Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
segunda-feira, 5 de março de 2018
ERVA-DE-PASSARINHO - Uma planta aproveitadora!
Há muitas maneiras de se viver. Essa é uma das belezas na natureza, não há uma regra que se imponha sobre os seres-vivos quando a questão é a sobrevivência. É exatamente isso que nos mostra nesse vídeo, o biólogo Vinícius Camargo Penteado, que nos convida a olharmos para a Erva-de-Passarinho, essa fantástica espécie vegetal, que encontrou um nicho ecológico inusitado.
Assistam essa produção do canal iBioMovies e descubra mais sobre essa planta e seu modo de vida!
Agradecimento especial à dona Nancy e ao sr. Roberto Kaneto pelo maravilhoso jardim!
Emater responde: Controle biológico do pulgão - Programa Rio Grande Rural
Quem é esse tal pulgão?
Existe cerca de 1,5 mil espécie de pulgões que atacam as mais diversas espécies de plantas cultivadas.
Os pulgões são pequenos insetos sugadores de seiva elaborada e que prejudicam as culturas não apenas pela sucção de seiva, mas pela inoculação de toxinas e transmissão de viroses, esta última sendo o dano mais sério.
Nas condições do Brasil os pulgões se reproduzem exclusivamente por partenogênese telítoca, na qual fêmeas produzem larvas fêmeas sem o concurso dos machos.
Certas espécies de pulgões como Aphis nerii são capazes de atacar plantas tóxicas como a espirradeira Nerium oleander e a erva invasora Asclepias curassavica. O organismo dessa espécie de pulgão tem a capacidade de seqüestrar esses princípios tóxicos e de usá-los como mecanismo de defesa contra os inimigos naturais. O pulgão Brevicoryne brassicae é capaz de desativar a toxina sinigrina presente nas crucíferas (couve, repolho, nabo, rabanete) das quais se alimenta.
Algumas espécies de pulgões se especializaram como formadores de galhas que podem se constituir a partir do enrolamento das folhas ou formação de tumores induzidos pelos hormônios de crescimento produzidos por esses insetos. É o caso da filoxera Daktulosphaira vitifoliae que provoca a formação de galhas em folhas e raízes da videira. As formas aladas da filoxera voam para as folhas da videira, onde depositam ovos. Desses nascem as larvas formadoras de galhas. Completando o desenvolvimento, a filoxera sai da galha e desce pelos ramos da planta até chegar às raízes, onde forma novas galhas em forma de nodosidades. Para o controle da filoxera é recomendado que se use porta-enxertos resistentes. Mesmo assim a filoxera consegue se estabelecer na videira enxertada, atacando somente a parte aérea suscetível. Todavia seus danos são menores que no caso do comprometimento das raízes. Embora protegidos no interior das galhas, os pulgões ainda são atacados pelos inimigos naturais especializados em perseguí-los dentro dessas estruturas.
É bastante conhecida a relação de mutualismo que os pulgões estabelecem com formigas: enquanto os primeiros fornecem substâncias açucaradas que secretam às formigas, estas os defendem contra a aproximação de seus inimigos naturais e os carregam para colonizarem novas plantas.
Na tabela (veja no final do texto como visualizar este artigo em PDF) encontram-se as principais viroses em plantas e as espécies de pulgões que as transmitem.
Os pulgões são capazes de desenvolver resistência contra pesticidas químicos como os organofosforados e carbamatos. As espécies mais estudadas com relação a esse aspecto são os pulgões Myzus persicae e Aphis gossypii. O desenvolvimento de resistência é facilitado pela aplicação repetida do mesmo agroquímico na cultura.
Como os pulgões possuem numerosas espécies de inimigos naturais representados pelos parasitóides e predadores, valeria a pena realizarem-se esforços para substituir o controle químico pelo biológico, viabilizando-se a criação massal e o fornecimento de inimigos naturais aos agricultores.
O controle biológico clássico de pulgões, que alcançou expressivo sucesso no Brasil é o dos pulgões do trigo pertencentes às espécies Metopolosiphium dirhodum (pulgão da folha), Sitobium avenae (pulgão da espiga e da folha), Schyzaphis graminum (pulgão da espiga e da folha), Rhopallosiphum padi (pulgão da folha e da bainha) e R. rufioabdominale (pulgão da raiz). Para o controle biológico dos mesmos foram introduzidas 12 espécies de parasitóides trazidos da Europa e da Ásia, dos quais apresentaram melhor sucesso quanto ao estabelecimento Aphidius colemani, A. ropalosiphi, A. uzbekistanus, A. ervi, Diaeretiella rapae, Praon volucre e Ephedius plagiator. Essas introduções foram necessárias pois as pragas do trigo (planta originária do Velho Mundo) foram introduzidas no Brasil desacompanhadas de seus inimigos naturais nativos.
