quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Produção de morangos orgânicos no Sítio Nena Baroni - ITAPUÃ - RS


Maravilhosa produção de morangos neste sítio! Parabéns e ficamos felizes em ter a oportunidade de colaborar um pouquinho neste sucesso!

SOBRE


  • Nena Baroni
A propriedade tem 12 hectares, sendo que 8ha são aráveis e o restante são áreas de mata nativa preservada. Atualmente a área cultivada ocupa 2 ha num crescente a cada ano. A produção é feita em estufas e a céu aberto, dependendo da necessidade de cada cultura.

O solo nunca recebeu tratamentos químicos. Antes do cultivo de hortifruti, era ocupado por campo nativo na criação de gado em sistema de pastoreio livre e o gado acabava estragando a vegetação nativa. Atualmente a flora recupera-se naturalmente e a fauna local  (pássaros e insetos) é exuberante.

A marca Nena Baroni atende consumidores, restaurantes e chefs de cozinha que buscam produtos frescos e diferenciados, inclusive sob encomenda.


Rastreabilidade

A área cultivada é dividida em talhões ou lotes e dentro deles, cada canteiro recebe uma numeração. Toda vez que há novo plantio ou colheita, é realizado um registro que fica à disposição do cliente.


Certificação

Em 2011, quando a propriedade foi adquirida, foi acionado o instituto Biodinâmico de Botucatu (IBD) para iniciar o processo de certificação orgânica. Vem renovando anualmente a adesão de conformidade de produção vegetal primaria (BR 10831).


Contato

Para conhecer mais sobre a Nena Baroni e realizar encomendas, contate-os pelo email rdelgos1@uol.com.br

PRODUTOS
















FONTE: TEIA ORGÂNICA



terça-feira, 25 de agosto de 2015

A importância da correção de solo ligada a calcário e gesso

Breno Araújo

O comprimento do sistema radicular é 

importante para a sobrevivência e 

produtividade da planta, mas a distribuição 

desse sistema é fundamental, principalmente

 para explorar a camada arável do solo (0-20cm)


É nessa camada que se encontra grande parte dos nutrientes e elementos benéficos que a raiz vai conseguir explorar com mais facilidade. 

O cálcio

A falta de cálcio causa severas restrições ao crescimento radicular. O excesso de alumínio torna o alongamento das raízes mais lento, engrossa as raízes e estas não se ramificam normalmente, prejudicando a absorção dos principais nutrientes para a planta (N, P, Ca e Mg). Por isso, para uma correção do solo adequada o produtor deve utilizar calcário e gesso. A calagem é responsável pela melhoria das condições químicas nas camadas superficiais do solo, sendo importante para a disponibilidade do calcário no solo, para fornecer cálcio e magnésio para as plantas e neutralizar a acidez. A gessagem é responsável por essa melhoria no subsolo. A gessagem aumenta o teor de cálcio e enxofre e reduz a toxicidade do Al no solo, mas não neutraliza o alumínio, apenas reduz a toxicidade por se complexar com o Al e levar este elemento para as camadas onde a raiz não tem acesso. Uma prática não substitui a outra, sendo que calcário e gesso são insumos complementares e não substitutivos.

Calcário

Os corretivos de acidez mais utilizados na agricultura são rochas calcárias moídas (calcário), vindas de calcita e dolomita. Estas apresentam, em grande parte da sua constituição, carbonato de cálcio e magnésio. O carbonato reage com a água no solo, liberando uma hidroxila que reage com o alumínio, formando o hidróxido de alumínio que não é absorvido pelas plantas, e neutraliza a acidez do solo.

Deficiência de cálcio

O gesso pode ser empregado em solos com deficiência de cálcio e/ou com teores tóxicos de alumínio em camadas do subsolo e também em solos com deficiência de enxofre e/ou com estreita relação cálcio/magnésio nas camadas superficiais. A aplicação de gesso deve ser realizada, preferencialmente, após a correção da acidez do solo com calcário. A utilização de corretivos pelas propriedades rurais é muito baixa, sendo que 84% das propriedades ainda não utiliza essa prática, o que pode explicar as baixas produtividades do país.

