A Adubação Verde é uma prática agrícola milenar que aumenta a capacidade produtiva do solo.
É uma técnica que recupera os solos degradados pelo cultivo, melhora os solos naturalmente pobres e
conserva aqueles que já são produtivos.
Consiste no cultivo de plantas, em rotação/sucessão/consorciação com as culturas, que melhoram
significativamente os atributos químicos, físicos e biológicos do solo.
Essas plantas denominadas “Adubos Verdes” têm características recicladoras, recuperadoras,
protetoras, melhoradoras e condicionadoras de solo. Englobam diversas espécies vegetais, porém a
preferência pelas leguminosas está consagrada também por sua capacidade de fixar nitrogênio direto
da atmosfera, por simbiose.
2. BENEFÍCIOS:
1. Aumenta a capacidade de armazenamento de água no solo.
2. Controla nematoides fitoparasitos com espécies não hospedeiras/antagonicas.
3. Descompacta, estrutura e areja o solo.
4. Diminui a amplitude de variação térmica diuturna do solo.
5. Fornece nitrogênio fixado diretamente da atmosfera.
6. Intensifica a atividade biológica do solo.
7. Melhora o aproveitamento e eficiência dos adubos e corretivos.
8. Produz fitomassa para cobertura morta.
9. Protege as mudas-plantas contra o vento e radiação solar.
10. Protege o solo contra os agentes da erosão e radiação solar.
11. Cobre o solo com grande quantidade de massa verde em curto espaço de tempo.
12. Recicla os nutrientes lixiviados em profundidade.
13. Recupera os solos degradados.
14. Reduz a infestação de ervas daninhas, incidência de pragas e patógenos nas culturas.
15. Supre o solo com material orgânico.
16. Desintoxica o solo com a mitigação de metais pesados, resíduos de defensivos e excesso de
nutrientes, fitorremediação.
17. É matéria prima para compostagem.
18. Contribui para o sequestro de carbono.
19. Reduz os teores de alumínio trocável e libera fósforo fixado.
3. RESULTADOS:
Ganho: Aumenta a produtividade e melhora a qualidade do produto da atividade agropecuária.
Economia: Reduz os custos do consumo de adubo nitrogenado, do controle de ervas daninhas e de
nematoides.
Sustentabilidade: Recupera e mantém a estabilidade e a durabilidade da capacidade produtiva do solo.
Maio é conhecido pelo mês do dia das mães e mês das noivas. E flores sempre são bons presentes para as mulheres que são especiais em nossas vidas. E a nossa equipe foi até um local onde a produção de rosas, é a forma de renda da família Bicca.
Citronela (foto) é uma delas. Opção é eficiente e mais sustentável que o uso de repelentes químicos
Plantar uma semente, regá-la, introduzir terra e acompanhar seu crescimento. Todas essas são práticas que os amantes de plantas adoram realizar - muitas vezes as encaram até como terapia. No entanto, certas plantas atraem insetos, que podem inibir o próprio crescimento dos vegetais ou trazer transtornos por causa de sua grande concentração e reprodução.
Uma possível solução passa pelo uso de pesticidas e repelentes, se não fosse o fato de que eles são nocivos não só para as plantas, mas para a saúde humana, pois contêm substâncias tóxicas. A melhor opção, mais saudável e ecológica, é criar plantas que repelem insetos em seu jardim, principalmente em locais com grande incidência de insetos. Dê uma olhada:
Lavanda
Além de ser uma planta que pode perfumar ambientes internos, devido ao seu cheiro adocicado, e decorá-los, por causa de sua beleza, a lavanda ajuda a espantar mosquitos;
Citronela
Outro excelente repelente natural contra mosquitos, principalmente os borrachudos e os pernilongos. Caso seja combinada com outras duas plantas repelentes naturais, aerva do gato e a cascata gerânio, o efeito se torna mais potente ainda;
Hortelã
Basta plantar várias em torno do seu jardim que as formigas não vão mais incomodar suas plantas. Aproveite para ver aqui outra forma de se livrar das formigas em casa sem usar pesticidas;
Ajuda a manter baratas, percevejos, pulgas e carrapatos afastados;
Manjericão
O cheiro forte da planta afasta moscas e mosquitos;
Alecrim
Também repele os mosquitos e pode ajudar a manter gatos afastados de locais em que a presença deles seja indesejável, como numa caixa de areia destinada para o lazer de crianças. Basta colocar algumas folhas de alecrim no local - os gatos não gostam do cheiro.