O parasitóide Lysephlebus testaceipes foi introduzido com sucesso nos países do Mediterrâneo para controle dos pulgões dos citros Toxoptera spp.
O parasitismo é estabelecido quando a vespa fêmea deposita o ovo no interior do organismo do pulgão. A larva que eclode do ovo se desenvolve alimentando-se da hemolinfa e dos tecidos internos do hospedeiro. Finda a fase larval do parasitóide, o pulgão já está morto e transformado em múmia. A pupa do parasitóide se forma no interior da múmia e a vespa adulta emerge abrindo um orifício na parede da múmia. Pulgões novos, quando parasitados, morrem sem chegar à idade adulta; os que chegam a esse estágio produzem menor número de descendentes. Com o parasitismo ocorre degeneração dos ovários do pulgão, cessando a formação dos embriões. São predadores de pulgões coleópteros, dípteros, neurópteros, heterópteros, himenópteros e aranhas.
Existem mais de 5 mil espécies de coccinelídeos (insetos da família dos coleópteros) que são predadores de pulgões e são encontrados em quase todas as partes do mundo. Larvas jovens de pulgões são mais vulneráveis ao ataque de coccinelídeos.
Os neurópteros das famílias Chrysopidae e Hemerobiidae são encontrados também em quase todas as partes do mundo. Suas larvas são predadores ativos de pulgões, chegando a destruir 25 pulgões/dia. Um casal e seus descendentes são capazes de destruir 4 milhões de pulgões/ano. As larvas dos dípteros das famílias Syrphidae e Cecidomyiidae chegam a destruir mais de 500 pulgões durante esse estágio.
Maria Aico Watanabe
Embrapa Meio Ambiente
* Este artigo foi publicado na edição número 07 da revista Cultivar Hortaliças e Frutas, de abril/maio de 2001.
* Confira este artigo, com fotos e tabelas, em formato PDF. Basta clicar no link abaixo:
/arquivos/hf07_pulgao.pdf
Os pulgões são pequenos insetos sugadores de seiva elaborada e que prejudicam as culturas não apenas pela sucção de seiva, mas pela inoculação de toxinas e transmissão de viroses, esta última sendo o dano mais sério.
Nas condições do Brasil os pulgões se reproduzem exclusivamente por partenogênese telítoca, na qual fêmeas produzem larvas fêmeas sem o concurso dos machos.
Certas espécies de pulgões como Aphis nerii são capazes de atacar plantas tóxicas como a espirradeira Nerium oleander e a erva invasora Asclepias curassavica. O organismo dessa espécie de pulgão tem a capacidade de seqüestrar esses princípios tóxicos e de usá-los como mecanismo de defesa contra os inimigos naturais. O pulgão Brevicoryne brassicae é capaz de desativar a toxina sinigrina presente nas crucíferas (couve, repolho, nabo, rabanete) das quais se alimenta.
Algumas espécies de pulgões se especializaram como formadores de galhas que podem se constituir a partir do enrolamento das folhas ou formação de tumores induzidos pelos hormônios de crescimento produzidos por esses insetos. É o caso da filoxera Daktulosphaira vitifoliae que provoca a formação de galhas em folhas e raízes da videira. As formas aladas da filoxera voam para as folhas da videira, onde depositam ovos. Desses nascem as larvas formadoras de galhas. Completando o desenvolvimento, a filoxera sai da galha e desce pelos ramos da planta até chegar às raízes, onde forma novas galhas em forma de nodosidades. Para o controle da filoxera é recomendado que se use porta-enxertos resistentes. Mesmo assim a filoxera consegue se estabelecer na videira enxertada, atacando somente a parte aérea suscetível. Todavia seus danos são menores que no caso do comprometimento das raízes. Embora protegidos no interior das galhas, os pulgões ainda são atacados pelos inimigos naturais especializados em perseguí-los dentro dessas estruturas.
É bastante conhecida a relação de mutualismo que os pulgões estabelecem com formigas: enquanto os primeiros fornecem substâncias açucaradas que secretam às formigas, estas os defendem contra a aproximação de seus inimigos naturais e os carregam para colonizarem novas plantas.
Na tabela (veja no final do texto como visualizar este artigo em PDF) encontram-se as principais viroses em plantas e as espécies de pulgões que as transmitem.
Os pulgões são capazes de desenvolver resistência contra pesticidas químicos como os organofosforados e carbamatos. As espécies mais estudadas com relação a esse aspecto são os pulgões Myzus persicae e Aphis gossypii. O desenvolvimento de resistência é facilitado pela aplicação repetida do mesmo agroquímico na cultura.