Correio Braziliense


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

ORA-PRO-NOBIS NA COZINHA BRASILEIRA.wmv

Super Dicas - Como plantar árvores na cova

Lucro e sucesso em 1 hectare

Adriana Bernardes

O produtor José Pinheiro produz pelo menos oito tipos de alimentos orgânicos no Núcleo Rural Rajadinha, em Planaltina. Para escoar a produção, ele criou uma feira na cidade e monta cestas, entregues diretamente ao consumidor

No Distrito Federal, 82% dos estabelecimentos rurais são classificados como minifúndios e pequenas propriedades. Mesmo assim, a limitação de espaço e o aumento da demanda por produtos orgânicos têm atraído novos produtores. O levantamento mais recente da Empresa Brasileira de Extensão Rural (Emater/DF) revela um crescimento médio anual do mercado de 20%. Hoje, a área de cultivo orgânico chega a 775 hectares, totalizando 270 propriedades dedicadas a lavouras sem agrotóxicos. Dessas, 170 possuem a certificação de orgânico, e as demais estão em processo para obter o registro de "produto livre de veneno".

O conjunto desses produtores são responsáveis pela colheita de 6,9 toneladas de alimentos por ano. O engenheiro agrônomo e extensionista rural Leandro Moraes de Souza explica que, comparado a Minas Gerais e a São Paulo, a produção local é pequena. Mas, para as características do território do Distrito Federal, o desempenho está acima do esperado. "Aqui, investe-se em tecnologia para ampliar a produção. Existe muito cultivo protegido, conhecido como estufa, a hidroponia, irrigação sob gotejo, e uso de insumos agropecuários e defensivos agrícolas orgânicos", cita. No DF, pimentão, grãos - como soja e milho - e alface têm produtividade maior do que a média nacional (assista ao vídeo com a entrevista completa).

Chapéu na cabeça, fala mansa e uma paixão sem tamanho pelo que faz. Mineiro de Patrocínio, distante 510 km de Brasília, José Pinheiro, 44 anos, se orgulha de muitas coisas na vida. Uma delas é ter comprado um pedaço de chão e se tornado patrão de si mesmo há 13 anos. É numa chácara de 1 hectare, no Núcleo Rural Rajadinha, em Planaltina, onde ele cultiva verduras e legumes orgânicos. Tudo certificado pela Ecocerte Brasil, uma das mais rigorosas do país. "Eu sou o pequeno do pequeno agricultor", sorri, timidamente.

No terreno, José Pinheiro produz três tipos de alface, repolho, couve, cheiro-verde, tomate, rúcula, cenoura, batata-doce, entre outros. Tudo orgânico. O adubo do solo, ele mesmo faz. Lança mão da sabedoria ensinada pelo avô ao pai e repassada a ele e combina com novas tecnologias de cultivo sem agrotóxico. "Os clientes ficam admirados. Muitos ainda acham que orgânico é feio e pequeno. Não é assim. O segredo é adubar e corrigir o solo. E olhar para a planta e entender o que ela diz. A plantação é como criança: se mimar demais, estraga", explica.

Sem contar com ajuda do governo para fazer financiamento e com baixa produção devido ao tamanho da propriedade, há quatro anos, José Pinheiro se viu num dilema. Precisava aumentar os ganhos para garantir o sustento da família. "Eu entregava tudo na cooperativa. Mas era um tiro no escuro, pois, às vezes, eu levava 100 pés de alface, outro produtor levava mais 100 e, aí, não tinha demanda para tudo isso. Eu não posso deixar de ganhar porque meu sustento depende disso aqui", comenta.

Criatividade

Com a ajuda de uma técnica da Empresa Brasileira de Extensão Rural (Emater), José Pinheiro fundou uma feira de orgânicos no centro de Planaltina, para vender seus produtos. Além disso, ele agregou mulheres do campo que produzem artesanato e doces para expor os produtos em conjunto. Há nove meses, descobriu outro jeito de fazer negócio: monta cestas com os produtos e entrega diretamente para o consumidor. "O cliente paga menos, e eu ganho mais porque cortei o atravessador", comemora.

Desde então, a renda aumentou 50%. Agora, ele atua em três frentes: abastece a cooperativa, vende na feira de orgânicos e entrega em domicílio os produtos fresquinhos. "Só depois dessas mudanças eu vi dinheiro sobrar para melhorar a minha casa e para investir na chácara", conta. O próximo passo é investir na proteção das hortaliças, construindo túneis. As estruturas de ferro e lona evitam estragos na plantação. O custo é de cerca de R$ 1,8 mil cada.