Para combater as pragas existem na natureza
organismos chamados “inimigos naturais” que matam ou parasitam as pragas.
Os que matam as pragas são os predadores e os que as parasitam são os
parasitóides. Os inimigos naturais aparecem naturalmente nas hortas. Tem a
vantagem de trabalharem de graça para o agricultor, que na ocorrência deles
pode ficar dispensado de adotar medidas de controle. O controle das pragas
exercido pelos inimigos naturais é o CONTROLE BIOLÓGICO NATURAL, isto é,
controle de pragas exercido por organismos vivos.
Cada vez mais os consumidores estão exigindo alimentos sadios. E os hortigranjeiros orgânicos são sadios. A agroecologia é uma ciência que ensina técnicos e agricultores a produzir sem agrotóxicos. Em Liberato Salzano, no norte gaúcho, a produção agroecológica de hortaliças está crescendo, para o bem-estar de agricultores e consumidores.
Jornalista Marcela Buzatto Cinegrafista José Schaefer Liberato Salzano - RS
Corte Correcto: Oblíquo e no sentido que brotará a gema, a poucos milímetros de distância.
Geralmente, nos meses mais frios do ano, e quando as roseiras se
encontram num estado “dormente”, devem ser podadas de forma a permitir
que a planta se desenvolva com a sua força dirigida a um crescimento
correcto e que a ajude a produzir flores de qualidade. A maioria das
plantas precisam de ser podadas, mas no caso das roseiras, a poda
torna-se muito importante para o correcto desenvolvimento das mesmas. Em
termos gerais, a época da poda da roseira será no início da estação de
crescimento, a Primavera. No entanto, e se a sua zona for muito fria e
ventosa, é aconselhável também podar no Outono, para que as roseiras não
sofram danos fortes durante o Inverno.
Normalmente a primeira poda deverá ser feita um ano após ter sido
plantada – a dita poda de formação, que vai orientar a estrutura da
roseira. Após esta primeira modelagem da planta, deverá ser feita a
limpeza anual da roseira onde a poda vai eliminar os ramos danificados,
quebrados, ou com pragas que, se deixados permanecer, enfraqueceriam a
planta, retirando força aos ramos saudáveis que têm o potencial de dar
flores com mais qualidade.
Corte Errado: Horizontal e demasiado longe do local onde a gema brotará.
Deve-se no entanto ter atenção à altura em que a poda da roseira é
feita. É aconselhável aproveitar a época quando a temperatura for no
máximo 10ºC, dado o estado de dormência da planta. A fase da Lua deverá
ser minguante pois, embora não esteja provado, diz-se que é mais
favorável para as plantas fazer a poda nesta fase lunar.
A poda das roseiras vai sempre depender da espécie em questão (será
diferente se se tratar de um arbusto ou de uma trepadeira) e terá duas
funções: modelar e revitalizar a planta.
Existem três tipos de poda a ter em consideração com respeito às roseiras: Poda Baixa: Faça primeiro uma limpeza da roseira,
retirando os ramos secos, fracos e mal formados. De seguida corte todas
os ramos, deixando-os a uma altura de 20 a 25cm (a partir do ponto de
enxerto). Corte sempre em diagonal aproximadamente 1cm acima da gema
mais próxima. Isto ajudará o brotamento. Ideal para rosas-rasteiras,
rosas “Santa Teresinha” ou miniaturas.
