Do UOL, no Rio
Maior lixão a céu aberto da América Latina, Gramacho (Baixada
Fluminense) encerra suas atividades nesta sexta-feira (1º) com cerca de
60 milhões de toneladas de resíduos acumulados ao longo de seus 34 anos.
O fechamento, adiado por 14 anos, acontece perto de o Rio de Janeiro
sediar a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20, que terá o meio ambiente no centro dos debates.
Segundo Sebastião Carlos dos Santos, representante da Associação dos
Catadores do Aterro Metropolitano do Jardim Gramacho (ACAMJG), os
catadores de lixo que trabalham no local até hoje vão buscar "trabalhar a
coleta seletiva, a logística reversa e a cadeia produtiva da reciclagem
no Rio de Janeiro de forma mais humana” .
Inaugurado em 1978 e localizado no município de Duque de Caxias,
Gramacho recebeu por mais de três décadas o despejo de lixo urbano,
químico hospitalar e industrial das cerca de 200 fábricas que compõem o
polo industrial da Baixada Fluminense.
Foto 15 de 37 - 31.mai.2012 - Inaugurado em 1978, o lixão de Gramacho é exemplo do que não se deve fazer em matéria de gestão de resíduos Guillermo Giansanti/UOL
“Gramacho é o exemplo de um grave desastre ambiental no Brasil e na América Latina e tem um passivo ambiental impagável. Não se consegue apagar tudo o que ele causou. Não é mais possível recuperar muitos dos danos causados”, afirma Chevalier, que acompanha o lixão desde 1990.
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