quinta-feira, 28 de maio de 2020

Como maturar esterco de cavalo para fazer composto?

Embrapa ensina como produzir minhocas e húmus em pequenas ...

Esterco de cavalo é o composto favorito usado por fazendeiros, jardineiros e paisagistas para enriquecer o solo com nitrogênio, fósforo e potássio, melhorar a sua estrutura e capacidade de reter água. O esterco de cavalo pode ser aplicado cru ou depois da compostagem, mas há muitos benefícios em maturar e fazer a compostagem do esterco. O cheiro é reduzido depois da compostagem, e o processo fica quente o suficiente para eliminar sementes de ervas daninhas e qualquer patógeno que possa estar nele. Maturar o esterco do cavalo é fácil e traz ótimos resultados.

Estágio no Sítio dos Herdeiros: Vermicompostagem ou minhocários

  1. Encontre uma fonte de esterco de cavalo. Qualquer um que tenha um cavalo sabe quanto esterco ele pode produzir. Fazendeiros e criadores terão uma fonte estável de esterco misturado com serragem quando limpam as coxias. Provavelmente, você encontrará uma fonte segura de esterco gratuito.

  2. Decida uma localização para o processo de maturação do esterco. Uma vez que ele esteja maturado, haverá pouco cheiro, mas o esterco fresco produz um odor que talvez seus vizinhos não aprovem. Coloque a pilha longe das casas, incluindo da sua própria.

  3. Monte suas caixas de compostagem. Apesar de você poder fazer a compostagem do esterco em pilhas abertas, o processo será mais rápido e mais fácil de revirar e trabalhar caso esteja em recipientes. Você pode usar barris de plástico ou construir uma caixa com tela de galinheiro e postes de aço colocados no solo.

  4. Acrescente esterco fresco de cavalo e serragem nas caixas de compostagem. A serragem irá se decompor bem com o esterco e aumentar a taxa de decomposição, já que permitirá a entrada de mais ar no centro da pilha. Encha uma caixa completamente com o esterco e a serragem, já que é desejável que a compostagem se complete ao mesmo tempo. Qualquer material novo pode ser colocado em uma nova caixa.

  5. Revire o composto regularmente. A compostagem será mais ativa no centro, e misturar o material irá trazer a parte mais fresca para o centro, tornando o processo mais rápido.

  6. Use o composto de esterco em qualquer estágio do processo. Diferente do esterco de galinha, o de cavalo não contém um nível muito alto de nitrogênio, que queimaria as folhas e raízes das plantas. Você pode espalhá-lo nos leitos de vegetais e flores em qualquer estágio. Permitir que a compostagem se complete irá dar ao solo uma aparência mais suave e bem acabada, mas o esterco composto parcialmente funciona tão bem quanto.

terça-feira, 26 de maio de 2020

Pesquisa desenvolve primeira cultivar brasileira de amendoim forrageiro propagada por sementes

Fonte site da embrapa

 

Foto: Judson Valentim

Judson Valentim - Pastagem de capim Brachiaria Brizantha com amedoim forrageiro, Fazenda Sinuelo, Rio Branco (AC)

Pastagem de capim Brachiaria Brizantha com amedoim forrageiro, Fazenda Sinuelo, Rio Branco (AC)

Uma nova cultivar de amendoim forrageiro, planta recomendada para o consórcio com gramíneas, pode intensificar a produção pecuária a pasto nos diversos biomas com baixo impacto ambiental. Desenvolvida pela Embrapa, a BRS Mandobi é a primeira cultivar nacional da leguminosa com propagação por sementes. Além de diversificar as pastagens, melhora a fertilidade do solo e a dieta animal e eleva a longevidade dos pastos. O alto rendimento de forragem de qualidade aumenta em 46% a produtividade do rebanho.

Segundo a pesquisadora Giselle de Assis, coordenadora da Rede Nacional de Melhoramento de Amendoim Forrageiro, a intensificação sustentável da bovinocultura a pasto é uma tendência em todas as regiões do Brasil, para assegurar a competitividade da atividade. Um dos modelos utilizados se baseia na associação de gramíneas e leguminosas forrageiras bem adaptadas, produtivas e economicamente viáveis, capazes de fornecer aos animais os nutrientes necessários para a produção de carne ou leite.