Corte Errado: No sentido contrário ao crescimento da gema.
Poda Alta: Faça uma limpeza à planta da mesma forma
que na poda baixa e corte os ramos a uma altura de 80cm a 1 metro. As
hastes mais fortes podem ficar um pouco mais longas, mas procure que a
roseira fique a uma altura adequada ao lugar onde está situada. Este
tipo de poda é dirigida a roseiras em arbusto e trepadeiras, embora não
precise de ser tão drástico no último caso.
Poda Parcial: Faça a mesma limpeza como nos casos
anteriores e em seguida pode as hastes para um terço do seu comprimento
total. Esta poda é mais adequada a roseiras silvestres e trepadeiras
cujas hastes alcancem 3 metros de comprimento ou mais. É muito
importante que deixe as hastes presas ao tutor de modo a que haja um
brotamento das gemas.
É sempre importante fertilizar uma planta depois da poda, para
permitir que se alimente de forma a alcançar o seu potencial nas
condições em que se encontra.
Fruto da Roseira: Adie a poda do Outono para usufruir destes elementos decorativos.
O Corte Correcto
Deve podar as hastes sempre na diagonal e a poucos milímetros da gema
mais próxima. Nas imagens poderá ver o corte correcto (e os
incorrectos), que deve ser aplicado para permitir que a planta cresça
com mais força, que no fundo é a função da poda.
Nota: se quiser que a roseira dê frutos (algumas roseiras premeiam o
seu jardim com frutos de várias cores) atrase a poda de Outono. A poda
correcta varia de espécie para espécie, tendo sido aqui dadas as regras
gerais. Consulte o local onde comprou a sua roseira para informações
mais específicas.
Sites Consultados:
http://www.botanical-online.com/rosesjardineriacastella.htm
http://www.tusplantas.com/jardin/flores/flor/?pagina=jardin_flores_flor_001_001
http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/ao1rosas1.html
Os links externos são da responsabilidade dos seus respectivos
autores/produtores. O Portal do Jardim não assume qualquer tipo de
responsabilidade sobre o seu conteúdo.
Nos dias se hoje, tempos de sustentabilidade, muito se discute sobre a questão do volume de lixo que se é gerado nas residências, pois mesmo separando os recicláveis, ainda temos bastante lixo orgânico. Entretanto, grande parte são restos de comida que podem ir para uma composteira, plenamente possível de ser instalada em casas ou apartamentos (dependendo do tipo do processo). E com isso, além de
A compostagem caseira em geral pode se dar em suas formas seca, vermicompostagem ou automática. A automática utiliza uma composteira mecânica, sendo uma forma mais simples, prática e sustentável de se fazer compostagem em casa (veja mais aqui); a seca trata apenas da decomposição dos alimentos por micro-organismos, sendo o mesmo princípio da vermicompostagem; porém, na seca, não são adicionadas minhocas para digerir a matéria orgânica.
A vermicompostagem faz uso das minhocas, que são vermes e pode ser realizada em casas e apartamentos com uso da composteira doméstica. Essa técnica requer pouco consumo de energia e um menor tempo para produção do composto comparativamente ao tipo seca. Com essa técnica, há a formação do vermicomposto, que é o produto obtido por meio da ação das minhocas em resíduos orgânicos. O vermicomposto é também conhecido como húmus de minhoca e é um ótimo adubo orgânico, muito rico em flora bacteriana. Basicamente, é a matéria orgânica "reciclada".
Além de ser mais estável, principalmente quanto ao pH, à relação carbono/nitrogênioe às propriedades físicas, químicas e biológicas capazes de auxiliar no bom desempenho das culturas, o vermicomposto devolve à terra cinco vezes mais nitrogênio, duas vezes mais cálcio, duas vezes e meia mais magnésio, sete vezes mais fósforo e 11 vezes mais potássio.
