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Fonte: jornal mural

Biologia

PALMEIRA REAL: CARACTERÍSTICAS, HABITAT, USOS, CUIDADOS - BIOLOGIA - 2022

2022

• Características gerais
• Morfologia
• Taxonomia
• Etimologia
• Sinonímia
• Habitat e distribuição
• Formulários
• Cuidado
• Referências

A palmeira real (Roystonea regia) é uma espécie de palmeira pertencente à família Arecaceae frequentemente utilizada como ornamento. Conhecida como palmeira real cubana, palmeira real, palmeira real cubana ou palmeira crioula, é nativa do Caribe, sendo a árvore nacional de Cuba.

As palmeiras adultas podem medir 40 metros e ter um diâmetro de 50-60 cm, desde que as condições edafoclimáticas sejam favoráveis. A espécie é caracterizada por seu tronco reto liso, de cor verde intensa, espessado da base ao nível médio.

Palmeira real (Roystonea regia). Fonte: Alexander Berezhnoy

A coroa é coroada por um tufo de grandes folhas pinadas formadas por numerosos folíolos verdes brilhantes com um ápice bífido. As inflorescências ramificadas brotam da base do capitel com pequenas flores esbranquiçadas em grupos de três, uma feminina e duas masculinas.

Os frutos globulares de 1,2 cm de espessura contêm altos níveis de gordura e amido e são usados ​​como ração animal. O tenro palmito do palmito é comestível e é usado na culinária tradicional com o nome de palmito.

Nas ilhas do Caribe, principalmente em Cuba, a palmeira real é uma árvore sagrada para as religiões locais de origem africana. A palmeira real é chamada de alabbi em iorubá e representa o raio ou deus Chango, que recebe as oferendas ao pé da palma.

Características gerais

Morfologia

Roystonea regia é uma palmeira monóica de tronco reto que pode atingir 15-40 m de altura e até 60 cm de espessura. O caule é colunar na aparência, largo na base e áspero, fino e liso, com uma cor verde brilhante.

O sistema radicular é composto por dois tipos de raízes; as raízes primárias e raízes adventícias. As raízes primárias aparecem nos primeiros estágios da planta, depois desaparece; as numerosas raízes adventícias permanentes têm a função de ancorar e alimentar.

Inflorescências de Roystonea regia. Fonte: pixabay.com

As folhas pinadas de 4-6 m de comprimento possuem folíolos espalhados ao longo da raque e dispostos em um tufo terminal. As folhas têm um pecíolo de bainha largo que cobre o caule; os numerosos folhetos bifurcados do ápice são verde-escuros brilhantes.

As flores sésseis são brancas e aromáticas, de aparência lanceolada com numerosos estames e igual número -5- de tépalas internas e externas. As inflorescências apresentam uma espádice ramificada que surge na base do capitel, que se abre coberta por uma espata de igual comprimento.

O fruto denominado palmiche é uma baga alongada oblonga com 1,2 mm de comprimento e tons de vermelho-púrpura. Esta espécie é propagada por sementes que em condições adequadas demoram dois meses a germinar.

Taxonomia

• Reino: Plantae
• Divisão: Angiospermas
• Classe: Liliopsida
• Subclasse: Arecidae
• Pedido: Arecales
• Família: Arecaceae
• Subfamília: Arecoideae
• Tribo: Areceae
• Gênero: Roystonea
• Espécie: Roystonea regia (Kunth) DE Cook

Roystonea regia foi registrado por (Kunth) OF Cook e divulgado em Science 12 (300): 479. 1900.

Etimologia

O nome genérico Roystonea é designado em homenagem ao general norte-americano Roy Stone (1836-905), membro da Marinha norte-americana em Porto Rico. Quanto ao adjetivo regia, vem do latim regius-a-um, que significa -real, magnífico- devido ao seu porte esguio.

Sinonímia

• Euterpe ventricosa CHWright
• Oreodoxa régia de Kunth
• Palma elata W. Bartram
• Roystonea elata (W. Bartram) F. Harper
• Roystonea floridana OF Cook

Habitat e distribuição

A palmeira real é nativa da região do Caribe, ao sul da Flórida, Bahamas, Belize e Cuba, bem como de Honduras, Ilhas Cayman, Porto Rico e algumas regiões do México.

Hoje é encontrado em todas as zonas intertropicais e se adaptou a várias condições tropicais. Em Cuba está localizada em áreas montanhosas férteis e úmidas, abundantes como vegetação secundária e às vezes como remanescente de florestas semideciduais.

Palmeira real (Roystonea regia). Fonte: Alejandro Bayer Tamayo da Armênia, Colômbia

Seguindo a prática tradicional cubana, em outros países é semeada ao longo das plantações de cana-de-açúcar, delimitando estradas e parcelas no interior para orientar e distinguir cada lote de cultivo à distância.