Como os pulgões possuem numerosas espécies de inimigos naturais representados pelos parasitóides e predadores, valeria a pena realizarem-se esforços para substituir o controle químico pelo biológico, viabilizando-se a criação massal e o fornecimento de inimigos naturais aos agricultores.
O controle biológico clássico de pulgões, que alcançou expressivo sucesso no Brasil é o dos pulgões do trigo pertencentes às espécies Metopolosiphium dirhodum (pulgão da folha), Sitobium avenae (pulgão da espiga e da folha), Schyzaphis graminum (pulgão da espiga e da folha), Rhopallosiphum padi (pulgão da folha e da bainha) e R. rufioabdominale (pulgão da raiz). Para o controle biológico dos mesmos foram introduzidas 12 espécies de parasitóides trazidos da Europa e da Ásia, dos quais apresentaram melhor sucesso quanto ao estabelecimento Aphidius colemani, A. ropalosiphi, A. uzbekistanus, A. ervi, Diaeretiella rapae, Praon volucre e Ephedius plagiator. Essas introduções foram necessárias pois as pragas do trigo (planta originária do Velho Mundo) foram introduzidas no Brasil desacompanhadas de seus inimigos naturais nativos.
O parasitóide Lysephlebus testaceipes foi introduzido com sucesso nos países do Mediterrâneo para controle dos pulgões dos citros Toxoptera spp.
O parasitismo é estabelecido quando a vespa fêmea deposita o ovo no interior do organismo do pulgão. A larva que eclode do ovo se desenvolve alimentando-se da hemolinfa e dos tecidos internos do hospedeiro. Finda a fase larval do parasitóide, o pulgão já está morto e transformado em múmia. A pupa do parasitóide se forma no interior da múmia e a vespa adulta emerge abrindo um orifício na parede da múmia. Pulgões novos, quando parasitados, morrem sem chegar à idade adulta; os que chegam a esse estágio produzem menor número de descendentes. Com o parasitismo ocorre degeneração dos ovários do pulgão, cessando a formação dos embriões. São predadores de pulgões coleópteros, dípteros, neurópteros, heterópteros, himenópteros e aranhas.
Existem mais de 5 mil espécies de coccinelídeos (insetos da família dos coleópteros) que são predadores de pulgões e são encontrados em quase todas as partes do mundo. Larvas jovens de pulgões são mais vulneráveis ao ataque de coccinelídeos.
Os neurópteros das famílias Chrysopidae e Hemerobiidae são encontrados também em quase todas as partes do mundo. Suas larvas são predadores ativos de pulgões, chegando a destruir 25 pulgões/dia. Um casal e seus descendentes são capazes de destruir 4 milhões de pulgões/ano. As larvas dos dípteros das famílias Syrphidae e Cecidomyiidae chegam a destruir mais de 500 pulgões durante esse estágio.
Maria Aico Watanabe
Embrapa Meio Ambiente
* Este artigo foi publicado na edição número 07 da revista Cultivar Hortaliças e Frutas, de abril/maio de 2001.
* Confira este artigo, com fotos e tabelas, em formato PDF. Basta clicar no link abaixo:
/arquivos/hf07_pulgao.pdf
sábado, 3 de março de 2018
Uso do Guandu na alimentação de aves
A criação de aves para a produção de carne do tipo caipira, no sistema semi-intensivo, é um dos segmentos da avicultura que tem se mostrado promissor.
A carne produzida apresenta sabor diferenciado, que agrada ao paladar de consumidores à procura de alimentos com maiores atributos de qualidade. No entanto, o desafio nesse tipo de criação é tornar a produção mais eficiente, ao diminuir os custos com a alimentação, sem perder as características dos produtos.
O aumento na demanda por fontes de proteína e o seu alto custo tem estimulado pesquisas que buscam novas alternativas para substituir as tradicionais fontes proteicas, principalmente a do farelo de soja.O feijão guandu [Cajanus cajan (L.) Millsp.] é uma dessas alternativas, pois apresenta boas quantidades de proteína bruta, que variam entre 22 e 27%. 2011). Além disso, é uma leguminosa resistente à seca, fator importante para sua cultura em regiões semiáridas.
Aquaponia passo a passo - Como montar
Criando peixes e hortaliças no mesmo espaço. A Embrapa mostra como montar um sistema de aquaponia por canaletas que pode ser utilizado com finalidade doméstica ou comercial.
A aquaponia permite a criação de peixe juntamente com hortaliças . Os dejetos dos peixes alimentam as plantas e por sua vez a água volta limpa para os tanques. Não há uso de agrotóxicos.
O pesquisador Paulo Carneiro, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, mostra todos os detalhes de montagem.
Veja também, em material escrito, com muitos mais detalhes, a montagem e a operação de um sistema familiar de aquaponia, desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em Aquaponia da Embrapa Tabuleiros Costeiros (LAPAq)
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digita...
