terça-feira, 27 de setembro de 2016

Canteiros de rua são adotados em bairro carioca


Você costuma reparar nos canteiros das ruas por onde passa? Esses cantinhos verdes, que deveriam trazer um pouco de colorido às ruas das cidades, muitas vezes, acabam abandonados e passam despercebidos por moradores e turistas. Incomodados com a desvalorização destes pequenos espaços e sentindo a necessidade de trazer mais vida a principal rua do bairro, um grupo de moradores de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, procurou a prefeitura para propor que os canteiros de rua fossem adotados pela população. Com o aval e a ajuda do município, o projeto foi iniciado e, até hoje, 25 canteiros já foram adotados!


A adoção de canteiros no bairro faz parte do PSI – Projeto de Segurança de Ipanema, um movimento voluntário de moradores da região que entende que ter o espaço público limpo, organizado, bonito, iluminado e bem cuidado contribui para a segurança pública. “Entendemos que o plantio dos canteiros e sua adoção pela população seriam a oportunidade perfeita para que a população exerça a sua cidadania, cuidando de um local que pertence a todos nós, e o bairro fique mais bonito e cuidado, oferecendo um ambiente desfavorável à violência e à criminalidade.” diz Ignez Barreto, uma das idealizadoras do projeto.
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Qualquer pessoa, seja física ou jurídica, pode adotar um canteiro. Não existe burocracia, basta demonstrar interesse e comprometimento para cuidar do espaço. É possível, inclusive, colocar uma plaquinha homenageando alguém especial e até mesmo o bichinho de estimação. Após o ok para a adoção, o próprio morador escolhe as plantas do seu canteiro. À prefeitura, cabe fornecer as golas de alvenaria, que são aquelas muretas de proteção, e, quando há necessidade de plantar árvores, ela também fornece as mudas e se responsabiliza pelo plantio. Os canteiros adotados são fiscalizados pelo PSI, que verifica se estão sendo feitos e bem cuidados. Os moradores de Ipanema, que estiverem interessados em adotar um canteiro, podem visitar a página do PSI para mais informações.
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Muito bacana este projeto! Esperamos que este movimento voluntário inspire outros grupos de moradores e que iniciativas semelhantes sejam adotadas em diferentes bairros! Espalhar cantinhos verdes pela cidade é uma forma sustentável de levar mais vida às ruas e calçadas. Compartilhe essas informações com seus amigos!

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Plantas nectaríferas e poliníferas Astrapéia-rosa (Dombeya)





A Astrapéia-rosa (Dombeya) é uma planta nativa da África. Aqui no Sudeste do Brasil, ela produz uma exuberante floração durante a estação do inverno (nos meses de Junho, Julho, Agosto e às vezes até o início de Setembro). Suas pequenas flores dispostas em cachos produzem uma grande quantidade de néctar. Mas é uma substância com baixa concentração de açúcares. Numerosas espécies de abelhas a visitam, não apenas para coletar o néctar, mas também para retirarem o pólen. Apesar de seu néctar ter baixo teor de açúcares, a florada da astrapéia-rosa é sempre muito bem vinda pelos apicultores e meliponicultores porque veem nela uma abundante fonte de provisões durante o período mais crítico do ano.

As leguminosas por fora e por dentro. Como funciona a adubação verde.

As plantas leguminosas, recentemente classificadas pelos botânicos como fabáceas, são espécies fundamentais, quer pelo seu valor nutritivo (saiba mais), quer pela fixação biológica do nitrogênio em simbiose com a bactéria do género Rhizobium.

produção agrícola e a agricultura biológica (saiba mais) em particular devem fomentar este mecanismo natural como alternativa à síntese química de amoníaco no fabrico de adubo nitrogenado, uma reação que consome muita energia e que torna o "nitrogênio do saco” o fator de produção agrícola mais dispendioso em energia e mais poluente, com muitas emissões de gases com efeito de estufa. Recentemente chegou-se à conclusão que o fabrico de adubos químicos (azotados e outros) tem uma emissão de gases poluentes quase tão grande como as dos combustíveis nos diversos transportes com motores de combustão.

