Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com WHAST 51 3407-4813
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
FLORES COMESTÍVEIS
Que tal servir flores no jantar?
Espécies comestíveis como a capuchinha, o amor-perfeito, o hibisco, a calêndula, o borago e a rosa são cada vez mais usadas no preparo de saladas ou pratos quentes
Texto Janice Kiss
Fotos Leo Drumond
Ilustrações Filipe Borin
Espécies comestíveis como a capuchinha, o amor-perfeito, o hibisco, a calêndula, o borago e a rosa são cada vez mais usadas no preparo de saladas ou pratos quentes
Texto Janice Kiss
Fotos Leo Drumond
Ilustrações Filipe Borin
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Produção agroecológica de pequenas frutas - Programa Rio Grande Rural
A agroecologia é uma ciência que estuda o modo de produzir sem prejudicar os seres vivos e o ambiente. É também um modo de vida. É assim que o Pedro Lovato, agricultor ecologista do município serrano de Farroupilha enxerga a produção agrícola e a maneira de viver. Ele produz frutas orgânicas e tem uma bela propriedade sustentável.
Jornalista José Mario
Cinegrafista Fernando Veríssimo
Farroupilha - RS
Jornalista José Mario
Cinegrafista Fernando Veríssimo
Farroupilha - RS
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Fisalis ou Tomate capote
Engº. Agrº. José Zugno
Ganhei de uma sobrinha da minha irmã sementes de uma planta desconhecida que chamam de capote e plantei. Dá uma frutinha que meu neto gosta de comer. Mando algumas de amostra. Dá para consumir à vontade? Gostaria de obter mais informações sobre a planta.
Helena Scherner
Feliz – RS
Pelo exame trata-se de uma fruta conhecida pelo nome de fisalis, cujo nome científico é Physalis angulata, e é mais uma das tantas plantas úteis que crescem em nosso país. Pertence à família das solanáceas, da qual fazem parte também o tomateiro, a batateira, a berinjela, o pimentão, as pimentas e outras. Já abordei o assunto nesta coluna, na edição de 21 de maio de 1997.
A planta é um arbusto que pode atingir até 2 m de altura, parecido com o juá. Inicia a produção 4 a 5 meses após o plantio e pode produzir por um período de até 6 meses, quando tutorada e bem cuidada.
O fruto é semelhante a um pequeno tomate, bonito, delicado e de sabor único, levemente ácido e adocicado, que não tem comparação com outra fruta. Sua cor vai do amarelado até um forte alaranjado. O fruto mede 1 a 2 cm de diâmetro, pesa 3 a 5 gramas e é protegido por delicadas folhas secas, que uns chamam de capote (cálice concrescido, que envolve o frutinho). Cada planta pode produzir 2 a 4 kg de frutos e num hectare cabem 6.000 plantas.
Parece fruta exótica, mas não é. É brasileira pura, nativa de uma enorme área que vai desde a região sudeste até a Amazônia, passando pelo Nordeste.
São conhecidas 5 variedades. Tem vários nomes populares, dependendo da região. Na Amazônia, os índios a denominam de camapu. Na Bahia recebe os nomes de juá-de-capote, bucho-de-rã e outros. Na Europa e Estados Unidos, é conhecida como physalis.
Solo e clima – Não é exigente em solos, mas como toda solanácea cresce melhor em solos bem drenados, férteis e bem preparados. Muitas pessoas cultivam-na na horta ou no quintal. Produz em todo o Brasil, mas não tolera geadas. A Colômbia é o maior produtor mundial e exporta para os Estados Unidos e Europa a até U$ 16,00 o quilo. Os mercados das grandes capitais começam a oferecer a fruta, que chega a custar até R$ 80,00 o quilo.
Valor medicinal – O fisalis é rico em vitaminas A e C, fósforo, ferro, além de flavonóides, alcalóides e fitoesteróides, alguns recém-descobertos pela ciência. Os índios utilizam a raiz, as folhas e os frutos para o controle da hepatite e da malária. Tem ação fortificante, purifica o sangue e ajuda no tratamento do câncer de próstata, colesterol elevado e diabetes.