A reportagem é da Patrícia Dantas. Imagem Weslen Cruz. Produção TV Aperipê, de Aracaju.
sexta-feira, 2 de março de 2018
Novo biofertilizante melhora qualidade do espinafre
Uso de químicos tende a reduzir na Europa
Os espinafres formam parte das dietas
saudáveis e os produtores mostram interesse por melhorar seu cultivo
dentro dos novos parâmetros que impõem a União Europeia, cujo objetivo é
substituir paulatinamente o uso de químicos por biofertilizantes.
Conscientes destas exigências, pesquisadores da Universidade de
Salamanca identificaram que a bactéria Rhizobium laguerrae melhora a
produção, a qualidade nutricional e o aspecto dos espinafres.
O grupo de pesquisa “Interações Planta-Microorganismo” do
Departamento de Micriobiologia e Genética da Universidade de Salamanca
identificou que essa bactéria melhora a produção, a qualidade
nutricional e o aspecto dos espinafres.
Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports e abrem o
caminho para o desenvolvimento de novos biofertilizantes mais
respeitosos com o meio ambiente, neste caso, em um cultivo com grande
interesse comercial.
“Uma das nossas linhas de investigação é a busca de biofertilizantes
para cultivos hortícolas de alto valor agregado”, explica Raúl Rivas
Gonzáles, membro do grupo. “Os espinafres entram dentro das dietas
saudáveis e também existe um grande interesse dos produtores por dispor
de alternativas aos usos químicos convencionais porque assim marca a
legislação europeia”, acrescentar.
Entre os micro-organismos considerados seguros para a agricultura se
incluem as bactérias do gênero Rhizobium. Portanto, a equipe de pesquisa
desenvolveu projetos similares para outros cultivos. Desta vez, o
objetivo eram os espinafres. “Realizamos uma ampla triagem com cepas de
bactérias que poderiam dar um bom resultado e realizar provas in vitro
para comprovar que se integrará bem com a planta”, afirmou Gonzáles.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
Pesquisadora descobre as propriedades e os benefícios da “caferana” para a saúde
Fonte: ROSAL COMUNICA E CONECTA
Com o objetivo de impulsionar os esforços para conservação do meio ambiente, transformando a ação de cada um em uma força coletiva que tenha um verdadeiro e duradouro legado de impacto positivo para o planeta foi lembrado, no início de junho (05), o Dia Mundial do Meio Ambiente. O tema deste ano foi definido como: “Conectando pessoas à Natureza” com o slogan “Estou Com a Natureza”.
Para mostrar um pouco mais sobre pesquisas relacionadas a esse assunto, nós, daRosal, fomos conversar com a engenheira agroindustrial e especialista em indústrias alimentícias, do município de Santo Antônio da Patrulha – RS, Sara Fraga*. A pesquisadora nos contou sobre o trabalho que vem desenvolvendo com as frutas nativas.
Sara nos relatou que desde de 2010, ela e seu grupo de pesquisa, desenvolvem a atividade com o foco principal nas frutas nativas da região de Santo Antônio da Patrulha, que é rica e diversificada quanto a sua conformação ambiental. O trabalho está relacionado à importância de uma alimentação saudável com produtos locais, associando isso à conservação da biodiversidade.
Conheça agora, um pouco mais sobre essa história…
Rosal: Como surgiu o interesse pelo do tema de pesquisa?
Sara Fraga: Nós temos aqui, Mata Atlântica, um lado de Serra e baixadas, onde têm terras alagadiças. Na nossa região, nós produzimos um dos melhores arroz do mundo, que tem hoje, denominação geográfica. Aqui, tem produção de cana-de-açúcar nos morros, mais nas encostas, na região serrana. O índice de açúcar dessa cana é mais elevado do que na maioria das regiões do Brasil. É uma cana especial. O professor Carlos Peixoto, que é do grupo de pesquisa de produtos naturais, da Universidade Federal do Rio Grande, do Campus de Santo Antônio da Patrulha, pesquisa e cuida dessa parte. Os estudos dele são sobre os produtos oriundos de cana de açúcar como, por exemplo, o melado, a cachaça, o açúcar mascavo e outros que dessa linhagem se originam. A indústria rapadureira do município é extremamente forte em função desse conteúdo especial de sacarose da nossa cana de açúcar. Então, pela própria diversidade geográfica do município de Santo Antônio da Patrulha, acabou despertando muito a nossa curiosidade para o lado das frutas nativas que são dessa região. Aí, nosso trabalho começou em 2010 com a “caferana”, conhecida no município como “guaraná do sul”. É uma frutinha com a polpa bem vermelha e adocicada com um fundo amargo e nós começamos a pesquisar sobre ela.