FONTE: 

Correio Braziliense


sábado, 22 de agosto de 2015

Produção orgânica se viabiliza como garantia de soberania alimentar


Ainda modesta no país, atividade agrícola sem agrotóxicos cresce 35% ao ano e se viabiliza também modelo de negócio – solidário, sustentável e lucrativo.
18/08/2015
Por Eduardo Tavares

Vilmar Menegat não tem filhos. Mas se vê como "pai" de uma família numerosa de sementes nativas. São mais de 60 diferentes "filhotes" conservados com carinho em potes de vidro reciclados. Milho, feijão, trigo sarraceno, soja preta, chia são alguns dos nomes dessas crioulas – vistas pelo agricultor como sementes da preservação da biodiversidade do planeta. Vilmar, 42 anos, vive com os pais, descendentes de italianos, em um sítio de 50 hectares no interior de Ipê, município localizado na serra gaúcha, autointitulado "Capital Nacional da Agroecologia". A principal cooperativa da cidade, Eco Nativa, tem 67 produtores orgânicos associados que vendem diretamente em feiras de Porto Alegre e Caxias do Sul – o excedente vai para os supermercados. Ipê e a cidade vizinha Antônio Prado foram pioneiras da produção de alimentos orgânicos no Brasil. Toda semana levam quatro caminhões carregados às feiras de Porto Alegre. Normalmente retornam vazios.
 
Vilmar tem uma família de sementes nativas 
Esses produtores desafiam uma realidade assombrosa: o agronegócio brasileiro é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. A venda de agrotóxicos saltou de US$ 2 bilhões em 2002 para quase US$ 10 bilhões em 2012. O Brasil tem um quinto do mercado mundial, com a marca de 1 milhão de toneladas, equivalente a um consumo médio de 5,2 quilos de veneno agrícola por habitante. Seis empresas dominam o mercado no Brasil: Monsanto, Syngenta, Basf, Bayer CropScience, Dow AgroSciences e DuPont. As seis são também as maiores proprietárias de patentes de sementes transgênicas autorizadas no Brasil. A modificação, em grande parte, torna as plantas de soja, milho e algodão resistentes aos agrotóxicos, exigindo aplicações de doses maiores de veneno para controlar insetos e doenças.
O agricultor é obrigado a comprar o pacote semente/agrotóxico da mesma empresa e não pode ter suas próprias sementes. A legislação brasileira ainda permite a pulverização aérea e a venda de agrotóxicos já proibidos nos Estados Unidos e União Europeia, e oferece incentivos fiscais aos fabricantes. Um exemplo do que o controle do mercado por essas empresas é capaz: a Monsanto, repentinamente, quintuplicou o preço da semente resistente ao agrotóxico glifosato, produzido pela empresa. Agricultores gaúchos que sempre foram favoráveis à difusão da soja transgênica resistente ao glifosato se revoltaram e foram à Justiça contra o pagamento desses royalties.
"O fundamento do agronegócio é que essas seis grandes empresas, através de pequenas modificações genéticas inseridas nas plantas, estão obtendo direito de propriedade sobre aspectos fundamentais para a vida de todos. As plantas transformadas, agora com dono, estão substituindo as plantas naturais, cujas sementes deixam de estar disponíveis", resume o engenheiro agrônomo Leonardo Melgarejo, dirigente da Associação Brasileira de Agroecologia. "Já as sementes transgênicas estão ao alcance de todos que podem pagar por elas. Não é possível aos agricultores familiares, estabelecidos em regiões dominadas pelo agronegócio, optar pelo plantio do milho crioulo, porque os grãos de pólen do milho transgênico alcançam de forma inexorável as lavouras daqueles que insistem em trabalhar com a base genética comum, comprometendo diversidade, autonomia e segurança alimentar dos povos."
O modelo polui o solo, o ar, mananciais de água e lençol freático. Os agricultores padecem de intoxicação aguda, coceiras, dificuldades respiratórias, depressão, convulsões, entre outros males que podem levar à morte. E os consumidores – a maioria da população brasileira – podem ter intoxicação crônica, que demora vários anos para aparecer, resultando em infertilidade, impotência, cólicas, vômitos, diarreias, espasmos, dificuldades respiratórias, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer. A Fundação Oswaldo Cruz calcula que cada dólar gasto com agrotóxicos em 2012 corresponda a U$ 1,26 gasto no Sistema Único de Saúde (SUS).
Solução
 