Culinária – Na culinária é muito apreciada pelos grandes chefs e gourmets da cozinha internacional na forma de doces, sorvetes, geléias, compotas, no fondue de chocolate, licor e como tira-gosto na degustação de vinhos. Uma delícia é a fruta coberta de chocolate. Não se conhecem restrições ao seu consumo, mesmo por crianças, mas como qualquer outra fruta, não se deve exagerar.
Esta fruta começa a se tornar conhecida no meio urbano brasileiro. Pelas informações da Estação Experimental Santa Luzia, telefone (15) 3258.2024, Guareí (SP), é uma planta com amplo futuro, podendo se constituir numa boa alternativa para a agricultura familiar, tanto para consumo "in natura" como para indústria, contanto que seu incremento seja feito de forma organizada e com assistência técnica agronômica. No RS começa a despertar interesse e já há algumas plantações em produção. Além disso, é planta muito ornamental.
Agradeço a colaboração do engº. agrº. Lírio Londero, chefe da Emater de Feliz. Em Caxias do Sul sementes de fisalis podem ser encontradas na Ruzzarin Agropecuária, rua Bento Gonçalves nº 2221 – telefone (54) 3223 4144.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Nova Iorque conclui meta de plantar um milhão de árvores dois anos antes do prazo
Nova Iorque
equipe eCycle
Órgãos municipais, com o apoio de voluntários, manterão as mudas limpas, livres das ações de vândalos e de animais domésticos
Imagem: Reprodução/IStock by Getty Images
Maior metrópole do mundo, com mais de oito milhões de habitantes, Nova Iorque precisava de um programa de reflorestamento urbano para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e melhorar a qualidade de vida da sua população. Por essa razão, o ex-prefeito da "Big Apple", Michael Bloomberg, anunciou em 2007 a meta de plantar 1 milhão de árvores até 2017, por meio do projeto MillionTreesNYC.
Contudo, o objetivo já foi alcançado no dia 3 de novembro, quando um garoto de oito anos plantou a árvore de número um milhão, no bairro do Bronx.
De acordo com informações da prefeitura, o Bronx recebeu 280 mil mudas; o Brooklyn, 185 mil; Manhattan, 75 mil; Queens, 285 mil; e Staten Island, outras 175 mil. A cidade teve um acréscimo de 20% na área florestada dentro do município.
“As árvores fazem muito. Elas criam sombras, então você não tem o sol aquecendo diretamente o chão e criando os efeitos das ilhas de calor. O crescimento das mudas também tem um grande impacto no armazenamento de carbono”, explicou ao The New York Times Denise Hoffman, diretora do programa de arquitetura da Universidade da Cidade de Nova Iorque.
Locais de plantio
As mudas foram plantadas em parques, calçadas e nos jardins de casas e empresas. Órgãos municipais, com o apoio de voluntários, manterão as mudas limpas, livres das ações de vândalos e de animais domésticos.A verba dos sistemas de manutenção é de US$ 6,1 milhões, mas, para reduzir os custos, a administração pública planeja uma nova campanha, “Ame uma árvore”, que incentivará a população a adotar árvores do bairro e se responsabilizar pelo seu cuidado.
Fonte: EcoD
Centro Ecológico Ipê completa 30 anos de atividade
Anos 80, período de efervescência no meio rural,
da chamada Revolução Verde e da Ditadura Militar, surgia o Projeto
Vacaria, atual Centro Ecológico Ipê, que completa 30 anos. Desde a
fundação, em janeiro de 1985, trabalha para viabilizar ações
sustentáveis na produção agrícola, adotando tecnologias alternativas,
visando a preservação ambiental e a justiça social.
O trabalho resgata o manejo da biodiversidade e a tradição alimentar, estimula a organização de agricultores e consumidores. Visa também o desenvolvimento de mercados para produtos ecológicos, à formulação e a criação de políticas públicas que incentivem a agricultura sustentável.
A ação acontece por meio de visitas, reuniões, cursos e oficinas de capacitação e planejamento. O Centro Ecológico assessora organizações de agricultores familiares a produção, processamento e comercialização de alimentos.
Parceria
As parcerias frutificaram na forma de Associações de Agricultores Ecologistas (AAEs). Essas instituições se caracterizam pela prática da agricultura ecológica, por estarem organizadas em pequenos grupos, pela industrialização artesanal e por buscarem canais alternativos para a comercialização da produção.