Rosal: Como você conheceu a “caferana”?
Sara Fraga: Minha avó me apresentou a fruta em 2009, quando iniciei o curso, em função de um grande cansaço causado por muitas horas estudo. Ela disse que iria me dar uma fruta para eu recuperar a saúde, recuperar a energia, principalmente. Minha avó me apresentou aquela fruta e recomendou que eu tomasse o suco com uma fruta só, pela manhã. É claro que eu não obedeci a vovó e coloquei duas frutas no copo. Tomei e fiquei o dia inteiro “a milhão”, com muita energia. A partir daí, começou a bater a curiosidade sobre a fruta. Que fruta é essa? O que ela tem? Nós fomos a campo em busca de pesquisas.
Rosal: Foi fácil encontrar informações sobre a “caferana”?
Sara Fraga: Na época, não encontramos nada publicado sobre ela, nem identificação botânica. Com muito esforço, acabamos chegando no acervo do Jardim Botânico de Nova York, onde tinha uma publicação sobre ela, mas de 1883, de um botânico alemão chamado Jacq Kunth. Daí, nós começamos um trabalho de identificação, de postagem de exsicata** no herbário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em parceria com a professora Janete Adamski para identificar e conseguir trabalhar com a fruta.
Rosal: O que vocês descobriram de especial sobre as propriedades da “caferana”?
Sara Fraga: Começamos a pesquisar a fruta “caferana” e o que ela tinha que dava tanta energia. Nós publicamos o artigo dela em 2014 (os links dos artigos estão ao final do texto) mostrando que ela é rica em cafeína, em carotenóides, licopeno. Imagina… licopeno é o elemento da “felicidade”, muito creditado em vários programas de televisão. Quem come tomate, come compostos de felicidade. Hoje, a gente pode dizer que quem come a “caferana” além de aliar cafeína, licopeno, betacaroteno e outros tantos nutrientes que tem nessa fruta, consegue ter um pouco mais de saúde porque a fruta é nutritiva, é nativa.
Rosal: Já existe produção da “caferana”?
Sara Fraga: Por enquanto ela só é produzida em pomares domésticos, ou seja, livre de agrotóxicos e de grande benefício.
Rosal: Vocês trabalharam com outras frutas nativas?
Sara Fraga: Após a busca da “caferana”, começamos a buscar diferentes frutas nativas. E aí, assim, veio parar nas nossas mãos a juçara, ou juçaí ou açaí do Rio Grande do Sul, que é da Mata Atlântica. Nós fizemos bons trabalhos… produção de suco misto de juçara com “caferana”, de geléia sem adição de açúcar e mais algumas outras coisas que estão saindo aí, do forno, com projetos muito bons. Quando nasceu esse projeto, de trabalhar com as frutas nativas da nossa região, começamos uma busca e aí acabamos encontrando uma série, todas ricas em nutrientes e poucas são consumidas aqui. Começamos a trabalhar com um projeto de educação também, com palestras em feiras do município, em escolas para as crianças conhecerem as frutas.
Rosal: O que mais esse trabalho gerou?
Sara Fraga: Nasceu, no ano de 2016, um projeto na escola Escola Estadual de Ensino Fundamental Felisberto Luiz de Oliveira, da localidade do 5º distrito, chamada Monjolo. Lá, a gente trabalhou com uma frutinha chamada “pixirica” que é dos campos, principalmente onde tem criação de gado. Nós conseguimos produzir além do suco da “pixirica”, uma barra nutritiva rica em antocianinas. A gente agregou além da “pixirica”, outras frutas. Tudo roxas.
Rosal: Por que vocês decidiram criar essa barra nutritiva com a “pixirica”?
Sara Fraga: Essa barra foi desenvolvida com o intuito de auxiliar na alimentação de crianças que sofrem do mal de epilepsia. A antocianina presente nas frutas da nossa região, tem um alto valor nutritivo e alguns estudos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul apontam para a potencialidade de reconstrução da malha neuronal. Quando acontece crises de epilepsia, as crianças sofrem perda de neurônios. Esses neurônios não se reconstroem mais. Outros neurônios nascem no lugar, recompondo aquela malha neural perdida. É um estudo muito rico, muito bonito. Tem condições da gente desenvolver produtos para que as crianças possam comer. Produtos que sejam gostosos, que sejam principalmente nutritivos com frutas da nossa região.
Rosal: As pessoas conhecem os benefícios que as frutas nativas da região podem trazer para a sua saúde?