Município de Ipê (RS) é considerado um dos pioneiros na produção de orgânicos 
A alternativa para esse panorama é o fortalecimento da agricultura familiar e do cultivo sustentável. Apesar do aumentos dos investimentos do governo federal nos últimos anos na agricultura familiar, o lobby do agronegócio dificulta avanços mais significativos. A bancada ruralista no Congresso é numerosa (cerca de 170 deputados e 13 senadores), enquanto o universo de 12 milhões de pequenos agricultores conseguiu eleger apenas 12 deputados. O agronegócio produz, principalmente, biocombustível, commodities para exportação e ração para animal, enquanto a agricultura familiar responde por 70% da produção de alimentos. A orgânica ainda é pequena, movimentou R$ 1,5 bilhão em 2013, mas está em expansão de, em média, 35% ao ano desde 2011, favorecida pela regulamentação do setor com a Lei dos Orgânicos.
A produção se concentra nos agricultores familiares organizados em associações ou cooperativas. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também incentiva do cultivo de orgânicos nos assentamentos. A Cooperativa Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), na Grande Porto Alegre, reúne 30 famílias assentadas numa área de 600 hectares, desde 1995. Segundo o diretor Airton Rubenich, o empreendimento produz por mês 40 mil litros de leite, e por ano 268 toneladas de carne de suíno e 2 mil toneladas de arroz. "Tudo orgânico. A maior parte da produção é adquirida pelas prefeituras de São Paulo e Porto Alegre para a merenda escolar e pelo programa Fome Zero."
O agricultor Gilmar Bellé, formado em Economia, dirigente da Cooperativa Aecia e vereador no município de Antonio Prado, vai toda quarta-feira de caminhão a Porto Alegre, levando sua produção e a de outros cooperativados para vender na Feira Cultural da Biodiversidade. Ele é pioneiro na produção de orgânicos. Participou da criação da cooperativa em 1989, junto com outros jovens atuantes na Pastoral da Juventude Rural. A iniciativa é sucesso comercial. Produz 500 toneladas de hortifrutigranjeiros e mais 500 toneladas de alimentos processados nas suas agroindústrias. Além das feiras, vendem para redes de supermercados, como Zaffari e Pão de Açúcar. Negociam tudo o que produzem pelo preço que estabelecem.
As 23 famílias da cooperativa têm bom padrão de vida. A de José Tondello comprova. Seus filhos Jonas, de 23 anos, estudante de Processos Gerenciais, e Neiva, 20 anos, dizem, enquanto colhem moranguinhos, que nem pensam em sair do campo. A mesma opinião tem Maiara Marcon, de 24 anos, que largou o curso de Educação Física para ajudar seu pai na produção de mudas e desenvolver um projeto de ecoturismo no sítio em Ipê.
Biodinâmicos
 
Airton: produção inclui leite, carne suína e arroz | Crédito fotos: Eduardo Tavares/RBA 
Na Fazenda Capão Alto das Criúvas, no município Sentinela do Sul, a 100 quilômetros de Porto Alegre, o engenheiro agrônomo João Volkmann produz, desde 1989, arroz orgânico e biodinâmico. Em 182 hectares, João extrai 5 toneladas por hectare. O arroz Volkmann foi o primeiro a receber certificado de biodinâmico no Brasil; abastece o mercado interno e é exportado para os Estados Unidos, Alemanha, Bolívia e Uruguai. Desenvolvidos por Rudolf Steiner, criador da Antroposofia, os preparados biodinâmicos usados pelo produtor são elaborados a partir de cristais e plantas medicinais, constituindo uma fitoterapia para que as plantas cumpram melhor sua função e tenham mais potencial nutritivo. "No sistema de produção biodinâmico, a propriedade é vista como um organismo agrícola vivo e espiritual. Os objetivos são a cura da terra, o bem-estar dos agricultores, a produção de alimentos sadios para o consumidor e o desenvolvimento da espiritualidade."
Sua fazenda promove cursos e estágios gratuitos. Um dos alunos, João Kranz, é diretor da agroindústria da Cooperativa Ecocitrus, em Montenegro, a 55 quilômetros de Porto Alegre. É a maior produtora brasileira de suco, polpa e óleo essencial de laranja e tangerina e exporta quase tudo para a Alemanha. Das 75 famílias associadas, 12 produzem com preparados biodinâmicos que, segundo Kranz, aumentam a produtividade e propiciam excelente relação custo/benefício.
As redes de supermercados vendem cerca de 70% da produção de orgânicos no Brasil, mas os preços são maiores que os de produtos da agricultura convencional. A alternativa são as feiras livres, onde o produtor vende direto para o consumidor e cria outros vínculos. As feiras estão presentes em todas as capitais brasileiras. Porto Alegre tem sete por semana. A mais antiga é a Feira Ecológica da Redenção – funciona há 25 anos todos os sábados. Anselmo Kanaan, veterinário e coordenador da Feira da Biodiversidade do Menino Deus, constata que tem aumentado o número de consumidores com problemas de saúde que buscam novos hábitos alimentares. A feira tem 24 módulos, e todos têm certificação de produtores orgânicos.
Entre eles está Gilmar Bellé, de Antônio Prado, com um avental, carregando caixas de tomates. Na banca ao lado, Alexandre Baptista, o Ali, é o mais novo produtor, e está iniciando um projeto bem-sucedido e consolidado na Europa e Japão: o CSA (da sigla em ingles A Comunidade Financia o Agricultor). São 30 famílias que pagam mensalmente R$ 93 e recebem toda semana uma cesta com oito produtos diferentes. Dessa maneira é garantido o escoamento da sua produção. A advogada Fabiane Galli é uma das apoiadoras. "As crianças não adoecem e têm muita vitalidade", diz Fabiane, mãe de três crianças e há nove anos consumindo produtos orgânicos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Conheça os benefícios da batata doce


