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terça-feira, 3 de setembro de 2019

Embrapa ensina como produzir minhocas e húmus em pequenas propriedades

Foto: Thassiane Ubida
Thassiane Ubida - A gigante-africana é uma das espécies mais usadas no Brasil
A gigante-africana é uma das espécies mais usadas no Brasil 

A minhocultura é um processo de reciclagem de resíduos orgânicos (restos de alimentos, folhas, esterco, etc) por meio da criação de minhocas com o intuito de produzir o húmus, um excelente adubo para a atividade agrícola. Pensando em difundir essa tecnologia, que ajuda a diminuir o lixo orgânico nas cidades e no campo, a Embrapa Roraima (Boa Vista, RR) montou, em sua vitrine tecnológica, um minhocário.
O espaço servirá como ponto de transferência de tecnologia para que agricultores e interessados em geral possam conhecer as principais técnicas de criação de minhocas em pequenas propriedades. A iniciativa faz parte do projeto Arcoverde, que busca difundir modelos agrícolas sustentáveis para produtores da Região Norte do Brasil.
Segundo o agrônomo Silvio Levy, a minhocultura é perfeitamente adaptada à pequena propriedade agrícola, pois possui um manejo simples. "Essa atividade tem como produto principal o húmus, que constitui um excelente fertilizante orgânico, capaz de melhorar as características físicas, químicas e biológicas do solo", explica.
Mas a minhocultura não tem apenas essa utilidade. Além de fabricar o poderoso adubo, as minhocas também podem ser utilizadas para a alimentação animal e como isca para a pesca.
Acredita-se que no mundo existam mais de 8 mil espécies diferentes de minhocas. No Brasil, são conhecidas entre 240 e 260 espécies, sendo as mais utilizadas para a produção de húmus as minhocas Vermelha-da-Califórnia e a Gigante-Africana.  Ambas estão sendo usadas no minhocário da Embrapa.
Os interessados em aprender um pouco mais sobre a minhocultura podem entrar em contato com o setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Roraima pelo telefone (95) 4009-7135 e agendar uma visita.

Forneço minhocas e minhocários. agropanerai@gmail.com

Minhocários
Existem vários tipos de minhocários, dos mais simples até os mais caros. Para agricultores familiares, que não pretendem vender comercialmente o húmus produzido, mas apenas utilizá-lo na propriedade, o mais indicado é fazer um minhocário de baixo custo e pouca manutenção.

O folder Minhocultura ou vermicompostagem, da Embrapa Agrobiologia (Seropédica-RJ), mostra os principais aspectos para aqueles que desejam começar uma criação de minhocas e produção de húmus. Entre os pontos abordados estão: local ideal de construção do minhocário, técnicas de criação e manejo, comercialização e as principais fontes de matéria prima para produção de húmus.
Outra publicação da Embrapa que fala sobre a minhocultura para a agricultura familiar é a Circular Técnica Minhocultura e produção de húmus para a agricultura familiar, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), também disponível para download.
Você sabia?
As minhocas não possuem olhos nem ouvidos e por isso seu sentido de direção não é muito bom. Sua movimentação é influenciada por células sensíveis à luz que existem em sua pele. Em geral, evitam a luz direta do sol, preferindo os ambientes sombreados e mais úmidos. Contudo, as minhocas não toleram ambientes encharcados, pois sua respiração é feita pela pele. Em lugares onde há acúmulo excessivo de água, a tendência é de haver pouco oxigênio. Nestes casos, é comum vermos as minhocas saindo do solo para procurar locais mais secos.
Clarice Rocha (MTb 4733/PE)
Embrapa Roraima


Contatos para a imprensa

Telefone: (95) 4009-7114
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Sementes de girassol: descubra os benefícios

Fonte: http://www.ecycle.com.br/index.php
semente de girassol
Além de serem baratas e encontradas com relativa facilidade em mercados, as sementes de girassol são ricas em nutrientes que fazem bem para o nosso organismo. Confira na lista abaixo os benefícios das sementes de girassol:

Aliviam o estresse:

Por conterem magnésio, as sementes de girassol acalmam, aliviam estresse e enxaquecas. As sementes também contêm triptofano e colina, que ajudam no combate à ansiedade e à depressão; a colina também melhora a função cerebral e auxilia a memória.