Fruto de parceria

Registrada no Sistema Nacional de Proteção de Cultivares do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a tecnologia é resultado do projeto "Desenvolvimento de cultivares de amendoim forrageiro para uso em sistemas sustentáveis de produção pecuária", executado pela Embrapa Acre (AM), em parceria com a Embrapa Rondônia (RO), Embrapa Amazônia Ocidental (AM), Embrapa Amazônia Oriental (PA), Embrapa Cerrados (DF), Embrapa Gado de Corte (MS), Embrapa Gado de Leite (MG), Embrapa Pecuária Sudeste (SP), Embrapa Pecuária Sul (RS), Embrapa Clima Temperado (RS) e Associação para Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), entidade que congrega 31 empresas do setor de produção de sementes.

“Pastagens consorciadas com amendoim forrageiro, quando bem manejadas, apresentam maior longevidade e garantem a manutenção da produtividade da forragem, por meio da fixação biológica de nitrogênio no sistema, com redução de custos com adubação nitrogenada e aumento da produção animal. A BRS Mandobi pode ampliar o uso dessa leguminosa na atividade pecuária, mediante a oferta de sementes nacionais de qualidade a preços mais acessíveis para o produtor rural”, explica a pesquisadora.

Potencial de uso da tecnologia

Entre outros fatores, a produção de forragem de qualidade e o desempenho produtivo de rebanhos bovinos de corte e leite estão relacionados ao uso de fertilizantes nitrogenados no processo de adubação de pastagens, mas, o alto preço do produto restringe a prática entre os produtores, especialmente em localidades da Amazônia. No Acre, a tonelada de ureia chega a custar R$ 2,6 mil, devido à grande distância em relação às indústrias produtoras e problemas na logística de transporte.

De acordo com o pesquisador Judson Valentim, da Embrapa Acre, o uso de gramíneas consorciadas com amendoim forrageiro representa uma alternativa eficiente para suprir a necessidade de nitrogênio nas pastagens, a baixo custo, já que a leguminosa consegue capturar esse nutriente do ar e fixar no solo, em função da associação da planta com bactérias que vivem na terra. A planta consegue incorporar até 150 quilos de nitrogênio na pastagem, o equivalente a 330 quilos de ureia, obtidos de forma natural, resultado que gera uma economia anual de cerca de R$ 600,00 por hectare, para o produtor rural.

“Esse ganho contribui para minimizar o uso de adubação química em pastagens, fator importante para a redução da emissão de gases de efeito estufa, uma vez que o processo de produção desses insumos emite grandes quantidades de carbono na atmosfera, contribuindo para uma pecuária mais sustentável. Outra vantagem do amendoim forrageiro é o elevado teor de proteína bruta presente na planta, entre 18% e 25%, nutriente que impacta diretamente a produtividade e a qualidade do pasto. O aporte proteico na dieta animal eleva o desempenho produtivo de bovinos por área, com baixas emissões de carbono, contribuindo para a mitigação dos impactos ambientais da produção de carne e leite a pasto”, diz Valentim.

Altamente produtiva, a BRS Mandobi produz três mil quilos de sementes por hectare. A tecnologia foi desenvolvida a partir de demandas do setor produtivo, gerada em função do alto custo com mão de obra no processo de implantação do consórcio com as cultivares de amendoim forrageiro disponíveis no mercado, todas propagadas por mudas. A nova cultivar é recomendada para os biomas Amazônia e Mata Atlântica e pode ser utilizada em consórcio com diferentes capins como Marandu, Xaraés, Piatã, Humidícola, Tangola, Decumbens, Mombaça, Massai e a Grama-estrela, entre outros tipos de forrageiras.

