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quarta-feira, 19 de junho de 2019

A importância de se podar as plantas no inverno

Cuidar das plantas no inverno é ter mais flores e frutos na primavera e verão.
por Rosalba da Matta Machado
Fonte: site

As plantas no inverno apresentam algumas particularidades. Muitas delas entram em dormência, uma espécie de repouso visando poupar energia para tempos mais fartos e agradáveis. Em botânica, a dormência é definida como estado vegetativo desencadeado pela diminuição da temperatura e luminosidade, alterando fisiologicamente e estruturalmente determinadas espécies, inibindo a reprodução e crescimento, evitando com isso a perda de água e energia durante períodos desfavoráveis à sua sobrevivência.

Nos jardins e pomares esta é a hora para realizar dois tipos principais de poda: a poda de limpeza e a poda de formação.

A poda de limpeza é aquela na qual retiramos galhos, ramos, folhas, flores secas e doentes. É uma poda  de toda importância: além de deixar as plantas com melhor aspecto, é através desta pratica cultural que evitamos a proliferação de doenças.

A poda de formação por sua vez, como o próprio nome diz, proporciona a forma desejada da planta.

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No caso das cercas-vivas, logo após o plantio, faz-se a primeira poda de formação com uma tesoura ou aparador de cerca-viva. Este procedimento inibe a dominância apical através da redução do hormônio responsável pelo crescimento do ramo principal e aumenta a síntese de hormônios nas gemas axilares favorecendo a brotação de ramos laterais para tornar a planta densa, com mais folhas.

Na plantas ornamentais, a poda de formação do tipo topiaria define o formato da planta, como ocorre nos buxinhos (Buxus semprevirens) podados em forma esférica. Já nas roseiras, a poda, além de ajudar no controle fitossanitário, favorece a brotação e a floração.

Nas frutíferas, a poda de formação propicia a entrada de luz visando favorecer a frutificação e a própria formação da planta, desde o plantio.

Mais específicas e nem sempre realizadas no inverno existem também as podas de rejuvenescimento e as de produção.

Cada espécie tem o momento ideal e a forma correta de ser podada. A poda da videira na sua formação, por exemplo, determina que sejam mantidos apenas dois ramos, chamados de “braços” que a deixarão com aspecto de espinha de peixe facilitando os tratos culturais, o manejo e a colheita.
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Para bons resultados, devem-se utilizar as ferramentas adequadas para cada tipo de planta e poda.

Muito importante é o cuidado com a cicatrização dos ramos podados. É a maneira de se evitar doenças.

Uma medida simples é passar cola para madeira nos cortes. Ao impermeabiliza-los, evitamos a desidratação das plantas e a sua contaminação por fungos.

Cuidar das plantas no inverno é ter mais flores e frutos na primavera e verão.

*Rosalba da Matta Machado é formada em Engenharia Agronômica pela Universidade de Brasília e possui especialização na área de paisagismo. Com expertise de mais de 15 anos no mercado, já atuou em vários estados brasileiros em projetos de jardins para áreas residenciais, rurais comerciais e governamentais.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Poda verde ou de verão

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A poda verde ou de verão é realizada quando a planta está vegetando, ou seja, durante o período de vegetação, florescimento, frutificação e maturação dos frutos e destina-se a arejar a copa, melhorar a insolação, melhorar a qualidade e a coloração dos frutos, manter a forma da copa pela supressão de partes da planta e diminuir a intensidade de cortes na poda de inverno. É também executada em plantas perenifólias (com folhas permanentes) como as cítricas, abacateiro, mangueira.

A poda verde consiste em diferentes operações, tais como: desponte, desbrota, desfolha,
esladroamento, incisões e anelamentos, desbaste, desnetamento.

Desponte tem por finalidade frear o crescimento de determinados ramos em comprimento, de modo a propiciar o desenvolvimento de ramos inferiores.

Desbrota é a supressão de brotos laterais improdutivos, ou seja brotos inúteis, que se desenvolvem à custa das reservas, em detrimento do florescimento e da frutificação.