Combatem o câncer:

As sementes de girassol têm selênio que previnem câncer, aumentando a reparação do DNA e impedindo a multiplicação de células cancerosas. O óleo de girassol também é rico em carotenoides que ajudam no controle de danos celulares, evitando o risco de desenvolvimento de cânceres de pulmão, de pele e de útero.

Reduzem o risco de infecções em bebês:

As sementes de girassol reduzem o risco de infecção em lactantes e previnem distúrbios como o parto prematuro e baixo peso ao nascer. Bebês prematuros têm mais chances de desenvolverem infecções por conta de seus órgãos subdesenvolvidos.

Previnem o envelhecimento precoce:

A vitamina E presente nas sementes de girassol ajuda na prevenção dos danos dos radicais livres à pele e danos causados pelo sol; previne também as cicatrizes e aparência de rugas. O betacaroteno presente nas sementes de girassol torna a pele menos sensível ao sol e outros oxidantes presentes protegem a pele de danos ambientais, evitando sinais de envelhecimento.

Têm propriedade hidratante:

O óleo de semente de girassol age como hidratante.

Previnem a perda de cabelo:

As sementes de girassol contêm vitamina B6, que previne a perda de cabelo, pois aumenta o suprimento de oxigênio para o couro cabeludo.

Estimulam o crescimento de cabelo:

Por conterem zinco, as sementes de girassol promovem o crescimento do cabelo. A vitamina E também estimula o crescimento do cabelo pois aumenta a circulação sanguínea para o couro cabeludo, porém deve ser consumida com moderação (excesso de zinco e vitamina E pode causar perda de cabelo).

Hidratam o cabelo:

óleo de semente de girassol possui ácidos graxos ômega 6 que evitam o desgaste do cabelo, sendo um hidratante natural.

Protegem a pele:

A vitamina E presente nas sementes de girassol ajudam a proteger a pele dos raios ultravioletas prejudiciais e proporciona uma pele brilhante e jovem.

Ajudam na manutenção da pele:

O cobre presente nas sementes de girassol mantêm a pele saudável e a protege contra os raios ultravioletas.

Combatem acne e problemas de pele:

O óleo de semente de girassol possui ácidos graxos essenciais, como os ácidos linoleico, palmítico, esteárico e oleico, estimulando a formação de colágeno e elastina e tornando a pele macia e suave. Os ácidos graxos têm propriedades antibacterianas que protegem a pele de bactérias, reduzindo a acne. O óleo de semente de girassol pode aliviar eczemas e dermatite, protege também a pele de bebês nascidos prematuramente, reduzindo os riscos de infecção de pele.

Previnem danos de radicais livres:

A vitamina E presente nas sementes de girassol é um antioxidante solúvel em gordura que neutraliza os radicais livres e os impede de danificarem as células cerebrais, as membranas celulares e o colesterol - ajuda também a manter a circulação sanguínea e a produção de glóbulos vermelhos.

Promovem a formação de células:

O girassol contém ácido fólico, essencial para a produção de um novo DNA, que é necessário para a formação de novas células. O óleo e a semente de girassol são muito recomendados para o consumo das mulheres grávidas por este motivo.

Previnem a artrite:

O óleo de semente de girassol reduz os sintomas da artrite, além de prevenir e ajudar no tratamento da artrite reumatoide.

Previnem a asma:

A semente de girassol ajuda a prevenir a asma e sintomas relacionados.

Previnem a catarata:

Por ser rica em carotenoides, a semente de girassol ajuda na prevenção de cataratas. O óleo contém vitamina A, que ajuda na saúde ocular.

Previnem a osteoporose:

As sementes de girassol contêm proteínas que ajudam na reparação do tecido muscular e auxiliam em várias funções enzimáticas do corpo. A proteína também é essencial para o desenvolvimento ósseo e, por conta disso, previne a osteoporose, ajudando no desenvolvimento adequado da matriz óssea, auxiliando na força óssea.

Ajudam na digestão:

Por conter um alto teor de fibras dietéticas, a semente crua de girassol pode ajudar na digestão e curar a constipação.

Previnem doenças cardiovasculares:

A vitamina C, presente nas sementes de girassol, ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares e a vitamina E impede que os radicais livres oxidem o colesterol. Se oxidado, o colesterol adere às paredes dos vasos sanguíneos e provoca aterosclerose, que pode levar a ataques cardíacos, artérias bloqueadas ou AVC.