Figura 1 – Fava-ratinha ou faveta (Vicia faba var. minor), semeada para adubação verde (Ferreira do Zêzere, Outubro 2015)
cultura de leguminosas pratica-se pelo menos desde a antiguidade egípcia e desde então que se reconhece que estas plantas melhoram o solo. O grego Teofrasto escreveu que as leguminosas tinham "um carácter regenerador do solo mesmo semeadas bastas e produzindo muito fruto”.

Mas só em 1886 Hellriegel e Wilfarth demonstram que as leguminosas noduladas fixam nitrogênio, ou melhor que as bactérias rizóbio presentes no interior dos nódulos transformam nitrogênio gasoso em amónio (N2 + 3H2 -> 2NH3). É um processo com resultado semelhante ao da fábrica de amoníaco (saiba mais), mas em que a fonte de energia é mais limpa – os açúcares produzidos pela planta através da fotossíntese. Na produção industrial, para transformar a molécula gasosa de N2 em amoníaco, é preciso uma temperatura da ordem dos 500ºC e uma pressão de 200 a 400 atmosferas. Já na fixação biológica a enzima nitrogenase(identificada e isolada em 1966) presente na bactéria, faz o mesmo à temperatura e pressão ambiente.

Existem diferentes espécies de rizóbio que fazem simbiose com diferentes espécies de leguminosas, produzindo nódulos na raiz também diferentes (fig. 2 e 3) e que não devem ser confundidos com as galhas provocadas por nemátodos, que são doença.

Nos chícharos (género Lathyrus), ervilhas (gén. Pisum), ervilhacas e favas (gén. Vicia),lentilhas (gén. Lens), o rizóbio é a espécie Rhizobium leguminosarum bv.Viceae, que é das maiseficientes a fixar azoto. É por isso que quando semeamos estas plantas não precisamos nem devemos aplicar adubo azotado (saiba mais), seja químico seja orgânico, pois se o fizermos, para além de estarmos a aumentar os custos da produção, reduzimos a fixação biológica de azoto. É também por isso que quando enterramos as plantas na sua floração para adubar uma cultura seguinte, já não precisamos de aplicar estrume (saiba mais), pois estamos a fazer uma "estrumação” verde, também chamada de adubo verde ou sideração.


Figura 2 – Nódulos de rizóbio em fava, brancos por fora e avermelhados por dentro, sinal de funcionamento do mecanismo de fixação de N, uma fábrica natural de adubo (Reguengos de Monsaraz, Maio 2011).

rizóbio da figura 3 é doutra espécie (Bradyrhizobium spp.) um pouco menos eficiente que o anterior mas melhor adaptado a solos ácidos e arenosos, onde a tremocilha cresce melhor que a fava ou a ervilhaca.

É também pela fixação biológica que se produz o azoto que vai formar as proteínas na planta e em especial nas sementes, algumas delas com possível uso na alimentação humana.

Desta forma, a natureza, e o homem com um cultivo mais ecológico, produzem alimentos mais proteicos que a carne, com muito menor consumo de recuros naturais (solo, água) e de baixo impacte ambiental.

Figura 3 – Interior dos nódulos de rizóbio em planta de tremocilha (Lupinus luteus) com uma coloração avermelhada, sinal de boa atividade fixadora de azoto (Évora, Abril 2009)

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

APRENDA EM 06 PASSOS A TER SUCESSO NO CULTIVO DE VIOLETAS

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Há muito tempo as flores exercem um poder especial sobre as pessoas. Em formas de presentes, agradecimentos, pedido de desculpas, declarações de amor ou apenas um jeito de demonstrar carinho, elas falam o que jamais poderia ser dito através de palavras. As flores das violetas fascinam por suas flores, cores e formas e por serem umas das mais belas manifestações da natureza. A violeta africana é uma espécie florífera perene, percentence à família Gesneriaceae, a mesma das gloxíneas, na qual existem cerca de 25 espécies e acima de 8 mil variedades conhecidas, das quais 100 têm sido cultivadas comercialmente.
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Fonte da foto: www.evergreennursery.com