Esladroamento os ramos que nascem da madeira velha (do porta-enxerto, por exemplo) são denominados de ramos ladrões, e não apresentam nenhuma vantagem, pois exaurem as substâncias nutritivas da planta, perturbando seu desenvolvimento. Devem ser eliminados. Só não o são quando as plantas encontram-se em decrepitude e, neste caso particular, eles são utilizados para revigorar a árvore.

Desfolha é a supressão das folhas com diversas finalidades:
melhor iluminação e arejamento das flores ou dos frutos,
 eliminação de focos de doenças e pragas iniciadas na folhagem,
 é um recurso que melhora a coloração de frutos, 
assim com a eliminação do excesso de folhas, 
principalmente daquelas que recobrem os frutos, que necessitam de luz para adquirir coloração (pêra, maçã, ameixa e kiwi).

Incisões e anelamentos é o descasque circular, ou seja, remoção de um anel de casca da
base dos ramos novos, têm por finalidade interromper a descida e com isso a retenção da seiva elaborada próximo à sua gema ou ao seu fruto.

Desbaste é a supressão de certa quantidade de frutos de uma árvore, antes da maturação
fisiológica destes, assim proporcionar melhor desenvolvimento aos frutos remanescentes.
Dentre as finalidades do desbaste pode-se citar: melhorar a qualidade dos frutos (tamanho, cor, sabor e sanidade); evitar a quebra de ramos (superprodução); regularizar a produção; eliminar focos de pragas e doenças; reduzir as despesas com colheita de frutos imprestáveis (defeituosos, raquíticos e doentes).


Emprega-se normalmente o desbaste para o pessegueiro, a macieira,a pereira, a goiabeira, videira(uvas de mesa), etc., por estar o tamanho de seus frutos ligado a uma maior cotação e, em alguns casos, na tentativa de eliminar a produção alternada e manter a árvore com produção anual quase idêntica. Esse processo pode ser praticado em
mangueira, macieira e pereira.

O desbaste é feito à mão quando o fruto ainda se encontra em desenvolvimento inicial e não atingiu 2 cm de diâmetro.

Desnetamento é uma poda verde aplicada às videiras, consiste em aparar com a unha, ou
simplesmente arrancar, os ramos secundários que nascem lateralmente do ramo principal e quesão chamados de netos.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Como, Quando e Porque Podar suas árvores frutíferas?



Com a chegada do frio, o agricultor precavido sabe que está chegando a hora correta. Começa a amolar as ferramentas, limpa as lâminas impregnadas de ferrugem por estarem guardadas desde o ano anterior, engraxa a mola da tesoura e afia o serrote. O ritual do corte está para começar. Todo ano é a mesma coisa. Mas porque fazer ? Por que deixar esse ao aquele ramo ? Qual o verdadeiro objetivo da Poda ? Devo ou não devo cortar ?

Essas são perguntas que mais ouvimos desde um simples possuidor de uma fruteira de fundo de quintal até um grande fruticultor. Mas quais são as finalidades desta habilidosa arte milenar, a poda, que dela depende em grande parte a explosão da vida na primavera que virá a seguir, a fartura e a qualidade da colheita de qualquer pomar.

Muito embora seja praticada para dirigir a planta segundo a vontade do homem, como no campo da estética em algumas árvores, arbustos e jardins ornamentais, em fruticultura, ela é utilizada para regularizar a produção e melhorar a qualidade dos frutos.


A poda é umas das práticas culturais mais antigas realizadas em fruticultura que, juntamente com outras atividades não menos importantes, torna o pomar muito mais produtivo.


Alguns autores chegam a citar a poda como uma espécie de bisavó da enxertia e da hibridização, citando que foi um jumento que, devorando os sarmentos de uma videira, deu aos nauplianos a idéia de podá-la. Verdade ou não, o fato é que ela se tornou imprescindível no manejo de pomares frutíferos, principalmente.


CONCEITOS E IMPORTÂNCIA DA PODA:


Existem diversos conceitos para o termo poda dentre os quais:

- É o conjunto de cortes executados numa árvore, com o objetivo de regularizar a produção, aumentar e melhorar os frutos, mantendo o completo equilíbrio entre a frutificação e a vegetação normal;
- É a arte e a técnica de orientar e educar as plantas, de modo compatível com o fim que se tem em vista;
- É a técnica e a arte de modificar o crescimento natural das plantas frutíferas, com o objetivo de estabelecer o equilíbrio entre a vegetação e a frutificação.
- É a remoção metódica das partes de uma planta, com o objetivo de melhorá-la em algum aspecto de interesse do fruticultor.


