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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Vinagreira, caruru-azedo, azedinha, quiabo-azedo é um bactericida poderoso

Hibiscus sabdariffa é bactericida poderoso: um ótimo ajudante na cozinha



Hibiscus-sabdariffa
Hibiscus sabdariffa é conhecido aqui no Brasil como vinagreira, caruru-azedo, azedinha, quiabo-azedo, quiabo-róseo, quiabo-roxo, rosélia – uma arbustiva que pode ser perene ou bianual, dependendo da região, originária de longe (Ásia ou África, não se tem a certeza) e muito espalhada por nossos campos. É dos botões deste hibisco que se faz o famoso chá de hibisco, de tantos usos medicinais.
Uma pesquisa realizada no México determinou que esta planta é um dos bactericidas mais eficientes que temos conhecimento – a água do Hibiscus sabdariffa consegue eliminar até 90% de todas as bactérias de frutas e verduras, por lavagem simples, quando o cloro só consegue um percentual de 50%.
Esta eficácia transforma a água de vinagreira em um ótimo ajudante de cozinha desde que você deixe nela mergulhadas as frutas e verduras que vai consumir.
O pesquisador mexicano, Javier Castro Rosas, da Universidade de Hidalgo, testou a eficácia da água de vinagreira para bactérias como a Salmonella typhimurium DT104, Escherichia coliO157: H7, Listeria monocytogenes , Staphylococcus aureus e Bacillus cereus (no Lieberpub) e patenteou uma composição para desinfecção e preservação eficaz de alimentos, incluindo alimentos frescos, a partir de formulações aquosas com base em extractos de cálices de Hibiscus sabdariffa, que também se propõe ser usado para desinfecção de sementes e plântulas ou grãos germinados, sem alteração das propriedades de germinação, nutricionais ou alimentares dos mesmos (veja o processo de patenteamento aqui).
Esta descoberta é bastante interessante já que possibilita, em uso extensivo, melhorias na saúde pública das populações latino-americanas, asiáticas e africanas, regiões onde abunda a vinagreira, sem o aditivo de químicos clorados comumente usados para controle bacteriológico.
prof javier castro rosa
Foto: Prof. Javier Castro Rosa
Caso seja de seu interesse aprofundar conhecimentos sobre as pesquisas do Prof. Castro Rosas, você poderá consultar diversos de seus artigos aqui.


Fonte: Greenme - Alice Branco 

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Vinagreira – Hibiscus sabdariffa, ornamental, medicinal e comestível.


  • A vinagreira é uma planta subarbustiva, florífera e muito versátil, conhecida no mundo todo por suas qualidades como ornamental, medicinal e comestível. A ramagem é avermelhada, ereta e ramificada desde a base enquanto que suas folhas são verde-escuras, alternas, estipuladas, de margens serrilhadas e profundamente lobadas em três a cinco divisões. As flores surgem no outono e inverno, e duram apenas um dia. Elas são solitárias, sésseis, brancas a amarelas, com um cálice robusto e carnoso na base, de cor vermelha intensa. O fruto é uma cápsula, de formato ovalado e cor vermelha, com três a quatro sementes pardas.
No jardim, a vinagreira presta-se para plantio isolado ou em grupos, como em maciços por exemplo. Também é uma excelente opção para canteiros junto a muros. Além disso, por ser de rápido crescimento e comportar-se como bienal, é interessante seu uso como uma cerca-viva temporária. Sua folhagem, textura e flores remetem ao estilo tropical.
É comum seu plantio em hortas e jardins de ervas, por suas propriedades medicinais e partes comestíveis. Ricas em ferro e de sabor picante, as folhas da vinagreira podem ser utilizadas como verdura, em saladas e cozidos, como o famoso arroz de cuxá, típico da gastronomia maranhense. Os cálices também prestam-se para o feitio de sucos, chás, compotas, geléias, conservas, licores, vinhos e xaropes. Curiosidade: Da ramagem da planta ainda se podem extrair fibras têxteis, com diversas aplicações industriais.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Apesar de perene, a vinagreira deve ser conduzida como anual ou bienal, pois perde a beleza e o vigor com o tempo, necessitando de replantio. Suscetível ao ataque de nematóides, que enfraquecem as plantas de forma gradual. Por este motivo não é indicado replantá-la anualmente no mesmo local. No tolera frio intenso ou geadas. Multiplica-se por sementes postas a germinar em estufa no fim do inverno.
Categorias: Diretório de Plantas

