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terça-feira, 28 de maio de 2019

Erva de passarinho ameaça árvores na arborização urbana !!




Fonte: site gazeta do povo

 Curitiba tem hoje cerca de 300 mil árvores espalhadas por vias públicas, praças e parques. Dessas, cerca de 10% estão contaminadas com um parasita conhecido popularmente como "erva de passarinho". Aparentemente inofensiva, essa planta se instala nas árvores e passa a se alimentar basicamente de seiva elaborada. Com o passar dos anos, a erva suga toda a energia de sua hospedeira, levando-a à morte. "Se alguma coisa não for feita com urgência, em 20 anos, 80% das árvores de Curitiba irão desaparecer", alerta o professor de propagação e morfogênese de árvores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Flávio Zanette.

Segundo ele, a disseminação da erva acontece por meio dos pássaros – daí o nome erva de passarinho. Eles comem os frutos da parasita, que são mais doces do que os outros, e depois transmitem a praga a outras árvores. A erva alimenta-se dos minerais sugados por sua hospedeira. "É uma planta preguiçosa, que, em vez de buscar seu próprio alimento, suga a seiva pronta. Isso ocasiona um enfraquecimento progressivo da árvore e sua morte", conta o professor.

Gênero específico da família Loranthaceae, a erva de passarinho possui mais de 1,4 mil espécies, distribuídas por regiões tropicais e subtropicais dos hemisférios Sul e Norte. São quatro os gêneros mais freqüentes nas áreas urbanas, porém, ainda não foram identificados quais os que atingem Curitiba. Sabe-se, no entanto, que é um tipo de parasita que não escolhe hospedeiro. "Só não vi na araucária e no pinus. Nas outras espécies, todas", avisa Zanette.



Proliferação

Segundo o professor, o inverno é a época mais propícia para o crescimento e disseminação da planta. "Como ela também pratica fotossíntese, busca luz. No inverno as folhas das árvores caem, facilitando essa procura e colaborando para disseminação." Outro ponto é a carência de comida para as aves nesta época, quando não há frutos, somente os da parasita.

O desconhecimento da população colabora para agravar o problema, já que as pessoas não percebem a proliferação. "Para o leigo, ela é só mais uma parte da árvore. Ele não consegue distinguir a erva e até acha bonito", conta o professor. Ele lembra que a contaminação acontece também em espécies cultivadas em propriedades particulares. "É importante que cada morador verifique, em seu jardim ou bosque, a presença desse parasita e faça sua poda, única forma de controle da erva."

Para descobrir se a árvore está contaminada, basta olhar com atenção: galhos mais longos, que pendem das copas, várias raízes que se agrupam no tronco e pequenos acúmulos de sementes escuras – que se destacam principalmente no inverno – indicam a presença da erva de passarinho. Para Zanette, nenhuma praga é tão séria quanto essa. "É uma planta contra outra", ressalta.



Em média, uma árvore hospedeira leva de cinco a dez anos para morrer. "O interessante é que quando a ela morre, a parasita morre junto, pois não tem mais alimento." Zanette informa que, o problema se acentuou em Curitiba nos últimos quatro anos, fugindo do controle e necessitando, urgente, de ações práticas. "Já tomamos algumas iniciativas para o manejo adequado na área urbana, mas não tivemos sucesso. Precisamos da atenção da população e principalmente dos órgãos públicos, para descobrirmos novos meios de conter essa praga", diz o especialista, que compara o problema à Aids. "Assim como a aids é um problema de desequilíbrio causado por comportamento social. Essa erva representa um desequilíbrio ambiental, já que, em pouco tempo, muitas árvores deixarão de existir.""

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/erva-de-passarinho-ameaca-arvores-9nhiwjalbjvextyhmfl2on70u/

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quarta-feira, 4 de março de 2015

Como controlar a erva-de-passarinho

Chá de erva de passarinho - Benefícios e propriedades

Suplemento Agrícola do Jornal O Estado de São Paulo
Como fazer para combater a erva-de-passarinho,que está infestando árvores do meu jardim? Há algum tipo de herbicida que possa ser usado sem prejudicar as árvores? Qual é a época do ano que a erva produz sementes ? Paulo de Godoy Moreira São Paulo –SP

A recomendação do pesquisador científico Daniel Andrade de Siqueira Franco, do Instituto Biológico (IB-Apta), é a de que o leitor faça a poda dos galhos afetados pela erva-de-passarinho (Struthanthus sp.), pois esta parasita suga a seiva das plantas e, caso não seja retirada, pode provocar a morte das árvores.

Segundo Franco,a poda deve ser realizada no período de inverno, antes da produção de sementes da planta parasita. “Nesta época,as folhas das árvores secam e a praga fica mais visível”, explica. Ele também recomenda fazer a limpeza e raspagem dos galhos afetados que sejam mais grossos e que não possam ser podados, cortados ou eliminados por causa da localização. “Com auxílio de um facão ou ferramenta similar, deve-se remover a parte aérea da parasita e, depois, cortar e raspar todas as raízes da erva-de-passarinho”, diz o pesquisador.

Isso evita que haja uma rebrota da parasita a partir de tecidos aderidos ao galho ou tronco das plantas de interesse. Franco não recomenda a aplicação de herbicida, já que há risco de o produto afetar também as árvores atacadas.

Quanto à época de produção de sementes da erva-de-passarinho, ela varia conforme a espécie da parasita.“ “A produção de sementes depende da época do florescimento da espécie–posso citar a S.vulgarisS.elegansS. flexicaulisS.polyrhizusS.uraguensise, S.polyanthus–e da região onde ela ocorre.

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