O objetivo da adubação orgânica é manter ou aumentar a fertilidade do solo e da sua atividade biológica. Devemos “nutrir o solo para alimentar a planta”. Adubar não é simplesmente fornecer nutrientes para as plantas. Adubar é uma ação global que tem como objetivos simultâneos melhorar a fertilidade e a saúde do solo e garantir a nutrição das plantas. A adição de adubos orgânicos melhora, consideravelmente, as características físicas e biológicas do solo.
É o produto resultante da decomposição da matéria orgânica digerida pelas minhocas. É a forma mais decomposta de matéria orgânica, o que facilita a sua degradação por micro-organismos do solo e facilita a liberação de nutrientes. Entre suas qualidades estão:
– Bons teores de macronutrientes (nitrogênio, potássio, fósforo, enxofre, cálcio e magnésio) e especialmente de micronutrientes (cobre, molibdênio, zinco, ferro, e cloro)
– Durante seu processo digestivo as minhocas promovem um aumento da população de micro-organismos, principalmente bactérias benéficas, sendo o húmus de minhocas uma excelente fonte de micro-organismos para o solo.
– Não tóxico para as plantas, os animais e o homem.
– Proporciona um equilíbrio nutricional às plantas, pois as substâncias que contém são liberadas lentamente.
– Antecipa e prolonga os períodos de florada e frutificação das plantas.
Produto da agricultura natural japonesa, o Bokashi é um fermentado com organismos vivos que acelera a decomposição da matéria orgânica, colocando a disposição das plantas minerais importantes ao seu desenvolvimento. É um recurso que associado a práticas de incorporação de matéria orgânica, auxiliando o processo de recuperação da vida do solo e da sua fertilidade.
Melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo, proporcionando às plantas as condições ideais para o pleno desenvolvimento. Favorece o ambiente para que as raízes e microrganismos se beneficiem mutuamente. As raízes, além de absorver nutrientes do solo, secretam substâncias nutritivas, sendo que esta secreção ocorre na rizosfera, onde os microrganismos atuam. Estes por sua vez, absorvem substâncias de difícil assimilação e as transformam em substâncias assimiláveis pelas plantas, proporcionando uma nutrição equilibrada e fortalecendo aplanta contra o ataque de pragas e doenças.
O fino de carvão é uma forma bastante estável da matéria orgânica do solo utilizado na composição de substratos orgânicos. É um material poroso, o que permite aumentar a capacidade de retenção de água e de absorção de compostos orgânicos solúveis. Facilita a proliferação de organismos benéficos, além de possuir em sua composição elementos minerais como: magnésio, boro, silício, cloro, cobre, manganês, molibdênio e, principalmente, potássio.
No Brasil, um exemplo do efeito benéfico do carvão são os solos da Bacia Amazônica chamados Terra Preta de Índio . Eles teriam sido produzidos com a combinação de carvão vegetal, cerâmica e matéria orgânica de origem vegetal e animal.. Se estima que a produtividade dos solos pretos é 15% maior do que os outros solos.
É um produto oriundo de ossos bovinos que são incinerados a mais de 500 graus de temperatura até a queima total. Após um período de resfriamento estas cinzas são moídas.
A farinha de ossos é um adubo orgânico rico em fósforo e cálcio, elementos essenciais ao crescimento, floração e frutificação das plantas. É o principal fertilizante orgânico fonte de fósforo, elemento absorvido pelas raízes das plantas e determinante para o aumento da produtividade. Outra vantagem da farinha de osso é que sua solubilização é lenta, o que garante o suprimento de fósforo as plantas por um bom tempo, diferente que os superfosfatos (fertilizantes inorgânicos) que tem uma rápida solubilização em água.
A torta de mamona, produzida durante a extração do óleo, é um importante subproduto da cadeia produtiva da mamona. Se trata de uma rica fonte de nitrogênio de lenta liberação que também funciona como condicionador de solo, elevando o nível de matéria orgânica. Outro efeito bem documentado da torta de mamona é o controle de fitonematóides, quer seja pelo efeito nematicida direto quando aplicada no solo, pela liberação de substâncias tóxicas decorrentes do processo de decomposição, ou mesmo pela estimulação da microbiota natural do solo antagônica a estes fitopatógenos.
Os calcários são rochas sedimentares com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio. Quando o calcário é um aglomerado formado da natureza por conchas e fragmentos de conchas é denominado calcário de conchas ou conquífero. O calcário de conchas na agricultura orgânica é utilizado para corrigir a acidez do solo. Ao mesmo tempo em que faz essa correção, o calcário também fornece cálcio e magnésio indispensáveis para a nutrição das plantas. A aplicação do calcário aumenta a disponibilidade de nutrientes para as plantas e permite a maximização dos efeitos dos fertilizantes, e consequentemente o aumento substancial da capacidade produtiva da terra.