Em 1991, o projeto Vacaria passa a se denominar Centro de Agricultura Ecológica Ipê (Cae/Ipê), caracterizando nova fase, onde o foco passa a ser menos a unidade produtiva da instituição e mais o acompanhamento às AAEs.
Em 1997, nova modificação. O trabalho se caracteriza por ir além da produção ecológica e vincula-se a ecologização da propriedade como um todo, do indivíduo que nela trabalha e das relações sociais nas quais está inserido. Assim o Centro de Agricultura Ecológica Ipê passa a se denominar de Centro Ecológico Ipê.
Consumidor
A partir de 1999, o Centro Ecológico se envolve também com o estímulo à formação de cooperativas de consumidores, a partir da percepção que a participação ativa dos consumidores é condição indispensável para o desenvolvimento desse trabalho.
A trajetória tem feito com que o Centro Ecológico colabore como interlocutor e referência na atividade; no surgimento e na qualificação de iniciativas em agricultura limpa, desenvolvidas no Brasil e no mundo, beneficiando o setor com permanente intercâmbio.
Atuação
O Centro Ecológico concentra sua atuação na Serra e no Litoral Norte. Cada uma das regiões possui características socioambientais diferenciadas, o que contribui para alimentar a reflexão sobre os princípios da agricultura ecológica e sua forma de operacionalização em contextos específicos.
Maria José Bocchese Guazzelli
A história do Centro Ecológico de Ipê está diretamente ligada à engenheira agrônoma Maria José Guazzelli, 60 anos. Em 1984 começou a coordenar o Centro Ecológico (antigo Centro Demonstrativo e de Treinamento em Agricultura Ecológica ou projeto Vacaria). Natural de Antonio Prado, é formada pela Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Na década de 80, participou da elaboração da Lei dos Agrotóxicos (7747/82) e concluiu o curso superior de Alimentação de Animais Domésticos, no Institut National Agronomique Paris-Grignon, Paris, França. É coautora e tradutora de diversos livros. Foi docente, treinou agrônomos e técnicos agrícolas e ocupou diversos cargos públicos.
Correio Riograndense - O que motivou a senhora a incentivar a produção ecológica?
Maria José Guazzelli - Tinha lido e convivido com a produção ecológica quando morei na França, no final dos anos 70 e na época da faculdade. Quase na mesma época tive contato com José Lutzemberg e convive com agricultores ecológicos na Europa. Enquanto isso, no Rio Grande do Sul a Assembleia Legislativa discutia a lei dos Agrotóxicos. Quando a gente, na Assembleia, falava que era possível produzir sem químicos, a resposta é que era impossível a produção de alimentos sem veneno. Aí surgiu a ideia, no começo dos anos 80, de demonstrar na prática que era possível. Essa é a origem do que é o Centro Ecológico. Foi quando um grupo de técnicos disse que faria e mostrou que se poderia para trabalhar com isso.
CR - E como foi começar?
Guazzelli -Tínhamos à disposição uma área em comodato. No início, tinha muito ceticismo de todos, do serviço de extensão e do poder público. Na medida conseguimos mostrar algumas práticas, em parceria com a Pastoral da Juventude Rural, por meio do padre Schio, o projeto ficou mais próximo dos agricultores. Essas primeiras famílias começaram a produzir, sempre trocando informações e experiências. Isso já era metade dos anos 80.
CR – Por que o Projeto Vacaria?
Guazzelli - Ipê pertencia ao município de Vacaria. Com a emancipação, em 1989, a primeira administração municipal encampou a ideia. E ainda trouxe a Emater, com a finalidade de implantar a agricultura ecológica. Aí começamos a trabalhar junto com o técnico agrícola Delvino Magro (já falecido). “Esse embrião cresceu. E em Antônio Prado, padre Schio atraiu jovens e outros padres, como o pe Remi Casagrande.
CR - E essa caminhada, olhar para trás e ver tantas conquistas, por vezes virando o jogo, o que representa para você?
Guazzelli – É uma satisfação muito grande, mas ainda tem uma grande caminhada pela frente. É uma alegria porque vejo concretizado aquilo que acreditava - os jovens produtores dando sequência ao projeto em suas propriedades. Esse grupo conseguiu encarar. Com isso, consegue-se comprar produtos ecológicos da Serra e Litoral em vários lugares do estado. Começou com aquele embrião, evoluimos muito, mas ainda tem muito para avançar.
