Cultivo de flores pode gerar lucros em pequenas propriedades familiares.
O cultivo de flores no Brasil, antes da década de 60, era realizado por pequenos produtores rurais, repassado de pai para filho, e de maneira artesanal. A partir desta década, com o domínio de tecnologias apropriadas, a floricultura teve um grande desenvolvimento. Com a valorização das terras e da mão de obra especializada , surgiu a necessidade de melhoria da qualidade e da produtividade, para que esta atividade se
tornasse competitiva. A partir dos anos 70, o comércio de flores começou a crescer, havendo necessidade de um abastecimento do mercado durante todo o ano.
Nos últimos 5 a 10 anos, o aumento do crescimento da floricultura foi bastante significativo, em torno de 20% ao ano, tornando-se uma das atividades agrícolas que mais tem crescido em relação a outros cultivos.
Nas regiões Sul e Sudeste ocorrem a maior concentração de produção de flores e plantas ornamentais com fins comerciais do Brasil.
O setor de floricultura brasileiro movimenta 1.200 milhões de dólares, sendo Holambra responsável por 71 milhões de dólares. Estima-se que o Brasil possui uma área de 4.500 ha cultivados e 3.600 produtores envolvidos nessa atividade. Comparando-se com o Japão, maior produtor mundial de flores e plantas ornamentais, a área brasileira é bem pequena, uma vez que naquele país, o qual possui apenas 13% de área agricultável, a floricultura ocupa uma área de 48.400 ha, com 149.000 produtores envolvidos na atividade.
Quanto à comercialização, têm-se aproximadamente 17.500 pontos de distribuição e venda do produto em todo o Brasil.
O consumo, per capita, de flores no Brasil é de 4 a 7 dólares, muito reduzido quando comparado com a Argentina, com um consumo de 25 dólares per capita. A Suíça, Alemanha, Suécia, Dinamarca têm um consumo aproximado de 100 dólares per capita. O Estado do Rio Grande do Sul tem um consumo diferenciado em relação aos outros Estados brasileiros, de aproximadamente 25 dólares per capita, próximo ao consumo da Argentina, fato este que pode ser atribuído à particularidades culturais deste Estado.
A região Sul e Sudeste detêm 70% da produção nacional de flores e plantas ornamentais, sendo o Estado de São Paulo o maior produtor, com cerca de 1.183 ha cultivados, seguido por Santa Catarina (342 ha), Minas Gerais juntamente com o Espírito Santo, com 336 ha e Rio Grande do Sul com aproximadamente 304 ha. Em Santa Catarina predomina o cultivo de plantas ornamentais, enquanto em São Paulo e Minas Gerais ocorre em maior proporção o cultivo de flores de corte, devido à localização das áreas de cultivo em altitudes mais elevadas. Os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo têm investido nesta atividade, com as culturas convencionais, tais como crisântemos e rosas, na região serrana e plantas ornamentais em região de baixada.
SEBRAE
Unidade produtora de flores de corte