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sexta-feira, 22 de março de 2013
Video: Embrapa ensina a criar galinha caipira
Matéria importante da Embrapa ensinando a criar galinhas caipiras de forma alternativa onde possa gerar uma renda para o produtor rural. sistema de manejo sustentável onde possa envolver toda a família na criação das galinhas caipiras.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Como transformar terrenos erodidos em áreas viáveis para agricultura
por
João Mathias
Como posso transformar o terreno erodido da minha fazenda em uma área viável para produção agrícola?
Saulo Camargo Junqueira
Imperatriz, MA
O uso inadequado do solo, sem a preocupação de conservá-lo, é fator responsável pelo surgimento de buracos, depressões e até verdadeiras crateras em propriedades rurais. Transformadas em terrenos pobres, secos e com pouca vegetação, as áreas degradadas perdem estrutura e firmeza para sustentar novos plantios e para se proteger do impacto de chuvas torrenciais.
Sobretudo em terrenos em declive, a força da queda das águas abre extensos barrancos, também conhecidos como ravinas ou voçorocas. Além de destruir solos que poderiam ser utilizados para o cultivo de diversas plantações, o deslizamento provocado pelas erosões ainda é responsável pelo assoreamento de rios, quando há algum curso de água nas proximidades.

Há diversas alternativas, como a construção de barreiras de contenção, que contribuem para impedir que os danos avancem pelas terras provocando maiores prejuízos para a propriedade. Contudo, a partir de pesquisas realizadas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), foi possível chegar a uma método de baixo custo e sustentável para recuperação de solos erodidos.
Com a constatação de que voçorocas têm sido um sério problema ambiental, tanto em área rural quanto em áreas urbanas, a Embrapa passou a desenvolver pesquisas buscando encontrar na natureza bactérias, que associadas a plantas da família das leguminosas, possam se tornar mais resistentes e aptas a crescer em solos degradados.
Por meio da associação entre plantas e microorganismos, que fixam nitrogênio na raiz de vegetais, e a criação de barreiras físicas com bambus e pneus velhos, pesquisadores da instituição descobriram como enriquecer o solo novamente e permitir o desenvolvimento de culturas em áreas danificadas. A barreira natural é erguida com o uso de cobertura vegetal a partir do plantio de espécies arbóreas como mulungu, sabiá, orelha de macaco e angicos.
Adicionalmente, também são aplicados no processo de produção de mudas fungos micorrízicos, que permitem às plantas aumentarem a capacidade de absorção de água e nutrientes do solo. Com essa combinação, as plantas vão para o campo mais fortes e conseguem sobreviver em ambientes degradados.
Em alguns casos, a tecnologia tem capacidade para reduzir custos em até quatro vezes em relação a outros métodos empregados. Em geral, em dois anos obtém-se resultados, com a formação de mata que possibilita a sobrevivência e a germinação de espécies nativas em um ambiente protegido e rico em nutrientes.
Além de ser usadas como cobertura vegetal, as espécies mulungu, sabiá, orelha de macaco e angicos podem ainda ter outra utilidade. O sabiá oferece um excelente mourão para cerca e lenha; o mulungu, que é uma árvore de flor vermelha muito bonita, pode ser usada para ornamentar a propriedade; e o angico fornece uma boa madeira além de mel. Para o reflorestamento também podem ser utilizadas pau-jacaré, maricá, entre outras espécies.
Fim das erosões
Porém, antes é necessário eliminar as voçorocas, pois elas tendem a se agravar com a quantidade de água de chuva que cai e escorre sobre o solo. Recomenda-se abrir valetas no próprio terreno, acima da área erodida, escavando bacias de contenção para manter a água por mais tempo no solo, sem criar uma enxurrada.
Em seguida, dentro da depressão, são construídas paliçadas de bambus ou pneus velhos, que funcionam como filtro, deixando a água passar e retendo os sedimentos. A tecnologia está disponível, com todos os detalhes, cálculos e dicas de fazer a contenção da água e o plantio no site da Embrapa a partir deste link.