Medicinal:

  • Indicações: Falta de Apetite, Cólicas Espasmódicas, Varizes, Hemorróidas, Febre, Má digestão, Infecções da pele, Hipertensão, Obesidade
  • Propriedades: Diurética, Depurativa, Aperitiva, Vasodilatadora periférica, Antiescorbútica, Anestésica, Aromatizante, Laxante suave, Digestiva, Calmante, Emolientes, Estomáquica, Hipotensora, Afrodisíaca, Tônica, Colerética
  • Partes Utilizadas: Folhas, Flores e Raízes

Alerta:

Não é recomendado o uso durante a gravidez e lactação.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Conheces a vinagreira ou hibisco? Veja os benefícios do chá.


Transplantadas mudas que ganhei dos amigos 

 Radalesque Coleone e Vera Coleone.

Há pouco mais de um mês, comecei a tomar o chá de hibisco e os resultados realmente são bem interessantes. Para explicar os seus benefícios, escalei a nutricionista Carla Rodrigues.

O chá é feito de quais substâncias?
O hibisco usado no chá é o hibiscus sabdariffa. Ele é diferente da flor ornamental hibisco rosa-sinensis, muito comum nos jardins. É originário da Ásia e da África, já sendo introduzido no Brasil como alimento funcional.
Quais são as características do chá de hibisco?
O hibiscus sabdariffa é definido como planta medicinal, possuindo propriedades antiespasmódicas, diuréticas, digestivas, também utilizado como laxante suave, corante, aromatizante e calmante. Atualmente, a planta vem sendo utilizada como coadjuvante no tratamento da obesidade e na modulação do equilíbrio orgânico.
Por ser rico em flavonoides, o chá como poderoso antioxidante, auxiliando no combate aos radicais livres, protegendo o coração de doenças e a pele do envelhecimento.
Quais os benefícios do chá de hibisco?
- Age como antioxidante
- Reduz as taxas de lipídeos e glicose no sangue
- Ajuda a normalizar a pressão arterial e é diurético
- Ajuda nas constipações intestinais
- Retarda o envelhecimento da pele
- Diminui a formação de colesterol
- Ajuda a emagrecer
foto (1)
De que forma o chá auxilia no emagrecimento?
É termogênico, estimula a queima de gordura corporal. Essas bebidas são coadjuvantes no emagrecimento e podem ser utilizadas em conjunto. Para a eficácia no tratamento da redução de peso, é fundamental completar com mudanças na alimentação e praticar exercícios regularmente,Junto com o chá verde fazem uma dupla dinâmica para derreter as gordurinhas,
O chá de hibisco auxilia no combate ao inchaço? E também naquele inchaço do período menstrual?
Sim, ajuda a eliminar as toxinas do organismo, responsáveis pela retenção de líquidos, inclusive o inchaço do período menstrual (aumento dos hormônios)
Qual a maneira correta de fazer o chá?
Para um melhor aproveitamento do chá é indicado fazer a infusão e evitar a adição de açúcar. Caso não conseguir, coloque mel. O ideal é tomá-lo diariamente entre as principais refeições do dia, fazendo somente a quantia que irá beber no dia para que o chá não oxide e perca as propriedades medicinais.
Modo de fazer
- Coloque uma colher de chá de hibisco em uma xícara de água fervente e deixe ferver por 3 minutos. Apague o fogo e deixe em infusão por 5 minutos. Coe e beba.
- Evite reaquecer o chá depois de pronto, para evitar que ele perca as propriedades. O chá pode ser consumido aquecido ou gelado, dependendo da temperatura ambiente e do gosto.
O chá é comercializado em outras variações, como em pó ou em cápsula. Os benefícios são os mesmos?
Sim com algumas pequenas variações
foto (2)
E o chá de caixinha, que vem triturado? É recomendado?
Pode ser usado sim, mas o ideal sempre é in natura(não triturado).