1º PASSO: REPLANTIO DO VASO

Embora as violetas sejam normalmente comercializadas em vasos de plástico, o ideal é que elas sejam plantadas em vasos de barro. O vaso de barro tem a vantagem de absorver o excesso de água e permitir que as raízes da planta “respirem” adequadamente. As violetas são plantas com tecido interno rico em água e por isso são muito sensíveis ao excesso de umidade elas tendem a melar e apodrecer. 
O ideal é que após adquirir o vasinho de violeta este seja replantado em condicionador de solo "Classe A", produto rico em turfa (matéria orgânica capaz de reter água), nutrientes (as raízes das violetas precisam absorver para um bom desenvolvimento) e esterco (além de ser fonte de matéria orgânica e nutrientes também retém umidade). O substrato que as plantas são comercializadas, são produtos leves, aerados, isentos de matéria orgânica, nutrientes e incapazes de reter água, desidratam a planta rapidamente, dessa forma, é imporante fazer o replantio para que a planta cresça de forma bonita e saudável.
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Fonte da Foto: www.ipm.iastate.edu

2º PASSO: CONDIÇÕES IDEAIS DE CRESCIMENTO

As violetas são flores de interior, não suportam luz solar direta e devem ser mantidas rigorosamente à meia-sombra. Porém é importante que haja claridade e ventilação para que as folhas da planta possa realizar a fotossintese e respiração, caso contrário, as folhas ficam amareladas e as raízes ficam mais susceptíveis ao ataque de pragas e doenças. O contato com o sol direto deixa as folhas queimadas e desidratadas (Foto abaixo).
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Fonte da Foto: www.missouribotanicalgarden.org

3º PASSO: NUTRIÇÃO MINERAL

A violeta é uma planta sensível à adubação de fertilizantes químicos, sendo que, apenas os nutrientes contidos no Condicionador de Solo "Classe A" são suficientes para a nutrição de suas raízes. No entanto, se o plantio for feito em terra vegetal, pode-se fazer a complementação dos nutrientes com fontes naturais: cinzas de churrasqueira peneirada, casca de ovo seca e moída no liquidificador, esterco curtido e moído, húmus de minhoca, etc. Caso se use o NPK, deve-se ater às formulações com baixo percentual de nitrogênio, como o 04-14-08 (os percentuais da formulação são: 4% Nitrogênio, 14% Fósforo e 8% Potássio) muito usado para o plantio em geral. O nitrogênio, embora seja o nutriente do crescimento, para a violeta ele queima as raízes das plantas. Esta formulação deve ser misturada no condicionador de solo antes do plantio. Além disso, as folhas das violetas possuem pêlos que impedem o acúmulo de excesso de água em suas folhas, uma medida natural da planta de evitar a mela foliar, dessa forma, caso a adubação seja foliar, o que não for absorvido pelas folhas irá escorrer para o solo e ser absorvido pelas raízes. A adubação foliar é considerada a mais eficiente e por isso a mais indicada para as plantas envasadas.
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Fonte da Foto: www.seggleston.com

4º PASSO: REPRODUÇÃO

A violeta possui uma forma simples de reprodução vegetativa através do enraizamento da folha. Deve-se cortar o pedúnculo ("cabinho") da folha com faca, tesoura ou mesmo quebrá-la na base do caule. É importante nao deixar um pedunculo comprido pois ele irá apodrescer e há risco de contaminar a planta com alguma doença. O pedúnculo deve ser reduzido ao tamanho de 1 cm próximo à folha. Em um recipiente furado no fundo (caixa plástica comprida e rasa, copo plástico, vaso de cerâmica, etc.), deve-se completar com substrato (o mesmo de hortaliças) até a borda, apertar e molhar. Em seguida deve-se plantar as folhas cobrindo a base da folha com substrato. As folhas podem ser plantadas uma ao lado da outra, deixando uns 5 cm de distância da folha da frente para o crescimento das mudinhas. Esse recipiente deve ficar em um lugar sombreado. A umidade é fundamental para o enraizamento e brotamento das mudas. Para saber a hora de molhas basta enfiar o dedo, se estiver úmido, deve-se molhar. Com o tempo as mudinhas irão nascer na base da folha enraizar e estarão prontas para serem replantadas em vasos individuais. Aguarde o crescimento de mais de 5 folhas para fazer o transplantio. Utilize condicionador de solo "Classe  A" para o transplantio das novas mudinhas, elas precisarão de nutrientes, matéria organica e boa retenção de água no solo para crescerem saudáveis. Faça também uma boa adubação foliar para acelerar o crescimento das mesmas.
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Fonte da Foto: www.cutoutandkeep.net
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Fonte da foto: www.indoor-plants.net
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Fonte da Foto: www.plantcaretoday.com

