Fonte: site terral.agr.br
A reprodução de plantas ocorre de duas
formas: Sexuada (nesse tipo de reprodução são formadas células
especiais, chamadas de gametas. Onde um gameta feminino une-se a um
gameta masculino através da fecundação que dá origem a um zigoto, que se
desenvolve até formar a planta adulta e dar continuidade ao ciclo de
propagação) e Assexuada ou vegetativa (neste caso as partes da planta,
originam diretamente outra planta).
A propagação assexuada ou vegetativa pode ser dividida em Espontânea e Induzida.
Espontânea: quando a
propagação se dá através de estruturas próprias. São elas: Sementes
(todas as plantas com frutos); estolho (Morango, hortelã, grama,
clorofito, etc.), tubérculos e bulbos (batata, beterraba, inhame,
mandioca, lírio, dália, amarílis, copo-de-leite, etc.) e rizomas
(gengibre, orquídeas, amambaia, lúpulo, aspidistria, helicônia,
scheflera, guaimbé, filodendro, etc.);
Fonte da Foto: www.espacepourlavie.ca
Induzida: são as
técnicas de propagação que iremos tratar neste artigo. Possui como
vantagens a aceleração do crescimento, a propagação de plantas que nao
possui sementes e a formação de indivíduos idênticos (clone),
padronizando o produto e favorecendo a comercialização.
Fonte da Foto: www.birminghamgardeningtoday.com
1.Divisão de touceiras
O caule emite brotações laterais,
surgindo filhotes idênticos à mãe. Estes filhotes devem ser cortados com
uma faca afiada e cada pedaço irá constituir novas plantas ou
brotações. Exemplo de plantas propagadas dessa forma: cebolinha,
clorofito, cimbidium, bromélia, grama, helicônia, etc.
Fonte da Foto: www.pinterest.com
2. Estaquia
É o processo que usa um fragmento da planta, visando a regenerar as
partes faltantes. Nas plantas herbáceas as partes comumente utilizadas
são: ramos (gerânio, pingo de ouro, rosas, etc.), folhas (suculentas,
violetas, peperômia, folha da fortuna, etc.) e pedaços de folhas
(espada-de-são-jorge, begônia, etc.).
Fonte da Foto: www.needlesandleaves.net
3. Enxertia
É o processo pelo qual se faz a união
íntima entre duas plantas de maneira que se cria uma interdependência na
qual uma não pode sobreviver sem a outra. Uma fica em baixo e é
denominada cavalo ou porta-enxerto; e sua função é fornecer água e
sais minerais, modificar o porte, conferir resistência, tolerância ou
imunidade contra fatores adversos; a outra fica em cima, é denominada
cavaleiro ou enxerto e tem a finalidade de produção. Esta técnica se
divide em 3 ítens:
Borbulhia (o enxerto é
uma borbulha ou gema): a borbulhia consiste na justaposição de uma única
gema sobre um porta-enxerto enraizado. Com a ponta do canivete de
enxertia, abre-se a região da casca abrangida pelas incisões,
levantando-a para inserção da borbulha que é introduzida com a gema
voltada para o lado externo. Em seguida, deve-se amarrá-la de cima para
baixo, com o auxílio de um fitilho plástico, fita de banana (casca do
caule) ou fita biodegradável. Toda essa operação deve ser rápida, para
que não ocorra ressecamento das regiões de união dos tecidos ou
cicatrização dos cortes antes que ela seja finalizada.
Fonte da Foto: www.figs4funforum.websitetoolbox.com
Fonte da Foto: www.figs4funforum.websitetoolbox.com
Fonte da Foto: www.tropicalbonsainursery.net
Encostia (união entre
duas plantas inteiras): é uma técnica que consiste na junção de duas
plantas inteiras, que são mantidas dessa forma até a união dos tecidos.
Após essa união, uma será utilizada somente como porta-enxerto e a outra
como copa. Para fazer essa enxertia, o porta-enxerto enxerto deve ser
transportado em um recipiente até a planta que se quer propagar sendo
geralmente colocado na altura da copa, através da utilização de suportes
de madeira que o sustentarão. Corta-se uma porção do ramo de cada uma
das plantas, de mesma dimensão, e encostam-se as partes cortadas,
amarrando-as em seguida com fita plástica para haver união dos tecidos. O
enxerto é representado por um ramo da planta matriz, sem dela se
desligar até que ocorra a soldadura ao porta-enxerto. Após 30-60 dias,
havendo a união dos tecidos, faz-se o desligamento da nova planta,
cortando-se acima do ponto de união do porta-enxerto. Nessa fase,
retira-se o fitilho plástico que estava amarrado e destaca-se o ramo da
planta original, formando uma nova copa. Tem-se, assim, a muda,
constituída de copa e porta-enxerto. A primavera é a estação mais
adequada para a prática da encostia e as que são realizadas no outono
desenvolvem-se muito lentamente.