fonte: http://wp.clicrbs.com.br/barradecereal/2013/09/09/conheca-os-beneficios-do-cha-de-hibisco-que-auxilia-no-emagrecimento/?topo=13,1,1,,,13

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Aprenda as técnicas para a propagação vegetativa de plantas

Fonte: site terral.agr.br

A reprodução de plantas ocorre de duas formas: Sexuada (nesse tipo de reprodução são formadas células especiais, chamadas de gametas. Onde um gameta feminino une-se a um gameta masculino através da fecundação que dá origem a um zigoto, que se desenvolve até formar a planta adulta e dar continuidade ao ciclo de propagação) e Assexuada ou vegetativa (neste caso as partes da planta, originam diretamente outra planta).
A propagação assexuada ou vegetativa pode ser dividida em Espontânea e Induzida.
Espontânea: quando a propagação se dá através de estruturas próprias. São elas: Sementes (todas as plantas com frutos); estolho (Morango, hortelã, grama, clorofito, etc.), tubérculos e bulbos (batata, beterraba, inhame, mandioca, lírio, dália, amarílis, copo-de-leite, etc.) e rizomas (gengibre, orquídeas, amambaia, lúpulo, aspidistria, helicônia, scheflera, guaimbé, filodendro, etc.);
propagação rizoma
Fonte da Foto: www.espacepourlavie.ca
Induzida: são as técnicas de propagação que iremos tratar neste artigo. Possui como vantagens a aceleração do crescimento, a propagação de plantas que nao possui sementes e a formação de indivíduos idênticos (clone), padronizando o produto e favorecendo a comercialização.
estaquia - induzida
Fonte da Foto: www.birminghamgardeningtoday.com

1.Divisão de touceiras

O caule emite brotações laterais, surgindo filhotes idênticos à mãe. Estes filhotes devem ser cortados com uma faca afiada e cada pedaço irá constituir novas plantas ou brotações. Exemplo de plantas propagadas dessa forma: cebolinha, clorofito, cimbidium, bromélia, grama, helicônia, etc.
divisao cimbidium
Fonte da Foto: www.pinterest.com

2. Estaquia

É o processo que usa um fragmento da planta, visando a regenerar as partes faltantes. Nas plantas herbáceas as partes comumente utilizadas são: ramos (gerânio, pingo de ouro, rosas, etc.), folhas (suculentas, violetas, peperômia, folha da fortuna, etc.) e pedaços de folhas (espada-de-são-jorge, begônia, etc.).estaquia - suculentas
Fonte da Foto: www.needlesandleaves.net