Sara Fraga: A maioria das pessoas desconhece. De lá para cá, começou um trabalho de conscientização mostrando que o consumo de frutas da nossa região tem a ver com a nossa saúde. A sabedoria da natureza é tão divina que quando o nosso Criador formou as nossas regiões, Ele colocou as frutas, os legumes, as verduras e os cereais naquele lugar, porque eles teriam a capacidade de compor nutrientes para suprir as necessidades do povo que ali viveria, em função de defesas das intempéries daquele local. Na nossa região nós temos calor intenso, frio intenso, alta umidade e seca, também. Em cada um desses períodos, se nós observarmos, tem frutas, legumes e cereais que produzem nas diferentes épocas. Então, se conseguirmos conciliar a nossa alimentação com o que a natureza nos dá, nos períodos que ela nos dá, com certeza nossa saúde vai ser mais privilegiada. Vamos ter condições de ter defesas do organismo mais acentuadas para enfrentar as doenças que também são provocadas por essas intempéries. Quando a gente tem uma umidade muito elevada, um frio muito grande, nós temos doenças de fundo respiratório e pulmonar. Nós temos plantas que suprem as necessidades do pulmão e das vias respiratórias para combater essas doenças. Temos alimentos que são muito propícios para isso. Eu defendo muito isso.
Rosal: E o que você acha das PANCs?
Sara Fraga: Hoje nós temos modismos muito grandes. Hoje se fala de PANC. O que é PANC? Planta Alimentícia Não Convencional. Se a gente for ver o que é PANC, que tipo de planta é, nós veremos que são as plantas nativas, os vegetais nativos, a serralha, o radite da roça e outras tantas que tem por aí. Eu não considero PANC, porque os meus antepassados já comiam isso. Há cem anos, os índios já habitavam nessa região. Há duzentos, há quinhentos anos eles estavam por aqui, tinham todas as plantas e se alimentavam delas. Por que eles tinham saúde muito mais forte do que nós temos hoje? Porque eles consumiam o que a região em que eles viviam oferecia. Então, hoje é uma novidade… ah… a gente pode comer serralha. Pode comer serralha há 500 anos. Desde sempre… e ela tem nutrientes que são necessários para combater os males que as intempéries da natureza proporcionam ao ser humano.
Rosal: Podemos comparar o consumo das frutas nativas da nossa região com a dieta mediterrânea?
Sara Fraga: Quanto à dieta do Mediterrâneo… o que é a dieta do Mediterrâneo? A população do Mediterrâneo consome alimentos daquele território, uma alimentação focada em azeite de oliva, por exemplo. O azeite de oliva é da região do Mediterrâneo. Todos os produtos marinhos, principalmente os que eles consomem, frutos do mar e os peixes, são daquelas encostas do Mediterrâneo. Aliado a isso, eles comem muitos produtos oriundos de ovinos, do leite de ovelha que é criada naquele local, que se alimenta do pasto nativo. Eles têm os nutrientes necessários para suprir as necessidades daquela localidade. Se nós trouxermos uma alocação da dieta mediterrânea para a dieta regional, por exemplo, do Rio Grande do Sul, e nós ainda partirmos dentro de nosso estado, as microrregiões, aí, nós vamos ter uma saúde equivalente. Porque nós temos tantas frutas que hoje a gente nem conhece. Se nós pegarmos os estudos do professor Paulo Brack, veremos que temos aqui, 190 espécies de frutas nativas. Dessas, 166 têm relatos de consumo humano com receitas já desenvolvidas. Quando a gente começa a falar sobre frutas nativas, a gente cita mais ou menos umas 20. A gente não sai das 20. Nós temos as frutas amarelas, as frutas, vermelhas, as frutas roxas. As frutas vermelhas agora entraram na moda como “berry”. O Rio Grande do Sul tem as “berry”. Cada região tem a sua“berry”, que é a fruta rica em nutrientes necessários para aquele lugar. Então nós podemos ter sim, uma saúde equiparada com a saúde do povo mediterrâneo. Nós temos hoje, algumas plantas que produzem azeite, que são tão ricas em ácidos graxos insaturados e poliinsaturados quanto o azeite de oliva, porém são frutas na nossa terra. São alimentos da nossa região, são produzidos nas condições climáticas daqui e eles vão ter os elementos necessários para nutrir o povo que aqui reside. Eu acredito muito isso. Prego isso.
Rosal: O que deve ser feito?
Sara Fraga: Quando nós começarmos a cuidar no nosso meio ambiente, de observarmos o que ele nos dá, nós vamos encontrar a real riqueza da nossa nutrição, do nosso povo. Assim, também estaremos “Conectando pessoas à Natureza” .
*Sara Fraga é formada em Engenharia Agroindustrial com especialização em indústrias alimentícias pela Universidade Federal do Rio Grande, FURG, no Campus de Santo Antônio da Patrulha – RS.