Reduzem o colesterol:

A semente de girassol tem um alto teor de fitoesteróis, fibras ou compostos que reduzem o colesterol.

Aliviam a congestão no peito:

A semente de girassol serve como remédio natural para ter alívio da congestão do peito.

Produzem energia:

As sementes de girassol contêm a vitamina B1, que estimula os catalisadores celulares ou enzimas para reações químicas, sendo requerido pelo corpo para derivar energia dos alimentos. Os girassóis contêm cobre, que ajudam na produção de energia a nível celular.

Mantêm o sistema imunológico saudável:

Por conter zinco, as sementes de girassol ajudam a manter o sistema imunológico saudável, sendo úteis também na cicatrização de feridas, além de manterem afiados os sentidos olfativo ou degustativo.

Mantêm o sistema digestivo saudável:

A semente de girassol contém vitaminas B, que são essenciais para um sistema digestivo saudável e para a produção de energia.

Relaxam os nervos:

Por conter magnésio, as sementes de girassol fazem com que nossos nervos fiquem relaxados.

São fontes de antioxidantes:

Antioxidantes como o selênio e a vitamina E estão presentes na semente de girassol - eles impedem ou limitam o dano oxidativo às células, protegendo de doenças como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Descubra 10 motivos para incluir a goji berry na sua dieta


 

Foto: Reprodução
Você certamente já deve ter ouvido falar na goji berry. É a sensação do momento nas dietas. É uma fruta que cresce em arbustos e tem origem no sul da Europa e da Ásia (principalmente China, Mongólia e nas montanhas do Himalaia).

A seguir, confira as dicas da nutricionista Bárbara Riboldi, da Clínica Nutrissoma.
Por que a goji berry faz tanto sucesso?
Ele se destaca por ter várias propriedades benéficas à saúde. É uma fruta rica em aminoácidos, vitaminas, minerais, ácidos graxos insaturados, antioxidantes e polissacarídeos. É um pouco calórica: uma colher de sopa tem 50 calorias.
Por que ela é considerada um superalimento?
É o nome que se dá aos alimentos que têm uma incrível variedade de benefícios à saúde, que vão muito além do seu valor nutritivo. Esses alimentos normalmente contém uma combinação de ácidos graxos essenciais, fitoquímicos, antioxidantes e aminoácidos essenciais.
A goji berry possui uma grande quantidade de nutrientes antioxidantes. Por isso, é considerada um superalimento. Nela encontramos 18 aminoácidos, elevadas concentrações de vitamina A (beta-caroteno), B1, B2, B6 e vitamina E. É a fruta com maior quantidade de vitamina C (tem muito mais do que a laranja, por exemplo), ricas em ferro, polissacarídeos e fitoquímicos, sendo os destaques a luteína e zeaxantina.

Foto: Divulgação
10 benefícios da goji berry
1 - Rica em polissacarídeos, que impedem a absorção de patógenos intestinais (imunidade)
2 - Rica em vitaminas do complexo B que auxiliam na constituição de células protetoras (imunidade)
3 - Rica em arginina e glutamina, que auxiliam na liberação do hormônio do crescimento (interessante para quem quer ganhar massa magra)
4 – Potente estimulante, auxilia no aumento no nível de energia e na capacidade de concentração
5 – Pela ação estimulante, também pode ajudar na redução da fadiga e do estresse
6 – Sua ação antioxidante promete benefícios na prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes
7 – Rica em fitoquímicos (carotenoide, zeaxantina, luteína e antocianina) que atuam como substâncias anticancerígenas
8 – Os carotenoides são substâncias que previnem o envelhecimento da pele
9 – A zeaxantina e a luteína são substâncias que atuam na proteção dos olhos
10 – Por conter triptofano, um precursor de serotonina, seu consumo está associado ao bom-humor, alegria e satisfação
11 – Pela presença de beta-sisterol, que tem ação anti-inflamatória, ajuda a equilibrar os níveis de colesterol
A fruta ajuda a emagrecer?
Até o momento não foram realizados estudos que comprovem um efeito emagrecedor da goji berry. Ela tem potente ação estimulante, pode auxiliar no estímulo à prática de atividades físicas e, consequentemente, causar emagrecimento.
Como podemos encontrar o goji no mercado?
Há três formas de encontrá-la: na forma in natura (por ser importada, é bem raro de encontrar nos mercados), desidratada (em lojas e empórios especializados em produtos naturais) e na forma de suplementos, em cápsulas ou em pó (em farmácias de manipulação).
Qual a variação mais indicada para incluir na dieta?
A fruta desidratada não apresenta perda de nutrientes, além de ter poucas calorias e ser de fácil consumo durante o dia. Muitos estudos têm demonstrado que o efeito de consumir um suplemento com os princípios ativos benéficos das frutas e vegetais não trazem o mesmo benefício do que consumir a fruta em si. Nela, encontramos um pool de nutrientes e substâncias benéficas, algumas ainda desconhecidas.