Vantagens do vermicomposto
• Não agressivo para o ambiente;• Não contamina solo e água como os fertilizantes químicos;• Enriquece o solo com nutrientes;• Grande fonte de nutrientes para as plantas;• Controle da toxicidade do solo, corrigindo excessos de alumínio, ferro e manganês;• Aumento da resistência das plantas a pragas e doenças;• Maior absorção dos nutrientes pelas raízes das plantas;• Favorece a entrada de ar e circulação de água no solo;• Melhora a estrutura do solo;• Propicia produção de alimentos mais saudáveis; • Produção de adubo de alta qualidade para manutenção de jardins e hortas.
Minhocas
A importância das minhocas para a fertilização e recuperação dos solos é conhecida há tempos e o filósofo Aristóteles definia estes seres como "arados da terra", graças à capacidade de escavar os terrenos mais duros. Esse verme tem o poder de ingerir terra e matéria orgânica equivalente ao seu próprio peso, além de digerir e expelir cerca de 60% do que comeu sob a forma de húmus.
Segundo estudos, o tipo de minhoca mais indicada para a vermicompostagem é a detritívora, pois se alimenta de matéria orgânica morta, suporta melhor as adversidades de temperatura e acidez, que ocorrem em um processo de decomposição, e se reproduz de acordo com a quantidade de alimento disponível, ou seja, melhor para a criação em cativeiro.
Dentro dessa tipologia, a espécie que é comumente utilizada é a Eisenia foetida(espécie Epígea), também conhecida como vermelha da Califórnia ou minhoca dos resíduos orgânicos. Essas minhocas conseguem processar uma grande variedade de materiais em menos tempo, promovem a aceleração da maturação do composto, apresentam alta atividade, taxa de conversão do composto em húmus e elevada taxa de reprodução.
Fuga das Minhocas
Quando o ambiente dentro da composteira (chamada também de minhocário) está desfavorável para esse animal, as minhocas podem fugir, por isso é necessário que os recipientes estejam sempre adequadamente fechados. Na maioria dos casos, essas condições ruins levam à perda de atividade reprodutora ou morte das minhocas. Para isso não ocorrer, fique atento a alguns parâmetros como:
• Umidade: a falta de água ou baixa umidade diminui a ação dos micro-organismos e as minhocas podem morrer por desidratação; e se o ambiente estiver com muita água, isso também pode levar à mortandade de minhocas, interferir na circulação de ar e exalar mau cheiro;
• Porosidade/areamento: se o substrato tiver alta densidade e compactação, pode ocorrer falta de espaços e baixa porcentagem de oxigênio, afetando a atividade das minhocas;
• Natureza dos resíduos: alguns resíduos acabam elevando a temperatura, teores de acidez e demorando para se decompor, afetando o ambiente das minhocas (vejaaqui o que não colocar na sua composteira);
• Relação C/N: os resíduos possuem quantidades variáveis de Carbono e Nitrogênio, que são essenciais para os seres-vivos - relações altas de nitrogênio e baixas de carbono interferem na ação dos micro-organismos e trazem condições desfavoráveis às minhocas;
• pH: as minhocas necessitam de um ambiente de pH compreendido entre 5 e 8, fora desse intervalo, pode haver diminuição da sua atividade;
• Temperatura: o metabolismo das minhocas fica baixo em temperaturas inferiores a 15 ºC; mais frio do que isso elas morrem; e em temperaturas altas, também.