** Exsicata é uma amostra (galho ou fragmento acompanhado se possível de frutos e flores) de planta devidamente prensada e seca ao ar livre ou estufa adequada e posteriormente fixada em papel apropriado com identificação sobre a planta como espécie, família botânica, local e data de coleta, nome do coletor, do identificador, entre outras informações relevantes. Normalmente as exsicatas são armazenadas em herbários que compreendem uma coleção científica de plantas secas, organizadas e preservadas segundo um sistema determinado.
A Excicata, utilizada na pesquisa de Sara Fraga, está postada no Herbarium da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sob a identificação “Bunchosia glandulifera (Jacq) Kunth (Malphiguiaceae) ICN 167276.
Quer saber mais sobre a caferana?
Sara Fraga nos indicou os links dos artigos que publicou sobre o tema.
Veja a seguir:
Link do artigo que foi publicado sobre o suco misto de caferana com juçara:
Artigo sobre a caferana e seus estágios de maturação:
Artigo sobre a caferana com destaque para seus compostos bioativos e sua ação na saúde:
Mais um brasileiro se destacando em inovações sustentáveis, dessa vez é um engenheiro.
Engenheiro adapta sistema natural para tratar esgoto no Paraná
Por Redação RPA
Mais um brasileiro se destacando em inovações sustentáveis, dessa vez é um engenheiro.
É o caso da criação do engenheiro ambiental brasileiro Jonas Rodrigo dos Santos, que adaptou um sistema natural para tratamento de esgotos em áreas rurais, devolvendo aos mananciais uma água residual limpa.Usada em outros países, essa técnica é capaz de acabar com as contaminações de riachos, córregos e alagados. Basta usar filtragem e raízes de plantas.
Essa técnica foi testada em Capanema, no Paraná, e já deu certo, tanto que até foi premiado pela Agência Nacional de Águas.
Os esgotos domésticos e dejetos animais de uma criação de 12 porcos, que antes eram despejados numa fossa, agora são direcionados para uma pequena central de tratamento natural.
Esta central tem cinco fases de limpeza:
- Fossa séptica
- Tanque de zona de raízes
- Filtro de pedras grossas
- Filtro de pedra britada
- Filtro de pedrisco e
- Carvão ativado
As plantas usadas foram taiobas e bananeiras, que aproveitam tanto os líquidos como a matéria orgânica ainda em suspensão.
A água residual deste processo tem um alto nível de qualidade, com apenas 170 miligramas por litro de material sólido.
No início do processo a medição aponta 8.381 mg/l.
Os bons resultados também se referem às quantidades de fósforo, amônia e coliformes termotolerantes.
O resultado foi tão bom que o projeto foi premiado pela Agência Nacional de Águas.
Para conhecer mais do projeto, você pode ler aqui a monografia de Jonas.
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Fonte: Só Boa Notícia
Fossa séptica permite o uso do resíduo como adubo
Globo Rural reapresenta as melhores matérias do ano de 2011.
Em São Paulo, tecnologia simples é adotada por pequenos agricultores.
Do Globo Rural
Muitas vezes, a não mais do que 30, 40 metros do banheiro, a chamada fossa negra - que nada mais é do que um buraco na terra - recebe todo o material, sem nenhum tratamento.
No lugar, o acesso é quase proibido, como conta José Amarante, técnico em desenvolvimento agrário do Instituto de Terras do Estado de São Paulo, o Itesp. “Os próprios produtores rurais consideram o local perigoso, onde eles orientam as crianças a não chegarem perto. Visitas também, este é o primeiro alerta que o produtor faz. Além do perigo da contaminação, existe o perigo de cair, pois são estruturas totalmente precárias”.
Para o buraco não ficar exposto, os produtores improvisam uma cobertura com pau e folha de zinco. O fato dos dejetos irem direto para o solo compromete a qualidade de vida da população.
O veterinário Luiz Augusto do Amaral, professor da Unesp de Jaboticabal, trabalha com saúde pública há 30 anos e diz que 80% dos leitos hospitalares são ocupados por pessoas que estão doentes em decorrência da falta de saneamento. “Quando se investe um dólar em saneamento, economizam-se quatro em saúde. E a área rural é onde se produz água, então tudo o que for feito para preservar ou impedir a contaminação, superficial ou subterrânea, protege-se inclusive populações distantes. Quem tem uma fossa negra, tem cinco vezes mais chance de ter a água contaminada, do que aquele que tem uma fossa correta”, alerta.
Uma fossa correta pode ser uma estrutura simples, como a que mudou a saúde das 47 famílias do assentamento Córrego Rico, em Jaboticabal, no norte paulista.
Em Ibitiúva, no município de Pitangueiras, a 50 quilômetros de Jaboticabal, na propriedade de Jaime Fagundes dos Santos, o trabalho conta com a experiência do agricultor Oscar Dias da Silva, que fez 47 das 66 fossas construídas na região sob coordenação do Itesp. “Em 20, 30 dias a fossa está pronta para funcionar. Eu gosto do trabalho, porque isso é para o futuro. Se as pessoas não cuidarem, o planeta acaba. A gente tem que lutar para isso”, afirma.