Demanda global

Estudos sobre a atividade pecuária na Amazônia indicam a existência de, aproximadamente, 46 milhões de hectares de pastagens cultivadas estabelecidas em áreas já desmatadas na região, com potencial de melhoramento a partir do uso de pastos consorciados com amendoim forrageiro. No Acre, a leguminosa já é utilizada em cerca de 80 mil hectares de pastagens, consorciadas com a cultivar Belomonte, propagada por mudas, mas a escassez de sementes e o alto custo do produto dificultam a expansão do uso da leguminosa.  Atualmente, as sementes disponíveis no mercado brasileiro são importadas da Bolívia e o quilo é comercializado a R$ 200,00.

A oferta de sementes nacionais de amendoim forrageiro é crucial para a adoção da tecnologia em larga escala, por produtores do Acre e de outros estados que já utilizam as cultivares propagadas por mudas, como Minas Gerais, Goiás e São Paulo, por baratear o custo do produto.

Conforme Valentim, há uma procura crescente por sementes de amendoim forrageiro de qualidade, tanto no mercado nacional como em países da América Latina, parte dos Estados Unidos e Austrália. A primeira área para produção comercial de sementes da BRS Mandobi será implantada em Campo Grande (MS), por meio de contrato firmado com uma empresa produtora de sementes de gramíneas forrageiras. “Por ser uma cultura nova, será um aprendizado para os empresários, mas acreditamos que a partir dessa primeira experiência, e com a finalização e recomendação do sistema de produção para a colheita100% mecanizada, outras empresas do ramo poderão produzir sementes da BRS Mandobi em escala comercial, para atendimento dessa demanda global”, ressalta o pesquisador.

Etapas da pesquisa

Realizadas no âmbito do Programa de Melhoramento Genético do amendoim forrageiro, coordenado pela Embrapa Acre, as pesquisas para desenvolvimento do amendoim forrageiro BRS Mandobi reuniram uma equipe multidisciplinar em diferentes frentes de trabalho, durante 20 anos, desde a seleção inicial das plantas que deram origem à cultivar. As diferentes etapas do processo investigativo envolveram análises moleculares da variabilidade genética de plantas de amendoim forrageiro para confirmação da identidade da BRS Mandobi, estudos para identificação dos teores de proteína bruta, fibra e digestibilidade da matéria seca produzida e análises da qualidade de sementes, com foco na obtenção do grau de pureza, vigor e viabilidade do produto, entre outras características genéticas da cultivar.

Em campo, os testes com a tecnologia enfatizaram aspectos como resistência a doenças, tolerância ao alagamento do solo e à seca, capacidade de persistência e compatibilidade da leguminosa no consórcio com gramíneas e eficiência no processo de semeadura das sementes. 

Como alternativa para viabilizar a produção comercial de sementes da BRS Mandobi, a Embrapa tem investido no desenvolvimento de uma máquina colhedora de sementes. O equipamento a ser disponibilizado para a indústria permitirá a colheita de forma totalmente mecanizada, processo estratégico para atrair o interesse de empresas produtoras de sementes comerciais. "Os testes com o primeiro protótipo confirmaram redução de 50% no preço do quilo do produto. A expectativa é diminuir ainda mais esse valor, com a versão final da máquina", diz Giselle de Assis.

Para o gerente da Unipasto, Marcos Roveri, a implantação de pastos consorciados com uma planta de excelentes níveis proteicos, boa palatabilidade para o gado e capacidade de proporcionar ganhos reais, em áreas potenciais do País, principalmente no bioma Amazônia, permitirá a promoção contínua da sustentabilidade na pecuária nacional. “Investimos nessa tecnologia por acreditarmos na viabilidade competitiva de sistemas diversificados com leguminosas de alto valor agregado à produção de carne e leite e ao meio ambiente. Disponibilizar sementes de qualidade a preços compatíveis com a realidade dos produtores, certamente promoverá rápida expansão do uso do amendoim forrageiro no consórcio com pastagens como estratégia de produção”, afirma.