Tubérculo é importante fonte de vitaminas e beta-caroteno


Conheça os benefícios da batata doce  Betina Humeres/Agencia RBS
A batata doce possui duas vezes mais beta-caroteno que a cenoura Foto: Betina Humeres / Agencia RBS

A batata doce pode ser uma boa opção para todos os momentos de uma refeição. Cultivada na Ásia e na América Latina, ela não tem nada a ver com a batata inglesa: mesmo com o nome familiar, as duas não partilham da mesma identidade. A primeira é uma planta perene, enquanto a segunda é um tubérculo. Em um regime que visa o emagrecimento ou para aumentar as energias, a batata doce sai à frente na disputa.
Suas variedades são muitas, podendo chegar a 500 espécies. Na cozinha, é comum ver sua variedade mais alaranjada. Ainda assim, de maneira geral, a batata doce é um coquetel de vitaminas A, B2, B5, B6 e C. Uma compilação ideal para manter os benefícios do sol à flor da pele, mas também para lutar contra a diabetes e a hipertensão.
O tubérculo possui também cobre, manganês e antioxidantes. Além disso, ela possui duas vezes mais beta-caroteno que a cenoura. Mais importante ainda, o consumo de batatas doces é recomendado por médicos por suas substâncias antimutagênicas, que ajudam a prevenir a formação de células cancerígenas.

Batata doce em qualquer ocasião
O sabor açucarado, que não parece em nada com o gosto da cenoura apesar da cor parecida, distingue a batata doce. Ela consegue acomodar-se a todos os momentos da refeição, da entrada á sobremesa. Para os mais difíceis de agradar, o ingrediente, assado, acompanha bem carnes. Quem adora cozinhar pode também tentar transformá-la em uma sobremesa, fazendo compotas, doces, biscoitos e até sorvetes.
AFP

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Orquídea Phalaenopsis, flores com longa duração para dentro de casa

Extraído do  blog Jardim de Helena em www.gaucha.com.br/jardimdehelena

Autoria: Eng. Agr. Helena  Schanzer

A orquidea da espécie Phalaenopsis é a melhor orquídea para cultivar dentro de casa. É uma flor delicada e resistente, além de ser de fácil cultivo.  A origem da Phaleonopsis é a Ásia tropical,  Tailândia,  e a que vemos por aqui é um híbrido. A floração pode ser branca até rosa pink ou amarela e dura até 3 meses. Vale a pena investir nesta  orquídea, ela enfeita a sala, a sacada, o escritório e dura muito tempo.  Não tem perfume. Dica: depois que a flor morre, corte a haste e deixe um cabo curto e as folhas. Coloque num local que receba luminosidade natural (nada de sol direto), regue com pulverizador que na primavera ela florescerá novamente. Lembre de adubar com fertilizante líquido! 
phalaenopsis
Orquídea Phalaenopsis, floração cor de rosa – Foto: Pixabay
A orquídea Phaleanopsis não gosta do  frio, tampouco de geada, nem do ar condicionado e do vento.  Para regar prefira borrifadores e pulverize uma neblina suave sobre o solo e sobre as folhas para umidificar o ar. Jamais molhe demais porque as raízes apodrecem.
Phaleanopsis e mini hera- arranjo sofisticado
Phaleanopsis e mini hera- arranjo sofisticado – Foto: Helena Schanzer
Caminhando nas ruas no Rio de Janeiro fiquei encantada com as orquídeas Phalaeonopsispenduradas nas árvores em Ipanema, no Leblon e na Barra. Os cariocas fixam orquídeasnos troncos das árvores dos passeios tanto nas ruas movimentadas, como nas ruas calmas, a uma altura que nenhum pedestre alcança.  E as orquideas Phalaenopsis  florescem e e enfeitam a cidade. Criam uma atmosfera aconchegante. Podemos encontrar orquideas  da espécie Phalaenopsis de diversas cores e tons, confere a galeria de fotos. Difícil mesmo é escolher qual delas levar para casa, não é?