3. Enxertia

É o processo pelo qual se faz a união íntima entre duas plantas de maneira que se cria uma interdependência na qual uma não pode sobreviver sem a outra. Uma fica em baixo e é denominada cavalo ou porta-enxerto;  e sua função é fornecer  água e sais minerais, modificar o porte, conferir resistência, tolerância ou imunidade contra fatores adversos; a outra fica em cima, é denominada cavaleiro ou enxerto e tem a finalidade de produção. Esta técnica se divide em 3 ítens:
Borbulhia (o enxerto é uma borbulha ou gema): a borbulhia consiste na justaposição de uma única gema sobre um porta-enxerto enraizado. Com a ponta do canivete de enxertia, abre-se a região da casca abrangida pelas incisões, levantando-a para inserção da borbulha que é introduzida com a gema voltada para o lado externo. Em seguida, deve-se amarrá-la de cima para baixo, com o auxílio de um fitilho plástico, fita de banana (casca do caule) ou fita biodegradável. Toda essa operação deve ser rápida, para que não ocorra ressecamento das regiões de união dos tecidos ou cicatrização dos cortes antes que ela seja finalizada.
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Fonte da Foto: www.figs4funforum.websitetoolbox.com
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Fonte da Foto: www.figs4funforum.websitetoolbox.com
borbulhia3 
Fonte da Foto: www.tropicalbonsainursery.net
Encostia (união entre duas plantas inteiras): é uma técnica que consiste na junção de duas plantas inteiras, que são mantidas dessa forma até a união dos tecidos. Após essa união, uma será utilizada somente como porta-enxerto e a outra como copa. Para fazer essa enxertia, o porta-enxerto enxerto deve ser transportado em um recipiente até a planta que se quer propagar sendo geralmente colocado na altura da copa, através da utilização de suportes de madeira que o sustentarão. Corta-se uma porção do ramo de cada uma das plantas, de mesma dimensão, e encostam-se as partes cortadas, amarrando-as em seguida com fita plástica para haver união dos tecidos. O enxerto é representado por um ramo da planta matriz, sem dela se desligar até que ocorra a soldadura ao porta-enxerto. Após 30-60 dias, havendo a união dos tecidos, faz-se o desligamento da nova planta, cortando-se acima do ponto de união do porta-enxerto. Nessa fase, retira-se o fitilho plástico que estava amarrado e destaca-se o ramo da planta original, formando uma nova copa. Tem-se, assim, a muda, constituída de copa e porta-enxerto. A primavera é a estação mais adequada para a prática da encostia e as que são realizadas no outono desenvolvem-se muito lentamente.
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Fonte da Foto: www.aggie-horticulture.tamu.edu
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Fonte da Foto: www.courses.cit.cornell.edu
Garfagem: é um método de enxertia que consiste na retirada e transferência de um pedaço de ramo da planta matriz (copa), também denominado garfo, que contenha uma ou mais gemas para outra planta que é o porta-enxerto. Com este método, é possível ter em uma mesma planta, variedades diferentes de frutos, por exemplo: 2 maçãs com cores diferentes ou um limoeiro que produza, limões, laranjas e mexericas, etc. O que garante a produção é a compatibilidade genética das espécies do mesmo gênero. Este processo possui duas técnicas principais demonstradas nas fotos abaixo. São elas:
  • Na garfagem em meia fenda, o garfo é cortado em bisel duplo. O porta-enxerto é cortado transversalmente, fazendo-se, em seguida, uma incisão igual a largura do bisel. Aprofunda-se a incisão para baixo, por meio de movimentos com o canivete de enxertia, então introduz-se o garfo na fenda, de tal modo que as camadas das duas partes fiquem em contato em pelo menos um dos lados. Esse tipo de garfagem é utilizado quando os garfos são de diâmetros diferentes do porta-enxerto, sendo necessário que pelo menos um dos lados esteja em contato com os tecidos para que ocorra o processo de cicatrização e sobrevivência do enxerto.
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Fonte da Foto: www.smallkitchengarden.net
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Fonte da Foto: www.the-night-gardener.blogspot.com
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Fonte da Foto: www.greenhousebed.com
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Fonte da Foto: www.starkbros.com
  • Já na garfagem em fenda cheia, a obtenção do garfo é idêntica ao caso anterior. O porta-enxerto é cortado transversalmente à altura desejada, praticando-se em seguida uma fenda cheia, do mesmo tamanho do garfo que será introduzido nessa fenda, de maneira que os dois lados desse garfo coincidam por completo com o diâmetro do porta-enxerto. Após a introdução do garfo no porta-enxerto amarra-se com fita ou coloca-se parafina para que o lugar seja vedado da contaminação do ar (doenças) e facilite a cicatrização do corte.
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Fonte da Foto: www.gardenaction.co.uk
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Fonte da Foto: www.gardenaction.co.uk
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Fonte da Foto: www.gardenaction.co.uk
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Fonte da Foto: www.northernpecans.blogspot.com
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Fonte da Foto: www.gardenaction.co.uk