Ganhos de produtividade

Experimentos conduzidos em pastagens consorciadas com a cultivar BRS Mandobi em fazendas comerciais do Acre mostraram que, em sistema de cria e engorda, a tecnologia proporciona ganho de peso e aumenta o desempenho produtivo do rebanho. “Em pastos formados exclusivamente com gramíneas, a produtividade potencial foi de 24 arrobas de peso vivo/hectare/ano, apenas com suplementação mineral. Em pastagens consorciadas, a produtividade chegou a 35 arrobas de peso vivo/hectare/ano. Esse resultado é fantástico se comparado à produtividade média da pecuária nacional, em sistemas completos de cria, recria e engorda, de seis arrobas de peso vivo por hectare/ano em pastos puros”, enfatiza o pesquisador da Embrapa Acre Maykel Sales.

As pesquisas evidenciaram, ainda, que no período da seca, entre abril e setembro, o ganho de peso animal aumentou 86%, passando de sete arrobas/hectare/ano, no pasto puro, para 13 arrobas/hectare/ano, em pasto consorciado, desempenho possibilitado pela quantidade e qualidade da forragem disponível para o gado durante a estiagem. Além disso, a tecnologia reduz a fase de recria – período entre o fim da desmama dos bezerros e a etapa de terminação (engorda) – pela metade, passando de 24 para 12 meses, com impacto direto no ciclo de produção bovina.

Confira as vantagens da cultivar BRS Mandobi no vídeo.

Os efeitos do consórcio de gramíneas com amendoim forrageiro foram observados também em outros aspectos da atividade pecuária. De acordo com os estudos, em pastos consorciados com o amendoim forrageiro BRS Mandobi os animais atingiram o peso ideal para abate aos 30 meses de idade, enquanto em pastagens puras esse tempo é de 42 meses. Essa redução no tempo de permanência dos animais na pastagem proporciona economia com mão de obra, alimentação e vacinas, entre outros cuidados com o rebanho, refletindo-se positivamente no custo de produção da arroba.

“Além disso, a leguminosa melhora a capacidade de suporte das pastagens. Pastos consorciados suportam 20% mais animais quando comparados a pastagens puras. O aumento da taxa de lotação permite criar mais animais em uma mesma área de pastagem, fator que concilia intensificação da produção pecuária com conservação da floresta”, avalia Sales.

Lançamento da tecnologia

Os resultados das pesquisas com a cultivar de amendoim forrageiro BRS Mandobi serão apresentados a produtores rurais, gerentes de fazendas, profissionais de empresas de produção de sementes, proprietários de casas agropecuárias e técnicos que atuam no apoio à produção pecuária, no próximo sábado (07/12). Durante o evento de lançamento da tecnologia serão comercializados 900 quilos de sementes da cultivar, produzidos no campo experimental da Embrapa Acre.

“Como o amendoim forrageiro também tem outras aplicações, incluindo o paisagismo de praças, jardins e o plantio ao longo de rodovias para conservação do solo, essa produção excedente da pesquisa será destinada prioritariamente para produtores da região amazônica que desejam investir no consórcio de pastagens com a leguminosa”, esclarece Valentim.

Implantação do consórcio

Segundo o pesquisador da Embrapa Acre Carlos Maurício de Andrade, pastagens consorciadas com amendoim forrageiro alcançam eficiência máxima quando a presença da leguminosa no pasto representa 20% a 40% da massa de forragem.  Para chegar a esse resultado, a implantação do consórcio pode ser realizada por dois métodos: com o plantio simultâneo da leguminosa com gramíneas, durante a reforma de pastagens degradadas, ou pelo plantio da leguminosa em faixas, em pastagens puras já estabelecidas. Para formar um hectare de pastagem consorciada são necessários 10 a 15 quilos de sementes da BRS Mandobi.

“Como as gramíneas forrageiras geralmente crescem mais rápido que as leguminosas, para assegurar o pleno estabelecimento do amendoim forrageiro na pastagem recomenda-se reduzir em 30% a taxa de semeadura da gramínea. Também é importante realizar o primeiro pastejo no momento adequado, quando a forrageira cobrir totalmente o solo. Além disso, procedimentos como preparo da área com grade ou enxada-rotativa, para o plantio em faixas, e aplicação de herbicida glifosato, na dosagem recomendada, diminuem a competição da gramínea com a leguminosa por nutrientes, água, luz e espaço no solo, e ajudam a garantir os ganhos comprovados pela pesquisa”, ressalta Andrade.