Na tabela a seguir, da CONFRAGI de Portugal, temos um síntese de algumas soluções e causas desses parâmetros:
Problema
Causa
Solução
Minhocas acumulam-se nas camadas superiores do minhocário; cama muito húmida
Excesso de água
Renove a cama; coloque mais serragem e não adicione alimentos ricos em água
Minhocas acumulam-se no fundo do minhocário; cama muito seca (não sai água ao espremer o composto)
Falta de água
Borrife a cama com água
Odores desagradáveis
Cama pouco arejada
Comida em excesso
Interrompa a adição de comida e revolva bem a cama; não adicione alguns alimentos
Minhocas começam a comer o húmus
Pouca comida
Cama precisa de ser mudada
Adicione comida; Mude de cama
Excesso de resíduos ou presença de moscas
Adição de comida em excesso
Interrompa a adição de comida e revolva o material
Cheiro de mofo
Alimentos difíceis de compostar como carne, peixe, lacticínios e gorduras.
Não deposite esses alimentos na composteira
Aparecimento de moscas
Decomposição lenta
Ambiente ácido
Coloque alimentos variados e cortados aos pedaços
Não deposite frutas ácidas
Composteira ou minhocário
No caso da vermicompostagem caseira, a composteira doméstica ou minhocário é o local em que as minhocas irão atuar para "reciclar" os resíduos orgânicos. Basicamente, o dispositivo consiste em três ou mais caixas empilháveis de plástico, mas isso depende da demanda de pessoas na casa. Para saber qual é o melhor tamanho para sua família, clique aqui.
As duas primeiras caixas são digestoras. A primeira, onde se depositam os resíduos (confira aqui quais resíduos podem ser usados), necessita de tampa e tem furos no fundo; a última serve como coletora para armazenar o chorume orgânico produzido.
A composteira é um processo simples e higiênico de reciclar o lixo orgânico que produzimos em casa, entretanto, existem alguns cuidados que devem ser tomados para evitar maus odores, atração de animais e morte das minhocas.
Recomenda-se portanto, como que em um passo-a-passo, que os resíduos sejam depositados sucessivamente em fileiras (preferencialmente picados) e a seguir em camadas, preservando-se sempre no lado oposto uma camada de composto pronto, húmus livre de resíduos que servirá para o que se chama de "cama". A “cama” é como um local de segurança, onde as minhocas se sentem confortáveis, devendo existir em ambas caixas digestoras. Elas migrarão por todas as caixas, subindo e descendo, sempre usando os furos.
Para adquirir uma composteira, acesse a loja virtual escolha o melhor tipo para sua família. Confira muitas dicas de utilização da composteira no nosso guia de compostagem.
O tomate (Solanum lycopersicum, anteriormente denominado Lycopersicum esculentum) é um dos frutos mais cultivados do mundo, havendo milhares de cultivares que variam na forma, tamanho, cor e sabor.
Cultivado nos Andes, na América Central e no México muito antes das viagens marítimas europeias, o tomateiro foi introduzido na Europa no século XVI, sendo primeiramente cultivado como planta ornamental nos jardins, pois foi inicialmente considerado inadequado para o consumo, visto que é uma planta da família da mortal beladona (Atropa belladonna), a família das solanáceas, que também inclui outras plantas tóxicas. De fato, as folhas e os caules do tomateiro contêm os alcaloides tóxicos tomatina e solanina, e até mesmo os frutos imaturos contêm estas substâncias, porém em pequenas quantidades, de forma que o consumo de tomates verdes geralmente não causa intoxicação, embora isto possa ocorrer caso sejam consumidos em grandes quantidades. Além disso, há alguns estudos que sugerem que o consumo moderado de tomatina traz benefícios para a saúde. Quando o tomate amadurece completamente, estes alcaloides normalmente desaparecem.
Os tomates cultivados atualmente variam bastante no tamanho, indo dos pequenos tomberries, com cerca de 5 mm de diâmetro, a grandes tomates com mais de 10 cm de diâmetro. Também variam muito na forma, indo de tomates arredondados e lisos a tomates ovalados, oblongos, angulosos, tomates com formato de pera e tomates ocos que lembram um pimentão ou pimento. Quanto a cor, os tomates geralmente são vermelhos quando maduros, mas há cultivares amarelos, laranja, rosados, brancos, creme, roxos e tomates que permanecem verdes quando maduros, além de haver tomates bicolores rajados.
