um jardim para todos os sentidos
O paladar é apenas um dos nossos cinco sentidos, e em geral, em um jardim comestível só percebemos este sentido e esquecemos que temos mais quatro - visão, olfato, audição e tato! Para realmente agradar a todos os nossos sentidos, podemos construir um 'jardim sensorial'. Este é um jardim cheio de cores, aromas, texturas e formas, concebido com o propósito de se envolver com todos os nossos sentidos.
Temos muitas opções aqui - flores e folhagens podem fornecer um caleidoscópio de cores alegrando nossos olhos. Cores frias, como azul, roxo, e branco tendem a ser calmante, e promovem a tranquilidade, enquanto cores quentes, como vermelho, laranja e amarelo são estimulantes e promovem a atividade.
Ervas têm flores muito interessante, assim como a sua principal característica, perfume! A maioria ainda pode ser usada para fazer chás perfumados.
Ervas aromáticas têm ricos óleos aromáticos que proporcionam um cheiro maravilhoso no jardim e sabor fresco na cozinha.
Ervas medicinais crescem em forma, tamanho e cor diferente e podem ser usado para manter a nossa saúde, bem como proporcionar uma exibição impressionante no jardim.
Plantas táteis apelam para o nosso sentido do tato. Folhas macias, suaves como a seda instigam a tocá-los! Forrações e folhas suculentas adicionam interesse tátil em um jardim, como fazem algumas plantas pontiagudas. Escolha plantas que são resistentes o suficiente para serem manipulados frequentemente.
Plantas aromáticas como a hortelã imitam o perfume do mundo das plantas. Eles podem copiar uma gama tão vasta de aromas encontrados no reino vegetal.
O som é um elemento importante, e o ruído das folhas e ervas podem ser bastante suave, como pode ser o fluxo de água a partir de uma fonte de água.
Os seres vivos animam um jardim e trazem muita vida para alegrar o espaço. Use árvores e plantas que atraem pássaros e abelhas para o jardim.
Lembre-se de criar, um local tranquilo com sombra, onde você pode sentar, relaxar e desfrutar do jardim!
Um jardim sensorial e um jardim comestível não são conceitos exclusivos. A adição de plantas "sensoriais" para um sistema produtivo aumenta a biodiversidade, acrescenta mais plantas companheiras que criam relacionamentos benéficos às plantas existentes no sistema, além dos muitos benefícios ecológicos. Flores fornecem fontes de néctar para as abelhas e uma fonte alternativa de alimento para os insetos predadores.
Qualquer jardim, desde uma floresta de alimento até uma pequena horta, pode ser um maravilhoso jardim sensorial. Se ousarmos quebrar as barreiras dos nossos projetos de jardins, criamos oportunidade significativas para o nosso bem estar, que vão muito além de simplesmente produzir alimento.
Ao criar um ambiente aonde podemos reconectar o ser humano com a natureza, estabelecemos os meios para curar a nossa mente, corpo e espírito, e óbvio que também um modo de curar o planeta. Quando cultivamos jardins, alimentamos a vida, cuidando, nutrindo e participando da natureza.
Para citar o permacultor Geoff Lawton:
Todos os problemas do mundo podem ser resolvidos em um jardim.
Jardinagem pode realmente alimentar o corpo, mente e espírito de maneiras que muitas vezes pensamos ser impossível!
Referências:
  1.  J Health Psychol. 2011 Jan;16(1):3-11. doi: 10.1177/1359105310365577. Epub 2010 Jun 3. Gardening promotes neuroendocrine and affective restoration from stress.
    Van Den Berg AECusters MH.
    Wageningen University and Research Center, The Netherlands.
  2. Kansas State University (2009, February 17). Gardening Gives Older Adults Benefits Like Hand Strength And Self Esteem. ScienceDaily. Retrieved February 11, 2013, fromhttp://www.sciencedaily.com­ /releases/2009/02/090203142517.htm
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Martin Ewert | 04/03/2015 at 10:14 | Categories: AgroecologiaJardim ComestívelPomar agroflorestaSaúde | URL: http://wp.me/p18jP5-Ci

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