Diva Gonçalves (Mtb-0148/AC)
Embrapa Acre

Contatos para a imprensa

Telefone: (68) 3212-3250

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Neste Chão Tudo Dá

Versão reduzida do documentário realizado por Felipe Pasini, Ilana Nina e Monica Soffiatti. "Neste Chão Tudo Dá - semeando conhecimento e colhendo resultados" é um registro informal realizado durante uma viagem pela Bahia sobre o trabalho e o pensamento do agricultor e pesquisador Ernst Gotsch. Além disso, ainda conhecemos a vida de agricultores que conseguiram aumentar a qualidade de vida de suas familias através da prática agroflorestal

terça-feira, 19 de maio de 2020

Cerratinga: Agricultores familiares lançam loja virtual com produtos do Cerrado e da Caatinga!!!


Agricultores familiares lançam loja virtual com produtos do Cerrado e da Caatinga

Posted: 18 May 2020 01:40 PM PDT

Foto: Thomas Bauer

A loja virtual da Central do Cerrado reúne mais de 30 associações e cooperativas de diferentes pontos do país 

Baru, jatobá, pequi, umbu. Ingredientes regionais que simbolizam a biodiversidade encontrada nos sabores brasileiros. A safra do Cerrado e da Caatinga inspira agricultores que residem em alguns territórios desses biomas — Minas Gerais, Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Pará e Goiás — a beneficiarem produtos alimentícios e a produzirem artesanato com riqueza cultural que garante autonomia e renda.

Comunidades de agricultores familiares extrativistas protagonizam esse trabalho, que raramente ocupa as prateleiras dos supermercados. Juntas elas formam a Central do Cerrado: uma cooperativa formada por mais de 30 organizações comunitárias (entre cooperativas e associações) e funciona como uma ponte entre quem produz e quem consome. Em tempos de fortalecimento do serviço de entregas, a Central inaugura uma nova plataforma onde o internauta de qualquer lugar do país encontra mais de 200 itens e pode recebê-los sem sair de casa.

“Com a situação do COVID19 e isolamento social, muitas dessas comunidades tiveram o escoamento de sua produção comprometidos. A venda pela loja virtual é uma forma de escoar os produtos dessas comunidades e garantir renda para as famílias agroextrativistas. A comercialização ajuda a manter o Cerrado e Caatinga em pé, conservar a biodiversidade nativa, incentiva a permanência no campo, valoriza a cultura local e o modo de vida tradicional”, ressalta o secretário executivo da Central do Cerrado, Luis Roberto Carrazza.

As agroindústrias das comunidades de produtores da Central do Cerrado operam observando os cuidados básicos de distanciamento social, uso de máscaras, cuidados redobrados de higienização pessoal, esterilização das estruturas de equipamento e insumos: detalhes também observados pela equipe da Central do Cerrado no preparo e envio dos pedidos da loja virtual.

Produtos da sociobiodiversidade

Entre as opções de compra estão alimentos como farinhas especiais com destaque para o mesocarpo de babaçu (500g, R$ 15) da Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Esperantinópolis (Coopaesp) da comunidade tradicional das quebradeiras, de Esperantinópolis, no Maranhão; as farinha de buriti (1 kg, R$ 50) da cooperativa Grande Sertão de Montes Claros, Norte de Minas Gerais — além do flocão de milho não-transgênico (500g, R$ 7) (matéria-prima para o cuscuz nordestino) da Cooperativa Agropecuária Mista Regional de Irecê (Copirecê), de Irecê, na Bahia.