É uma espécie de crescimento rápido em solos férteis e soltos com umidade abundante, embora possa tolerar secas estacionárias. Desenvolve-se em plena exposição solar, é resistente aos ventos fortes e à salinidade, mas susceptível às geadas.

Formulários

Um dos principais usos da palmeira real é como ornamental em avenidas, calçadas, praças, rotatórias, parques e jardins. Os troncos secos e as folhas ou talos são usados ​​para a fabricação de -bohíos- ou casas rurais.

As espatas que recobrem as inflorescências são utilizadas no campo como cestos chamados catauros. As vagens de folhas chamadas yaguas são usadas para cobrir as cabanas ou para embrulhar as folhas do tabaco curado cubano em três partes.

Palmeira real como ornamental em avenida. Fonte: Forest e Kim Starr

O fruto ou palmeira é usado como alimento para porcos, e a floração abundante é fonte de alimento para espécies de mel. Os caules secos são usados ​​como vassouras rústicas para varrer quintais e currais.

Em Cuba, os tenros botões da palmeira -palmito- são usados ​​para consumo humano devido ao seu alto conteúdo nutricional. Além disso, o óleo de palmiste tem um alto teor de óleo que é usado para fazer sabão artesanal.

As decocções ou infusões da raiz da palmeira real são usadas como diurético e emoliente. Da mesma forma, é recomendado para o tratamento do diabetes e para facilitar a expulsão de cálculos do trato urinário.

Cuidado

Roystonea regia é uma palmeira que cresce em plena exposição ao sol em solos profundos, arenosos e soltos com boa drenagem. Na verdade, é uma espécie de rápido crescimento que requer climas tropicais, mas não suporta temperaturas abaixo de 8º C.

No viveiro, as sementes são semeadas em meados da primavera em substrato com alto teor de matéria orgânica e areia. A irrigação deve ser contínua até a emergência das mudas, que ocorre dois meses após a semeadura.

Palmeira real (Roystonea regia). Fonte: Alejandro Bayer Tamayo da Armênia, Colômbia

No campo, as mudas são transplantadas para solos soltos, férteis, profundos e bem drenados. É uma planta resistente à seca, mas requer rega regular durante o verão ou estação seca.

Responde muito bem à fertilização mineral durante os meses frios e à aplicação regular de composto no início das chuvas. Na verdade, é uma planta resistente, com pouca incidência de pragas e doenças, porém, requer poda das folhas secas.

Referências

1. O cultivo da palma (2018) Infoagro Systems, SL Recuperado em: infoagro.com
2. Gutiérrez, Marco V. & Jiménez, Kenneth (2007) Crescimento de nove espécies de palmeiras ornamentais cultivadas sob um gradiente de sombra. Agronomia da Costa Rica. Agronomia da Costa Rica 31 (1): 9-19. ISSN: 0377-9424.
3. A palmeira real cubana elegante e fácil de cultivar: Roystonea regia (2018) rioMoros. Recuperado em: riomoros.com
4. Martínez Betancourt, JI, & Dávila, MAV (1992). A palmeira real nas religiões populares em Cuba. Anuário de resgate da tradição oral da América Latina e Caribe. Oralidade, 4, 45-49.
5. Miranda Suárez, S. (2012). Estudo de tratamentos pré-germinativos de palmeiras: Roystonea regia e Pseudophoenix sargentii. (Dissertação de Graduação) University of Almería.
6. Roystonea regia (2018) Wikipedia, The Free Encyclopedia. Recuperado em: es.wikipedia.org
7. Roystonea regia (2018) Catálogo virtual da flora do Vale do Aburrá. Recuperado em: catalogofloravalleaburra.eia.edu.co

Butiazeiro a Palmeira do Pampa, ameaçado de extinção, recebe atenção da Embrapa

Ameaçado de extinção, butiazeiro recebe atenção da Embrapa

09/09/2015 às 11:52 (atualizado em 10/09/2015 às 09:46)

AGRICULTURA ECOLÓGICA

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Agroindústria: produtos derivados de frutas, como o butiá
Foto: Paulo Lanzetta Divulgação

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Ameaçado de extinção, o butiazeiro, palmeira nativa que faz parte da história e da cultura gaúcha, é foco de estudos que vão garantir sua preservação e o cultivo em escala comercial. Acostumados ao uso do butiá exclusivamente para curtir em cachaça, muitos não imaginam que existam outros usos para a fruta. E é essa falta de aplicação comercial que levou à redução do número de exemplares.

Além disso, os butiazais têm sofrido com a expansão das áreas urbanas e com atividades agrícolas. Para reverter esse quadro, a Embrapa está mapeamento as plantas remanescentes. A atividade visa à preservação e ao aumento do conhecimento sobre o butiá, de modo a conservar a palmeira, promover seu uso e desenvolver técnicas que permitam o cultivo em escala comercial.
Os cientistas também coletaram amostras de plantas para compor o Banco Ativo de Germoplasma de Frutas Nativas e promoveram resgate de conhecimento dos agricultores associados ao butiá.