Consultor: Alexander Silva de Resende, pesquisador da Embrapa Agrobiologia, Rodovia BR 465, Km 7, Caixa Postal 74505, CEP 23890-000, Seropédica, RJ, tel. (21) 3441-1500
Construção de barreiras de contenção é uma das maneiras de recuperar áreas degradadas
Saulo Camargo Junqueira
Imperatriz, MA
O uso inadequado do solo, sem a preocupação de conservá-lo, é fator responsável pelo surgimento de buracos, depressões e até verdadeiras crateras em propriedades rurais. Transformadas em terrenos pobres, secos e com pouca vegetação, as áreas degradadas perdem estrutura e firmeza para sustentar novos plantios e para se proteger do impacto de chuvas torrenciais.
Sobretudo em terrenos em declive, a força da queda das águas abre extensos barrancos, também conhecidos como ravinas ou voçorocas. Além de destruir solos que poderiam ser utilizados para o cultivo de diversas plantações, o deslizamento provocado pelas erosões ainda é responsável pelo assoreamento de rios, quando há algum curso de água nas proximidades.
Há diversas alternativas, como a construção de barreiras de contenção, que contribuem para impedir que os danos avancem pelas terras provocando maiores prejuízos para a propriedade. Contudo, a partir de pesquisas realizadas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), foi possível chegar a uma método de baixo custo e sustentável para recuperação de solos erodidos.
Com a constatação de que voçorocas têm sido um sério problema ambiental, tanto em área rural quanto em áreas urbanas, a Embrapa passou a desenvolver pesquisas buscando encontrar na natureza bactérias, que associadas a plantas da família das leguminosas, possam se tornar mais resistentes e aptas a crescer em solos degradados.
Por meio da associação entre plantas e microorganismos, que fixam nitrogênio na raiz de vegetais, e a criação de barreiras físicas com bambus e pneus velhos, pesquisadores da instituição descobriram como enriquecer o solo novamente e permitir o desenvolvimento de culturas em áreas danificadas. A barreira natural é erguida com o uso de cobertura vegetal a partir do plantio de espécies arbóreas como mulungu, sabiá, orelha de macaco e angicos.
Adicionalmente, também são aplicados no processo de produção de mudas fungos micorrízicos, que permitem às plantas aumentarem a capacidade de absorção de água e nutrientes do solo. Com essa combinação, as plantas vão para o campo mais fortes e conseguem sobreviver em ambientes degradados.
Em alguns casos, a tecnologia tem capacidade para reduzir custos em até quatro vezes em relação a outros métodos empregados. Em geral, em dois anos obtém-se resultados, com a formação de mata que possibilita a sobrevivência e a germinação de espécies nativas em um ambiente protegido e rico em nutrientes.
Além de ser usadas como cobertura vegetal, as espécies mulungu, sabiá, orelha de macaco e angicos podem ainda ter outra utilidade. O sabiá oferece um excelente mourão para cerca e lenha; o mulungu, que é uma árvore de flor vermelha muito bonita, pode ser usada para ornamentar a propriedade; e o angico fornece uma boa madeira além de mel. Para o reflorestamento também podem ser utilizadas pau-jacaré, maricá, entre outras espécies.
Fim das erosões
Porém, antes é necessário eliminar as voçorocas, pois elas tendem a se agravar com a quantidade de água de chuva que cai e escorre sobre o solo. Recomenda-se abrir valetas no próprio terreno, acima da área erodida, escavando bacias de contenção para manter a água por mais tempo no solo, sem criar uma enxurrada.
Em seguida, dentro da depressão, são construídas paliçadas de bambus ou pneus velhos, que funcionam como filtro, deixando a água passar e retendo os sedimentos. A tecnologia está disponível, com todos os detalhes, cálculos e dicas de fazer a contenção da água e o plantio no site da Embrapa a partir deste link.
Consultor: Alexander Silva de Resende, pesquisador da Embrapa Agrobiologia, Rodovia BR 465, Km 7, Caixa Postal 74505, CEP 23890-000, Seropédica, RJ, tel. (21) 3441-1500
terça-feira, 19 de março de 2013
Conservação do Solo
Pesquisadores da Embrapa apresentam recomendações conservacionistas para o solo e visitam um produtor de Canguçu que conduz sua lavoura de maneira errada.
segunda-feira, 18 de março de 2013
Redes auto-sustentáveis - Alimentos agroecológicos no litoral norte do RS
No litoral norte do estado do Rio Grande do Sul agricultores agroecológicos produzem alimentos agroflorestais, vedem para a merenda escolar e nas feiras e mercados próximos produtos saudáveis contribuindo com a preservação do meio ambiente e o consumo consciente.
Um vídeo de Júlia Aguiar e André de Oliveira.