As castanhas brasileiras também ganham destaque no novo site, entre elas a castanha-de-baru da cooperativa Copabase (300g, R$35), super proteica e energética, um dos grandes ícones do Cerrado. Pouco utilizada pelos chefs de cozinha, a castanha-de-pequi (100g, R$15) também figura entre as oleaginosas oferecidas pela Central do Cerrado lado a lado da amêndoa de licuri torrada (100g, R$7), da Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), também chamado de coquinho na Bahia e rico em proteínas. Na categoria bebidas a página apresenta o licor de pequi da marca familiar Savana Brasil (700ml, R$70) e a cerveja de coquinho azedo fruit beer (600ml, R$ 25)  da cooperativa Grande Sertão, de Montes Claros, Minas Gerais.

Além dos produtos, o internauta encontra informações sobre a origem social e territorial das comunidades produtoras. Entre os conteúdos da plataforma estão receitas, fichas técnicas e dicas de uso.

Saiba mais sobre a Central do Cerrado

A Central do Cerrado é uma cooperativa formada por diversas organizações comunitárias de agricultores familiares extrativistas do Cerrado e da Caatinga. Nossa missão é manter os modos de vida tradicionais e conservação dos territórios onde vivem esses povos a partir da comercialização de produtos desenvolvidos através do uso sustentável da biodiversidade nativa.

Entregas em todo o Brasil pelo site:
www.centraldocerrado.org.br

Conteúdo publicado no Cerratinga

domingo, 17 de maio de 2020

Agroflorestar, -Implementação manual e semimecanizada de canteiro agrofl...







Agroflorestar, -Implementação manual e semimecanizada de canteiro agroflorestal.



Nesse video aprendemos, passo a passo, como implementar um canteiro de agrofloresta.

Os agricultores do cooperafloresta nos guiam por cada etapa para podermos



nós mesmos implementar um canteiro.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Curso, gratuito, tem foco em Agrofloresta!! Não perca.

A ideia é expandir a atividade de SAFs em todo o estado de São Paulo

Harmonizar produção e conservação. Resgatar a agricultura familiar. Colaborar com a conservação ambiental. Facilitar a adaptação e mitigação às mudanças climáticas. Esses são alguns dos benefícios dos sistemas agroflorestais, uma forma de produção mais sustentável, que conta com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente (SMA), que disponibiliza, a partir deste mês de junho, mais uma ferramenta para ampliar a atividade no Estado de São Paulo: um curso de educação à distância, com conceitos e um passo a passo da implantação.

Destinado a agricultores, técnicos, estudantes e interessados em geral, o curso de educação à distância (EAD) de Sistemas Agroflorestais foi desenvolvido com recursos do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDRS/Microbacias II) pelo Mutirão Agroflorestal, ONG que trabalha com educação, pesquisa, consultoria e divulgação de agroflorestal desde 2004.

O curso, gratuito, tem foco nos SAFs biodiversos e sucessionais. São treze módulos com vídeos e textos com conceitos e princípios de agroflorestas inspirados na dinâmica dos ecossistemas agroflorestais. Aborda sucessão, estrutura, planejamento, desenho e escolha de espécies, detalha a implantação e manejo, os benefícios e desafios do SAF, além de sistemas agroflorestais implantados em diferentes regiões do estado de São Paulo. Clique aqui para mais informações.

SAFs são formas de uso e manejo da terra no qual árvores ou arbustos são utilizados em consórcio com culturas agrícolas, forragens e/ou integração com animais. E essa diversidade interage e beneficia-se mutuamente.

A produção agroflorestal contribui com a promoção da biodiversidade, melhoria da qualidade dos solos, controle de erosão, menor uso de água, redução de pragas, doenças e ervas daninhas, dispensando ou reduzindo o uso de agrotóxicos.

“Nessa forma de produção há uma maior variedade de produtos, com possibilidade de renda durante o ano todo e sem o risco de perder toda a produção, caso ocorra, por exemplo, um evento extremo, como uma estiagem ou a presença de uma praga ou doença”, explica Neide Araujo, da Unidade de Subprojetos Ambientais – PDRS, da SMA.

Os SAFs são uma alternativa de restauração produtiva para Reservas Legais e, no caso de agricultores familiares, para Áreas de Preservação Permanente.