4. Alporquia

A alporquia é um método de propagação em que se faz o enraizamento de um ramo ainda ligado à planta matriz (parte aérea), que só é destacado da mesma após o enraizamento. O método consiste em selecionar um ramo da planta, de preferência com um ano de idade e diâmetro médio. Nesse ramo, escolhe-se a região sem brotação e faz-se um anelamento, de aproximadamente dois centímetros, retirando toda a casca (floema) e expondo o lenho. Depois disso, deve-se cobrir o local exposto com substrato umedecido (fibra de coco ou esfagno) e envolvê-lo com plástico transparente (para facilitar a visualização das raízes), cuja finalidade é evitar a perda de água, amarrando bem as extremidades com um barbante, ficando com o aspecto de um “bombom embrulhado”. Os fotoassimilados elaborados pelas folhas e as auxinas pelos ápices caulinares deslocam- se pelo floema e concentram-se acima do anelamento, promovendo a formação das raízes adventícias nesse local. Recomenda-se que a alporquia seja feita de preferência na época em que as plantas estejam em plena atividade vegetativa (primavera), após a colheita dos frutos, com o alporque mantido sempre úmido. A separação do ramo que sofreu alporquia da planta matriz depende da espécie e da época do ano em que foi feito o alporque. Após a separação, o ramo enraizado deve ser plantado em condicionador de solo com nutrientes e mantido à meia sombra até a estabilização das raízes e a brotação da parte aérea. Quando isso ocorrer, as mudas estarão prontas para serem plantadas no campo. A alporquia é utilizada na propagação de muitas espécies frutíferas e floríferas, por exemplo, lichia, jabuticaba, hibiscos híbridos e trepadeira-jade.
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Fonte da Foto: www.instructables.com
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Fonte da Foto: www.pinterest.com
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Fonte da Foto: www.cityplanter.co.uk
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Fonte da Foto: www.gardenofeaden.blogspot.com
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Fonte da Foto: www.dqfarm.blogspirit.com

5. Mergulhia

Consiste em mergulhar um ramo no solo, sem separá-lo  da planta mãe, com a finalidade de o mesmo regenerar um novo sistema radicular para depois ser separado. A mergulhia é feita no solo, vaso ou canteiros, quando os ramos das espécies são flexíveis e de fácil manejo. O método de mergulhia consiste em enterrar partes de uma planta, como ramos, por exemplo, com o objetivo de que ocorra o enraizamento na região coberta. É um processo usado na obtenção de plantas que dificilmente se propagariam por outros métodos. O enraizamento ocorre devido ao acúmulo de auxinas (hormônios endógenos) pela ausência de luz na região enterrada ou coberta, que promove a formação das raízes adventícias e também pelo aproveitamento do fornecimento contínuo de água e nutrientes da planta matriz. É muito importante que o local para a realização da mergulhia esteja isento de patógenos, pois como é utilizado o solo para o enraizamento, há sempre o risco de contaminação das novas plantas por doenças e/ou pragas. É importante colocar um tutor na planta a ser enraizada para que a mesma cresça ereta. A mergulhia é um método bastante utilizado na obtenção de porta-enxertos de macieira, pereira e marmeleiro e trepadeira-jade.
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Fonte da Foto: www.jury.co.nz
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Fonte da Foto: www.agardenforthehouse.com
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 Fonte da Foto: www.rodalesorganiclife.com
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Fonte da Foto: www.boundless.com

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Hibisco: do uso ornamental ao medicinal

É tempo de hibisco ... de novo


A flor cai depois de fecundada. O fruto cresce e seca com as sementes, enquanto o cálice (ou sépala) avermelhado se espessa - é isto que comemos.

Já falei de hibisco aqui e aqui. De novo é tempo dele. Caruru-azedo, quiabo-roxo, quiabo-róseo ou simplesmente Hibiscus sabdariffa L.. Os mexicanos o chamam de flor da Jamaica e os franceses, de roselle. Não tem nada a ver com as groselhas, frutinhos redondos, em cachos, vermelhos. Mas talvez a similitude com roselle levou a nomes como rosélia e, finalmente, a groselha - já vi escrito assim em hortifrutis. Também não tem nada que ver com ameixas, embora japoneses o chamem de umê, pois pode ser feito em conserva como umeboshis. Quando batido é gosmento como o quiabo. Aliás, são da mesma família, originários da África. Por isto, a melhor maneira de fazer suco com ele é cozinhando ou picando para liberar a cor, mas não a baba (a acidez mais o calor cortam qualquer intenção babenta). Para geléia com pedaços, pode ser triturado ligeiramente ou picado. Para geléias límpidas, o melhor é usar a infusão combinada com suco de maçã. As folhas azedinhas também podem ser usadas como verdura. No Maranhão, é chamada de vinagreira e entra no Cuxá, prato que combina as folhas com camarões secos, gergelim e farinha de mandioca e é servido com arroz.