CR - Em termos de legislação, qual a influência na criação de novas leis?
Guazzelli – No Brasil, participamos de comissões e grupos que trabalham nas políticas federais em relação à agroecologia. Ipê foi o primeiro município brasileiro a instituir que 40% dos alimentos da merenda escolar fossem oriundos da produção ecológica. Conseguimos muito em nível de estado, espacialmente com o apoio da ex-deputada Marisa Formolo, que também dinamizou a agroecologia dentro da Assembleia Legislativa.
CR - Qual a maior dificuldade para que se possa avançar mais na questão da produção e consumo?
Guazzelli - A maior dificuldade é mudar a forma de pensar. Não é a questão técnica. É na família, com quem se decide que há dificuldade. Outra coisa é o desequilíbrio nas verbas. Por exemplo, as grandes indústrias de venenos e adubos estão constantemente com propagandas, afirmando que sem seus produtos não dá para produzir. O extencionista, basicamente, e grande parte das cooperativas trabalham assim. São poucas as que atuam só com produtos ecológicos orgânicos. É um jogo de forças muito desequilibrado. Mesmo assim, tem havido mudanças significativas, porque a questão da saúde é um problema na área rural, o envenenamento e a intoxicação é realidade. Isso ajuda a abrir os olhos. Outra questão é a capacidade de retorno financeiro que dá tranquilidade a o produtor.
O trabalho resgata o manejo da biodiversidade e a tradição alimentar, estimula a organização de agricultores e consumidores. Visa também o desenvolvimento de mercados para produtos ecológicos, à formulação e a criação de políticas públicas que incentivem a agricultura sustentável.
A ação acontece por meio de visitas, reuniões, cursos e oficinas de capacitação e planejamento. O Centro Ecológico assessora organizações de agricultores familiares a produção, processamento e comercialização de alimentos.
Parceria
As parcerias frutificaram na forma de Associações de Agricultores Ecologistas (AAEs). Essas instituições se caracterizam pela prática da agricultura ecológica, por estarem organizadas em pequenos grupos, pela industrialização artesanal e por buscarem canais alternativos para a comercialização da produção.
Em 1991, o projeto Vacaria passa a se denominar Centro de Agricultura Ecológica Ipê (Cae/Ipê), caracterizando nova fase, onde o foco passa a ser menos a unidade produtiva da instituição e mais o acompanhamento às AAEs.
Em 1997, nova modificação. O trabalho se caracteriza por ir além da produção ecológica e vincula-se a ecologização da propriedade como um todo, do indivíduo que nela trabalha e das relações sociais nas quais está inserido. Assim o Centro de Agricultura Ecológica Ipê passa a se denominar de Centro Ecológico Ipê.
Consumidor
A partir de 1999, o Centro Ecológico se envolve também com o estímulo à formação de cooperativas de consumidores, a partir da percepção que a participação ativa dos consumidores é condição indispensável para o desenvolvimento desse trabalho.
A trajetória tem feito com que o Centro Ecológico colabore como interlocutor e referência na atividade; no surgimento e na qualificação de iniciativas em agricultura limpa, desenvolvidas no Brasil e no mundo, beneficiando o setor com permanente intercâmbio.
Atuação
O Centro Ecológico concentra sua atuação na Serra e no Litoral Norte. Cada uma das regiões possui características socioambientais diferenciadas, o que contribui para alimentar a reflexão sobre os princípios da agricultura ecológica e sua forma de operacionalização em contextos específicos.
Maria José Bocchese Guazzelli
A história do Centro Ecológico de Ipê está diretamente ligada à engenheira agrônoma Maria José Guazzelli, 60 anos. Em 1984 começou a coordenar o Centro Ecológico (antigo Centro Demonstrativo e de Treinamento em Agricultura Ecológica ou projeto Vacaria). Natural de Antonio Prado, é formada pela Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Na década de 80, participou da elaboração da Lei dos Agrotóxicos (7747/82) e concluiu o curso superior de Alimentação de Animais Domésticos, no Institut National Agronomique Paris-Grignon, Paris, França. É coautora e tradutora de diversos livros. Foi docente, treinou agrônomos e técnicos agrícolas e ocupou diversos cargos públicos.
