quarta-feira, 10 de junho de 2015

Plantio de frutíferas: sucesso ou fracasso começa na implantação do pomar




Em 2013 implantamos o pomar de citrus e videiras no sítio Nena Baroni, devido a problema no plantio e terreno com lençol freático muito raso, as mudas morreram. Das 70 mudas sobraram 08 de Citrus.
Mas porque morreram?
Mais de 50% das raízes finas (responsáveis pela absorção de nutrientes) encontram-se até 20cm de profundidade. Se alaga o terreno falta oxigênio e a planta não absorve os nutrientes.




Então iniciamos este experimento: plantamos a muda dentro da caixa de madeira ( sem fundo) para as raízes ficarem longe do terreno alagadiço, principalmente no inverno. Se der certo, com o tempo vamos colocar mais solo no entorno da muda envolvendo a caixa e formando um camalhão.



por Flávio Luiz Carpena Carvalho
Grande parte do sucesso de um pomar de frutíferas depende de ações realizadas antes e durante a sua implantação. Decisões como a espécie que será explorada e, desta, a variedade ou cultivar, em função de fatores diversos, como o mercado a que se destina, entre outros, devem ser tomadas com antecedência de até um ano antes do plantio. Isto se justifica pela necessidade de encomenda e aquisição de mudas e pela orientação nos passos seguintes. Dentre estes, são exemplos a escolha do local e o tipo de solo mais adequado, o plantio de espécies para a construção de quebra-ventos, bem como a coleta de amostras de solo para análise e correção de acidez e da fertilidade. A forma de condução das plantas e o seu espaçamento devem ser previamente estabelecidos, pois isto determinará a quantidade de mudas a adquirir por unidade de área.
A região do Planalto da Campanha Gaúcha (Bagé e municípios vizinhos), no Rio Grande do Sul, tradicional reduto de produção pecuária, tem na fruticultura uma das alternativas para a reconversão de sua matriz produtiva. Alguns solos dessa região, entretanto, não são os mais adequados ao cultivo de espécies como o pessegueiro e a ameixeira, principalmente por suas características físicas, que dificultam a drenagem do excedente de água das chuvas. Por outro lado, na tradicional região produtora de pêssegos do Planalto Sul-Rio-Grandense (colônia de Pelotas e municípios vizinhos, como Piratini, Canguçu e Morro Redondo), os solos são, quase sempre, pouco profundos, tanto por aspectos de formação quanto de erosão hídrica, que os desgastou ao longo dos anos pelo uso sem cuidados conservacionistas adequados. Considerando-se que, nessas condições, a profundidade do sistema radicular das plantas de pessegueiro é muito superficial, com mais de 50% das raízes finas (responsáveis pela absorção de nutrientes) encontrando-se até 20cm de profundidade, algumas recomendações com relação ao sistema de plantio devem ser seguidas.
Resultados obtidos em experimentos com pessegueiros na Embrapa Clima Temperado indicam que há uma relação direta entre o vigor das plantas e a profundidade de solo que as raízes dispõem para explorar. Assim, em solos rasos (com até 20 cm de profundidade), deve-se adotar o plantio em camalhões largos e mais altos; para solos com profundidade entre 20 e 50 cm, recomenda-se o plantio das mudas também sobre camalhões, porém estes podem ser mais estreitos e menos altos que os anteriores. Camalhões largos e altos são construídos pelo revolvimento e acumulação de toda a parte superior do solo entre duas linhas vizinhas de plantas; os estreitos e mais baixos, pela passagem, uma ou duas vezes em cada sentido, de arados de três ou dois discos ou aivecas, respectivamente. Solos com mais de 50 cm de profundidade podem dispensar esta prática sob o ponto de vista de vigor das plantas, porém, ainda assim, é recomendável a construção de camalhões para o controle da erosão hídrica do solo. Se a permeabilidade (capacidade de infiltrar a água) destes for baixa, os camalhões ou terraços devem ser construídos com um gradiente de declividade, isto é, um “caimento” (de seis a oito centímetros a cada dez metros) em direção a uma das extremidades, para drenar o excedente de água das chuvas com velocidade que não cause erosão do solo.
Cuidados básicos, como esses, de baixo investimento em relação à lucratividade esperada, podem ser determinantes no sucesso do empreendimento.