No Clube da Cidade (Pelezão, aqui na City Lapa) há dezenas de pés carregados espalhados pela trilha de caminhada. E em Fartura um só pé produziu o suficiente para muita coisa. Aqui vão algumas idéias:

Para descartar o fruto com as sementes, é só cortar a base e empurrar com o dedo ou com a própria ponta da faca.
Para desidratar: tirei o miolo com as sementes – é só cortar o fundinho e empurrar o fruto seco central (só descobri isto ao caso há pouco tempo e me parece a forma mais óbvia), lavei bem, sequei com pano limpo e espalhei numa peneira. Cobri com tule e coloquei sob sol - no final do dia, tem que recolher por causa do sereno. Quando saí de lá, ainda não estavam prontos. Mas agorinha meu pai disse que já estão guardados num vidro. Cinco dias no sol.


Para fazer chá de hibisco: coloquei numa chaleira 1 litro de água, 5 ou 6 hibiscos frescos (em lojas de especiárias há deles secos), sem sementes, umas 3 rodelas de maçã, um pau de canela e dois cravinhos. É só levar para ferver por 3 minutos ou até o pigmento ser todo liberado (os frutos devem ficar esbranquiçados). Adoce se quiser. Tome quente ou frio (gelado, numa taça de vinho) ou use para fazer reduções, gelatinas, sorbet, sugoli, sagu ou para reduzir o álcool do vinho-quente.

Muito melhor que aquelas caixinhas com pó artificial. Para fazer sagu de hibisco: levei o chá para ferver, juntei ½ xícara de bolinhas de sagu e mexi delicadamente, só para evitar que fiquem grudadas. Deixei cozinhar por uns 30 minutos em fogo baixo ou até que as bolinhas ficassem translúcidas. Juntei ¼ de xícara de açúcar nos últimos 5 minutos e mexi devagar para dissolver. Servi com natas (2 a 3 porções).


Para fazer geléia de hibisco (ou chimia de hibisco, como se diz lá no Sul): numa tábua piquei grosseiramente 350 g de hibisco bem lavado e sem sementes e coloquei numa panela de inox com 1 xícara (180 g) de açúcar. Mexi para dissolver o açúcar e cozinhei em fogo baixo até virar um doce cremoso e começar a soltar do fundo (cerca de 15 minutos). Sirva com torradinhas ou use para fazer sorvetes ou batidas com saquê (testei só por brincadeira e deu muito certo).


Batida de hibisco: use açúcar, hibiscos frescos picados, bastante gelo e saquê ou cachaça para completar. Mas, se quiser, faça como eu: coloquei 1 colher (sopa) da geléiade hibisco no fundo do copo, juntei um pouco da bebida e misturei para dissolver. Enchi o copo com gelo e completei com a bebida escolhida. Ficou gostoso, ligeiramente ácido, doce, refrescante e com uma cor linda.

No México este hibisco comestível é chamado de flor de jamaica. É que esta variedade, diferente dos tipos ornamentais, tem os cálices ou sépalas da flor espessos e são estas as partes úteis. A próxima receita, traduzida do livro Sazones de México, de Marilyn Tausend, não testei, mas não tem como dar errado. Por isto, transcrevo-a com segurança aqui:

Água de Jamaica: numa panela cozinhe por 5 minutos 1,5 litro de água e 2 xícaras de hibiscos secos (185 g). Se quiser, junte a casca de 1 laranja para cozinhar junto. Passe para uma jarra refratária, junte 1/2 xícara de açúcar ou 185 g de mel. Mexa bem. Depois de resfriado por 10 minutos, junte 2 colheres (sopa) de suco de limão. Junte mais açúcar ou mel, se julgar necessário (lembre-se que este suco será diluído - nota minha). Tampe e refrigere por até 3 dias. Na hora de servir, dilua a gosto o suco com água mineral com ou sem gás ou com suco de laranja. Sirva em copos altos com bastante gelo e rodelas de limão.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Como plantar vinagreira! Hibiscus