Foto: Caco Konzen
Qual a quantidade diária recomendada?
Duas colheres de sopa ao dia ou 150 ml de seu suco. Ela pode ser incluída no lugar de outra fruta, preferencialmente pela manhã.
Podes dar dicas de como consumir?
Podemos misturá-la a outras frutas, assim como a iogurtes, cereais, saladas ou batidas e sucos. Seu sabor é levemente amargo. Se consumido com iogurte, pode ser mais saboroso. Evite adicionar açúcar.
Existe alguma contraindicação?
Alguns estudos nos Estados Unidos apontaram que o consumo excessivo de chás com goji berry tem ação inibitória da warfarina (medicação utilizada para evitar trombose). Seu consumo não é recomendado para quem faz uso dessa medicação.
Supõe-se que alguma substância da fruta interaja com o P450 – local no fígado onde muitos medicamentos são metabolizados. Seu consumo não é indicado para quem faz uso de medicações importantes para o controle glicêmico e de pressão, por exemplo. Recomenda-se o consumo distante do uso das medicações diárias.
Superdica da nutri
Para aqueles que buscam incluir a fruta na sua alimentação, minha dica é inclui-la pela manhã ou antes de ir para academia.
Experimente: um iogurte natural desnatado + uma colher de sopa de goji berry + 1 colher de sopa de mel + 1 colher de sopa de granola + uma colher de sopa de linhaça ou chia. Fica uma delícia!
RECEITAS
1) Mousse de goji berry
Ingredientes
½ xícara de chá de goji berry desidratada
1 pote de iogurte natural desnatado
1 caixinha de creme de leite light
1 envelope de gelatina sem sabor
½ xícara de chá de leite desnatado
5 colheres de sopa de adoçante em pó para forno e fogão
Modo de preparo
Coloque a goji berry de molho em água morna por 30 minutos. Dissolva a gelatina em 300 ml de água morna, e misture a goji berry hidratado e 3 colheres do adoçante. Reserve.
Bata os demais ingredientes na batedeira até atingir uma mistura homogênea.
Distribua as duas misturas em camadas, em taças, deixe na geladeira por 2 horas. Sirva gelado.

Foto: Stock.Xchng
2) Chá de goji berry
Ingredientes
100 ml de água filtrada
1 colher de folhas para chá vermelho
2 colheres de chá de goji berry desidratadas secas
Modo de preparo
Leve a água para ferver. Em uma xícara junte o chá com as Goji berries, acrescente a água fervendo e deixe repousar de 3 a 5 minutos. Coe e sirva quente.
3) Salada de goji berry
Ingredientes
2 maçãs picadas
3 colheres de sopa de amêndoas em lâminas ou nozes picadas
1 colher de sopa de sementes de girassol
3 colheres de sopa de goji berry desidratadas
½ pote de iogurte natural desnatado
Modo de preparo
Misturar todos os ingredientes e manter na geladeira até a hora de servir.

fonte: blog barra de cereal

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Conheça mais sobre as Pancs – Plantas Alimentícias Não Convencionais

