Escutamos sempre muitas opiniões sobre os produtos utilizados em orquídeas. Há muitas coisas que as pessoas usam de invenção própria e acabam prejudicando o desenvolvimento das plantas. Isso acabou deixando muita gente com medo de usar isso ou aquilo, sendo que já escutei muita gente falando que não usa o extrato pirolenhoso por medo de prejudicar a planta, ou por não acreditar nos resultados.
O teste de produtos é algo que é feito cientificamente, ou seja, com método correto e que mensura os resultados de maneira palpável e muitas vezes matemática e que possibilite a comparação dos mesmos. E o extrato pirolenhoso já foi alvo de alguns desses estudos, que serão apresentados mais a frente no texto para consulta.
O que é o extrato pirolenhoso
Na verdade, trata-se de um conjunto de ácidos (por isso também é conhecido como ácido pirolenhoso) e compostos fenólicos e aldeídos, que são obtidos pela condensação de fumaça, sendo, portanto, fumaça líquida. Após a condensação da fumaça, o produto é decantado, filtrado e até destilado para sua purificação.
E o que o extrato pirolenhoso faz??
Há inúmeros efeitos do extrato pirolenhoso nas orquídeas e também em outras plantas, conforme listado a seguir:
- Estimula a brotação e enraizamento;
- Corrige o pH da água de irrigação;
- Melhora a absorção de nutrientes, melhorando o crescimento das plantas;
- Ativa a microbiota (em solos e também substratos); e
- Atua como repelente de insetos e pragas.
Como usar o extrato pirolenhoso?
O extrato pode ser utilizado juntamente com a adubação solúvel, inclusive, ele auxilia na melhor absorção do adubo pelas plantas, pois ele dilata os poros da planta. Adiciona-se a dose recomendada do extrato pirolenhoso (costumamos recomendar de 3 até 6ml/l) e do adubo utilizado. Quer saber mais sobre a adubação de orquídeas, leia este artigo.
Caso você tenha um sistema automático de irrigação, você pode adicioná-lo nos seus reservatórios ou adicionar as doses no irrigador manual, não tendo problema algum com entupimento (com extratos de boa qualidade). Indicamos que seja aplicado molhando a planta toda da folha à raiz e, claro, tentar evitar o contato com botões de flores quando houver.
Como o produto é muito estimulante, recomendamos também que seja utilizado com parcimônia. Aqui utilizamos em média uma vez ao mês no inverno e quinzenalmente no verão e primavera. Para plantas mais debilitadas você pode fazer uma aplicação semanal para estimular uma rápida brotação, enraizamento e recuperação da planta e, após a recuperação da mesma, voltar à rotina normal.
Após preparada a mistura, no caso de pessoas que possuem muito poucas plantas, e fazem uma adubação manual e com borrifadores pequenos, caso sobre algum resquício do preparado, ele pode ser armazenado por até 15 dias, não perdendo todo seu efeito, mas pode haver uma redução da potencialidade do mesmo. Caso você tenha um jardim também poderá colocar um pouco nas suas outras plantas, sem problemas algum!
Efeito observado nas orquídeas
Um dos principais estudos brasileiros sobre o assunto é uma dissertação de mestrado feito pela Jenniffer Aparecida Schnitzer na Universidade Estadual de Londrina, que avaliou o efeito do extrato pirolenhoso em duas espécies de Cattleya (loddigesii e intermedia). Em suma, o estudo concluiu que o extrato pirolenhoso foi efetivo no cultivo dessas espécies, melhorando diversos aspectos das plantas, aumentando também a quantidade de brotos.
Foi indicado, para estas espécies o uso da concentração entre 0,3 e 0,4% em Cattleya intermedia e 0,6% em Cattleya loddigesii, que promoveu os melhores resultados. O estudo completo pode ser baixado gratuitamente no seguinte endereço: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp086513.pdf
A mesma autora voltou a realizar estudos com o produto, agora comparando a Cattleya intermedia com a Miltonia clowesii e o uso de diferentes subtratos de cultivo, estudo disponível neste link: http://www.scielo.br/pdf/asagr/v32n1/v32n1a20.pdf
A conclusão deste segundo estudo foi:”O extrato pirolenhoso adicionado ao substrato incrementou o desenvolvimento vegetativo e radicular das espécies estudadas. Para C. intermedia e Milt. clowesii, a combinação de casca de pinus, fibra de coco, casca de arroz carbonizada e carvão vegetal imerso no extrato pirolenhoso (PiCoCaCarEP) proporcionou os melhores resultados.”
Dessa forma, podemos dizer que não há dúvidas que o extrato pirolenhoso pode ajudar muito no cultivo de orquídeas, não é mesmo?
Mas posso usar também nas micro-orquídeas e no EcoTronco?
Não foram realizados estudos científicos com espécies de micro-orquídeas com a aplicação da substância, entretanto, temos utilizado nas nossas micro-orquídeas no EcoTronco com resultados interessantes. Utilizamos a concentração média de 5ml/L combinada com a adubação foliar e estamos felizes com os resultados.
Parece até mágica, não é? Mas vamos nos lembrar que a diferença entre o remédio e o veneno pode ser a dose. Por isso, nunca utilize dosagem superior à indicada!!!!
Bom cultivo…
PS. Não é a toa que decidimos comercializar este produto fracionado em nossa loja on-line, clique aqui e visite nossa loja! Tem muita coisa boa pras suas orquídeas.
Veja aqui um vídeo sobre como preparar a adubação para sua orquídea.
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