Cuidado com árvores que entopem canos como a figueira-de-vaso (o Ficus benjamina!)


Extraído do  blog Jardim de Helena em www.gaucha.com.br/jardimdehelena

Autoria: Eng. Agr. Helena  Schanzer


Ficus-benjamina common wikimediaExistem diversas árvores da espécie Ficus que são nativas do Rio Grande do Sul e são imunes ao corte pela legislação, ou seja, não podem ser cortadas. Em situações especiais podem ser transplantadas mediante autorização da prefeitura. As figueiras nativas do sul* são das espécies: Ficus enormis, Ficus guaranítica, Ficus insipida, Ficus** luschnatiana, F. Monckii** e Ficus organensis**, todas árvores de grande porte que devem ser plantadas na terra em espaços abertos amplos e ensolarados. Farei um post mais adiante sobre esta árvore magnífica.

Neste post falarei sobre uma espécie de figueira exótica, o Ficus benjamina*** que se adaptou muito bem no Brasil. O Ficus benjamina é uma árvore perene de 10-15 metros de altura, nativa da India, China, Filipinas, Tailandia, Austrália e Nova GuinéCuidado ao usar esta árvore! Ela  é muito usada como planta ornamental dentro e fora de casa.  É usada em vasos e tolera ambientes ventosos, frio, inverno rigoroso, verão quente e seco, ou seja, é super resistente e o seu grande problema é o sistema radicular super agressivo.  As raízes desta árvore entopem canos, arrebentam os vasos (mesmo os de cimento), rompem calçadas e as raízes vão causando o maior estrago por onde se alastram. Também é provida de raízes aéreas. Esta espécie de Ficus benjamina,  exótica, quando pequena até se pode cultivar em vasos, mas conforme crescem vão ficando enormes e não se deve replantar em qualquer lugar em função das raízes poderosas e do tamanho adulto da árvore. Se for plantar no solo, plante em locais grandes, sem calçadas, sem redes elétricas aéreas, nem tubulações de qualquer espécie. No final do post mostro para vocês os estragos que uma árvore destas causou numa floreira de um apartamento, entupindo toda tubulação. É impressionante!

Foto: Common wikimedia – Ficus benjamina em vaso.
 Ficus benjamina variegata em vasinho quando pequeno
Foto: PIXABAY – Ficus benjamina variegata pequeno em vaso no interior de casa.





Pixabay Ficus-benjamina
Foto: Pixabay Ficus-benjamina plantado na terra – observe que está pequeno e podado.
Ficus benjaminha da foto abaixo foi plantado na floreira da sacada de um apartamento. Olha as raízes que ocuparam a parte interna da tubulação, obstruindo o cano do pluvial e causando o alagamento da sacada. Foi preciso quebrar o cano para remover do seu interior as raízes do Ficus benjamina. Olha o formato das raízes: ficaram como o cano onde estavam alojadas.
ficus e raízes
Foto: Helena Schanzer – raízes do Ficus benjamina no formato da tubulação de água que o Ficus invadiu.


Foto: Helena Schanzer – raízes do Ficus benjamina como ficaram depois                                                                                               de retiradas de dentro do cano
floreira onde estava o ficus
Foto: Helena Schanzer – Olha a floreira onde foi plantado o Ficus benjamina
LOCAL ONDE O CANO TEVE Q SER QUEBRADO
Foto: Helena Schanzer –  cano que teve que ser quebrado para retirar as raízes da árvore                                                                       Ficus benajmina que estava obstruindo
raízes 2
Foto: Helena Schanzer – raízes da árvore Ficus benjamina no formato da tubulação de água que o Ficus invadiu.

*Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil/Harry Lorenzi. Nova Odessa, SP. Editora Plantarum, 1992. Brasil.
*Árvores do sul:guia de identificação & interesse ecológico. Paulo Backes & Bruno Irgang. Clube da árvore. Instituto Souza Cruz. 2002.
***Árvores exóticas no Brasil, Harry Lorenzi  et alli. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum, 2003. Brasil.

Postagem em destaque

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JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...