Fonte: blog plantei

      Elas são facilmente encontradas na natureza, não fazem parte do cardápio diário da maior parte das pessoas, não costumam ser encontradas em mercados convencionais e abrangem desde plantas nativas e pouco usuais até exóticas ou silvestres com uso alimentício direto (na forma de fruto ou verdura) e indireto (amido, fécula ou óleo). Estamos falando das Pancs. As Plantas Alimentícias Não Convencionais.
      Elas não são transgênicas e, na maior parte dos casos, são orgânicas.
      A alta resistência das Pancs faz com que elas sejam encontradas em quase todos os lugares, pois são nativas de cada região. Elas crescem espontaneamente em qualquer ambiente.
      No mundo todo, a riqueza de plantas alimentícias foi estimada em 75 mil espécies em 1991, pelos ambientalistas Kenton Miller e Laura Tangley, autores do livro “Trees os Life: Saving Tropical Forests and Their Biological Wealth”. No entanto, apesar de serem tão comuns, ainda são poucos os que percebem sua função alimentar.
      Muitas são consideradas pragas que descartamos. Puro desconhecimento. Perdemos assim o alto valor nutritivo destas espécies.
      Mas nem sempre foi assim. Muitas Pancs costumavam ser consumidas por nossos antepassados. Porém, devido à pouca diversidade da agricultura convencional, que limita a dieta contemporânea a poucas espécies como o trigo e arroz, e também devido ao afastamento do homem com o contato da natureza e da produção de seus alimentos, elas foram sendo eliminadas de nosso cardápio.
      A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que o número de plantas consumidas pelo homem caiu de 10 mil para 170 nos últimos cem anos, devido aos interesses comerciais da agroindústria.
      Em 2014 foi lançado no Brasil o livro “Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc) – Guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas” de Valdely Kinupp e Harri Lorenzi. A publicação trouxe à tona (novamente) a utilização destas plantas.
      No livro estão catalogadas 351 espécies consumidas no passado ou em alguma região do país e do mundo, com imagens para facilitar sua identificação, além de informações sobre seu uso culinário e receitas.
      A obra tem sido considerada o grande manual para um número crescente de adeptos da alimentação orgânica e saudável.
      As Pancs ainda estão distantes da maioria dos brasileiros, no entanto, algumas delas já fazem parte de pratos da alta cozinha, por meio das mãos de chefs como Alex Atala, Helena Rizzo e Paola Carossela. Esta última é uma entusiastas destes ingredientes na alimentação, pesquisando muito sobre o tema para usar em seu próprio restaurante. Considerado um dos melhores restaurantes do mundo, o paulista Maní, de Helena Rizzo, oferece uma sobremesa de mil folhas com creme de caule (rizoma) de lírio e sorbet de flores de lírio-do-brejo. Este último ingrediente é o não convencional: perfumado e delicado, encantou a chef em 2014, quando ela o descobriu em uma incursão pela mata no litoral norte de São Paulo.
      Vegetais como o taiá, a vinagreira e a bertalha foram substituídos, na alimentação dos brasileiros por espécies como a couve, a rúcula e a alface. Porém, o que é uma planta comestível pouco difundida em um lugar, pode ser uma verdura tradicional em outra parte do mundo.
      A rúcula por exemplo, era considerada uma erva daninha até pouco tempo atrás. Hoje, é uma de nossas saladas mais básicas, conforme explica o especialista em cultura culinária e gastronômica e sociólogo Carlos Alberto Dória.
      Também podemos considerar Pancs plantas que são comuns, das quais fazemos uso apenas de uma parte, sem levar em conta que outras também podem ser consumidas. É o caso da bananeira, que, além do fruto, pode ter os mangarás (corações ou umbigo) e os frutos aproveitados.
      O desconhecimento sobre as Pancs priva o paladar de experiências muitas vezes saborosas – e o organismo, do acesso fácil a uma série de nutrientes necessários para a manutenção da saúde. Isso porque muitas destas plantas têm mais nutrientes (como o ferro) do que os convencionais.
      Listamos algumas Pancs que você pode conferir abaixo.
      Atenção: as Pancs podem estar no seu quintal, em hortas, terrenos baldios e até nas calçadas da cidade.
      É importante saber que algumas Pancs não podem ser consumidas cruas e outras plantas não podem ser consumidas de maneira alguma.
Bertalha
      Trepadeira com folhas e caules verdes, carnosos e suculentos. Tem aparência similar à do espinafre. É rica em vitamina A, além de oferecer outros nutrientes como vitamina C, cálcio e ferro. As folhas e os ramos novos devem ser consumidos logo após a colheita, refogados ou em substituição ao espinafre e à couve, ou em omeletes, quiches e tortas. Crua, pode ser ingerida junto a saladas verdes. Se preferir prepará-la em uma sopa, deixe para acrescentá-la por último, pois a bertalha não deve ser cozida em excesso.
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Foto: hortas.info
Beldroega
      De crescimento espontâneo em muitas partes do mundo, adapta-se a diversos tipos de clima, mas requer que o sol incida diretamente sobre ela. Suas folhas e ramos podem ser consumidos crus, em saladas. Quando cozidos, servem de ingrediente para pratos refogados e assados, além de sopas. Suas sementes também podem ser ingeridas – a sugestão é acrescentá-las a uma farinha de cereal depois de moídas. É rica em ácidos graxos ômega-3 e seu sabor tende a variar de acordo com a forma de cultivo.
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Foto: hortas.info
Taioba
      Comestíveis e saborosas, as folhas desta planta já foram bastante apreciadas na culinária mineira, mas acabaram sendo esquecidas ou substituídas com o passar do tempo. Os motivos sobram para voltar a adotá-la como fonte alimentícia, e não apenas para os mineiros. É rica em vitaminas A, B, C e em minerais como cálcio e fósforo. A abundância de ferro faz com que a sabedoria popular lhe atribua a cura da anemia. Uma dica é prepará-la refogada. Por conter ácido oxálico, a planta crua pode causar irritação na boca. Mas, atenção! Existem muitas plantas da família das Araceas, muito parecidas com a taioba, porém não comestíveis. A planta cresce melhor na sombra e em locais úmidos.
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Foto: g1.globo.com
Jacatupé
      Planta rústica e de cultivo simples, adapta-se facilmente a diferentes regiões brasileiras e é conhecida, também, como feijão-batata. Grande fonte de proteínas, chegou a ser comercializada em mercados, mas desapareceu devido ao consumo de vegetais convencionais. As raízes são sua parte comestível e podem ser preparadas cruas ou cozidas.
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Foto: cozinhas-do-brasil.blogspot.com.br