Sheilla Bolonhezi Verdade é bióloga da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, a Cati, e acompanha o trabalho de saneamento rural nos assentamentos da região.
Estrutura da fossa séptica composta por três caixas
(Foto: Reprodução TV Globo)
Na estrutura da fossa séptica, composta por três caixas, a primeira dá
início à fermentação dos dejetos, processo que vai decompor o material e
eliminar o maior dos causadores de doenças. Conforme vai enchendo, o
líquido passa para a segunda caixa, que completa a fermentação até
chegar à terceira. “A terceira caixa já está com o efluente livre de
patógenos. O líquido pode ser utilizado para irrigação de culturas, como
frutíferas ou de consumo indireto. O produtor vai gastar
aproximadamente de R$ 1.000 a R$ 1.200 para montar a estrutura,
dependendo do material utilizado”, explica a bióloga.(Foto: Reprodução TV Globo)
Uma estrutura com três caixas de mil litros cada uma dá conta de atender uma família de cinco pessoas.
Assista ao vídeo com a reportagem completa e veja mais sobre o funcionamento da fossa séptica.
Há 12 anos, a primeira fossa séptica, no modelo desenvolvido pela Embrapa, foi instalada em Jaboticabal. Ela serviu de base para que o sistema fosse adotado nas pequenas propriedades da região e continua funcionamento perfeitamente.
A fossa séptica deve ser instalada a uma distância de pelo menos 30 metros da casa e longe de onde se faz a captação da água.
Para mais informações sobre a construção de fossas sépticas, escreva para a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral.
Cati
Avenida Treze de Maio, 946
Jaboticabal, São Paulo
Cep: 14870-160
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Saiba plantar a fruta: Goji berry
Recomenda-se que ela seja plantada na primavera para ser colhida no verão, estação em que a planta produz mais
Por João MathiasGostaria de saber qual é a melhor época para se plantar mudas de goji berry.
Julio Cesar Benin, por email
Como a goji berry é uma fruta produzida no verão, o plantio da fruteira em local definitivo deve ocorrer durante a primavera. A não ser em cultivos protegidos ou em regiões onde o inverno não é rigoroso, a muda da goji berry não tolera temperaturas baixas. Em bandejas, faça a semeadura no início do outono e, quando a planta atingir 10 centímetros de altura, transplante-a para o saquinho. Aos 20 centímetros de altura, deve-se podar a extremidade superior para que ela perfilhe e, ao alcançar 80 centímetros de altura, plante-a em local definitivo.
Consultor: Sítio Recanto das Pitayas, Turvo, SC, tels. (48) 9955-5982 e (48) 8803-3242, recantodaspitayas@gmail.com
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
Abacateiro não produz: o que pode ser?
Confira dicas do plantio da fruta para melhorar a produção
Por João MathiasLuciano Souza, de São Lourenço (RS)
Alguns fatores podem estar influenciando a falta de frutos do abacateiro. Embora em uma mesma planta exista flores masculinas e femininas, ambas apresentam maturação em épocas diferentes. Em determinado grupo de variedades de abacateiro (A), as flores femininas abrem-se de manhã e fecham-se à tarde, enquanto que as masculinas fechadas de manhã, abrem-se à tarde. Em outro grupo (B), ocorre o inverso: as flores femininas abrem-se à tarde e as masculinas, de manhã. O fenômeno é conhecido como dicogamia protogínica. Como todas as flores abrem-se e fecham-se praticamente ao mesmo tempo, para garantir a polinização e, consequentemente, a produção, é necessário intercalar variedades de comportamento floral diferente.
Portanto, recomenda-se que sejam plantadas fruteiras dos dois grupos com uma distância de, no máximo, 100 metros entre elas. Para isso, com a ajuda de um agrônomo ou técnico, identifique a que grupo pertence a planta que não está produzindo e, próximo dela, plante um abacateiro de grupo diferente. A temperatura também pode influenciar a produção de abacates. Na variedade fuerte, por exemplo, não há boa frutificação abaixo de 13 ºC e acima de 40-45 ºC. A alta temperatura provoca a queda de frutinhos e a baixa leva a formação de frutos partenocárpicos, sem valor comercial. Como o abacateiro é considerado muito exigente em água, a baixa disponibilidade de água provoca redução no tamanho do fruto e o excesso também não é tolerado pela planta. Quanto aos nutrientes, o nitrogênio e o potássio são os mais importantes para a produção do abacateiro.
CONSULTOR: ANTONIO LÚCIO MELLO MARTINS, pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
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