Um vídeo de Júlia Aguiar e André de Oliveira.
domingo, 17 de março de 2013
Pimentão envenenado
Ninguém é responsabilizado por vender produtos contaminados com agroquímicos proibidos
O Globo, 13/03/2013
artigo de Tasso Azevedo
Organofosforado,
piretroide, benzimidazol, metilicarbamato de oxima, dicarboximida,
ditiocarbamato, clorociclodieno e pirimidinil carbinol. Estes são alguns
dos agrotóxicos de uso proibido no Brasil cujos resíduos foram
encontrados em 1 de cada 4 amostras de frutas, legumes e verduras em
todos estados brasileiros em 2010, em estudo publicado pela Anvisa como
parte do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos
conduzido pela agência desde 2001.
Se se somarem a estes dados os resíduos de agrotóxicos autorizados, mas em quantidade superior aos limites de tolerância, quase 30% das amostras apresentavam irregularidades e representam uma ameaça à saúde dos consumidores.
Observados os dados para diferentes culturas, é ainda mais chocante. Se você, assim como eu, adora pimentão (hábito que herdei de meu pai), a chance de estar comendo um produto contaminado com estes agroquímicos é de mais de 90%.
Os agrotóxicos são um dos principais responsáveis por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que, segundo Nota Técnica da Anvisa, podem gerar sintomas como dores de cabeça, alergia e coceiras até distúrbios do sistema nervoso central ou câncer.
Segundo o Ministério da Agricultura, entre 2002 e 2011 a produção agrícola cresceu cerca de 46%. No mesmo período o consumo de fertilizantes nitrogenados cresceu 89%, e o de agrotóxicos, cerca de 60%. O Brasil é desde 2008 o maior usuário de agrotóxicos do planeta, quase 20% do mercado mundial.
O uso excessivo de agroquímicos não impacta apenas a qualidade dos alimentos, mas tem consequências na contaminação dos cursos dágua, do solo e dos trabalhadores expostos a estes produtos.
Curiosamente, apesar da gravidade dos resultados da pesquisa anual — com pouca ou nenhuma evolução ao longo dos anos —, a Anvisa limita-se a fazer recomendações sobre ações que poderiam reduzir a contaminação. Ninguém é responsabilizado por vender produtos contaminados com agroquímicos proibidos, não licenciados ou fora dos limites de tolerância de resíduos. Esta situação seria equivalente a encontrar 1 em cada 4 produtos de um comércio com data de validade vencida e não tomar qualquer atitude de responsabilização. Não faz sentido.
Segundo o estudo da Anvisa, em apenas 30% das amostras foi possível identificar o produtor ou associação de produtores responsável pelo produto. Ou seja, a cadeia de valor não tem sistemas que permitam saber a origem dos alimentos que vende e tão pouco tem sistemas para aferir a presença de resíduos químicos irregulares destes mesmos alimentos.
- Tasso Azevedo é engenheiro florestal
O Globo, 13/03/2013
artigo de Tasso Azevedo
Organofosforado,
piretroide, benzimidazol, metilicarbamato de oxima, dicarboximida,
ditiocarbamato, clorociclodieno e pirimidinil carbinol. Estes são alguns
dos agrotóxicos de uso proibido no Brasil cujos resíduos foram
encontrados em 1 de cada 4 amostras de frutas, legumes e verduras em
todos estados brasileiros em 2010, em estudo publicado pela Anvisa como
parte do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos
conduzido pela agência desde 2001.Se se somarem a estes dados os resíduos de agrotóxicos autorizados, mas em quantidade superior aos limites de tolerância, quase 30% das amostras apresentavam irregularidades e representam uma ameaça à saúde dos consumidores.
Observados os dados para diferentes culturas, é ainda mais chocante. Se você, assim como eu, adora pimentão (hábito que herdei de meu pai), a chance de estar comendo um produto contaminado com estes agroquímicos é de mais de 90%.
Os agrotóxicos são um dos principais responsáveis por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que, segundo Nota Técnica da Anvisa, podem gerar sintomas como dores de cabeça, alergia e coceiras até distúrbios do sistema nervoso central ou câncer.
Segundo o Ministério da Agricultura, entre 2002 e 2011 a produção agrícola cresceu cerca de 46%. No mesmo período o consumo de fertilizantes nitrogenados cresceu 89%, e o de agrotóxicos, cerca de 60%. O Brasil é desde 2008 o maior usuário de agrotóxicos do planeta, quase 20% do mercado mundial.