Flávio Luiz Carpena Carvalho possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Pelotas (1977) e mestrado em Ciências do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985). Atualmente é Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Manejo e Conservação do Solo, atuando principalmente no seguinte tema: recuperação de áreas degradadas.
Contato: carvalho@cpact.embrapa.br


Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte

Dados para citação bibliográfica(ABNT):

CARVALHO, F.L.C. Plantio de frutíferas: sucesso ou fracasso começa na implantação do pomar. 2008. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2008_3/frutiferas/index.htm>. Acesso em: 8/6/2015

Vasos feitos com pneus auxiliam plantios em pequenos espaços. 4 pneus é suficiente para acomodar uma árvore!

terça-feira, 9 de junho de 2015

Uso da homeopatia par controlar a formiga cortadeira - Programa Rio Gran...



Para controlar a formiga cortadeira, os agricultores do noroeste gaúcho perceberam que não é preciso usar veneno. Eles estão usando homeopatia. Deste modo, as frutas ficam sadias e limpas. E não precisam exterminar a formiga, apenas controlar o seu ataque. Foi o que eles fizeram, e está dando ótimos resultados.
Jornalista Deise Froelich
Cinegrafista José Schafer
Bossoroca - RS

domingo, 7 de junho de 2015

Produção agroecológica no Sítio Capororoca - Programa Rio Grande Rural



Desde 2001, a agricultura orgânica é uma aposta que vem dando certo no Sítio Capororoca. Além das culturas que todo mundo conhece, o uso de algumas plantas não convencionais na alimentação tem despertado o interesse dos consumidores.




A procura é grande. O que é produzido no sítio é vendido em feiras orgânicas de Porto Alegre. E o que sobra é processado e vira um produto novo. Quer saber o segredo? Além de muita dedicação, a ajuda de pessoas bastante especiais.

Para comprar esse produtos diretamente na propriedade ou agendar uma visita, o telefone para contato é o (51) 9897.8041. Falar com Silvana.

Reportagem: Francisco Lima
Edição: Francisco Lima
Imagens: Sérgio Silva


sexta-feira, 5 de junho de 2015

Homeopatia na Produção Vegetal com a profª Magnólia Silva


Palestra sobre "Homeopatia na Produção Vegetal" com a profª Magnólia Silva.

Ocorrerá dia 9 de junho (terça-feira) na sala 07 do Prédio Central, às 16h30.

A atividade é parte da disciplina Agroecologia Aplicada do curso de Agronomia,

 ministrada pelo profº Fábio Dal Soglio, aberta ao público.

Att.
Grupo UVAIA

MINI APOSTILA PRÁTICA: COMPOSTEIRAS PARA ESPAÇOS MÍNIMOS



Introdução
Esta apostila foi preparada com o intuito de fornecer informações sobre
composteiras em espaços mínimos de maneira direta e concisa, partindo do
princípio de que o leitor já foi apresentado antes ao processo de
compostagem - porém não sem relembrar seus princípios básicos.
Foi usado como base o “Manual Básico de Compostagem - 2009” elaborado
pelos estagiários do USP Recicla do período, citado na bibliografia.
A compostagem
Pode ser definida como uma decomposição aeróbia acelerada e controlada
de substratos orgânicos em condições que permitam a ação de
microrganismos. O resultado deste processo é um produto final
suficientemente estabilizado que pode ser considerado como um
enriquecedor do solo, podendo ser aplicado para melhorar as suas
características, sem que haja uma contaminação do meio ambiente.
Entre as vantagens da compostagem podemos destacar: economia de
espaço físico e gastos com aterro sanitário; diminuição dos gastos com
transporte dos resíduos; reciclagem dos nutrientes contidos no solo
(devolvendo a ele os componentes de que precisa) e reaproveitamento
agrícola da matéria orgânica, gerando um composto que pode ser usado em
vasos e jardins.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Produzidos sem agrotóxicos, alimentos orgânicos buscam mais espaço na mesa do consumidor