Poderíamos continuar com vários conceitos, mas como podemos notar, tudo se resume em cortar para direcionar e equilibrar. Com uma boa filosofia de interpretação, podemos até considerar a poda como uma autêntica cirurgia. Quando a decisão foi de podar, é porque todos os parâmetros indicaram que ela é necessária. Mas qual é a importância de se podar ?


A importância de se podar varia de espécie para espécie, assim poderá ser decisiva para uma, enquanto que para outra, ela é praticamente dispensável. Com relação à importância, as espécies podem ser agrupadas em:

- Decisiva: Videira, pessegueiro, figueira.
- Relativa: Pereira, macieira, caquizeiro.
- Pouca importância: Citros, abacateiro, mangueira.


O podador, deverá fazer uso de seus conhecimentos e habilidades, onde um gesto seguro reflete a convicção de quem acredita que a interferência humana é imprescindível para modelar um pomar. Na natureza, as plantas crescem sem qualquer modelamento, buscam sempre a tendência natural de crescerem em direção à luz, tomando a forma vertical, e com isso perdem a regularidade de produção.


Toda a importância da arte de usar a tesoura, não está em simplesmente cortar esse ou aquele ramo, dessa ou com aquela espécie. Cada fruteira tem o seu hábito específico de frutificação, tendo conseqüentemente, exigência muito diversa quanto à poda. E quanto a isso, devemos então entender o básico de como funciona a planta frutífera, para adaptarmos a cada espécie que pretendemos podar. Com citamos anteriormente, o podador assemelha-se a um cirurgião, e como tal, não opera sem entender como funciona o organismo que ele está lidando.

sábado, 18 de junho de 2016

Cultivando frutas no jardim. POMAR DOMÈSTICO

 Texto da Eng.Agr.Miriam Stumpf.



Cultivo de frutiferas Lembranças de infância de subir na laranjeira ou jabuticabeira para pegar frutas?
Retirar do pé e comer, mesmo sem lavar, nada fazia mal e a gente nem se preocupava com isto, somente em espiar e ver se a goiaba não tinha bichinhos caminhando.

O tempo passou, lugares com quintais grandes diminuiram e somente no interior ainda é possível achar pomares domésticos com produção para a família.
Para quem possui o desejo de fazer do seu espaço um local aprazível, belo e de repente produtivo, estamos trazendo a idéia para dar início a este desejo.

Vamos fazer um pomar! Para a família saborear frutas produzidas sem agrotóxicos, amadurecidas no pé, com mais sabor. Para fazer doces, geléias e sucos das frutas colhidas em casa.


O que é preciso para fazer um pomar caseiro?
Para iniciar um pomar, devemos pensar em diversos fatores antes de sair a comprar mudas.
Primeiro, se estará disposto a cuidar do pomar, mantendo as plantas sadias e produtivas, limpando o terreno de inços e frutas caídas.

Nada mais triste que um pomar abandonado, com as plantas sem regas e doentes, com insetos, frutas apodrecidas no chão e o mato tomando conta de tudo.
Depois em fatores externos, como clima, luminosidade, solo e água disponível.

O fator clima na escolha das frutíferas

Vamos estudar o clima da região. Isto determinará que tipo de árvore frutífera iremos plantar.
As espécies de clima tropical não podem ser cultivadas em regiões de invernos frios e sujeitos às geadas.

As frutíferas de clima temperado necessitam de um período de temperaturas mais baixas no inverno para que entrem em dormência, que é o seu repouso vegetativo para depois voltarem a se desenvolver, florescer e frutificar.
Então, o que é importante conhecer: temperatura, umidade relativa, luminosidade e ventos.
As plantas frutíferas são separadas em grupos de clima tropical, subtropical e temperado.
Cada um deles tem exigências diferentes para crescimento, florescimento e frutificação.

Quer saber mais sobre pomar doméstico?
abraço
alexandre panerai

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