Nome Popular: Mangueira
Nome Científico: Mangifera indica
Origem: Índia.
Família: Anacardiacea
Altura: até 12 metros.
Mangueira
Mangueira
Finalidade
Frutos comestíveis, árvore ornamental e produtora de sombra. Os frutos podem ser consumidos “in natura” ou em sorvetes e doces.Finalidade terapêutica
As mangueiras
As mangueiras se adaptaram muito bem aos locais para onde foram levadas, por razões climáticas: elas necessitam de muito calor para se desenvolverem de forma adequada e, de maneira, produzirem seus frutos.Também é a maior árvore frutífera do mundo, chegando a medir de 1 a 100 metros de altura, e ter uma circunferência de até 20 pés, em casos mais abundantes.
O raio da copa também é algo que chama muito a atenção: alcança até 10 metros.
Quando jovens, as mangueiras são identificadas por suas folhas verdes perenes e largas, com uma largura de 16 centímetros cada. Numa mesma árvore também é possível encontrar as flores que servem para a inflorescência. Estas são perfumadas e diminutas.
Curiosidades
A mangueira foi amplamente disseminada na cidade de Belém no final do Século XIX e princípio do Século XX, razão pela qual esta se tornou conhecida como “cidade das mangueiras” e a cultura local apelidou o seu estádio de futebol de “Mangueirão”.
A população entretanto não aceita que nas áreas onde um exemplar tem que ser substituído não seja muda de mangueira o vegetal substituto, e também na cidade do Rio de Janeiro pode-se observar a presença histórica desta árvore, pois ela deu o nome a uma das suas maiores favelas/bairros, e depois a uma das grandes escolas de samba do Brasil, a “Estação Primeira da Mangueira”.
Fonte: www.maniadeamazonia.com.br
Mangueira
A produção mundial em 1994 foi de 18.450.000 toneladas (FAO) destacando-se Índia, China e México, como principais países produtores que ofertaram 66,5% da produção naquele ano (FAO).
A produção brasileira em 1993, foi de 563.511 toneladas destacando-se as regiões Nordeste (47%) e Sudeste (43%) como maiores produtoras de manga (IBGE). Na Bahia destacam-se as regiões econômicas do Baixo Médio São Francisco, Serra Geral e Oeste (IBGE, 1994) como principais produtoras de manga ofertando 80% da produção baiana; a Bahia produziu 58.268 t. de manga, em área colhida de 7.342 ha., em 1994, quando se destacaram Livramento de Brumado (15%), Juazeiro (13%), Vera Cruz e Maragogipe como municípios maiores produtores (IBGE, 1994).
As exportações baianas de manga, em 1996 (IBGE), foram dirigidas a Países Baixos (81%), E.U.A (13%), ao Reino Unido, França, Espanha e Uruguai. Em 1995 a Bahia recebeu 8,8 milhões de dolares com exportações de mangas frescas ou secas. (IBGE).
Usos da Mangueira
Fruto: a polpa é consumida ao natural – chupada em pedaços, em refrescos – ou processada em sorvetes, sucos concentrados, geléias, gelatina, compotas, doces, sorvetes, polpas congeladas, purês. O fruto verde presta-se a confecção de molhos, temperos – chutney – para ingleses.
Árvore: caule produz resina de uso medicinal contra desinteria e a madeira é aproveitada em marcenaria. A árvore pode ser usada como ornamental. Casca da árvore, folhas, polpa do fruto, são usadas na medicina caseira.
Clima: deve ser tropical quente embora a planta tolere grande variação climática.Propagação da mangueira:
Temperatura: baixa na floração impede a abertura das flores; alta temperatura pode antecipar a época de colheita. Temperatura elevada só prejudica se acompanhada de vento e baixa umidade relativa na frutificação. A planta desenvolve-se bem e frutifica em temperaturas entre 21 e 27ºC (ótimo 24ºC).
Chuvas: a planta vegeta e frutifica em área com chuvas anuais entre 450 mm. e 2.500 mm. com ideal em torno de 1.000 mm. , regiões com período chuvoso e seco bem definido são ideais para o cultivo da mangueira desde que o período seco inicie-se antes da floração e o chuvoso reinicie-se pós frutificação, imprescindivelmente.
Umidade relativa: não deve estar acima de 60%; umidade alta interfere na polinização e induz proliferação de doenças como oídio e antracnose que reduzem a produção dos frutos.
Luz: a mangueira requer radiação solar abundante para entrar em floração e frutificar com pelo menos, 2.000 horas/luz/ano. As exposições soalheiras são as mais favoráveis e o plantio deve ser orientado no sentido norte e nordeste.
Vento: ventos constantes com temperatura elevada e baixa umidade relativa causam queda de frutos (excesso de transpiração); ventos fortes causam queda de flores e de frutos. Recomenda-se uso de quebra ventos.
Solos: devem ser profundos, permeáveis e ligeiramente ácidos (pH entre 5,0 e 6,0) e leves; evitar solos alcalinos (induzem cloroses), os excessivamente argilosos e os sujeitos à encharcamento. Os solos mais favoráveis à mangueira são os areno-argilosos ricos em matéria ôrganica e nutrientes, profundos, planos a ligeiramente ondulados.