Para se ter uma ideia, em 21 projetos coletivos de cooperativas e associações de agricultores familiares e organizações não governamentais da área ambiental foram beneficiados 607 agricultores e 600 ha nas diversas regiões do Estado.

Desde 2013, a SMA apoia a implantação de sistemas agroflorestais como uma alternativa ao modelo de produção agrícola tradicional. E, atualmente, desenvolve ações de monitoramento e capacitação nos SAFs implantados e busca parcerias e financiamento para dar continuidade a expansão dessa atividade no Estado.

Além do meio ambiente, os consumidores também se beneficiam. Já se encontram hortaliças, abóbora, feijão, mandioca, milho, banana e muitos outros alimentos que estão sendo cultivadas em meio à floresta em restauração, as agroflorestas. “Para os próximos anos, a previsão é ter produção de mangueiras, abacateiros, goiabeiras. E muitas árvores nativas plantadas são frutíferas, como cabeludinha, cambuci, cereja-do-rio-grande, grumixama, jaboticaba, juçara, pitanga, uvaia, entre outras”, contou Neide.

Ao comprar produtos de sistemas agroflorestais, o consumidor contribui para a geração de renda da agricultura familiar, incentivando a prática de uma agricultura mais sustentável e, consequentemente, promovendo a segurança e soberania alimentar, além de apoiar a recuperação e conservação do meio ambiente.

Texto: Luciana Reis / CBRN
Fotos: Divulgação
Revisão: Cris Leite

Como plantar batata doce em vasos, processo completo! Vamos tentar??





Neste vídeo mostramos como produzir batatas doces em vasos, basta ter uma batata doce dessas compradas em supermercados e um vaso de 30 centímetros de diâmetro e profundidade para começar sua plantação, não deixem de conferir como fazer.






Minha tentativa

sábado, 9 de maio de 2020

FRUTO: Ernst Götsch - A INTELIGÊNCIA DA FLORESTA

Quebra-Ventos na Propriedade Agrícola, um ganho enorme!

Os solos agricultáveis possuem características químicas, físicas, morfológicas e biológicas que, relacionadas com o relevo, devem ser consideradas quando forem utilizadas, objetivando alcançar o maior nível de produtividade com conservação ambiental.
A adoção de práticas conservacionistas contribui para a utilização do solo de forma mais efi ciente e ecologicamente correta. As práticas vegetativas mais comuns, utilizadas no semiárido, são: refl orestamento, adubação verde, cobertura morta com plantio direto, rotação de culturas, manejo de pastagens, cordões de vegetação e quebra-ventos.

Os quebra-ventos, foco desta cartilha, são definidos como barreiras, constituídas de fileiras de árvores de médio e grande porte, dispostas em direção perpendicular aos ventos dominantes. (LEAL, 2009).

A necessidade dos quebra-ventos decorre do fato de o vento causar a quebra de ramos, de mudas, de frutas e sementes. Os ventos tornam os cultivos mais vulneráveis às doenças e o solo exposto à erosão eólica e ao ressecamento. Já os animais sentem o desconforto do vento excessivo.


CARACTERIZAÇÃO

1.1 Conceito

Segundo Volpe e Schoffel (2001, p. 196), o quebra-ventos é um sistema aerodinâmico, natural ou artificial, que serve como anteparo para atenuar o padrão de velocidade média e da turbulência do vento, proporcionando melhorias às condições ambientais através do controle do microclima da área protegida.
Do ponto de vista menos formal, os quebra-ventos são barreiras de árvores e arbustos para proteger solos e culturas dos efeitos danosos dos ventos.

1.2 Finalidades

A função principal do quebra-ventos é reduzir a velocidade e direcionar os ventos. No caso da agricultura, os produtores os utilizam na proteção dos seus cultivos, especialmente os plantios de fruteiras, hortaliças e grãos.
No Nordeste do Brasil, os quebra-ventos são bastante eficientes na proteção de cultivos de bananeiras, notadamente as de porte alto, como as bananeiras do tipo pacovã. Também se utiliza na proteção dos sistemas de irrigação por aspersão, evitando a maior perda de água decorrente da ação do vento melhorando a efi ciência da irrigação.