Assistência técnica escassa e preço maior na hora da venda são os principais desafios do setor

Por: Joana Colussi
02/06/2015 - 05h03min
Produzidos sem agrotóxicos, alimentos orgânicos buscam mais espaço na mesa do consumidor Lauro Alves/Agencia RBS
Foto: Lauro Alves / Agencia RBS
Com compromisso diário de observar a lavoura e formular receitas para conter pragas, produtores ecológicos mantém viva uma agricultura onde os químicos ainda passam longe dos alimentos. Nas lavouras gaúchas — a maioria nas regiões Metropolitana, Sul e Litoral —, hortaliças, frutas e grãos são cultivados sem nenhum agrotóxico, fertilizante sintético ou variedade transgênica.
Embora ainda tímido, ocupando 1 milhão de hectares no país (0,3% da área agrícola), o cultivo de orgânicos atende um mercado cativo e fiel: classe média-alta e compradores que ditam o consumo como forma de inspirar uma transformação nos hábitos 
alimentares da sociedade.
No Estado, são quase mil agricultores ecológicos que priorizam técnicas naturais ao produzir alimentos. Sem tecnologia química ou transgênica para conter o ataque de doenças e potencializar o desenvolvimento das plantas, enfrentam risco maior, têm menor escala e gastam mais com mão de obra.
O custo mais alto explica o preço em média 40% superior dos alimentos orgânicos nas prateleiras, de acordo com dados da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Alguns produtos, como o tomate, custam até o dobro do preço.
— Não conseguimos produzir grandes quantidades. Por isso, precisamos compensar com um valor maior na hora da venda. Somos um grupo pequeno, mas consciente do que produzimos. O dia que tivermos quantidade, o consumidor terá um preço menor — explica Janir Vigolo, presidente da Cooperativa de Agricultores Ecologistas de Antônio Prado e Ipê, uma das pioneiras no Estado a produzir orgânicos.
Saiba como identificar um produto orgânico no supermercado
Criado em 1988, o grupo de produtores era chamado de “morcegos” na época.
— Diziam que a gente aplicava agrotóxicos à noite. Não acreditavam que era possível produzir sem usar nenhum químico — lembra Vigolo, que fundou a cooperativa com as famílias Zampieri, Forlin e Bellé.
Da desconfiança à consolidação
Proprietária de agroindústria na Serra, Jocilei integrou o grupo de jovens que enfrentou a resistência à produção de orgânicos no final da década de 1980 (Foto: Jonas Ramos, Agência RBS)
Hoje com 23 associados, a cooperativa tem quatro agroindústrias de sucos e molhos de tomates e 19 produtores de hortaliças e frutas voltados à venda direta em feiras e atacado. A persistência na produção ecológica, mesmo com um mercado menor e custos mais altos de produção, não é uma mera opção, mas uma convicção.
— Sempre tivemos a certeza que esse era o caminho — diz Jocilei Pontel Forlin, 41 anos, dona da Pérola da Terra, agroindústria de sucos, molho de tomate e geleias localizada no interior de Antônio Prado, na Serra.
Ainda aos 15 anos, a filha de pequenos produtores integrou o grupo de jovens que enfrentou a resistência à produção de orgânicos no final da década de 1980. Um dos poucos apoios vieram do padre João Bosco Schio, que emprestou a garagem da paróquia para os jovens se reunirem, e da agrônoma Maria José Guazzelli, fundadora do Centro Ecológico de Ipê e atuante na elaboração da Lei dos Agrotóxicos no Estado, na década de 1980.