A mangueira pode ser propagada por sementes (plantios domésticos) e por enxertia (borbulha, garfagem) em viveiro para plantios comerciais visando-se obter pomares mais uniformes, precoces e produtivos. De ordinário a muda obtida via enxertia de garfagem estará apta ao plantio em campo 10 meses após semeio da semente para formação do porta-enxerto. Sugere-se a obtenção de enxertos, quer para plantios caseiros quer para plantios comerciais, em viveiristas credenciados por organizações oficiais interessadas em agricultura.
Formação do Pomar:
Preparo da área: as operações consistem de roçagem, queima de mato, encoivaramento e destoca, limpeza da área.Tratos Culturais:
Preparo do solo: procede-se a uma aração a pelo menos 20 cm. de profundidade seguindo-se uma gradagem 20-30 dias após. Coleta-se amostras de solo para análise em laboratório.
Espaçamento/alinhamento: com bons resultados tem-se usado espaçamento de 10 m. x 10 m . ( 100 plantas/hectare ) e até 10 m. x 8 m. (125 plantas por hectare) para plantios comerciais; o plantio de culturas intercalares, até a mangueira entrar em franca produção, é recomendável como cereais anuais, mamão, abacaxi, tangerinas.
Os formatos de plantios podem ser do tipo retângulo, quadrado ou quinconcio e o alinhamento pode ser quadrangular, retangular, triangular e em nível (curvas em terreno declivoso).
Coveamento / adubação: as covas poderão ter as dimensões de 50 cm. x 50 cm. x 50 cm. ou 60 cm. x 60 cm. x 60 cm. (solo leve ou pesado); devem ser abertas 30 dias antes do plantio separando-se a terra dos primeiros 15-20 cm. Em seguida mistura-se 15-20 l. de esterco de curral curtido + 300 gramas de superfosfato simples + 200 gramas de cloreto ao solo separado. Caso necessario aplica-se 1.000g. de calcario dolomítico ao fundo da cova e cobre-se ligeiramente com terra; em seguida joga-se a metade da mistura adubos + terra separada à cova.
Plantio: remove-se envoltório plástico da muda, coloca-se torrão com muda na cova de modo que a sua superficie fique ligeiramente acima do solo; com resto da mistura terra + adubos enche-se a cova, faz-se bacia em torno da muda, irriga-se com 15-20 l. de água e cobre-se a bacia com palha ou capim seco sem sementes. A melhor época de plantio é no início do período chuvoso e em dia nublado.
Eliminação de ervas daninhas: manter pomar livre de ervas daninhas através do roçagem no período chuvoso (roçadeiras) e de capinas no período seco (grades, capina manual ou herbicidas). Cultivos em coroa ( em torno da planta) podem ser feitos a enxada. Em pomares novos (notadamente em terrenos frescos), pode-se cultivar leguminosas. A capina em coroamento é imprescindível.
Poda: plantas jovens (Keitt e Palmer) requerem podas leves de formação. Poda de formação consiste em deixar a muda com 3 ramos laterais que se originem na planta, a 1m. do solo (de pontos diferentes).
A poda de planta adulta é feita após a colheita dos frutos com corte de ramos apicais, rebentos do porta-enxerto e tronco, eliminação de ramos doentes, mortos ou baixos para reduzir o porte da planta, permitir maior penetração de luz na copa, facilitar tratos sanitários e a colheita.
Indução artificial de floração: pode-se antecipar a floração com uso de ethephon ou nitratos (de potássio ou de amonio) pulveriza-se plantas a partir de 4 anos de idade (entre o final da estação chuvosa a início da estação seca, em ramos com 7 meses e em horas menos quentes do dia) com 200 ppm de ethephon repetindo-se a aplicação por 2 vezes com intervalos de uma a duas semanas. Um mês após término do tratamento ocorre a floração.
Irrigação: irrigação é importante, desde pouco depois do plantio até o início da produção, nos períodos de estiagem; a partir do quarto/quinto ano de vida irrigar durante o período de escassez de chuvas e interromper 2-3 meses antes da floração. Voltar a irrigar na formação/desenvolvimento do fruto com regas semanais ou quinzenais, irrigar também nas épocas de adubação.
A escolha do sistema de irrigação está condicionada aos recursos hídricos do local, topografia do terreno, caracteristica do solo, fatores climáticos, aspectos econômicos e fatores humanos. Sob sistemas de irrigação por gotejamento, microaspersão, aspersão, sulcos e microbacias a cultura da mangueira pode ser explorada.
Quebra-ventos: em regiões onde há ventos fortes e constantes quebra-ventos devem ser instalados antes da implantação do pomar usando-se espécies arbustivas/arbóreas e de crescimento rápido plantadas a 10-12 m. da primeira fileira de mangueiras. Evita-se queda de flores e frutos, quebra de galhos, ressecamento (folhas, galhos novos) diminuição da polinização (por insetos).
Nenhum comentário:
Postar um comentário