5º PASSO: CONTROLE DE PRAGAS

Geralmente, as pragas atacam as plantas nos momentos de debilidade nutricional, excesso ou stress hídrico. É importante que as plantas estejam bem nutridas e regadas adequadamente para que possam tolerar ou rebrotar após o ataque. Além disso, é possível através de alguns produtos naturais, fazer um tratamento preventivo. O produto mais utilizado é o óleo de neem, porém dependendo da dosagem este óleo intoxica e até fecha os estômatos das folhas (pequenas bocas por onde as folhas respiram e se alimentam) prejudicando drasticamente o seu crescimento. Até o momento, para o combate orgânico, o produto mais eficiente disponível no mercado é o Inseticida Spruzit, da Empresa alemã Neudorff. Este produto é distribuído pela Terral em Minas Gerais e pode ser facilmente encontrado nos nossos parceiros. Além deste, seguindo a mesma linha de produtos orgânicos, temos o lesmicida Ferramol (único no mercado tóxico apenas para lesmas, caracóis e caramujos), as Armadilhas de Placas Amarelas (grande e pequena) onde a coloração é um atrativo para insetos voadores que ficam grudados ao pousarem na placa. Soluções simples, orgânicas e muito eficazes no combate de pragas de plantas.
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Fonte da Foto: www.en.allexperts.com

6º PASSO: COLEÇÃO DE BELAS PLANTAS

Há muitas variedades de violetas disponíveis no mercado. É interessante se colecionar a variação de cores, tamanhos e formas de flores e cores de folhas. Um mix de cores que transforma o ambiente trazendo mais paz e harmonia para nossas casas.
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 Fonte da Foto: www.greenwomanmagazine.com
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Fonte da Foto: www.suggestkeyword.com
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Fonte da Foto: www.flickr.com
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Fonte da Foto: www.pinterest.com
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Fonte da Foto: www.debalconesyflores.es
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Fonte da Foto: www.ruhrnachrichten.de
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Fonte da Foto: www.giardinaggio.it
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Fonte da Foto: www.club.anflower.co.kr
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Fonte da Foto: www.pinterest.com

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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

ORA PRO NOBIS - carne dos pobres


Contam que os padres do interior de Minas no início da colonização usavam está trepadeira cactácea como cerca viva e proibiam os pobres de colher suas folhas e flores para consumo. As pessoas, então esperavam a hora das orações dos padres para poderem fazer a colheita as escondidas, daí o nome ora-pro-nóbis (orai por nós em latim). Lendas a parte, a verdade é que esta planta tem um nível tão alto de proteínas e ferro que é também conhecida como carne de pobre.
Nome científico Pereskia aculeata Miller.

Esta planta está se revelando economicamente viável e seu cultivo tem sido incentivado em vários pontos do Brasil. A cidade mineira de Sabará tem inclusive uma festa anual o "Festival ora-pró-nóbis" no mês de maio onde é possível encontrar várias iguarias feitas com as flores e folhas.
O cultivo é bem simples, basta conseguir algumas estaquias de 20 cm, deixar que arejem por um ou dois dias e enfiar metade na terra, não é necessário nem molhar.
O prato mais tradicional é a Galinha ora-pró-nóbis , mas tudo o que é feito com espinafre e couve, pode ser feito com ele. Segue agora mais algumas informações coletadas na internet.

Para quem quiser, forneço mudas em Porto Alegre RS.

Ora-Pro-Nobis
"peréskia aculeata miller"





A Ora-pro-nobis.

Graziela Reis

O ora-pro-nobis já foi considerado apenas uma moita espinhenta, boa para cercas. Mas ganhou fama e nobreza. Suas folhas e flores são comestíveis e vêm sendo utilizadas com maior freqüência na culinária mineira.

O sucesso é comprovado. Tanto que o ora-pro-nobis começa a ser cultivado para fins comerciais com boa dose de lucratividade.