Jocilei conta com a ajuda do filho Mateus para produção de orgânicos (Foto: Jonas Ramos, Agência RBS)
Na época, sem conseguir vender frutas orgânicas na Serra, uniram-se a outros produtores e passaram a oferecer produtos no Brique da Redenção, em Porto Alegre. Desse movimento, nasceu a feira de orgânicos que funciona até hoje, ainda no mesmo lugar.
— Encontramos espaço nos grandes centros urbanos. Aqui (Antônio Prado), cultivar orgânicos era considerado coisa de louco — lembra a produtora.
Ao lado do marido Volmir Forlin, Jocilei produz hoje 150 mil litros anuais de sucos integrais e prontos para beber, molhos de tomate e geleias. A produção de uva, tomate e pêssego da propriedade é certificada como orgânica e vendida para todo o sul do país, além de São Paulo. Neste ano, a Pérola da Terra passou a receber visitas técnicas de agricultores, estudantes e consumidores.
Conhecimento técnico gerado por experiência
Foto Jonas Ramos, Agência RBS
Diferentemente da agricultura convencional, com pacote tecnológico e assistência do plantio à colheita, a produção de orgânicos é dificultada devido à escassez de formação técnica no país. Com a maioria das pesquisas voltadas ao modelo disseminado pelo agronegócio, os agricultores ecológicos são levados a produzir conhecimento por conta própria.
— O produtor orgânico é também um pesquisador, pois muitos testes são feitos na lavoura para suprir a deficiência de assistência técnica. Boa parte da formação técnica é voltada à agricultura convencional. É preciso mudar essa lógica para estimular o crescimento da produção orgânica — diz Glauco Schultz, professor dos programas de pós-graduação de Desenvolvimento Rural e de Agronegócio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Com avanços significativos na produção orgânica de arroz, café, cana-de-açúcar, frutas e hortaliças no país, e a tendência de aumento no consumo pela população de maior renda, ações de incentivo prometem avançar com mais força. 

Em 2013, o governo federal criou o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). São medidas articuladas em 10 ministérios, formando 125 iniciativas nas áreas de produção, uso e conservação de recursos naturais, conhecimento, venda e consumo.
— A produção orgânica é estratégica para o país. Não pode ser vista apenas como um nicho de mercado — aponta o coordenador de Agroecologia da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Rogério Dias.
Os esforços do governo, afirma Dias, estão concentrados na educação, com a criação de núcleos de agroecologia e produção orgânica em universidades públicas:
— O avanço da pesquisa nessa área ajudará a agricultura convencional, que precisa também do controle biológico para reduzir barreiras fitossanitárias, como a resistência de plantas a agrotóxicos.
Com legislação própria desde 2003, a produção orgânica passou a ser certificada obrigatoriamente desde 2011 no mercado brasileiro, com um selo específico para o consumidor identificar o produto. A ação busca diferenciar os orgânicos e informar o que está por trás da agricultura ecológica.
Certificação garantida
O produtor deve fazer parte do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, o que 
é possível apenas se estiver certificado por um dos três mecanismos abaixo:
Auditoria: a concessão do selo SisOrg é feita por uma certificadora pública ou privada credenciada no Ministério da Agricultura. A avaliação obedece critérios internacionais, além de requisitos técnicos estabelecidos pela legislação brasileira.
Controle na venda direta: a legislação brasileira abriu exceção na obrigatoriedade de certificação dos produtos orgânicos para a agricultura familiar. Exige-se, no entanto, que o produtor se credencie a uma associação que seja cadastrada em órgão fiscalizador oficial.
Participativo de garantia: caracteriza-se pela responsabilidade coletiva dos membros do sistema, que podem ser produtores, consumidores, técnicos e demais interessados. Para estar legalizado, o sistema tem que ter um Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (Opac) legalmente constituído, que responderá pela emissão do SisOrg. 
fonte http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/06/produzidos-sem-agrotoxicos-alimentos-organicos-buscam-mais-espaco-na-mesa-do-consumidor-4772643.html

quarta-feira, 3 de junho de 2015

No Chapéu Mangueira, horta na laje reduz temperatura em casa


Fabíola Ortiz - 30/08/12

Na laje, Seu Beto tem alface, agrião, hortelã, tomate cereja e rúcula. Foto: Fabíola Ortiz
Rio de Janeiro -- Nesta quinta (30), nas comunidades irmãs da Babilônia e do Chapéu Mangueira, formou-se a primeira turma do curso de Agricultura Urbana Orgânica. Localizadas no Leme, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, foi lá que um grupo de moradores se voluntariou para aprender as técnicas de como montar um canteiro em casa. Nesse caso, na laje.