Vinagreira ou rosela

Vinagreira - imagem original: billy1125 - Licença Creative Commons
A vinagreira (Hibiscus sabdariffa), também conhecida como rosela e quiabo-azedo entre outros nomes, é um arbusto vigoroso que pode chegar a atingir quase 5 m de altura em plantas cujos ramos são utilizados para a extração de fibras têxteis, mas que não são palatáveis. As variedades cultivadas que são utilizadas como alimento são menores, atingindo até 2,5 m de altura. Destas podem ser consumidas como verdura as folhas jovens e as pontas dos ramos, crus, refogadas ou cozidas. As folhas, dependendo da cultivar, podem ser verdes ou avermelhadas. Os caules e pecíolos (os talos das folhas) geralmente são vermelhos. Os cálices das flores são vermelhos e carnudos, sendo utilizados no feitio de refrescos, chás, geleias e doces. Tanto as folhas quando os cálices têm um agradável sabor ácido, vindo daí seu nome popular vinagreira. As flores (a corola da flor) e as sementes também podem ser consumidas, mas os cálices são mais apreciados e sua colheita impossibilita a colheita da corola da flor ou de suas sementes.
Além de ser uma fonte de alimento e de fibras têxteis, a vinagreira também pode ser utilizada como planta medicinal, como fonte de corantes naturais e como planta ornamental em jardins.
Vinagreira, rosela ou quiabo-azedo
Das variedades cultivadas comestíveis de vinagreira, pode-se consumir as folhas jovens, pontas dos ramos, flores e sementes - imagem original:Eileen Kane - Licença Creative Commons

Clima

A vinagreira não cresce bem com temperaturas abaixo de 20°C e não suporta baixas temperaturas e geadas. O ideal para seu cultivo é um clima quente e úmido. Em regiões mais frias, pode ser cultivada apenas durante os meses mais quentes do ano.

Luminosidade

Exige iluminação solar direta. A vinagreira é uma planta sensível a duração das horas de luz de um dia, não florescendo em períodos do ano com dias longos (dias com mais de 13 horas de luz), o que ocorre em regiões de maior latitude durante a primavera e o verão. Em regiões tropicais, que têm baixa latitude, esta planta pode florescer em qualquer época do ano.

Solo

Pode ser cultivada em qualquer tipo de solo, desde que bem drenado. O ideal são solos bem drenados, profundos, férteis e ricos em matéria orgânica. Quanto ao pH do solo, esta planta só não cresce bem em solos muito ácidos.

Irrigação

O melhor é que não falte água, de forma que o solo permaneça sempre úmido, mas esta planta é relativamente resistente a curtos períodos de seca quando se encontra bem desenvolvida.
Vinagreira com flor aberta
A vinagreira também é apreciada como planta ornamental em jardins pela beleza de suas flores - imagem original: Mokkie - Licença Creative Commons

Plantio

O plantio pode ser feito por sementes ou por estaquia. As sementes podem ser semeadas no local definitivo ou em sementeiras, saquinhos para mudas ou vasos, transplantando as mudas para o local definitivo quando atingem de 10 a 20 cm de altura. A germinação das sementes costuma ser rápida, ocorrendo em menos de uma semana nas condições adequadas.
O plantio por estaquia tem a vantagem de gerar plantas bem desenvolvidas em menos tempo. Use pedaços de ramos retirados de plantas que não estão florescendo.
O espaçamento pode ser de 1 m entre as linhas de cultivo e de 0,5 m a 1 m entre as plantas. Se o objetivo é colher os cálices, use o espaçamento maior. Para colher apenas folhas e pontas de ramos, é possível usar o menor espaçamento entre as plantas.

Tratos culturais

Retire as plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.
Cálices das flores de vinagreira
Colheita de cálices da vinagreira - imagem original: billy1125 - Licença Creative Commons

Colheita

A colheita das folhas pode iniciar entre 60 e 90 dias. Em uma escala doméstica, é possível colher as folhas ou as pontas de ramos quando necessário. No cultivo comercial, são cortados ramos com 40 a 50 cm de comprimento, podendo repetir a colheita quando as plantas se recuperarem, o que leva aproximadamente um mês (geralmente é possível fazer três colheitas).
Quando o objetivo principal é colher os cálices das flores, normalmente não são realizadas colheitas de folhas ou ramos. A floração inicia em 5 ou 6 meses, desde que as condições de fotoperíodo sejam adequadas. Cada cálice é colhido aproximadamente três semanas após a abertura de sua flor, quando estão bem desenvolvidos, mas ainda tenros, com os frutos ainda imaturos (os frutos são cápsulas).
Extraído do site:http://hortas.info/como-plantar-vinagreira

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