Na região de Sabará, a 25 quilômetros de Belo Horizonte, no distrito de Pompeu, o ora-pro-nobis está ganhando espaço e garantindo renda para produtores de hortaliças. José dos Santos Pinto, proprietário do Alambique JP, acredita na cultura e passou a desenvolvê-la de maneira mais efetiva. Ele conhece a planta, das cercas dos vizinhos, desde criança. Mas só recentemente ampliou sua produção, que começou com um único pé, para consumo próprio. Hoje, já tem 150 metros de ora-pro-nobis plantados em cercas.

Para José dos Santos, a planta complementa a renda gerada pelas hortaliças, pela cachaça que produz e pelo restaurante que abre nos fins de semana e também oferece o ora-pro-nobis como um dos pratos principais.

“Na feira, em Sabará tudo que eu levo vende”, diz. Um pacote de 200gramas da planta, já picada em tiras mais grossas que couve, sai por R$ 0,80. Um quilo custa R$ 4.

A pequena produtora Maria Torres da Fonseca prefere vender o ora-pro-nobis apenas nos pratos que oferece no restaurante Moinho D’Água, também em Pompeu. O negócio cresceu a partir das receitas feitas com a planta, como a de marreco com ora-pro-nobis, que foi ganhando do primeiro concurso relacionado com a espécie promovido em Sabará. “Tudo o que planto coloco no restaurante. A procura é tanta que não dá para vender de outro jeito”, conta Maria, que já tem 200 arbustos cercando sua propriedade.

Tendo em vista a rusticidade do ora-pro-nobis, “que não tem frescura e nasce em qualquer lugar ocioso”, a lucratividade é interessante. O maior custo envolvido no processo é o de mão-de-obra para colher e picar as folhas. Segundo José dos Santos, que produz entre 16-e 25 quilos por semana, a planta só precisa de adubo orgânico e água para crescer e atingir um bom porte em três anos. A melhor época para a colheita é no período chuvoso, mais especificamente em abril. “No inverno a planta fica meio parada”, explica.

O apicultor Nikolaos Argyrios Mitsiotis, pesquisador do ora-pro-nobis, acredita que o vegetal, “de alto valor econômico e ecológico” (o grifo é do melissotróficas), vai ser rapidamente difundido por todo o Brasil e países da América do Sul. Isso porque nasce bem em todos as regiões e é extremamente nutritivo.

O QUE É
O ora-pro-nobis (pereskia aculeata Miller), do latim “orai por nós”, é uma planta cactácea que nasce em formato de moita. Dizem que seu nome foi criado por pessoas que colhiam a planta no quintal de um padre, enquanto ele rezava o seu “ora-pro-nobis”.

Veja também aqui a entrevista completa dada a Graziela Reis >>>

SERVIÇO
.Pesquisador Nikolaos Mitsiotis: nikeeper@ig.com.br

Alambique JP: (31) 3671-6103
Moinho D’Água: (31) 3671-6150

Fonte: ESTADO DE MINAS-SEGUNDA-FEIRA, 28 DE JULHO DE 2003.
Caderno AGROPECUÁRIO; PÁGINA 12

RECEITA DE SALADA

Para a salada de ora-pro-nobis, usei:
Folhas de ora-pro-nobis
Folhas de azedinha
Folhas de jambu (a florzinha amarela que faz a língua tremelicar)
Tomate
Cebola roxa temperada com um pouco de açúcar
Bolinhas de mussarela de búfala (podia ficar sem)
Temperei com vinagrete de limão rosa com alfavaca picada e pimenta-do-reino.

Plantar e enxertar – Da regra à exceção!

Extraído do site www.esmeraldazul.com



No Inverno é tempo de plantar as árvores de folha caduca que, estando dormentes, podem ser plantadas de raiz nua, ou seja, sem terra envolvendo a sua raiz.

Macieiras, pereiras, ameixeiras, pessegueiros e outras fruteiras caducifólias entram emdormência à queda da folha e nem a parte radicular cresce. Mas, embora poucos saibam, araiz recomeça o crescimento quase um mês antes da parte aérea, pelo que, se queremos perturbar o menos possível a árvores na sua transplantação do viveiro para o local definitivo, devemos plantar entre a queda da folha e um mês antes da rebentação.

No caso da produção biológica devemos dar preferência a variedades mais resistentes às pragas e doenças  para termos mais facilidade de produzir boa fruta sem pesticidas.