“Isso é uma tendência das grandes cidades de ter uma horta nas lajes e no alto dos edifícios. Não só pela alimentação orgânica com produtos mais frescos, mas por encurtar distâncias e gerar renda. Ainda tem o efeito benéfico em relação à mudança do clima, pois (com o telhado verde) a incidência solar não é refletida tão fortemente como numa laje de concreto”, explicou a presidente executiva do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável  (CEBDS), Marina Grossi, instituição facilitadora da iniciativa.

A horta orgânica faz parte do projeto chamado ‘Rio Cidade Sustentável’ que foi apresentado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho.

Cabe em qualquer lugar
“Uma horta urbana é feita normalmente em pequenos espaços, no caso das comunidades, em lajes ou quintais”, disse a ((o))eco Suyá Presta,  coordenador da frente de agricultura urbana orgânica responsável pelo curso.

Os materiais utilizados para fazer os canteiros são os mais variados possíveis. Os moradores da Babilônia e do Chapéu Mangueira encheram de terra telhas tipo calhetão, sem amianto, usadas para grandes coberturas. Também usaram sacolas feitas com uma lona agrícola atóxica para plantas com raízes mais profundas, como o caso de leguminosas.

Suyá diz que é possível fazer uma horta até mesmo numa geladeira velha quebrada, em uma caixa ou em diferentes materiais adaptáveis. “Até com garrafa PET dá para fazer. Isso vai de acordo com a capacidade e o poder aquisitivo de cada um”.

As duas comunidades vizinhas já contam com 10 hortas, cada uma com três canteiros de 3 metros por 1,20 m. "A gente está trabalhando com um sistema de produção contínua em agroecologia”, explica o coordenador. Isso quer dizer que, num mesmo canteiro, se cultiva o maior diversidade e quantidade possível de produtos.

Agricultura na laje ameniza calor

Suyá percebeu que havia interesse dos moradores. “Eles tem a demanda de viver num lugar mais bonito, com temperatura mais amena”. A agricultura na laje ou no quintal ajuda a diminuir a temperatura da casa e do ambiente. Depende do tipo de cobertura, mas chega a fazer diferença de 3 a 4 graus a menos.

A turma do projeto piloto teve 16 alunos. O curso começou em abril e durou 5 meses, com duas aulas semanais de 3 horas cada. Cada aluno foi presenteado com regador, avental e um kit com ferramentas para ajudar no trabalho da horta.

‘Não tem mistério’

Técnica de horta orgânica envolve materiais simples e baratos. Foto: Fabíola Ortiz
Uma horta orgânica não tem mistério garante o morador Luiz Alberto de Jesus, de 52 anos, o Beto, um dos alunos que completou o curso. Ele é dono de uma laje e compartilha a horta com mais quatro vizinhos. “Quando falavam em alimentação orgânica, eu não sabia nem o que era, não tinha conhecimento. Ouvia falar mas não entendia por que é um produto muito caro no comércio. Produzir não tem mistério, em uma área mínima já pode fazer um canteiro”, conta.

A horta de Seu Beto virou o xodó da casa. Lá tem alface, agrião, pimenta, alecrim, hortelã, tomate cereja, alface americana e rúcula. Ele mexe na terra, pelo menos, duas vezes por dia. A primeira colheita será feita em fevereiro de 2013, e os alunos esperam com ansiedade.

