quarta-feira, 30 de agosto de 2017

OS SETE objetivos principais da PODA

Segundo Inglez de Souza,
1986, os sete objetivos principais da poda são:


1º- Modificar o vigor da planta
2º- Produzir mais e melhor fruta;
3º- Manter a planta com um porte conveniente ao seu trato e manuseio;
4º- Modificar a tendência da planta em produzir mais ramos vegetativos que frutíferos ou vice-versa;
5º- Conduzir a planta a uma forma desejada;
6º- Suprimir ramos supérfluos, inconvenientes, doentes e mortos;
7º- Regular a alternância das safras, de modo a obter anualmente colheitas médias com regularidade.

Por que é necessário o recurso da poda? Não é verdade que, no seu estado selvagem, as plantas não são podadas e, apesar disso, se desenvolvem em perfeitas condições? Esta pergunta é formulada muitas vezes, mas, de fato, a natureza tem o seu próprio método de poda. Os ramos pequenos desprendem- se naturalmente e os galhos finos, as folhas e as flores morrem e caem.

 Vagarosa mas continuamente, todas as plantas sofrem um processo de renovação natural. Pela poda não fazemos mais do que acelerar, embora parcialmente esse processo normal.

O conhecimento de algumas regras sobre a fisiologia vegetal em muito auxilia o podador. Ele fica sabendo porque se poda, o que se pode e quando se poda.
Os vegetais nutrem-se por meio de suas raízes, que retiram do solo sais minerais e água, necessários para o seu desenvolvimento e frutificação.

A absorção determina uma pressão de baixo para cima. A seiva também pode ter sua ascendência
ligada à transpiração, pela ação da capilaridade, pela osmose, etc.
A poda não é uma ação unilateral. Ela vai ensinando quem a está praticando. Mas, para isso, é preciso respeitar seu ritmo, entender e conhecer sua fisiologia, saber qual é o momento certo da intervenção. 

A poda baseia-se em princípios de fisiologia vegetal, princípios fundamentais que regem a vida das fruteiras. Um desses princípios mais importantes é a relação inversa que existe entre o vigor e a produtividade. O excesso de vegetação reduz a quantidade de frutos, e o excesso de frutos é prejudicial à qualidade da colheita. Assim, conseguimos entender que a poda, visa justamente estabelecer um equilíbrio entre esses extremos.

Mas deve ser efetuada com extremo cuidado. Se efetuada no momento impróprio, ou de forma incorreta, a poda pode gerar uma explosão vegetativa muito grande, causando um problema ainda maior para o produtor.

Inglez de Souza, J. S., Poda das Plantas Frutíferas. São Paulo: Nobel, 1986, 224 p.: il.

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