Deixamos alguns exemplos dessas variedades para algumas espécies:
  • Macieira: Bravo de Esmolfe (pouco sensível ao pedrado, a principal doença da macieira), Querina ou Florina e Summerfree (resistentes ao pedrado);
  • Pereira: Conference (resistente ao pedrado da pereira), Carapinheira (pouco sensível ao pedrado);
  • Ameixeira: Santa Rosa (pouco sensível á mosca da fruta), Stanley e Rainha Cláudia (resistentes aos afídeos, sendo esta última produtiva só em regiões de invernos mais frios);
  • Pessegueiro: em geral as variedades do tipo "pavia” ou "maracotão” (de roer, de polpa aderente ao caroço) são mais resistentes à lepra, a principal doença do pessegueiro.
No inverno também podemos plantar árvores de folha persistente como os citrinos, mas nas regiões mais frias devem ser plantadas mais tarde. Podemos considerar esta uma situação excecional pois os citrinos são preferencialmente cultivados em zonas mais quentes, mediterrânicas ou subtropicais, pelo que cultivá-los em regiões onde as geadas são regra no inverno constitui uma exceção.

Para reproduzir as variedades com garantia de que têm a mesma qualidade do que a árvore que lhes deu origem faz-se em geral a propagação vegetativa e não a seminal.

É que da semente pode resultar bom ou mau pois a genética pode pregar algumas partidas. Quando a estacaria não é boa solução, o que acontece frequentemente pelas limitações de crescimento da raiz da variedade que se pretende cultivar para dar bons frutos, recorremos àenxertia. No Inverno enxerta-se de garfo como no caso da videira da figura 1.
Figura 1 – Enxerto de garfo simples de fenda cheia em videira - variedade Moscatel de Hamburgo em bacelo (ou porta-enxerto) 1103P

Uma variante ao garfo de fenda cheia é o garfo de fenda lateral, que resulta bem em macieira e de que damos uma panorâmica nas figuras 2, 3, 4 e 5. Com algum engenho e arte, o leitor poderá fazer o mesmo com o cuidado principal de unir casca com casca e de isolar bem o enxerto para que ligue antes que seque.

No próximo artigo mostraremos o resultado do enxerto.

Figura 2 – Corte lateral sem chegar ao centro do ramo

Figura 3 – Encaixe do garfo unindo a casca de um dos lados.

Figura 4 – Atar com ráfia para garantir a melhor união.

Figura 5 – Isolar com pasta de enxertia para não deixar secar.


EsmeraldAzul – para uma vida saudável, consciente e sustentável.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Passo a passo - Horta Caseira Natural


  



Como fazer sua horta caseira de maneira simples e prática
  1. Escolha da área
  • Escolha locais iluminados, que peguem pelo menos o sol da manhã. (Locais escuros e mal iluminados, a planta não realiza a fotossíntese e não cresce adequadamente);
  • Próximo a fonte de água;
  • Distante 15 metros de fossas. (no caso de fossas revestidas com betão, a distância poderá ser menor);
  • Protegido contra ventos fortes.
  1. Vasos
·           Fazer pequenos furos no fundo do vaso para facilitar a drenagem do excesso de água;
·           Cobrir o fundo do vaso com uma camada de 5 cm de brita ou burgau de construção;
·           Colocar a terra;
·           Incorporar o material orgânico (restos vegetais como: capim triturado, restos de folhas secas, restos de culturas: milho, feijão, amendoim, etc);
·           Nivelar a terra;
·           Cobrir com capim seco;
·           Molhar diariamente para manter a umidade durante 15 dias;
Terra pronta para ser semeada;

 Obs: prefira vasos grandes e com profundidade de pelo menos 40 cm, pois permite plantar uma maior diversidade de culturas.
3.     Construção da Horta
  • Limpe o terreno (retire restos de construção, garrafas, latas, lixo, sacolas, etc);
  • Separem para ser incorporada a terra, restos de cultura como: milho, feijão e até mesmo restos de capim;
  • Mexa ou revolva a terra para deixá-la bem fofa;
  • Meça os canteiros com a fita métrica (1 metro de largura e x de comprimento);
  • Coloque as estacas e o fio de nylon ao redor dos canteiros, com objectivo de demarcá-lo;
  • Levante os canteiros;
  • Coloque restos vegetais (restos de folhas, capim, palha do milho, restos de folhas de feijão, amendoim, etc;
  • Revolva a terra;
  • Nivele o terreno;
  • Regue o canteiro;
  • Cubra-o com cobertura morta (capim seco);
  • Regue diariamente o seu canteiro até o 15º dia, período em que deverá estar concluída a decomposição da matéria orgânica;
Após 15 dias, se a terra estiver com cheiro agradável, pode semeá-la.
  