Dente-de-leão
      Essa planta cresce naturalmente em várias regiões do Brasil (e do mundo inteiro) e há outros motivos para incluí-la na dieta: o dente-de-leão selvagem tem sete vezes mais fitonutrientes do que o espinafre, além de ser grande fonte de vitaminas A e C. Suas folhas podem dar origem a pratos refogados e cozidos, além de saladas. O consumo também pode se estender às flores. Algumas pessoas utilizam as raízes torradas e moídas como um substituto ao café.
dente de leão
Serralha
      Para encontrá-la, preste atenção a locais perto de cercas e de muros, em quintais e em terrenos baldios. A serralha é fonte de vitaminas A, D e E. Desenvolve-se em quase todo o mundo pode servir de insumo para a preparação de saladas e de receitas cozidas. Seu sabor é amargo e lembra o do espinafre.
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Foto: matosdecomer.com.br
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      Uma das mais conhecidas entre as não-convencionais, é encontrada em abundância especialmente no Sudeste, mas está presente também em outras regiões. Trepadeira, desenvolve-se em vários tipos de solo e de clima, é de fácil cultivo e tem alto valor nutricional. É rica em vitaminas A, B e C, fibras, fósforo e fósforo. As folhas são sua parte comestível, podendo ser consumidas secas ou frescas, cruas ou cozidas, e até acrescentada a massas de pães. Mas, há receitas que utilizam suas flores também.
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Foto: beneficiosnaturais.com.br
Hibisco (Vinagreira)
      Arbusto vigoroso, está entre as maiores fontes de ferro do reino vegetal – possui quase o dobro que o espinafre. Tem como partes comestíveis as folhas jovens e as pontas dos ramos – experimente e veja que o sabor ácido justifica o seu nome. A flor e as sementes também podem ser consumidas. Prepara-se a vinagreira crua, refogada ou cozida.
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Foto: hortas.info
Peixinho
      Você já ouviu falar em peixinho que dá na terra? Pois há uma hortaliça que é conhecida como lambari da horta. Ela veio da Europa e da Ásia, mas se adaptou muito bem ao Brasil. Em Minas Gerais, é mais comum em regiões de clima ameno. Na Europa, as pessoas a usam mais para decoração. O peixinho é bem fácil de plantar, com semente ou muda. Cresce melhor em climas mais secos. E também faz sucesso na culinária. As folhas refogadas e fritas é um dos melhores petiscos. A folha é muito suculenta e por tal motivo, realmente lembra a textura de um peixinho.
peixinho
Foto: vomindoca.blogspot.com.br
Capeba
      As folhas de capeba são ovaladas, arredondadas ou em forma de rim. Usa-se a folha para o preparo de charutos recheados com carne, cenoura e temperos. Quando cozidas, têm gosto de pimenta do reino.
caapeba
Foto: planetasustentavel.com.br
Fonte / Material de apoio – Teia Orgânica

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