O uso excessivo de agroquímicos não impacta apenas a qualidade dos alimentos, mas tem consequências na contaminação dos cursos dágua, do solo e dos trabalhadores expostos a estes produtos.
Curiosamente, apesar da gravidade dos resultados da pesquisa anual — com pouca ou nenhuma evolução ao longo dos anos —, a Anvisa limita-se a fazer recomendações sobre ações que poderiam reduzir a contaminação. Ninguém é responsabilizado por vender produtos contaminados com agroquímicos proibidos, não licenciados ou fora dos limites de tolerância de resíduos. Esta situação seria equivalente a encontrar 1 em cada 4 produtos de um comércio com data de validade vencida e não tomar qualquer atitude de responsabilização. Não faz sentido.
Segundo o estudo da Anvisa, em apenas 30% das amostras foi possível identificar o produtor ou associação de produtores responsável pelo produto. Ou seja, a cadeia de valor não tem sistemas que permitam saber a origem dos alimentos que vende e tão pouco tem sistemas para aferir a presença de resíduos químicos irregulares destes mesmos alimentos.
- Tasso Azevedo é engenheiro florestal
sexta-feira, 15 de março de 2013
Cultivando bucha vegetal na cidade
Bom dia!
O salto de crescimento foi impressionante, já temos cinco frutos e a planta continua a crescer, formando um telhado verde. Abaixo algumas características da bucha vegetal.
Tenham um bom final de semana!
alexandre
Bucha Vegetal - Luffa cylindrica
Nomes Populares: Bucha - bucha dos pescadores, bucha dos
paulistas, fruta dos paulistas, quingombô grande, esponja vegetal,
esfregão, pepino bravo.
Nome Científico: Luffa cylindrica - bucha / Luffa operculata - buchinha do norte - família das Cucurbitáceas
Origem: Ásia, África e Nordeste do Brasil.
Partes usadas: Frutos.
Características:
A bucha é uma trepadeira anual de verão, da família das cucurbitáceas
(mesma família do pepino, melancia e abóbora), famosa por fornecer uma
esponja fibrosa, oriunda de seus frutos, muito útil na higiene pessoal e
limpeza geral. Seu caule é ascendente e herbáceo, com gavinhas, e suas
folhas são grandes, lobadas e dentadas, recobertas por pêlos finos.
A
bucha é uma planta monóica (com flores masculinas e femininas no mesmo
indivíduo) de flores grades e amarelas. As flores femininas são solitárias, e se
diferenciam pelo presença de delicado ovário alongado, como um pequeno
fruto. As flores masculinas são maiores, mais numerosas e surgem em
grupos. A polinização é feita por abelhas.
As folhas são grandes, ásperas e verde escuras, que lembram a forma de
uma mão aberta. Os frutos são grandes, podendo alcançar 35 cm. Eles são
cilíndricos,
alongados e podem ser lisos ou angulosos, de acordo com a variedade
(como abóboras). Quando jovens são verdes e se tornam marrons quando
maduros. As sementes são lenticulares, numerosas, grandes e pretas. Os
frutos verdes (menores que 6 centímetros) são comestíveis, sendo
preparados tais como quiabos e pepinos. Os frutos maduros podem ser
colhidos e descascados para obtenção da esponja, no entanto os frutos
secos também podem ser aproveitados. Ao cortar uma de suas extremidades
as numerosas sementes serão facilmente liberadas. Após, a esponja
fibrosa pode ficar de molho e ser lavada, para posteriormente secar à
sombra.
Clima:
Clima tropical, mas em regiões com 900 a 1200 metros de altitude, verões
suaves ( 22 a 25 graus) e boa ventilação, tem mostrado boa produção.
Prefere solo argilo-arenoso, fértil, bem drenado e com acidez fraca.
Deve ser plantado na primavera. Exige fertilidade e se dá bem com
adubação orgânica.