O esterco é a designação dada ao material orgânico em avançado estado de decomposição proveniente de excrementos de animais utilizados para fertilizar plantas. Às vezes o esterco consiste em mais de um resíduo orgânico, tal como excrementos de animais e restos das camas, como acontece com a palha. Os estercos, em função de suas características químicas, têm um alto potencial fertilizante, podendo substituir, quando são adicionados com outro adubo orgânico, totalmente a adubação química e contribuir significativamente para o aumento da produtividade das culturas. É muito importante que o esterco esteja bem fermentado para inativar os microrganismos patogênicos e o risco de contaminação. Os adubos orgânicos de origem animal mais utilizados são o esterco bobino, o esterco de galinha e o esterco de porco.
COMPOSTOS DE LIXO DOMÉSTICO
O composto é o produto final do processo de compostagem do lixo doméstico. A compostagem é um processo natural de transformação da matéria orgânica do lixo em compostos mais simples que podem ser utilizados como nutrientes pelas plantas. A compostagem é realizada pelos próprios microorganismos presentes nos resíduos, em condições ideais de temperatura, aeração e umidade. Esses micro-organismos vão descompor e estabilizar os compostos constituintes dos materiais liberando dióxido de carbono e vapor de água.
Os solos mais férteis do mundo tiveram sua origem nas erupções vulcânicas. Apesar do constante perigo dos vulcões, as pessoas continuam a viver próximas aos mesmos devido à fertilidade do solo vulcânico.
O pó de rocha é um produto originário das rochas vulcânicas utilizado para rejuvenescer solos pobres. O pó de rocha contém cerca de 60 a 70 elementos químicos, entre micro e macro nutrientes, além dos oligoelementos úteis.
Entre suas qualidades e benefícios estão:
– É pouco solúvel, diminui os riscos de perdas do produto.
– Presença de macro e micronutrientes essenciais.
– Corrige o pH (acidez) do solo.
– Em conjunto com a matéria orgânica, incentiva a vida do solo.
– Proporciona um equilíbrio nas plantas, fortificando-as e diminuindo assim a necessidade de defensivos agrícolas.
O extrato pirolenhoso, também conhecido como ácido pirolenhoso, líquido pirolenhoso ou vinagre de madeira, é extraído da queima da madeira e atua tanto no controle de pragas como na adubação. Originário do Japão, onde é utilizado há séculos, é um líquido resultante da condensação da fumaça composto por mais de 200 substâncias que interagem entre si.
É condicionador do solo, bioestimulante vegetal, indutor de enraizamento e repelente de insetos. É um excelente fertilizante para orquídeas, já que promove um aumento no número de brotos, garantindo o aumento do número de flores.
Os aminoácidos ativam o metabolismo geral do solo e da planta, melhorando a fotossíntese e outros processos fisiológicos vitais. Usado como adubo para todo tipo de plantas, o aminoácido favorece a capacidade de absorção das raízes e otimiza as transformações químicas, dando como resultado um melhor aproveitamento de nutrientes, maior brotação, floração e principalmente melhor resistência a pragas e doenças. É um excelente adubo para orquídeas.
A utilização de aminoácidos via solo ou via foliar além de fornecer a planta uma fonte direta para que esta sintetize as proteínas, fornece também energia adicional necessária para suprir as demandas nos momentos críticos do ciclo vegetativo.
Hoje vamos falar sobre esse produto maravilhoso em nosso blog, o extrato pirolenhoso. O texto é longo, mas o assunto é um pouco complexo, então precisamos nos prolongar um pouco.
Escutamos sempre muitas opiniões sobre os produtos utilizados em
orquídeas. Há muitas coisas que as pessoas usam de invenção própria e
acabam prejudicando o desenvolvimento das plantas. Isso acabou deixando
muita gente com medo de usar isso ou aquilo, sendo que já escutei muita
gente falando que não usa o extrato pirolenhoso por medo de prejudicar a
planta, ou por não acreditar nos resultados.
O teste de produtos é algo que é feito cientificamente, ou seja, com
método correto e que mensura os resultados de maneira palpável e muitas
vezes matemática e que possibilite a comparação dos mesmos. E o extrato
pirolenhoso já foi alvo de alguns desses estudos, que serão apresentados
mais a frente no texto para consulta. O que é o extrato pirolenhoso
Na verdade, trata-se de um conjunto de ácidos (por isso também é
conhecido como ácido pirolenhoso) e compostos fenólicos e aldeídos, que
são obtidos pela condensação de fumaça, sendo, portanto, fumaça líquida.
Após a condensação da fumaça, o produto é decantado, filtrado e até
destilado para sua purificação. E o que o extrato pirolenhoso faz??
Há inúmeros efeitos do extrato pirolenhoso nas orquídeas e também em outras plantas, conforme listado a seguir:
Estimula a brotação e enraizamento;
Corrige o pH da água de irrigação;
Melhora a absorção de nutrientes, melhorando o crescimento das plantas;
Ativa a microbiota (em solos e também substratos); e
Atua como repelente de insetos e pragas.