pneu velho canteiro de tijolos garrafa pet

Figura 1. Solução para pequenos espaços
3.     Como plantar e transplantar
Algumas hortaliças são plantadas diretamente nos canteiros, entretanto, existem outras cujas sementes devem ser plantadas em sementeiras (viveiros), para depois serem transplantadas para o canteiro definitivo. O plantio em viveiros oferece maior proteção e melhores condições para a germinação da semente, bem como o desenvolvimento das mudas. 
a.     Plantio direto
·       Após o período de preparo da terra, retire o capim seco e revolva a terra novamente; Consulte a tabela com as indicações do compasso (espaço entre as plantas);
·       Abra linhas de plantio e semeie a cultura desejada, respeitando-se o compasso;
·       Cubra com uma fina camada de capim seco, principalmente nos intervalos entre as linhas;
·       Se após a germinação, as mudas estiverem muito juntas, arranque algumas, tomando-se o cuidado para não danificar as raízes da planta que irá permanecer.
b.    Produzindo mudas
·       O viveiro de mudas pode ser feito em um pequeno canteiro, em bandejas de esferovite, caixote de madeira e copos descartáveis ou de jornal;
·       Consulte a tabela no final desta cartilha para verificar quais culturas necessitam fazer mudas;
·       A terra pode ser preparada da mesma forma indicada para o plantio direto;
·       Abra pequenas linhas de plantio e semeie as sementes em uma profundidade de 3 vezes o seu tamanho. Coloque 2 a 3 sementes em cada espaço da bandeja e/ou copo para garantir a germinação;
·       No caso de canteiros ou caixotes, colocar 2 a 3 sementes e deixar espaço de 3 dedos entre as plantas e 4 dedos entre as linhas de plantio, fechando as linhas em seguida;
·       Cubra com uma fina camada de capim seco;
Quando as mudas estiverem com 3 a 4 folhas definitivas, pode ser transplantado para o local definitivo.
Copinhos de Jornal Bandejas de esferovite e/ou plástico
Caixote de madeira Tubos de PVC
Figura 2. Produção de mudas (Copinhos de jornal, bandejas de esferovite, caixote de madeira e tubos de PVC)
a.     Transplantio
  • Quando as mudas atingirem 10 cm de altura ou apresentarem 3 a 4 folhas definitivas estarão prontas para o transplantio;
  • Retire-as com auxílio da pá de transplante, tomando-se o cuidado para não danificar as raízes e perder a terra;
  • Plante a muda nivelando-a com a terra do seu vaso/canteiro, preenchendo os espaços vazios com terra. Pressione levemente em torno da muda para eliminar os bolsões de ar.
Após o transplantio, cobrir com cobertura morta (capim seco) para proteger as plantas contra a radiação intensa e para manter a umidade da terra por mais tempo.


Figura 3. Fases do transplantio
3.     Escolha o que plantar
·       Para a escolha da cultura, temos que levar em consideração a sua melhor época de plantio, pois cada cultura se adapta a determinada condição (frio, calor, solos arenosos, argilosos, etc).
·       Verifique as condições locais e com auxilio do técnico, escolha a cultura que deverá ser plantada.
4.     Manutenção das hortas
·       Procure manter o vaso levemente húmido, sem nunca encharcar, já que isso poderia matar a planta e causar doenças.
·       Procure regar nos horários mais frescos do dia. A água é menos evaporada nesses períodos, sendo aproveitada melhor pelas plantas, e estocando melhor a água na terra.
·       Não jogue jatos fortes de água na terra nem na planta. Regule a força da água utilizando o dedo, pulverizando-a sobre as plantas e solo. Quando um jato de água é jogado diretamente na terra, a terra se endurece na superfície ao secar, impedindo a penetração de água no solo. O jato forte nas plantas causa quebra de folhas, e danifica as plantas.
·       Faça adubação em cobertura, ou seja, coloque novamente materiais orgânicos ou bokashi ao redor da planta para auxiliar o seu desenvolvimento. Nunca aplique bokashi sobre as folhas, pois pode queimá-las;
·       Procure sempre colocar bons sentimentos em todas as etapas do desenvolvimento da planta;
·       Ao presenciar um início de ataque de insetos, procure agradecer e consulte um técnico para saber a melhor medida a ser tomada para impedir a proliferação do mesmo;
·       Plantio de cenoura: quando as plantas estiverem com cerca de 5 cm de altura, faz-se o desbastamento (operação agrícola que consiste em arrancar, após a semeadura, as plantas em excesso, deixando as distâncias convenientes as que devem permanecer);
·       Tomate/Feijão verde: deve-se fazer o tutoramento (uso de varas para amparar e dar sustentação a arbustos, trepadeiras ou árvores flexíveis). No caso especial do tomate, fazer quando realmente for necessário;
·       Observe atentamente todas as necessidades da sua planta.