Uso:
Inteira, cortada ou prensada, ela pode ser aproveitada na forma de
esponja para banho, de louça, na limpeza geral e no artesanato. A
esponja prensada é largamente utilizada na confecção de artefatos de
banho, praia e limpeza, como luvas de massagem, esfregões, chapéus,
entre outros produtos. Na indústria, suas fibras entram na fabricação de
filtros e em isolamentos acústicos. A esponja oriunda da bucha é uma
forma ecologicamente correta de substituir as esponjas sintéticas. Ela é
um excelente esfoliante para a pele, é completamente biodegradável,
inofensiva ao meio ambiente, não risca a louça, além de ser política e
socialmente correta, pois estimula a agricultura familiar.terça-feira, 12 de março de 2013
Consultório agrícola: praga na jabuticabeira
Bolor amarelo é sinal de praga da ferrugem nos frutos
por João Mathias
Qual a melhor maneira de eliminar uma praga que tem provocado bolor amarelo na jabuticabeira?
Oscar Alves de Almeida
Jundiaí, SP
É
provável que o bolor amarelo encontrado na planta indique a presença da
ferrugem da jabuticabeira (Puccinia psidii wint). Trata-se de uma
espécie de fungo que tem maior incidência em condições de temperaturas
amenas e alta umidade. As partes afetadas são as folhas, botões florais,
ramos e frutos. Recomenda-se realizar uma poda de limpeza, eliminando
os ramos secos para aumentar a penetração de luz solar no interior da
planta. Em seguida, com equipamentos de proteção, pulverize a fruteira
com calda bordalesa, uma mistura de sulfato de cobre e cal virgem, que
pode ser preparada no local. Por algumas horas, até que se dissolvam, os
cristais de sulfato de cobre devem ficar dentro de um saco de tecido
mergulhado em água em um recipiente de plástico de 50 litros. Em outro
recipiente de 50 litros, hidrate o cal misturando água adicionada
progressivamente até completar o volume. Quando prontas, junte ao mesmo
tempo e sempre mexendo as duas soluções em um recipiente de 100 litros.
Verifique se a calda tem reação neutra usando o papel de tornassol ou
introduzindo no líquido uma lâmina de aço oxidável por um minuto. A
mistura está ácida se apresentar cor azul ou a lâmina escurecer,
respectivamente. Acrescente mais cal até a neutralização completa da
calda, que deve ser aplicada no mesmo dia para não perder a ação
fungicida.
Consultor: Diego
Xavier, técnico de apoio à pesquisa do Centro de Frutas do IAC –
Instituto Agronômico de Campinas, da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo, Av. Luiz Pereira dos Santos, 1500,
bairro Corrupira, CEP 13214-820, Jundiaí, SP, tel. (11) 4582-7284,
frutas@iac.sp.gov.br
Fonte revista globo rural
segunda-feira, 11 de março de 2013
Valor do tomate está nas alturas
Apesar de estar em época de colheita, aumento no preço do fruto foi bem superior ao índice de inflação. No inverno, situação tende a piorar
Karina costuma comprar dois sacos com 600gm cada, no hortomercado
Foto:
Marcelo Oliveira / Agencia RBS
Roberta Schuler
Quando uma hortaliça ou legume está na safra, na época da colheita, o
preço da unidade, ou do quilo reduz, certo? Pode ser, mas não é o caso
do tomate. Neste ano, o fruto registrou alta de 36,77% (a inflação no
período foi de 1,49%). Só em fevereiro, o aumento foi de 18,55%. No
acumulado dos últimos 12 meses, a escalada de aumentos assusta: 102%.
- O tomate subiu no inverno e não baixou mais. Mas o pessoal continua comprando porque é a saladinha preferida - observa o feirante Arlindo Clemer.
O coordenador do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas em Porto Alegre, Marcio Fernandes Mendes da Silva, explica que, como a produção de tomate foi reduzida em todo o país por causa do clima, o fruto plantado no Rio Grande do Sul, cuja cultura não foi tão prejudicada, está abastecendo outros Estados. Com isso, a quantidade que fica por aqui não é suficiente para atender o consumo.
- A perspectiva não é boa. Virá o frio e o tomate deve sumir - afirma Marcio, que há mais de dez anos não via aumento de preço do tomate durante a safra.
"Na feira é mais barato"
Como trabalha no Centro da Capital, a garçonete Karina Godoy, 29 anos, aproveita para comprar dois sacos de tomate longa vida (cada um com 600g) no Hortomercado Parobé.
- Tenho que ter tomate em casa. Uso na salada, para temperar a comida, junto com cebola e alho. Mas vi que está mais caro e o tamanho está menor - diz.
Assim como ela, a auxiliar de serviços gerais Maribel Silva de Oliveira, 68 anos, de Viamão, não substitui o tomate por outro alimento quando o preço está mais alto.