Correio Riograndense - O que motivou a senhora a incentivar a produção ecológica?
Maria José Guazzelli - Tinha lido e convivido com a produção ecológica quando morei na França, no final dos anos 70 e na época da faculdade. Quase na mesma época tive contato com José Lutzemberg e convive com agricultores ecológicos na Europa. Enquanto isso, no Rio Grande do Sul a Assembleia Legislativa discutia a lei dos Agrotóxicos. Quando a gente, na Assembleia, falava que era possível produzir sem químicos, a resposta é que era impossível a produção de alimentos sem veneno. Aí surgiu a ideia, no começo dos anos 80, de demonstrar na prática que era possível. Essa é a origem do que é o Centro Ecológico. Foi quando um grupo de técnicos disse que faria e mostrou que se poderia para trabalhar com isso.
CR - E como foi começar?
Guazzelli -Tínhamos à disposição uma área em comodato. No início, tinha muito ceticismo de todos, do serviço de extensão e do poder público. Na medida conseguimos mostrar algumas práticas, em parceria com a Pastoral da Juventude Rural, por meio do padre Schio, o projeto ficou mais próximo dos agricultores. Essas primeiras famílias começaram a produzir, sempre trocando informações e experiências. Isso já era metade dos anos 80.
CR – Por que o Projeto Vacaria?
Guazzelli - Ipê pertencia ao município de Vacaria. Com a emancipação, em 1989, a primeira administração municipal encampou a ideia. E ainda trouxe a Emater, com a finalidade de implantar a agricultura ecológica. Aí começamos a trabalhar junto com o técnico agrícola Delvino Magro (já falecido). “Esse embrião cresceu. E em Antônio Prado, padre Schio atraiu jovens e outros padres, como o pe Remi Casagrande.
CR - E essa caminhada, olhar para trás e ver tantas conquistas, por vezes virando o jogo, o que representa para você?
Guazzelli – É uma satisfação muito grande, mas ainda tem uma grande caminhada pela frente. É uma alegria porque vejo concretizado aquilo que acreditava - os jovens produtores dando sequência ao projeto em suas propriedades. Esse grupo conseguiu encarar. Com isso, consegue-se comprar produtos ecológicos da Serra e Litoral em vários lugares do estado. Começou com aquele embrião, evoluimos muito, mas ainda tem muito para avançar.
CR - Em termos de legislação, qual a influência na criação de novas leis?
Guazzelli – No Brasil, participamos de comissões e grupos que trabalham nas políticas federais em relação à agroecologia. Ipê foi o primeiro município brasileiro a instituir que 40% dos alimentos da merenda escolar fossem oriundos da produção ecológica. Conseguimos muito em nível de estado, espacialmente com o apoio da ex-deputada Marisa Formolo, que também dinamizou a agroecologia dentro da Assembleia Legislativa.
CR - Qual a maior dificuldade para que se possa avançar mais na questão da produção e consumo?
Guazzelli - A maior dificuldade é mudar a forma de pensar. Não é a questão técnica. É na família, com quem se decide que há dificuldade. Outra coisa é o desequilíbrio nas verbas. Por exemplo, as grandes indústrias de venenos e adubos estão constantemente com propagandas, afirmando que sem seus produtos não dá para produzir. O extencionista, basicamente, e grande parte das cooperativas trabalham assim. São poucas as que atuam só com produtos ecológicos orgânicos. É um jogo de forças muito desequilibrado. Mesmo assim, tem havido mudanças significativas, porque a questão da saúde é um problema na área rural, o envenenamento e a intoxicação é realidade. Isso ajuda a abrir os olhos. Outra questão é a capacidade de retorno financeiro que dá tranquilidade a o produtor.
Redação Jornal Correio Riograndense
Arenização no bioma pampa - Programa Rio Grande Rural
Alguns solos do bioma pampa são frágeis. Os solos arenosos sofrem com a ação dos ventos e do mau manejo. O resultado desta combinação é o aumento de extensas áreas de areia. A recuperação destas áreas é difícil e demorada. Prevenir ainda é o melhor remédio.