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Plantei uma muda de Sete capotes no sítio. Conheces?

http://www.huertasurbanas.com
Continuando a diversificação de espécies no sítio 5 irmãos em montenegro RS, plantei uma muda de "sete capotes" que ganhei do amigo Radalesque. Adubei a cova da muda com esterco de gado, vamos verificar seu crescimento.
alexandre 


CAMPOMANESIA GUAZUMIFOLIA
FAMÍLIA DAS MYRTACEAS

Flores
Frutos

NOME INDIGENA: AGUARICARÁ vem do guarani e significa “Fruto da arvore de tronco coberto de varias camadas de cascas e escavado” característica bem notória nos outros nomes populares mais comuns como Sete capotes ou Sete casacas.


Características: Arvore de 4 a 10 metros e tem copa arredondada quando em pleno sol e piramidal quando no interior da floresta. O tronco é tortuoso com pequenas cavas ou sucos e mede 20 a 30 cm de diâmetro, com casca muito suberosa ou grossa, formada de diversas camadas. As folhas são simples, opostas e verdes foscas, oblongas (mais longa que larga) com textura rugosa e coriacea (rija como o couro) medindo 6,5 a 12 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, com base é arredondada e o ápice é ovalado (com forma de ovo). As nervuras são bem distintas, pubescentes (coberta de pelos curtos) e salientes na face superior. As flores são hermafroditas, axilares (nascem na conjunção da folha com o ramo). O botão por abrir mede 1 cm de diâmetro e a flor depois de aberta mede 3 a 4 cm de diâmetro. O cálice (invólucro externo) é denteado e mede 9 mm de comprimento e a corola (invólucro interno) contém 5 a 7 pétalas brancas de 1,6 a 1,8 cm de comprimento, com margem crenada (dentes arredondados).

Dicas para cultivo: Arvore de crescimento rápido e muito resiste a geadas de -3 graus vegeta bem em qualquer altitude. O solo pode ser profundo, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho) com pH neutro e rico em matéria orgânica. A arvore inicia a frutificação a partir do 3 ano após o plantio. Também é muito resistente a seca.

Mudas: As sementes são de cor creme conservam o poder germinativo por mais de 1 anos após terem sido limpas e secas. Germinam em 40 a 60 dias se forem plantadas em substrato rico em matéria orgânica. As mudas atingem 30 cm com 6 meses de cultivo.

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol como em bosques com arvores grandes bem espaçadas. Abra covas  num espaçamento de 5 x 5 m; com dimensões de 40 cm de largura, altura e profundidade, misturando a terra da superfície com 500 g de calcário, 1 kg de cinzas e 8 kg de matéria orgânica bem curtida, deixando curtir por 2 meses. A melhor época de plantio é de setembro a outubro. Depois de plantada, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar chuva por mais de 1 mês.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco ou estiverem atrapalhando a formação da copa. Adubar com composto orgânico, pode ser 6 kg de matéria orgânica bem curtida + 30 g de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 4ª ano.

Usos: Frutifica de fevereiro a abril. Os frutos são consumidos in-natura, ou para fabricação de geléias ou sorvetes. As arvores não devem faltar em reflorestamentos de preservação permanente por terem rusticidade e crescimento rápido.

Fonte: http://www.colecionandofrutas.org/campomanesiaguazumi.htm

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