Incrível, não acham? Mas isso tudo não somos nós que estamos dizendo,
existem alguns estudos científicos de renomadas universidades que
estudaram especialmente a brotação e crescimento das plantas. Além
disso, esse produto é natural e aceito pela agricultura biológica e até
orgânica, não sendo danoso ao meio ambiente. Esse produto é utilizado
pela cultura japonesa na agricultura a séculos (inclusive para plantas
comestíveis), o que por observações empíricas deve ter se mostrado bem
vantajoso! Como usar o extrato pirolenhoso?
O extrato pode ser utilizado juntamente com a adubação solúvel,
inclusive, ele auxilia na melhor absorção do adubo pelas plantas, pois
ele dilata os poros da planta. Adiciona-se a dose recomendada do extrato pirolenhoso (costumamos recomendar de 3 até 6ml/l) e do adubo utilizado. Quer saber mais sobre a adubação de orquídeas, leia este artigo.
Caso você tenha um sistema automático de irrigação, você pode
adicioná-lo nos seus reservatórios ou adicionar as doses no irrigador
manual, não tendo problema algum com entupimento (com extratos de boa
qualidade). Indicamos que seja aplicado molhando a planta toda da folha à
raiz e, claro, tentar evitar o contato com botões de flores quando
houver.
Como o produto é muito estimulante, recomendamos também que seja
utilizado com parcimônia. Aqui utilizamos em média uma vez ao mês no
inverno e quinzenalmente no verão e primavera. Para plantas mais
debilitadas você pode fazer uma aplicação semanal para estimular uma
rápida brotação, enraizamento e recuperação da planta e, após a
recuperação da mesma, voltar à rotina normal.
Após preparada a mistura, no caso de pessoas que possuem muito poucas
plantas, e fazem uma adubação manual e com borrifadores pequenos, caso
sobre algum resquício do preparado, ele pode ser armazenado por até 15
dias, não perdendo todo seu efeito, mas pode haver uma redução da
potencialidade do mesmo. Caso você tenha um jardim também poderá colocar
um pouco nas suas outras plantas, sem problemas algum! Efeito observado nas orquídeas
Um dos principais estudos brasileiros sobre o assunto é uma
dissertação de mestrado feito pela Jenniffer Aparecida Schnitzer na
Universidade Estadual de Londrina, que avaliou o efeito do extrato
pirolenhoso em duas espécies de Cattleya (loddigesii e intermedia). Em
suma, o estudo concluiu que o extrato pirolenhoso foi efetivo no cultivo
dessas espécies, melhorando diversos aspectos das plantas, aumentando
também a quantidade de brotos.
Foi indicado, para estas espécies o uso da concentração entre 0,3 e
0,4% em Cattleya intermedia e 0,6% em Cattleya loddigesii, que promoveu
os melhores resultados. O estudo completo pode ser baixado gratuitamente
no seguinte endereço: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp086513.pdf
A mesma autora voltou a realizar estudos com o produto, agora
comparando a Cattleya intermedia com a Miltonia clowesii e o uso de
diferentes subtratos de cultivo, estudo disponível neste link: http://www.scielo.br/pdf/asagr/v32n1/v32n1a20.pdf
A conclusão deste segundo estudo foi:”O extrato pirolenhoso
adicionado ao substrato incrementou o desenvolvimento vegetativo e
radicular das espécies estudadas. Para C. intermedia e Milt. clowesii, a
combinação de casca de pinus, fibra de coco, casca de arroz carbonizada
e carvão vegetal imerso no extrato pirolenhoso (PiCoCaCarEP)
proporcionou os melhores resultados.”
Dessa forma, podemos dizer que não há dúvidas que o extrato pirolenhoso pode ajudar muito no cultivo de orquídeas, não é mesmo? Mas posso usar também nas micro-orquídeas e no EcoTronco?
Não foram realizados estudos científicos com espécies de
micro-orquídeas com a aplicação da substância, entretanto, temos
utilizado nas nossas micro-orquídeas no EcoTronco
com resultados interessantes. Utilizamos a concentração média de 5ml/L
combinada com a adubação foliar e estamos felizes com os resultados.
Parece até mágica, não é? Mas vamos nos lembrar que a diferença entre
o remédio e o veneno pode ser a dose. Por isso, nunca utilize dosagem
superior à indicada!!!!
Bom cultivo…
PS. Não é a toa que decidimos comercializar este produto fracionado em nossa loja on-line, clique aqui e visite nossa loja! Tem muita coisa boa pras suas orquídeas.
Veja aqui um vídeo sobre como preparar a adubação para sua orquídea.
Um resíduo da produção de carvão é reaproveitado em viveiros de mudas no município de Pareci Novo. O uso do extrato pirolenhoso já apresenta bons resultados a mais de 30 famílias, que contam agora com uma produção mais bonita, sadia e de rápido desenvolvimento. Isto melhorou a renda familiar e a qualidade de vida, por não usarem produtos químicos. Jornalista Taline Schneider Cinegrafista Aldir Marins Pareci Novo - RS