No lugar - A pesquisadora Rosa Lia Barbieri, da Embrapa Clima Temperado, coordenadora da equipe de pesquisa, diz que o objetivo é promover a conservação in situ (localmente) e o uso sustentável de butiazais, em colaboração com o setor privado, fornecendo subsídios para políticas públicas e planos de desenvolvimento local e regional relacionados ao uso sustentável da biodiversidade.
O avanço da agricultura e a falta de interesse pelas frutas nativas, até há pouco tempo, foram os principais motivos da diminuição do número dessas palmeiras em seu habitat. Essa ameaça à biodiversidade pelo avanço das monoculturas foi denunciada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

Plantas adultas 

A Embrapa, ao longo de dez anos, coordena um conjunto de ações para gerar informações e valorizar a biodiversidade associada aos ecossistemas de butiazais. Entre elas está o mapeamento da densidade populacional de palmares de Butia odorata, que teve início em 2010, na Fazenda São Miguel (leia abaixo).
“O resultado do mapeamento de densidade populacional dos butiazais permitiu identificar 70 mil indivíduos de butiá adulto, com áreas de alta densidade, 270 indivíduos/ha, e áreas de baixa densidade, com 12 a 20 indivíduos/ha, em uma área de 649,38 ha, fornecendo subsídios para o manejo conservativo”, sugere a analista da Embrapa Fábia Amorim.


Integração

A Embrapa integra o butiazal com a pecuária de corte. “Essa é uma maneira racional de associar a conservação da biodiversidade com a produção pecuária em larga escala”, observa o pesquisador da Embrapa Enio Sosinski. Houve aumento de quase uma planta por m2, o que equivale a dizer que, em um hectare, ocorreu crescimento de 7.000 plantas.
Rosa Barbieri explica que os butiazeiros demoram para produzir os primeiros cachos, porém vale o investimento. “Se você plantar um butiazeiro hoje, seus filhos, netos, bisnetos e até tataranetos poderão usufruir dos frutos dessa palmeira”, comenta. 

Redação Jornal Correio Riograndense

Substituição de árvores na arborização urbana!!

Fonte: site copel

Árvore com risco de queda.

 

A fim de se evitar acidentes com árvores caídas ou galhos quebrados, faz-se necessário a implementação de programas permanentes de avaliação de árvores de risco.

Esse tipo de avaliação busca identificar árvores com defeitos estruturais que apresentem riscos, por quebra de partes ou de toda a estrutura. O método avaliativo em questão se dá por variáveis, tais como a presença de galhos interferindo na rede elétrica, galhos secos acima da rede, folhagem rala, galhos ocos, lesões na casca, cascas soltas, sinais de degeneração por senescência, ataque de fungos e insetos perfuradores, alta infestação por erva-de-passarinho, enfraquecimento por doenças, podas sucessivas ou atos de vandalismo, características de risco de queda - árvore inclinada ou com copa assimétrica (área próxima ao tronco com depressão e o outro lado com elevação da calçada) e danos ao patrimônio público.

As árvores consideradas de risco devem ser removidas e substituídas, conforme já mencionado, por mudas da mesma espécie ou de outra espécie adaptada ao local e à região. Deve-se planejar novamente e verificar a possibilidade de mudança de local do plantio, bem como o porte da árvore a ser escolhida.

A substituição de árvores incompatíveis com a rede elétrica representa uma solução, de outro modo, a alternativa seria a realização de contínuas podas drásticas, cujos efeitos tendem ao desequilíbrio e ao comprometimento do sistema radicular e estético.
Também as palmeiras, plantadas sob a rede elétrica, devem ser substituídas por espécie mais adequada.

Outras árvores que devem ser substituídas por serem consideradas inadequadas ao ambiente urbano são as espécies exóticas invasoras. Na substituição destas árvores devem ser analisados os impactos visuais e o conforto ambiental.

Mesmo que a substituição seja de apenas uma árvore, a paisagem sofre uma grande mudança quando ocorre a retirada de um exemplar adulto e a colocação de uma muda. Para estes casos, a recomendação é a substituição gradual, com plantio de novas árvores ao lado das árvores antigas. 

A palmeira não deve ser plantada sob fiação elétrica aérea, pois
não permite qualquer forma de condução de sua copa.

 

As podas drásticas devem ser evitadas no meio urbano. Neste caso,
a árvore de porte inadequado para plantio sob fiação elétrica aérea
deveria ser retirada e substituída por uma espécie adequada.

Palmeira Real é uma alternativa tecnicamente viável e economicamente rentável

A agrissilvicultura com Palmeira Real é uma alternativa tecnicamente viável e economicamente rentável, que auxilia na recuperação de áreas degradadas e possibilita o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do palmito de qualidade.