- Eu coloco tomate em tudo, até no arroz! Dá um sabor muito bom. Também faço salada todos os dias. Compro na feira porque é mais barato - revela.
De acordo com análise técnica da Ceasa/RS, a safra do tomate no Sul em 2012/2013 está menor por conta da desmotivação dos produtores pela baixa remuneração obtida na safra anterior. Com isso, a oferta de tomate do Rio Grande do Sul e Santa Catarina não está sendo suficiente para abastecer o Brasil.
O que pode substituir
Do ponto de vista nutricional, conforme nutricionistas, os molhos prontos devem ser consumidos com moderação, devido à presença de conservantes e à adição de gorduras e sódio.
O licopeno, nutriente do tomate, é ativado no cozimento e ajuda a prevenir o câncer de próstata. Outra substância do tomate, o potássio, que ajuda a evitar cãibras e é bom para o coração, pode ser encontrado no pepino e na banana.
Plantar seria a saída?
Além de apelar às feiras livres, no lugar da compra no súper, para economizar, plantar o fruto também pode ser uma alternativa:
- A semente é barata, se encontra em supermercados, mas só vale a pena se a pessoa tem espaço para plantar e tempo para cuidar. Neste caso, teria que seguir as orientações da embalagem - observa o economista.
Variação do quilo
Na cotação da Ceasa, feita semanalmente e divulgada no dia 7 de março, o preço mais frequente do quilo do tomate gaúcho foi de R$ 5. Já o longa vida foi encontrado por R$ 3,75 e o tomate italiano/paulista, por R$ 4.
Conforme levantamento da Agas, a média mensal do quilo do tomate em fevereiro passado foi de R$ 5,39.
- O tomate subiu no inverno e não baixou mais. Mas o pessoal continua comprando porque é a saladinha preferida - observa o feirante Arlindo Clemer.
O coordenador do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas em Porto Alegre, Marcio Fernandes Mendes da Silva, explica que, como a produção de tomate foi reduzida em todo o país por causa do clima, o fruto plantado no Rio Grande do Sul, cuja cultura não foi tão prejudicada, está abastecendo outros Estados. Com isso, a quantidade que fica por aqui não é suficiente para atender o consumo.
- A perspectiva não é boa. Virá o frio e o tomate deve sumir - afirma Marcio, que há mais de dez anos não via aumento de preço do tomate durante a safra.
"Na feira é mais barato"
Como trabalha no Centro da Capital, a garçonete Karina Godoy, 29 anos, aproveita para comprar dois sacos de tomate longa vida (cada um com 600g) no Hortomercado Parobé.
- Tenho que ter tomate em casa. Uso na salada, para temperar a comida, junto com cebola e alho. Mas vi que está mais caro e o tamanho está menor - diz.
Assim como ela, a auxiliar de serviços gerais Maribel Silva de Oliveira, 68 anos, de Viamão, não substitui o tomate por outro alimento quando o preço está mais alto.
- Eu coloco tomate em tudo, até no arroz! Dá um sabor muito bom. Também faço salada todos os dias. Compro na feira porque é mais barato - revela.
De acordo com análise técnica da Ceasa/RS, a safra do tomate no Sul em 2012/2013 está menor por conta da desmotivação dos produtores pela baixa remuneração obtida na safra anterior. Com isso, a oferta de tomate do Rio Grande do Sul e Santa Catarina não está sendo suficiente para abastecer o Brasil.
O que pode substituir
Do ponto de vista nutricional, conforme nutricionistas, os molhos prontos devem ser consumidos com moderação, devido à presença de conservantes e à adição de gorduras e sódio.
O licopeno, nutriente do tomate, é ativado no cozimento e ajuda a prevenir o câncer de próstata. Outra substância do tomate, o potássio, que ajuda a evitar cãibras e é bom para o coração, pode ser encontrado no pepino e na banana.
Plantar seria a saída?
Além de apelar às feiras livres, no lugar da compra no súper, para economizar, plantar o fruto também pode ser uma alternativa:
- A semente é barata, se encontra em supermercados, mas só vale a pena se a pessoa tem espaço para plantar e tempo para cuidar. Neste caso, teria que seguir as orientações da embalagem - observa o economista.