Outras funções, derivadas dos quebra-ventos arbóreos, são a proteção quanto à erosão eólica, a conservação da umidade do solo, a diminuição da evapotranspiração, a produção de madeira para lenha ou benfeitoria, a conservação da fl ora e da fauna, a produção de néctar e pólen para abelhas e, finalmente, a melhoria e embelezamento da paisagem.

Em locais onde é comum a ocorrência de ventos frios, os quebra-ventos podem ser benéfi cos, ainda, para atenuar as quedas de temperatura em casas de fazenda, estábulos, galinheiros, pocilgas, etc.

2. ESPÉCIES MAIS UTILIZADAS

Segundo Volpe e Schoffel (2001), existem muitos fatores que devem ser considerados na composição das espécies de árvores para plantio de quebra-ventos. Assim, devem ser consideradas as características do solo e do clima desse local, bem como as características da espécie quanto à altura atingida, extensão da copa, densidade, sua resistência mecânica à ação do vento, competição e compatibilidade com a cultura a ser protegida, além de problemas relacionados com pragas e doenças.


GANHOS ECONÔMICOS E AMBIENTAIS

Apesar da pouca disseminação e da falta de conhecimento sobre quebra-ventos, os ganhos econômicos, com a utilização dessa prática, são inquestionáveis. A partir dos dados apresentados , constata-se que os ganhos de produtividade giram em torno de 25%, em relação a cultivos sem esta prática vegetativa.


Quanto aos benefícios ambientais, destacam-se:

a) proteção do solo da erosão eólica e conservação da umidade;

b) conservação da fauna e uso no manejo integrado de pragas;

c) embelezamento da paisagem e conforto dos animais silvestres e pecuários; e

d) aumento na polinização das árvores silvestres e cultivadas, em função da maior incidência de insetos, sobretudo, de abelhas.



FONTE: cartilha sobre quebra ventos
Secretaria dos Recursos Hídricos - SRH - CEARÁ

domingo, 3 de maio de 2020

Curso Uso e Conservação da Agrobiodiversidade por meio de metodologias participativas !! UEMG

Folder_Pesquisadores NEPEEA.jpegO Curso Uso e Conservação da Agrobiodiversidade por meio de metodologias participativas será oferecido pelo Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Ecologia e Agrobiodiversidade (NEPEEA) da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) - Unidade Ituiutaba em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. 

O NEPEEA desenvolve ações inter e multidisciplinares em diferentes linhas de pesquisas e áreas do conhecimento no âmbito da Ecologia e Agrobiodiversidade. Tem como objetivo capacitar os participantes em Metodologias Participativas Aplicadas à Conservação e Uso da Agrobiodiversidade.

INSCRIÇÕES ATÉ 10 de MAIO de 2020
Link para inscrição: https://forms.gle/uW2W78RLg8Q9kM8s5
NÚMERO DE VAGAS: 90 
*Para maiores informações consultar o formulário de inscrição.

Este Núcleo desenvolve seus projetos numa perspectiva pluriepistemológica e vem atuando nas seguintes linhas de pesquisa

1) Ecologia funcional e filogenética; 
2) Estrutura, dinâmica, restauração e conservação em comunidades arbóreas; 3) Etnobotânica de plantas medicinais e alimentícias; 
4) Manejo Ecológico de Artrópodes-praga e Biodiversidade Funcional de Agroecossistemas; 
5) Agroecologia, Agricultura Familiar e Modos de Vida; 
6) Agricultura Urbana e Periurbana e Sistemas Agroalimentares Biodiversos; 
7) Sociedade, ruralidade e desenvolvimento; 
8) Geotecnologias aplicadas à gestão ambiental; 
9) Cartografia social; 
10) Análise de Risco socioambiental.



Como fazer o controle ecológico de lesmas - Programa Rio Grande Rural

lógico

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JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...