Fonte da Foto: www.aggie-horticulture.tamu.edu
Fonte da Foto: www.courses.cit.cornell.edu
Garfagem: é um método
de enxertia que consiste na retirada e transferência de um pedaço de
ramo da planta matriz (copa), também denominado garfo, que contenha uma
ou mais gemas para outra planta que é o porta-enxerto. Com este método, é
possível ter em uma mesma planta, variedades diferentes de frutos, por
exemplo: 2 maçãs com cores diferentes ou um limoeiro que produza,
limões, laranjas e mexericas, etc. O que garante a produção é a
compatibilidade genética das espécies do mesmo gênero. Este processo
possui duas técnicas principais demonstradas nas fotos abaixo. São elas:
- Na garfagem em meia fenda,
o garfo é cortado em bisel duplo. O porta-enxerto é cortado
transversalmente, fazendo-se, em seguida, uma incisão igual a largura do
bisel. Aprofunda-se a incisão para baixo, por meio de movimentos com o
canivete de enxertia, então introduz-se o garfo na fenda, de tal modo
que as camadas das duas partes fiquem em contato em pelo menos um dos
lados. Esse tipo de garfagem é utilizado quando os garfos são de
diâmetros diferentes do porta-enxerto, sendo necessário que pelo menos
um dos lados esteja em contato com os tecidos para que ocorra o processo
de cicatrização e sobrevivência do enxerto.
Fonte da Foto: www.smallkitchengarden.net
Fonte da Foto: www.the-night-gardener.blogspot.com
Fonte da Foto: www.greenhousebed.com
Fonte da Foto: www.starkbros.com
- Já na garfagem em fenda cheia,
a obtenção do garfo é idêntica ao caso anterior. O porta-enxerto é
cortado transversalmente à altura desejada, praticando-se em seguida uma
fenda cheia, do mesmo tamanho do garfo que será introduzido nessa
fenda, de maneira que os dois lados desse garfo coincidam por completo
com o diâmetro do porta-enxerto. Após a introdução do garfo no
porta-enxerto amarra-se com fita ou coloca-se parafina para que o lugar
seja vedado da contaminação do ar (doenças) e facilite a cicatrização do
corte.
Fonte da Foto: www.gardenaction.co.uk
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Fonte da Foto: www.northernpecans.blogspot.com
Fonte da Foto: www.gardenaction.co.uk
4. Alporquia
A alporquia é um método de propagação em
que se faz o enraizamento de um ramo ainda ligado à planta matriz
(parte aérea), que só é destacado da mesma após o enraizamento. O método
consiste em selecionar um ramo da planta, de preferência com um ano de
idade e diâmetro médio. Nesse ramo, escolhe-se a região sem brotação e
faz-se um anelamento, de aproximadamente dois centímetros, retirando
toda a casca (floema) e expondo o lenho. Depois disso, deve-se cobrir o
local exposto com substrato umedecido (fibra de coco ou esfagno) e
envolvê-lo com plástico transparente (para facilitar a visualização das
raízes), cuja finalidade é evitar a perda de água, amarrando bem as
extremidades com um barbante, ficando com o aspecto de um “bombom
embrulhado”. Os fotoassimilados elaborados pelas folhas e as auxinas
pelos ápices caulinares deslocam- se pelo floema e concentram-se acima
do anelamento, promovendo a formação das raízes adventícias nesse local.
Recomenda-se que a alporquia seja feita de preferência na época em que
as plantas estejam em plena atividade vegetativa (primavera), após a
colheita dos frutos, com o alporque mantido sempre úmido. A separação do
ramo que sofreu alporquia da planta matriz depende da espécie e da
época do ano em que foi feito o alporque. Após a separação, o ramo
enraizado deve ser plantado em condicionador de solo com nutrientes e
mantido à meia sombra até a estabilização das raízes e a brotação da
parte aérea. Quando isso ocorrer, as mudas estarão prontas para serem
plantadas no campo. A alporquia é utilizada na propagação de muitas
espécies frutíferas e floríferas, por exemplo, lichia, jabuticaba,
hibiscos híbridos e trepadeira-jade.
Fonte da Foto: www.instructables.com
Fonte da Foto: www.pinterest.com
Fonte da Foto: www.cityplanter.co.uk
Fonte da Foto: www.gardenofeaden.blogspot.com
Fonte da Foto: www.dqfarm.blogspirit.com
5. Mergulhia
Consiste em mergulhar um ramo no solo,
sem separá-lo da planta mãe, com a finalidade de o mesmo regenerar um
novo sistema radicular para depois ser separado. A mergulhia é feita no
solo, vaso ou canteiros, quando os ramos das espécies são flexíveis e de
fácil manejo. O método de mergulhia consiste em enterrar partes de uma
planta, como ramos, por exemplo, com o objetivo de que ocorra o
enraizamento na região coberta. É um processo usado na obtenção de
plantas que dificilmente se propagariam por outros métodos. O
enraizamento ocorre devido ao acúmulo de auxinas (hormônios endógenos)
pela ausência de luz na região enterrada ou coberta, que promove a
formação das raízes adventícias e também pelo aproveitamento do
fornecimento contínuo de água e nutrientes da planta matriz. É muito
importante que o local para a realização da mergulhia esteja isento de
patógenos, pois como é utilizado o solo para o enraizamento, há sempre o
risco de contaminação das novas plantas por doenças e/ou pragas. É
importante colocar um tutor na planta a ser enraizada para que a mesma
cresça ereta. A mergulhia é um método bastante utilizado na obtenção de
porta-enxertos de macieira, pereira e marmeleiro e trepadeira-jade.
Fonte da Foto: www.jury.co.nz
Fonte da Foto: www.agardenforthehouse.com
Fonte da Foto: www.rodalesorganiclife.com
Fonte da Foto: www.boundless.com