A principal característica que varia nos tomateiros é o hábito de crescimento, sendo que uma parte dos cultivares tem hábito determinado, formando moitas e produzindo todos os frutos em um curto período de tempo, e outra parte dos cultivares têm um hábito indeterminado, com ramos que continuam crescendo por vários metros, que necessitam de tutoramento e que continuam produzindo frutos enquanto a planta cresce (o maior tomateiro que se tem registro alcançou quase 20 m de comprimento). Além destes dois hábitos principais, há também cultivares com um hábito intermediário, crescendo mais que os tomateiros de hábito determinado, e assim necessitam tutoramento, mas que apresentam um crescendo limitado. Outro tipo são os cultivares anões, que podem ser considerados como sendo do tipo determinado, mas que têm a distinção de serem plantas bastante pequenas.
Clima
Os tomateiros são cultivados no mundo todo, mas não suportam extremos de temperatura, ou seja, não crescem bem nem em baixas temperaturas (temperaturas diurnas abaixo de 16°C), que prejudicam o crescimento da planta e diminuem a taxa de germinação das sementes, nem em altas temperaturas (acima de 27°C), que podem prejudicar a formação dos frutos. Geralmente o tomateiro cresce melhor com temperaturas diurnas entre 20°C e 26°C, com uma variação de temperatura entre o dia e a noite. Em regiões sujeitas a geadas e a baixas temperaturas, os tomateiros costumam ser cultivados dentro de estufas.
Quanto à umidade do ar, os tomateiros são sujeitos a menos doenças quando cultivados sob uma condição de baixa umidade do ar. Alta umidade do ar favorece o surgimento de doenças e pragas nas plantações de tomate.
Luminosidade
Os tomateiros geralmente crescem e produzem melhor em condições de alta luminosidade, com sol direto pelo menos algumas horas por dia.
Solo
O tomateiro é tolerante quanto ao tipo de solo, devendo-se apenas evitar solos argilosos com tendência ao encharcamento.
Os melhores resultados são obtidos em um solo bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica, com pH entre 5,5 e 7.
Atualmente o tomateiro é também muito cultivado em estufas sem o uso de solo natural. Por exemplo, é cultivado com o uso de solos artificiais, sistemas hidropônicos e sistemas aeropônicos.
Irrigação
Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, mas sem que permaneça encharcado.
Plantio
As sementes de tomate podem ser semeadas diretamente no local definitivo ou em sementeiras, copos ou saquinhos de plástico ou papel, com cerca de 10 cm de altura e 7 cm de diâmetro. Coloque de duas a cinco sementes em cada recipiente, a no máximo 1 cm de profundidade, deixando posteriormente apenas uma ou duas plantas por contêiner, mantendo as mudas que são mais vigorosas. O transplante das mudas de tomate é realizado quando as mudas atingem de 15 cm a 25 cm de altura, e no transplante parte do caule pode ser enterrado para propiciar o surgimento de mais raízes.
O espaçamento recomendado varia amplamente e depende da variedade cultivada e das condições de cultivo. Em geral, os cultivares de hábito indeterminado podem ser cultivados com um espaçamento de 50 cm a 1,6 m entre plantas, e os cultivares de hábito determinado podem ser cultivados com um espaçamento de 50 cm a 1 m entre plantas. Cultivares anões podem ser plantados com um espaçamento de 30 cm entre as plantas.
Os tomateiros podem ser plantados em vasos, jardineiras, cestas suspensas, sacos plásticos com terra e outros tipos de contêineres, mas o cultivar a ser plantado deve ser escolhido de acordo com o tamanho da planta e do recipiente. Em vasos grandes é possível plantar a maioria dos cultivares, senão todos, mas as plantas podem ter seu tamanho e sua produtividade limitadas. Há cultivares de porte anão que podem ser cultivados até mesmo em vasos relativamente pequenos, e que além de produzir frutos, também são bastante ornamentais.
