quinta-feira, 7 de junho de 2012

Tecnologias ajudam agricultores durante a seca no Nordeste

A seca já atinge mais de 700 municípios na região. Estar preparado para o período de estiagem pode fazer toda a diferença.
Jornal Nacional
Beatriz Castro
26/05/2012


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Cumaru, PE - A seca já atinge mais de 700 municípios do Nordeste. Nessa hora de sofrimento por falta de água, estar preparado para o período de estiagem pode fazer toda a diferença.

Em Ibimirim, no sertão de Pernambuco, o Rio Moxotó é só uma lembrança. Em um sítio, em Cumaru, no agreste de Pernambuco, é preciso comprar água e palma, uma espécie de cacto que é a última reserva para os tempos mais difíceis.
Nem tudo é desolação no território da seca. Escassez e fartura convivem lado a lado. Com conhecimento e tecnologias simples e baratas, é possível atravessar o período de estiagem sem tanta necessidade e sofrimento.

No sítio de seu Luiz, a novidade é a cisterna telhadão. Ela consegue armazenar 52 mil litros de água que caem da chuva e seguem das telhas para o reservatório. A cisterna menor é o tesouro da dona Josefa. Tem água para beber e cozinhar por mais quatro meses de estiagem.

Os "canteiros econômicos" consomem pouca água. O solo é forrado com plástico. Só é preciso molhar de quatro em quatro dias através de uma abertura que mantém a umidade por mais tempo.

“O canteiro convencional vai gastar cinco vezes mais que o econômico”, diz o agricultor Luiz Eleutério de Souza.

Em outro caso, o capim cobre uma barragem subterrânea. No período de estiagem, um buraco é cavado de uma margem à outra do riacho com até quatro metros de profundidade. O buraco é coberto com uma lona plástica, como se fosse um paredão. De uma estação para outra, o riacho enche e volta a secar. Mas a barragem mantém a umidade do subsolo, possibilitando a plantação.

“Essas tecnologias têm feito com que os agricultores convivam com essa situação de escassez de água”, diz Adeildo Fernandes, técnico agrícola do Centro Sabiá.

”Vivo no céu, graças a Deus. Vivo bem tranquilo. Depois dessas tecnologias, não existiu mais seca para mim", comemora seu Luiz.

FONTE:  http://www.asabrasil.org.br

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