Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
terça-feira, 12 de novembro de 2024
Técnica “Sem Cavar”: Alimente O Solo, Não As Plantas, Para Mais Colheita...
sábado, 22 de janeiro de 2022
sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
Ilhas de calor urbano: o papel fundamental das árvores na regulação do clima.
fonte: FIQUE POR DENTRO
Já parou para pensar quantas árvores estão plantadas na sua rua ou perto de você?
Isso influencia diretamente na qualidade de vida nas cidades. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica 12m² de áreas verdes como o mínimo indicado por habitante, sendo que o recomendado são 36m² ou 3 árvores por habitante.
O clima em áreas urbanas é alvo de estudos em todo o mundo, principalmente com o foco nas mudanças climáticas, as grandes taxas de crescimento populacional e os possíveis efeitos nas grandes cidades.
Há consenso científico que o planeta está esquentando nas últimas décadas e séculos, tendo algumas regiões que podem sentir mais esses efeitos.
Conforme dados de estudo realizado pela NASA (Agencia Espacial Norte Americana), áreas urbanizadas podem ter temperaturas até 3°C mais altas que zonas rurais ou com grandes concentrações de árvores. Em épocas frias, como no inverno, a diferença chega a 1,5°C, devido à menor amplitude térmica do período.
Grandes cidades têm esse efeito potencializado, pois a concentração de concreto, asfalto, poucas árvores e baixo percentual de superfícies permeáveis aumenta as diferenças de temperatura dentro da mesma metrópole, sendo que bairros próximos podem ter diferenças de até 2°C.
À primeira vista pode parecer uma diferença muito pequena de temperatura, apenas 2 ou 3 graus, mas essa variação representa de 10 a 20% da temperatura média da terra. De acordo com os dados da NASA, apenas 1 grau a mais na temperatura, em dias de verão, pode aumentar o consumo de energia elétrica em 20% para uso de aparelhos de ar-condicionado.
Ou seja, quanto mais árvores uma cidade tiver, mais fresca ela será. Esse resultado se dá pelo efeito de transpiração das árvores, chamado evapotranspiração, no qual as plantas sugam a água do solo e lançam na atmosfera através dos poros das folhas, aumentando a umidade do ar e regulando o clima ao seu redor.
Estudos mostram que uma árvore adulta tem capacidade de absorver até 250 litros de água por dia e transpirar até 60 litros, em períodos quentes. Além disso, dados do ano de 2013 estimam que a Floresta Amazônica, maior floresta tropical do mundo, tem mais de 390 bilhões de árvores, com uma capacidade de refrescar a atmosfera com 23,4 trilhões de litros de água por dia, quantidade suficiente para encher quase 9,4 milhões de piscinas olímpicas diariamente e podendo considerar, também, a Floresta Amazônica como o ar-condicionado do mundo.
Benefícios de áreas verdes em áreas urbanas:
- Diminuição da temperatura: árvores atuam como ar-condicionado, diminuindo a temperatura em até 3°C, sombreando os ambientes, refletindo a radiação e jogando umidade no ar
- Aumenta a precipitação: cada árvore lança até 60 litros de água na atmosfera por dia, o que estimula a formação de nuvens e consequente chuva em áreas verdes.
- Infiltração e recarga de lençol freático: áreas permeáveis aumentam a capacidade de filtração de água no solo, as raízes estimulam a recarga gradual dos lençóis freáticos, pois a água não escoa rapidamente.
- Menor consumo de energia elétrica: com temperaturas menores e maior estabilidade climática, o uso de energia elétrica para climatização diminui cerca de 20% para cada grau a menos.
- Maior absorção de CO2: no processo de fotossíntese as plantas absorvem o gás carbônico, responsável pelas mudanças climáticas, dessa forma regulando clima e mitigando o aquecimento global.
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