Tratos culturais
Muitos cultivares de tomate apresentam crescimento indeterminado e precisam ser cultivados com tutoramento. Isso pode ser feito amarrando a planta a uma cerca, a varas dispostas em X ou a um caramanchão, a cada 10 ou 15 dias. A altura mínima do suporte deve ser de 1,5 m (geralmente é de mais de 2 m). Nestes cultivares as flores e frutos surgem continuamente ao longo do ramo, assim os brotos laterais podem ser removidos das plantas semanalmente, para manter um crescimento linear até que a planta atinja a altura máxima do suporte.
Para os cultivares que têm crescimento determinado não há necessidade de tutoramento, e os brotos laterais da planta não devem ser retirados, pois são os novos ramos que produzem flores e frutos. Estes tomateiros são mais compactos e são bastante ramificados.
Para os cultivares que apresentam características intermediárias entre os tipos de crescimento determinado e os tipos de crescimento indeterminado, também são usados suportes.
Retire as plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.
Colheita
O início da colheita depende do cultivar de tomate plantado e das condições de cultivo. Geralmente a colheita dos tomates inicia-se em 7 ou 8 semanas após o plantio para cultivares de crescimento determinado, e de 10 a 16 semanas para cultivares de grande porte.
Para a grande maioria dos cultivares, os frutos serão mais saborosos se colhidos quando estão completamente maduros, visto que a concentração de açúcares será maior se o fruto permanecer na planta até sua completa maduração.
Tomateiros são plantas perenes de vida curta e em condições adequadas podem produzir frutos por alguns anos, embora essa não seja essa a prática em plantações comerciais, onde os tomateiros são cultivados apenas por alguns meses.
Antes de saber a que se refere esse tipo de agricultura, vejamos a definição do termo “periurbano”: é uma área que se localiza além dos subúrbios de uma cidade onde as atividades rurais e urbanas se misturam e não é possível definir os limites físicos e sociais destes dois espaços.
Na agricultura urbana e periurbana estão incluídas a produção, o extrativismo e a coleta de produtos agrícolas – como as hortaliças, frutas, ervas medicinais, plantas ornamentais – e pecuários de forma sustentável, visando a menor agressão possível ao ambiente na retirada e uso dos recursos e insumos. Essa prática é voltada ao autoconsumo, às trocas, às doações e à comercialização.
O interessante deste tipo de atividade é que elas são pautadas pelo respeito aos conhecimentos e recursos da população local, pelo uso de tecnologias adequadas e pela inclusão nos processos participativos que promovem a gestão urbana, social e ambiental dos lugares onde a agricultura urbana e periurbana acontece. Essas ações buscam alcançar a melhoria da qualidade de vida das populações para a sustentabilidade das cidades, através de uma gestão territorial e ambiental eficientes.
O objetivo da agricultura urbana e periurbana é contribuir ecologicamente na melhora da produtividade das cidades, promover a diversidade social e cultural e também a segurança alimentar e nutricional da população. Este tipo de agricultura está fortemente ligada à agricultura familiar, já que pode ser realizada por indivíduos, organizações formais ou informais em espaços públicos ou privados, e esta prática está vinculada ao lazer, cultura, economia, saúde e meio ambiente.
Através dos diversos ministérios e agências governamentais, o governo federal é atualmente um financiador ativo de experiências de agricultura urbana e periurbana promovidas em cada região brasileira, bem como os governos municipais e estaduais onde existem estas atividades consolidadas.
As organizações não governamentais e universidades também contribuem com essa iniciativa através da destinação de parte de seus recursos próprios e da formulação de projetos específicos. Entretanto acabam sendo os próprios agricultores urbanos e periurbanos as principais fontes de recursos para a promoção desta atividade ao financiarem suas experiências.