Jornalista Alciane Baccin
Cinegrafista José Cabral
Manoel Viana - RS
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Produção de fisális conquista cada vez mais espaço no país
A frutinha arredondada de sabor doce e levemente ácido tem ganhado mercado no Brasil. O nome científico é phisalis e popularmente, ela é conhecida como camapu, joá-de-capote, curuputi e muitos outros nomes, dependendo da região do país.
A fruta é rica em vitamina C. O agricultor Antonio Silva resolveu investir R$ 15 mil na plantação de 700 pés da fruta no município de Santa Teresa, noroeste do Espírito Santo. Ele é o único produtor da região, mas garante que fez bom negócio. “A fruta tem bom potencial de mercado, facilidade de cultivo e boa produtividade. Vários produtos podem ser beneficiados com ela”, garante.
Antonio vende o quilo de fisális por R$ 50. A produção do agricultor é de 400 quilos a cada quatro meses e além de poder ser consumida in natura, a fisális também pode ser utilizada para fazer sucos, sorvetes e até bolos.
Confira uma receita de bolo:
Ingredientes
3 ovos
3 colheres (sopa) manteiga
1 xícara (chá) açúcar
1 xícara (chá) suco de fisális
1 xícara (chá) geleia de fisális
2 xícaras (chá) farinha de trigo
1 colher (chá) fermento em pó
Modo de preparo
Coloque os ovos, a manteiga, o açúcar e o suco de fisális no liquidificador e bata por um minuto. Depois acrescente a farinha de trigo e bata mais um pouco. Acrescente a geleia e bata novamente. Por último, acrescente o fermento e bata por mais 30 segundos.
Pode ser assado em forma de confeiteiro ou de empada. Uma colher a mais da geleia deve decorar o bolinho.
Leve ao forno por 20 minutos na temperatura de 130 graus e está pronto. A massa fica saborosa, leve e o recheio garante um sabor delicioso. A receita serve 12 pessoas.
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
#Hortas Urbanas conquistando Porto Alegre!
Em condomínio de alto padrão em Porto Alegre, comecei assessoria na implementação de horta. Iniciamos coletando amostra do solo para análise em laboratório e a troca de ideias. São 4 vizinhos que construíram os canteiros e um já começou a plantar ( foto abaixo).
Já entreguei o relatório com manual de recomendações para cultivo, agora é mão na massa.
Será implementado uma composteira junto a horta, para produção de humus!
Horta, bom para o corpo e bom para a mente!
Sucesso!
Já entreguei o relatório com manual de recomendações para cultivo, agora é mão na massa.
Será implementado uma composteira junto a horta, para produção de humus!
Horta, bom para o corpo e bom para a mente!
Sucesso!
Com o avanço das cidades, o verde surge nas janelas de
prédios, em quintais, em cantinhos de escolas e até em áreas públicas. O homem
urbano não perdeu o contato com a natureza. Ele ocupa pequenos espaços para
plantar hortaliças, ervas medicinais e até frutas orgânicas. Segundo a Empresa
de Pesquisa Agropecuária de SC (Epagri), são necessários de 6 a 10 m² de
horta/pessoa. Para uma família de cinco pessoas é suficiente uma horta de 50
m².
Instalação e Manejo da
Horta
A
escolha do local está vinculada a disponibilidade de sol, água, condições de
terreno e proteção de ventos fortes e frios. Poderá ser implementada em área
retangular, cercada com alambrado e com um portão de acesso. Deve-se observar
que o acesso das crianças a horta não deve oferecer risco algum de acidentes.
Critérios para escolha
do local para implantação da Horta
Local Ensolarado: as hortaliças são plantas de crescimento rápido,
mas precisam de muita luz para crescer sadias e rapidamente.
Local próximo à água: água de boa qualidade e abundante é muito
importante para a horta.
Terreno bem drenado: as raízes das hortaliças respiram em terrenos
compactados ou encharcados a quantidade de ar disponível no solo é insuficiente
para a respiração das raízes, atrasando o crescimento e ocasionando em muitos
casos o aparecimento de doenças nas raízes.
Composição do solo: analisando o solo, encontramos 4 elementos (argila,
areia, a e matéria orgânica).
Local protegido: mesmo as plantas que vegetam na época fria, não
apreciam ventos fortes e frios: o vento além de estragar folhas e frutos,
aumenta muito o consumo de água.
vizinho que já plantou |
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