Variação do quilo
Na cotação da Ceasa, feita semanalmente e divulgada no dia 7 de março, o preço mais frequente do quilo do tomate gaúcho foi de R$ 5. Já o longa vida foi encontrado por R$ 3,75 e o tomate italiano/paulista, por R$ 4.
Conforme levantamento da Agas, a média mensal do quilo do tomate em fevereiro passado foi de R$ 5,39.
DIÁRIO GAÚCHO
domingo, 10 de março de 2013
Repórter Eco - 02/09/2012 - Ana Primavesi
Mesmo sendo uma das maiores especialistas em solo pela Universidade Rural de Viena, na Áustria, autora de livros sobre agroecologia e professora-doutora, Ana Primavesi se orgulha mesmo é de ser agricultora. O Repórter Eco deste domingo (2/9) preparou uma matéria especial, que traça o perfil dessa mulher que não perde o jeito simples de ser.
quinta-feira, 7 de março de 2013
SEMENTES DA LIBERDADE
A história da semente se tornou uma das perdas, controle, dependência e dívida. Foi escrita por aqueles que querem fazer lucro enorme do nosso sistema alimentar, não importa o que o verdadeiro custo. É hora de mudar a história.
Produzido pela Fundação Gaia e da Rede de Biodiversidade Africano, em colaboração com MELCA Etiópia, Internacional Navdanya e grãos. Saiba mais em seedsoffreedom.info
quarta-feira, 6 de março de 2013
Apicultura: direto da Austrália
Bom Dia!
Olhem só que colméias diferentes que construiram neste sítio. Vale a pena olhar as fotos.
alexandre
The Sun Hive: experimental Natural Beekeeping
The Sun Hive is modeled in part on the traditional European skep hive, and is aimed at creating a hive that maximises colony health. The main thing I love about this hive and the enthusiasm surrounding it is not the hive itself, but the philosophy behind it, that of apicentric beekeeping.
In brief, the Sun Hive has an upside down skep hive at its base with curving frames in the top section and no frames in the bottom section. The hive is placed well above ground level (optimal for bees – they never choose to create a hive on the ground).
Like a Warré hive, the Sun Hive allows the queen bee to roam freely through the entire hive and lay eggs where she wishes to, which in turn allows the colony to manage the location and progression of their brood nest, which is great for colony health.
The top curved frames of the Sun Hive provide the ability to (in theory) remove each frame, with the free-form comb beneath coming out as well as it is (again, in theory) attached to the frame directly above.
The Sun Hive can also have a super attached to it on a honeyflow (not sure about that, as I assume that means a queen excluder would be used to prevent brood comb being created in said super, which goes against the idea of allowing the queen to roam the hive, but anyway).
As I said, it’s not the design of this hive that particularly gets me going (though it is very beautiful), but the philosophy behind it… putting bees first before honey yields.
Also, this sort of experimenting is important. We cannot keep relying on the industrial style of beekeeping that is currently the norm. Well managed Warré Beehives are one branch of natural beekeeping, and this hive is another.
What we need, right now, is lots of apicentric beekeepers refining, experimenting and progressing resilient beekeeping techniques. Backed up by good information on bee behavior, not just whacky ideas.
Would this hive style work in Australia? I am not sure, but I suspect it might not be ideal for most parts of Australia. And that is ok. Each continent has vastly different conditions – nectarys, climate and other variations that necessitate adaptation for hive design for effective natural beekeeping.
A hive design developed on the other side of the world, no matter how groovy, is not necessarily going to result in a happy and healthy honeybee colony over this side of the world. There’s seasonal differences, the way honeyflows work is different, humidity, etc.
But Natural Beekeeping, in all its global variations, is at the heart of future honeybee health. The Sun Hive is definitely part of that matrix and is causing many in Europe to rethink hive design to ensure colony resilience.
Sun Hive resources:
- Sun Hive booklet by the hive’s designer Gunther Muncke
- Natural Beekeeping Trust in the UK hold workshops making Sun Hives
- Heidi Herrmann, a UK beekeeper using Sun Hives
- In the USA, Michael Thiele is working with the Sun Hive
>> More posts about Natural Beekeeping at Milkwood.net
We run Natural Beekeeping courses with Tim Malfroy in Sydney and at Milkwood Farm (and soon, further afield!) which teach responsible, ethical, chemical free Warré Beekeeping for the backyard or small-scale beekeeper. No, it’s not just about the shape of the box and the frames within. It’s an entire, apicentric approach. And it’s awesome.
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