A dona de casa Reina Maria Pereira da Silva, de 58 anos, também foi aluna. “Existem técnicas e planejamento da hora de colher nos meses de verão e inverno. Nós aprendemos em grupo e um foi ajudando o outro. Tudo vai ser para consumo próprio e para doar para as escolinhas na comunidade”, disse a ((o))eco Dona Reina. Hoje, ela já fala em fazer uma feirinha de produtos orgânicos e foi convidada para ajudar a montar outras três hortas na Ladeira dos Tabajaras, outra comunidade próxima no bairro de Copacabana.

Além da horta, os moradores também estão desenvolvendo minhocários, usados para fazer compostagem com o lixo orgânico. "É uma nova cultura, pois tudo pode ser aproveitado, desde o talo do alimento até os resíduos no adubo orgânico”, diz Marina Grossi do CEBDS.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Sistema de gotejamento solar com garrafas pet

O uso do Calcário para diminuir a acidez no solo

FAÇA ANÁLISE DE SOLO CONOSCO E TENHA AUMENTO NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA.

Saiba como fazer uma horta caseira reutilizando garrafa PET

A ideia é reaproveitar materiais que iriam para o lixo para cultivar suas próprias hortaliças.

foto: http://jardinagemlibertaria.wordpress.com/2009/04/
Com a facilidade das compras em supermercados e feiras livres, deixou-se de se cultivar hortaliças e temperos dentro de casa. Para voltar às origens e descobrir o prazer que este hobby pode nos proporcionar o CicloVivo, com informações do Engenheiro Agrônomo, Juscelino Nobuo Shiraki, dá a dica de como se construir uma horta caseira suspensa, reutilizando garrafas PET.

A ideia é reaproveitar materiais que iriam para o lixo para cultivar suas próprias hortaliças. Além disso, a horta caseira é decorativa e deixa um aroma agradável no ambiente. O espaço pode ser pequeno, porém, precisa ser ensolarado. Você pode aproveitar pequenos espaços em casa, como quintais ou varandas. É importante escolher as espécies certas para o espaço disponível em sua casa.

Material

- Tesoura; Alicate; Arame;

- Garrafa PET; Isopor; Manta para jardinagem;

- Terra preparada; Hortaliças.

Métodos

Com auxílio da tesoura, faça furos grandes em cada uma das saliências do fundo da garrafa. Em seguida, corte uma janela na lateral do recipiente na parte intermediária. Para preparar o substrato que fica no fundo, vários materiais podem ser utilizados como, por exemplo, argila expandida e pedra britada, mas como a sugestão é um vaso suspenso, a escolha do material é importante. Neste caso usaremos isopor para ficar mais leve.

Cubra o fundo da garrafa com pedaços de isopor; em seguida corte em círculo a manta de drenagem e coloque sobre o isopor cobrindo-o totalmente. O círculo deve ter o diâmetro um pouco maior que o diâmetro da garrafa.

Em um recipiente separado, prepare a terra. Para este tipo de plantio ela deve ser composta por 50% de terra comum e 50% de terra preta. Preencha a garrafa PET até a metade com o preparado. Coloque sua hortaliça e ajeite bem, a seguir, adicione mais um pouco. Para que o solo fique firme, dê uma leva batidinha sob a mesa; este movimento fará a terra se assentar. Complete com mais um punhado até ficar um dedo abaixo da altura da ‘janela’. Este espaço é importante para que a água não transborde quando a hortaliça for regada. Para finalizar, faça um gancho com o arame e amarre-o no gargalo da garrafa.

Confira o vídeo com o passo a passo:
http://ciclovivo.com.br/noticia.php/1860/saiba_como_fazer_uma_horta_caseira_reutilizando_garrafa_pet/



"Conversas Agroecológicas" Faculdade de Agronomia - Porto Alegre RS

Olá a todos,

no dia 3 de junho na sala 06 do Prédio Central às 9h30, vamos receber a Professora Irene Cardoso para algumas "Conversas Agroecológicas".

A professora é atual Presidente da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA).

A atividade é parte da disciplina Agroecologia Aplicada do curso de Agronomia, ministrada pelo profº Fábio Dal Soglio, aberta ao público.

Att.
Grupo UVAIA


Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...